Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa. Prof. Marcelo Delsoto

Documentos relacionados
Relação entre Risco e Retorno. Mensurando o Retorno

ANÁLISE E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. Índices de Rotação ou Atividades Índices de Prazos Médios

FUNDAMENTOS DE CAPITAL DE GIRO. João Victor

Fundamentos da Gestão do Capital de Giro. Paulo Diogo Remo Willame

Análise do Capital de Giro. Administração Financeira 4º Sem. Unipampa Prof. Silvia Flores

Prof Flávio S. Ferreira

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1

AdTranz Sistemas Eletromecânicos Ltda. Balanços patrimoniais (em Reais)

ANALISE DAS DEMONSGTRAÇÕES CONTÁBEIS

Análise dos indicadores econômicos e financeiros de um projeto de investimento

Alfredo Preto Neto Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos

Análise Financeira de Curto Prazo

Análise das Demonstrações Contábeis. Fabrício J. do Prado

GST0071- Administração Financeira

Finanças. Prof. Milton Henrique

Unidade II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Prof. Me. Evandro Rafael

Análise das Demonstrações Contábeis

RESPOSTAS CTB03MA - 1 NPC

EMPRESA MODELO S.A. A N Á L I S E F I N A N C E I R A. Analista Adm. Luiz Carlos de Araújo CRA 5671 / ES

O QUE É CAPITAL DE GIRO E DE QUE MANEIRA ELE AFETA A CRIAÇÃO (OU DESTRUIÇÃO) DE VALOR PARA O ACIONISTA

ÍNDICES DE LIQUIDEZ MÚLTIPLA ESCOLHA

Key Performance Indicators

Prof. Ronaldo Frederico

Contabilidade para não Contadores (Soluções dos Exercícios)

Unidade IV CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Balanço Patrimonial Grupo de Contas

Projeto Fiesp / Serasa

Decisões de Financiamento Curto Prazo. Capital Circulante Líquido

Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) Contabilidade Intermediária II Fucamp/2017

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 9- Unidade II - A análise tradicional das demonstrações contábeis. Prof.

1 BALANÇO PATRIMONIAL BP Atividades Práticas

Unidade IV AVALIAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

1. 1. Aspectos conceituais da contabilidade

1 BALANÇO PATRIMONIAL BP Atividades Práticas

GUIA DE EXERCÍCIOS. Análises e Índices de Empresas

27/3/2008. Normalmente são analisados em blocos de análises e inter-relacionados entre blocos.

Capítulo 12. Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais. Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111

ANÁLISE DE CAPITAL DE GIRO

Avaliação Presencial AP 3. Período /1º. Disciplina: Gestão Financeira. Coordenador: Fabrícia F. S. Constantino

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO

CQH. 2ª Reunião do Grupo de Indicadores Financeiros Hospitalares

Demonstrações Financeiras

ASSEMBLÉIA PARAENSE CNPJ /

Capital Circulante Líquido e Necessidade de Capital de Giro

Tabela 13 - Composição dos Outras Obrigações de março a junho de 2017

CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO RIO DE JANEIRO - CAU / RJ BALANCETE DE JANEIRO DE 2013

Não Ler Um Único Balanço e Tirar Conclusões. Objetivos da Análise. Objetivos da Análise. Metodologia de Análise. Análise Horizontal

Análise dos Relatórios Financeiros P RO FA. D R A. N ATÁ L I A D I N I Z MAGANINI

Unidade IV ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO. Envolve a administração dos elementos de giro da empresa.

MBA EM GESTÃO DE COMPRAS

Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A. Balanços patrimoniais

Demonstrações Contábeis

Contabilidade. Objeto, objetivo e finalidade. Bens. Conceito de Contabilidade. Conceitos iniciais - Ativo. Contabilidades específicas:

Balanço Patrimonial. Circulante Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas até o final do próximo exercício social.

Análise Vertical Cia Foot S/A

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2015 (Em R$ Mil)

Sumário. Capítulo 1. Demonstrações Contábeis...1

Contabilidade Avançada Prof. João Domiraci Paccez Exercício Nº 17

LES 0800 ORÇAMENTO EMPRESARIAL. SEMINÁRIO 1: Análise Econômica. Fernanda Trombim, Gabriel Ramos Gomes, Isabella Fray

4. Apure o valor da depreciação acumulada em 31/12/20015, sendo dados:

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE NOVEMBRO DE 2010 (Em R$ Mil)

Contabilidade ESTRUTURA PATRIMONIAL SITUAÇÃO LÍQUIDA (PATRIMÔNIO LÍQUIDO) FLUXO DE RECURSOS. Fluxo dos recursos SÍNTESE DO FUNCIONAMENTO DAS CONTAS

Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS EDITAL SEI DIRFACIC Nº 2/2018 Disciplina: CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA I GABARITO

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MAIO DE 2009 (Em R$ Mil)

Curso Fluxo de Caixa Realizado

Contabilidade Empresarial. Profa. Dra. Natália Diniz Maganini

ASSEMBLÉIA PARAENSE CNPJ /

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

Análise de Demonstrativos Financeiros. Luiz Ozorio

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE OUTUBRO DE 2009 (Em R$ Mil)

Atividade AH / AV. Análise das demonstrações contábeis 2017

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ PANATLANTICA S.A. Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE AGOSTO DE 2009 (Em R$ Mil)

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2014 (Em R$ Mil)

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 28 DE FEVEREIRO DE 2014 (Em R$ Mil)

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE NOVEMBRO DE 2009 (Em R$ Mil)

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE JANEIRO DE 2015 (Em R$ Mil)

Análise das Demonstrações Contábeis Aplicações Práticas

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E (Em R$ Mil) ATIVO

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ FRAS-LE S.A. Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

Administração de Empresas Análise das Demonstrações Contábeis PRIAD Prof. Alexandre Merofa Prof. Maxwell Lucena

FLUXO DE CAIXA. Administração Financeira aplicação de recursos. distribuição CONCEITOS. Fluxo de caixa previsão de: ingressos desembolsos

ASPECTOS AVANÇADOS NA ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA (PARTE III)

Prova laboratorio contabil II unifran

ÍNDICES DE ESTRUTURA PATRIMONIAL - Estáticos 2. PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL DE TERCEIRO (%)

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO DE 2009 (Em R$ Mil)

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 28 DE FEVEREIRO DE 2011 (Em R$ Mil)

Plano de Contas Simplificado para Empresas com Atividades Mistas

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE OUTUBRO DE 2013 (Em R$ Mil)

Lista de Exercícios com Gabarito Indicadores de Liquidez e Indicadores de Atividade

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2013 (Em R$ Mil)

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE NOVEMBRO DE 2015 (Em R$ Mil)

ITR - Informações Trimestrais - 30/09/ FRAS-LE S.A. Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

Demonstrações Contábeis. Osni Moura Ribeiro ; Contabilidade Fundamental 1, Editora Saraiva- ISBN

DECISÕES DE FINANCIAMENTOS E ESTRUTURA DE CAPITAL

Prof. Eduardo Alexandre Mendes UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Transcrição:

Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa Prof. Marcelo Delsoto

Capital de Giro Entender a importância dos prazos de rotação dos Ativos na gestão das empresas. Elaborar os quadros de Ciclo Operacional e o Ciclo Financeiro das empresas. Utilizar profissionalmente o resultado dos ciclos para a melhor gestão de Capital de Giro das empresas. Boa gestão do Capital de Giro, pode implicar um aumento do lucro ao final de cada exercício. Para se ter uma boa gestão do Capital de Giro, além de buscar financiamentos com juros baixos e comprar mercadorias com preços menores, um grande aliado, é a administração de prazos, de giro de estoque, de recebimentos e de pagamentos. Capital de Giro envolve um processo contínuo visando tomadas de decisões voltadas principalmente a preservação da liquidez da empresa.

Capital de Giro O Capital de Giro é composto pelo volume de bens que constituem o Ativo Circulante, considerando também as obrigações contabilizadas no Passivo Circulante. As contas de longo prazo e do PL, devem servir para financiar os bens do Ativo Permanente. Sendo assim, a empresa que tiver uma boa gestão dos recursos a curto prazo, poderá ter uma diferença significativa em sua lucratividade. A administração do Capital de Giro esta relacionada com os problemas de gestão dos ativos e passivos circulantes e com a inter-relações entre esses grupos patrimoniais.

Capital de Giro Fornecedores Compras Contas a Pagar MOD e outros insumos Estoque Imobilizado Produção Financiamentos Curto Prazo Estoque Produtos Acabados Vendas Contas a Receber Disponível

Captial Circulante Líquido Ativo Circulante em X1 = 6.000,00 Passivo Circulante em X1 = 5.000,00 Situação Financeira (SF) de Curto Prazo (Ativo Circulante x Passivo Circulante) AC > PC AC < PC AC = PC representa Situação Financeira Favorável representa Situação Financeira Desfavorável representa Situação Financeira Nula SF = AC - PC Capital Circulante Líq. = 6.000,00 5.000,00 = 1.000,00

Captial Circulante Líquido Indica a folga financeira da empresa, ou seja, a falta de Ativos Circulantes em relação aos Passivos Circulantes. Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante Passivo Circulante. Ativo Circulante Passivo Circulante R$ 6.000,00 R$ 5.000,00 Pulmão da empresa CCL = R$ 6.000,00 R$ 5.000,00 = R$ 1.000,00

Captial Circulante Líquido A boa gestão das contas operacionais, implica estudar cada uma delas, como: Manter níveis de estoque satisfatórios; Obter financiamentos para as necessidades de caixa com taxas de juros menores; Ter uma boa ação de cobrança, para reduzir ou zerar a inadimplência; Aplicar bem os recursos excedentes no caixa. Observação: Deve-se atentar na liquidez da empresa, pois: Liquidez em Excesso Liquidez Muito Baixa Demonstra falta de opções de investimentos. Dificulta aquisição de empréstimos e financiamentos.

Necessidade Líquida de Capital de Giro O número apontado pelo Capital Circulante Líquido (CCL) é um número muito crú, pois não identifica os prazos. Se os compromissos ocorrem antes do recebimento, pode gerar a empresa a recorrer a capital de terceiros. Dentre as contas do Ativo Circulante, existem as contas que compõem o Ativo Circulante Operacional (caixa, bancos, estoques, duplicatas a receber, etc.) Dentre as contas do Passivo Circulante, existem as contas que compõem o Passivo Circulante Operacional (fornecedores, impostos a pagar, salários a pagar, etc.) O Ativo Operacional é o investimento que decorre automaticamente das atividades de compra/produção/estocagem/venda. O Passivo Operacional é o financiamento, também automático, que decorre dessas atividades.

Necessidade Líquida de Capital de Giro O ciclo operacional consiste na captação de recursos a curto prazo, por meio das contas que representam crédito ou recursos financiados. No Passivo Operacional, as principais contas são: Obrigações Trabalhistas Obrigações Fiscais Fornecedores Adiantamento de Clientes Fontes de Capital de Giro (Financiamento Operacional) Esses recursos operacionais são investidos em estoque, duplicatas a receber e adiantamento a fornecedores, presentes no Ativo Circulante, como: Duplicatas a Receber Estoque Adiantamento a Fornecedores Aplicações de Capital de Giro (Investimentos Operacionais)

Determinação da Necessidade de Capital de Giro (NCG) A determinação da NCG e as análises das fontes de financiamentos, são uma estratégia de crescimento e lucratividade. NCG = ATC - PCO ou NCG = Contas a Receber + Estoque Contas a Pagar NCG = Necessidade Capital Giro PL CCL = Capital Circulante Líquido (Financiamento do CCL) EBCP = Empréstimos Bancários a Curto Prazo, Desconto de Duplicatas. CCP = Capital Circulante Próprio ELP = Exigível a Longo Prazo NCG CCL mais CCP mais ELP menos RLP + AP PL = Patrimônio Líquido AP = Ativo Permanente EBCP RLP = Realizável a Longo Prazo

Determinação da Necessidade de Capital de Giro (NCG) No Capital Circulante Líquido, podemos dizer que os recursos são oriundos das contas do Exigível a Longo Prazo e do Patrimônio Líquido. Para chegarmos ao valor utilizado do longo prazo ou capital próprio, utilizamos o cálculo do Financiamento do Capital Circulante Líquido (FCCL). FCCL = (ELP + PL) (RLP + AP) FCCL = Montante de recursos que financiam o Ativo Circulante e que não vieram do Passivo Circulante. Observação: Quanto maior for o CCL, menor será o risco de insolvência da empresa e menor serão as dívidas á curto prazo onerando as contas do Capital de Giro.

Determinação da Necessidade de Capital de Giro (NCG) No Capital de Giro, se a necessidade é negativa, ou seja, as fontes (origens) são superiores ás aplicações, a situação operacional da empresa é suficiente, ou seja, o financiamento interno banca todo o investimento em estoque e vendas. (Não há a necessidade de captação de recursos externos). No Capital de Giro, se a necessidade é positiva, indica que a empresa necessita de investimentos em estoque e vendas (isso porque precisa de mais resultados caixa) e não possui financiamento interno suficiente, tendo que arcar com o ônus dos recursos externos (Instituições Financeiras). Observar a composição das contas do Ativo Circulante, pois, se o grande volume for de estoques e estes forem obsoletos, como exemplo, pode se ter uma falsa impressão ao analisarmos o resultado do indicador.

Determinação da Necessidade de Capital de Giro (NCG) Quadro 01 Quadro 02 Fontes Necessidades Fontes Aplicações Aplicações Quadro 01 Fontes > Aplicações Financeiras = tranquilidade financeira. Quadro 02 Aplicações > Fontes = Necessidade de buscar recursos externos, onerando as operações da empresa.

Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa Ciclos são medidas de prazos ocorridas com seus Ativos, como: Prazo Médio de Rotação dos Estoques; Prazo Médio de Recebimento das Vendas; Prazo Médio de Pagamento das Compras. A combinação destes índices, nos leva aos ciclos da empresa.

Prazo Médio de Rotação de Estoques (PMRE) PMRE = Giro Médio dos Estoques, ou seja, o tempo de compra e estocagem. Nas empresas comerciais, o PMRE, corresponde ao período compreendido desde a compra das mercadorias até o momento de suas vendas (á vista ou á prazo). Nas indústrias, o PMRE, engloba as matérias-primas e outros materiais de produção, como também os produtos em elaboração correspondente a mão-de-obra direta e custos indiretos. PMRE = Estoques x DP Custo das Mercadorias Vendidas DP = Dias de Período, ou seja, se estivermos considerando o CMV de um ano, por exemplo, o DP será de 360 dias.

Prazo Médio de Recebimento de Vendas (PMRV) Tem a finalidade de apresentar o prazo médio do recebimento do valor das vendas praticadas num determinado período. PMRV = Duplicatas a Receber x DP Receita de Vendas Reflete o intervalo de tempo entre a venda a prazo das referidas mercadorias ou produtos e as entradas de caixa provenientes da cobrança das duplicatas. Vendas Diárias Recebimento Diário Nível determinado por PMRV Duplicatas a Receber Caixa

Prazo Médio de Pagamento de Compras (PMPC) É o tempo médio que a empresa tem para pagar suas compras a prazo. É o período que a empresa possui para utilizar suas matériasprimas ou mercadorias antes de pagá-las. PMPC = Fornecedores x DP Compras A boa gestão do prazo de rotação podem representar significativos ganhos de lucratividade, na medida que forem reduzindo os recursos de terceiros e, consequentemente, ocasionando menos juros, sem alterar sua estrutura de custo. Observação: DP significa Dias de Período. Compras = CMV Estoque Inicial + Estoque Final

Ciclo Operacional É o intervalo de tempo entre a compra das matérias-primas ou mercadorias e o recebimento das vendas. É o tempo real do processo operacional, entre comprar, armazenar, produzir, novamente armazenar (Produto Acabado), vender, entregar e receber o produto da venda. Ciclo Operacional = PMRE + PMRV sendo: PMRE = Estoques x DP Custo das Mercadorias Vendidas PMRV = Duplicatas a Receber x DP Receita de Vendas

Ciclo Operacional É o tempo real do processo operacional, entre comprar, armazenar, produzir, novamente armazenar (Produto Acabado), vender, entregar e receber o produto da venda.

Ciclo Operacional Exemplo: Dados: Estoque 44.000,00 CMV 362.000,00 Duplic. Receber 98.000,00 Vendas 687.000,00 Ciclo Operacional = PMRE + PMRV PMRE = 44.000,00 x 360 = 43,7 dias. 362.000,00 PMRV = 98.000,00 x 360 = 51,3 dias. 687.000,00 Ciclo Operacional = 43,7 + 51,3 = 95 dias. O tempo de operação da empresa é de 95 dias, ou seja, este é o tempo entre a compra e o recebimento da vendas.

Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro É o período de necessidade do Capital de Giro, pois se inicia no pagamento dos fornecedores e termina com o recebimento das vendas. É o tempo de comprar, armazenar, produzir, novamente armazenar (Prod. Acabado), vender, entregar e receber o produto da venda, porém, descontando o período de pagamento aos fornecedores. Ciclo Financeiro = PMRE + PMRV - PMPC ou Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional - PMPC Observação: Não existindo a conta Compras no BP, utilize a seguinte fórmula para encontrar seu respectivo valor: CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque final

Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro Exemplo: Dados: Estoque (2006) 47.300,00 Estoque (2007) 44.000,00 CMV 362.000,00 Duplic. Receber 98.000,00 Vendas 687.000,00 Compras 358.700,00 Fornecedores (DP) 56.300,00 Compras = CMV Estoque Inicial + Estoque Final PMRE = 44.000,00 x 360 = 43,7 dias. 362.000,00 PMRV = 98.000,00 x 360 = 51,3 dias. 687.000,00 PMPC = 56.300,00 x 360 = 56,5 dias. 358.700,00

Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro Ciclo Financeiro = PMRE + PMRV - PMPC Ciclo Financeiro = 43,7 + 51,3 56,5 = 38,5 dias. Neste exemplo, percebemos que a empresa possui uma necessidade de Capital de Giro para operar de 38,5 dias. Caso a empresa possua recursos no seu Capital Circulante Líquido (CCL), terá folga financeira, caso contrário, deverá contrair empréstimos externos, junto a instituições financeiras e de créditos, gerando encargos financeiros (juros).

Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro PMRE = 43,7 dias. PMRV = 51,3 dias. PMPC = 56,5 dias. CC = 38,5 dias. 95 dias.

Giro de Caixa e Desembolso Financeiro Muito utilizado na administração de tesouraria da empresa. Evidencia como algumas alterações nos prazos de rotação dos Ativos podem influenciar na geração de lucro, na medida em que reduzirem as despesas financeiras. Sendo: Desembolso Operacional Constitui o que a empresa despende em relação a sua atividade operacional. São os pagamentos necessários á operação da empresa como: fornecedores, salários, tributos, energia elétrica, leasing, gastos administrativos, etc. Observação: Tesouraria é a área da empresa responsável por todos os assuntos financeiros da instituição.

Giro de Caixa e Desembolso Financeiro Giro de Caixa É a quantidade de vezes em que o caixa girou no período de análise. Representa quantas vezes o caixa movimenta-se por ano na empresa em função do seu ciclo financeiro. Exemplo: Suponha que o ciclo financeiro da empresa seja de 60 dias, nesse caso, o Giro de Caixa seria equivalente a 06 vezes ao ano (360 dias / 60 dias). Quanto maior for o Giro de Caixa, melhor para a empresa, pois irá necessitar de menos Capital de Giro para suprir o caixa.

Caixa Operacional Giro de Caixa e Desembolso Financeiro É o montante de recursos necessários, considerando quantas vezes haverá giro no período, para custear o desembolso operacional. Examplo: Dados CMV 362.000,00 Despesas com Vendas 12.000,00 Despesas Administrativas 174.300,00 Impostos sobre Vendas 22.700,00 Impostos sobre Lucro 15.500,00 Desembolso Operacional 586.500,00 A determinação do caixa mínimo operacional é necessário para calcular o custo de oportunidade dos recursos utilizados nas atividades operacionais.

Giro de Caixa e Desembolso Financeiro Caixa Operacional Item Fórmula Situação Atual Alterando os Prazos PMRE (Estoque/CVM) x DP 43,7 dias 35 dias PMRV (Dup. Receber./Rec. Vendas) x DP 51,3 dias 40 dias PMPC (Fornec. / Compras) x DP 56,5 dias 60 dias Ciclo Financeiro PMRE + PMRV - PMPC 38,5 dias 15 dias Giro do Caixa (360 dias/cf) 360 dias / Ciclo Financeiro 9,35 vezes aa 24 vezes aa Desembolso Operacional Desemb. Operacional 586.500,00 586.500,00 Caixa Operacional (DO/GC) Desemb. Oper. / Giro do Caixa 62.727,27 24.437,50 Taxa Financeira - 13% aa (CO x TF) Caixa Oper. x Taxa Financeira 8.154,54 3.176,87 Situação Atual: Para suprir as necessidades financeiras da empresa, é necessário R$ 62.727,27 por ano, devido seu Giro de Caixa ser de 9,25 vezes aa, em função de haver um Ciclo Financeiro de 38,5 dias, gerando uma despesa financeira de R$ 8.154,54.

Giro de Caixa e Desembolso Financeiro Giro de Caixa e Desembolso Financeiro Caixa Operacional Item Fórmula Situação Atual Alterando os Prazos PMRE (Estoque/CVM) x DP 43,7 dias 35 dias PMRV (Dup. Receber./Rec. Vendas) x DP 51,3 dias 40 dias PMPC (Fornec. / Compras) x DP 56,5 dias 60 dias Ciclo Financeiro PMRE + PMRV - PMPC 38,5 dias 15 dias Giro do Caixa (360 dias/cf) 360 dias / Ciclo Financeiro 9,35 vezes aa 24 vezes aa Desembolso Operacional Desemb. Operacional 586.500,00 586.500,00 Caixa Operacional (DO/GC) Desemb. Oper. / Giro do Caixa 62.727,27 24.437,50 Taxa Financeira - 13% aa (CO x TF) Caixa Oper. x Taxa Financeira 8.154,54 3.176,87 Situação com Prazos Alterados: Percebe-se que com o prazo de estoques e de recebimento reduzidos e o prazo de pagamento aumentado, provavelmente através de negociação com fornecedores e clientes, o Ciclo Financeiro caiu de 38,5 dias para 15 dias, resultando num Giro de Caixa maior, de 24 vezes aa, dando a empresa, uma significativa redução do caixa operacional e, consequentemente, da despesa financeira de R$ 8.154.54 para R$ 3.176,87 no período.

Trabalho Individual para entrega. Obrigado a todos! Prof. Marcelo Delsoto (19) 9688 1798