Formação de Recursos Humanos na área de fármacos e medicamentos
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- Júlio Sacramento Barroso
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1 Formação de Recursos Humanos na área de fármacos e medicamentos A formação em Farmácia Seminário do BNDES 7 de maio de 2003
2 Por que RH para Fármacos e Medicamentos? Fármacos e Medicamentos como campo estratégico para a redução da dependência externa e para a inclusão social. Objeto de interesse em diferentes fóruns: Fundos Setoriais Saúde, Biotecnologia, Agronegócios Fundos não Setoriais Verde-Amarelo e Infra-estrutura Fóruns de Competitividade Grupo de Trabalho Interministerial para uma política industrial em fármacos e medicamentos - MCT, MDIC, MS e MF Agências financiadoras Abordagem inicial : formação em Farmácia
3 Contrato de Gestão Contrato de Gestão com o MCT (metas 2002): Secretarias Técnicas dos Fundos Setoriais Intersetorialidade como espaço de atuação Capacitação de Recursos Humanos e Infra-estrutura de pesquisa
4 O CGEE foi criado para assegurar um espaço de interlocução, aferição, avaliação, hierarquização de diferenças e construção de convergências. Essencialmente, um espaço de trabalho movido por um objetivo comum: a utilização e a produção do conhecimento, em benefício da sociedade brasileira. CGEE
5 A inovação como foco da ação do CGEE Inovação tecnológica é um processo social resulta do trabalho coletivo de diferentes instituições abrange diversos campos de conhecimento gera transformações no modo de vida da sociedade.
6 A complexidade do processo de capacitação A capacitação de RH é entendida como suporte a estratégias de inovação tecnológica e se dá em um ambiente complexo que envolve a universidade, laboratórios de P&D, empresas, centros tecnológicos, serviços, (...) mobilizando instrumentos e mecanismos específicos.
7 Contribuição do CGEE Organizar o debate e identificar necessidades de capacitação de RH envolvendo: A capacitação de RH acoplada a uma política industrial associada a políticas setoriais (saúde) Visão integrada dos diversos níveis de formação e capacitação Visão integradora da capacitação com a inserção profissional Articulação da capacitação com as demandas regionais Identificação de mecanismos e instrumentos específicos Apoio à formulação de projetos nacionais estratégicos (mobilizadores)
8 Seminário: Formação de RH em Farmácia perspectivas e necessidades da área de medicamentos Fevereiro de 2003 Convidados (68): Ministérios / Secretarias / Agências Universidades / cursos Laboratórios públicos Instituições de pesquisa Empresas privadas Órgãos federais e estaduais Sociedades científicas Associações de classe
9 Organização do Seminário Painel I A visão dos problemas e necessidades de RH em diversas áreas relacionadas à produção e ao uso de medicamentos Assistência Farmacêutica Novas drogas e Patentes Produção de Medicamentos Painel II Estratégias institucionais de formação de RH para a área farmacêutica Painel III Conclusões e propostas
10 Eixos de trabalho Assistência Farmacêutica Vigilância sanitária Pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação Produção de fármacos e medicamentos
11 Eixo 1 - Assistência Farmacêutica O perfil epidemiológico é definidor dos tipos de medicamentos e de suas quantidades a serem dispensados em cada município do país Os RH devem atuar desde a seleção, a compra, o armazenamento, o transporte, a prescrição e a dispensação racionais dos medicamentos É necessária a articulação entre educação e saúde para formar profissionais comprometidos com o SUS promoção, proteção e recuperação da saúde, não apenas produção do medicamento A formação de RH deve contemplar múltipla visão, capaz de integrar as ações de saúde aos problemas sociais e de gerenciamento
12 Eixo 2 - Vigilância sanitária Problemas relacionados às Boas Práticas de Laboratório ainda são fortes entraves para o registro de patente de novos fármacos em escala global Problemas de controle de qualidade: poucos laboratórios credenciados pelo INMETRO para procedimentos indispensáveis ao registro de um fármaco/medicamento poucos centros clínicos certificados pela ANVISA para estudos de Farmacologia Clínica
13 Eixo 3 - Pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação O País dispõe de RH qualificados em praticamente todas as especialidades necessárias à geração de novos medicamentos, mas em quantidade insuficiente; Necessidade de maior articulação entre C&T e P&D; A pós-graduação tem enfoque majoritariamente acadêmico; A interação entre as universidades e as indústrias farmacêuticas é precária e insuficiente; Programas bem sucedidos em P&D requerem foco e investimentos pesados e continuados; Pouca preocupação com o possível valor comercial de novas descobertas.
14 Eixo 4 - Produção de fármacos e medicamentos A indústria farmacêutica brasileira não atende adequadamente as demandas geradas pelo SUS; Praticamente todos os insumos utilizados na indústria farmacêutica brasileira são importados; O processo de formação não atende a determinadas necessidades das empresas, especialmente em: controle de qualidade, tecnologia, gerenciamento, patentes; Baixa atividade de P&D nas empresas; Ausência de políticas de estágios e formação pelas empresas; Valorização das cadeias de conhecimento e de produção.
15 Sugestões para uma Política Industrial Setores potencialmente promissores no Brasil: fitomedicamentos, fármacos genéricos, imunobiológicos (kits e vacinas), fármacos de emprego veterinário e kits de diagnóstico Áreas prioritárias de um projeto nacional de P&D: doenças negligenciadas e crônico-degenerativas que oneram o SUS
16 Processo de formação e desafios Cursos de graduação: Início década de cursos com vagas cursos com vagas 42 cursos em IES públicas e 125 Perfil do graduado 50% bacharéis em farmácia; 30% habilitados em análises clínicas; 17% em farmácia industrial; 3% em alimentos Cursos de pós-graduação: ( 8 doutorados) (10 doutorados) Perfil do egresso área básica e docência
17 Processo de formação e desafios Corpo Docente em Farmácia 4.520, assim distribuídos: 50,2% nas IES privadas: 46% ms e 26% doutores 36,6% nas IES federais: 33% ms e 45% doutores 13,2% nas IES estaduais : 25% ms e 55% doutores Pós-graduação: 359 docentes alunos mestrado alunos titulados alunos doutorado - 27 alunos titulados
18 Distribuição regional Distribuição regional da graduação em % SE 23,5% S 14,5% NE 7,5% CO e N Distribuição regional dos cursos da PG 10 SE 4 S 3 NE
19 Novas Diretrizes Curriculares Especialmente no caso dos cursos de saúde, a primeira pergunta que deve ser feita pelas instituições de ensino e de pesquisa é : mudar os currículos para que? Se a resposta não envolver a sociedade, as demandas dos setores sociais e produtivos, as políticas públicas de consenso, como é o caso do SUS, as estratégias de competitividade econômica e de bem estar social e a formação de futuros cientistas e pesquisadores, então as mudanças não terão nenhum sentido.
20 Novas Diretrizes Curriculares GRADUAÇÃO Flexibilidade curricular Nova concepção de estágios Criação de espaços compartilhados de formação Compromisso com o SUS IES como agentes de mudança Interação com pós-graduação Pouca diversidade na oferta de cursos Avaliação e controle social da qualidade Formação multidisciplinar e contextualizada
21 Questões referentes à Pós - Graduação Organização acadêmica vinculada às áreas básicas; Limitação de mecanismos de fomento que propiciem maior interação ente programas acadêmicos e empresariais; Ausência de atividades práticas extraacadêmicas vinculadas ao processo de formação e ao delineamento da pesquisa; Baixa interação com a graduação, empresas e políticas de saúde; Desarticulação entre ensino, pesquisa e extensão.
22 Recomendações para a capacitação de RH (I) Maior interação entre atividades teóricas e práticas, em contato com o ambiente de exercício profissional desde o início do curso Integração entre a graduação e a pós-graduação Ensino continuado Cursos profissionalizantes Valorizar diferenças no processo de capacitação associadas aos problemas da região Implementar os currículos levando em conta as demandas dos setores sociais e produtivos, as políticas públicas de consenso, as estratégias de competitividade econômica e de bem-estar social
23 Recomendações para a capacitação de RH (II) Estímulo a grupos de atuação multidisciplinar para a constituição de redes visando o desenvolvimento de projetos de P&D na área farmacêutica Aperfeiçoamento de mecanismos de apoio à formação adequados aos desafios específicos da área farmacêutica Programa nacional de estágios em P&D Articulação de ações entre os ministérios: MEC, MS, MCT e MDIC Criação do ProFar (Programa de Apoio e Capacitação em Fármaco e Medicamentos à Farmácia)
24 Resultados do processo de mobilização Criar um fórum permanente de articulação dos atores envolvidos na capacitação de RH em Farmácia Formatação de um projeto mobilizador (ProFar) a ser discutido com as diferentes esferas de governo O CGEE, que não formula políticas e não detém recursos de fomento, coloca-se como um espaço de prospecção em temas de importância estratégica para o País no campo da Ciência, Tecnologia e Inovação.
25 CGEE
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