VIABILIDADE ECONÔMICA PARA PRODUÇÃO DE ROSAS EM CASA DE VEGETAÇÃO RESUMO

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Transcrição:

VIABILIDADE ECONÔMICA PARA PRODUÇÃO DE ROSAS EM CASA DE VEGETAÇÃO NUNES, D. C¹.; DE FRANÇA, P. C¹.; REZENDE, R. C². 1. Mestrandas em Engenharia Agrícola Universidade Estadual de Goiás. 2. Prof. DSc, Eng. Agrícola Universidade Estadual de Goiás, UEG/Anápolis Brasil. RESUMO O presente trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade econômica para a produção de rosas em casa de vegetação, na cidade de Joanápolis GO, visto que é uma atividade que exige altos investimentos por unidade de área, porém proporciona retornos mais rápidos. A área utilizada será de 1,5 ha, onde serão construídas 20 casas de vegetação para o cultivo de rosa (Rosea sp.) híbrida de chá, para corte, com dimensões de 3,5 m de altura, 5,2 m de largura e 40,0 m de comprimento, onde serão cultivadas 38 dúzias de rosas por casa de vegetação, um galpão de recepção e preparo das rosas para a distribuição comercial, uma câmara refrigerada, um escritório, um refeitório e um vestuário. Os métodos utilizados para verificação do tempo de retorno do investimento foram os métodos de Payback: PBS, PBD (VP) e PBD (SP). Ainda foram calculados o VPL, TIR e IL para a verificação da viabilidade econômica. O tempo de retorno do investimento para este projeto, considerando o PBD (SP), foi de dois anos e dois meses, tendo este ficado dentro do prazo de análise do projeto, o que torna o investimento viável. A taxa interna de retorno (TIR) foi de 48,16% e o índice de lucratividade (IL) resultou em 2,14. Introdução A floricultura abrange o cultivo de flores e plantas ornamentais com diversos fins, incluindo desde as culturas de flores para o corte à produção de mudas arbóreas. A produção mundial de flores ocupa uma área estimada em 190 mil hectares e movimenta valores próximos a US$ 16 bilhões por ano na produção e cerca de US$ 44 bilhões por ano, no varejo. Cresceu 10% ao ano durante a última década do Século XX (LIMA, 2005) e está se tornando um segmento econômico de grande importância na visão da Organização Mundial do Comércio (OMC). O segmento de flores de corte é o mais expressivo, seguido pelo

de plantas vivas, bulbos e folhagens. (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2008). Em 2003, do total movimentado no mercado mundial, 42,8% do volume global de vendas correspondeu ao segmento de flores de corte; 39,8%, representaram transações efetuadas com plantas vivas; 8,8% derivaram de vendas internacionais de bulbos e 8,6%, os negócios realizados com folhagens (IBRAFLOR, 2005). A floricultura brasileira é hoje uma atividade econômica importante no agronegócio do País. O potencial de expansão da atividade, voltada tanto para o mercado interno como para exportação, é enorme e oferece oportunidades promissoras. O Brasil possui clima e solo apropriados à produção de flores temperadas e tropicais, o que vem proporcionando um aumento da área cultivada, que superou cinco mil hectares em 2004, com produção realizada a céu aberto, estufas e telas. Dentro do agronegócio a floricultura movimenta, ao longo de toda a cadeia produtiva, cerca de US$ 2 bilhões por ano. Nessa atividade, entre as 200 espécies de flores mais cultivadas no país, cerca de 160 são tropicais (SEBRAE, 2003). A rosa é uma planta de clima temperado, pertencente á família Rosácea. Como toda espécie hortícola, exige tratos culturais intensivos. A estufa é peça fundamental na atividade e tem como função proteger as flores contra as intempéries do tempo, permitindo a produção de flores com qualidade o ano inteiro, mesmo em regiões mais frias. O cultivo protegido de rosas tem se constituído em uma realidade na produção de rosas, apresentando as seguintes vantagens: maior rendimento por área; melhor qualidade do produto; menor incidência de pragas e doenças; maior facilidade de execução dos tratos culturais; melhor programação da produção; ciclos mais curtos, em decorrência de melhor controle ambiental; redução de perdas de nutrientes por lixiviação, escorrimento, volatilização e fixação, resultando inclusive no uso mais racional dos fertilizantes. Como desvantagem deve-se considerar o custo mais elevado de implantação do sistema. As roseiras são divididas em sete grupos: híbridas de chá, sempre floridas, miniaturas, rasteiras, arbustivas, trepadeiras e cercas vivas. O produtor deve escolher qual a finalidade das rosas que deseja produzir e que variedades terão um bom escoamento de produção. As híbridas de chá são as rosas mais cultivadas para corte. As rosas exportadas pelo Brasil originam-se principalmente do Ceará (82,45%), de São

Paulo (13,23%) e de Minas Gerais (4,32%). As flores cearenses destinam-se especialmente à Holanda (76,63%), seguida de Portugal (21,54%), além de Canadá e Espanha. Já as rosas paulistas foram direcionadas para Portugal (71,86%), EUA (13,44%), Holanda (5,78%), Chile (6,91%) e Rússia (2,01%). As rosas mineiras, originadas da região de Barbacena, onde a roseicultura encontra-se em franco processo de recuperação, seguiram exclusivamente para Portugal (HORTICA, 2007). Material e Métodos O trabalho foi projetado para uma propriedade no Município de Joanápolis-GO. A área utilizada será de 1,5 ha, onde serão construídas 20 casas de vegetação para o cultivo de rosa (Rosea sp.) híbrida de chá, para corte, com dimensões de 3,5 m de altura, 5,2 m de largura e 40,0 m de comprimento, onde serão cultivadas 38 dúzias de rosas por casa de vegetação, um galpão de recepção e preparo das rosas para a distribuição comercial, uma câmara refrigerada, um escritório, um refeitório e um vestuário. Inicialmente foi realizado um levantamento sobre o cultivo de rosas em casa de vegetação e posteriormente, montado um projeto técnico, onde foi descrito todas as necessidades para a produção de rosas, como tratos culturais, projeto de irrigação, determinação do tamanho dos canteiros para a projeção das casas de vegetação, preparo inicial do solo, manutenção do roseiral, controle fitossanitário e etc. Investimento inicial foi composto pelo custo da terra, de R$ 15.625,01, a uma taxa de juro de 6%, gerando um custo de oportunidade de 937,50, totalizando R$ 16.562,51, despesas para constituição de empresa (junta comercial do estado, corpo de bombeiros, uso do solo e numeração (Prefeitura Municipal), taxa de licença para construção (Prefeitura Municipal) e honorário de contábeis) a R$ 2.356,00, edificações com custo de R$ 61.440,00, despesas operacionais a R$ 3.437,00, móveis e utensílios a R$ 6.075,00, instalação de equipamentos (casa de vegetação, sistema de irrigação, sistema de eletrificação, câmara refrigerada) a R$ 131.226,15, veículo com custo de R$20.000,00, para transporte de mercadorias e aquisição de 760 dúzias de matrizes para início da produção a R$4.560,00, totalizando um investimento inicial de R$ 245.657,16. A mão-de-obra fixa, já calculada com encargos sociais a 70%, foi fixada a um total de R$ 279.786,00 por ano, incluindo a remuneração do empresário - proprietário. Para as estufas,

benfeitorias e construções, equipamentos, veículos, móveis e utensílios adotou-se o método linear de depreciação, o mesmo utilizado pela Receita Federal, ilustrada na Tabela 1. Tabela 1: Quota de depreciação a ser registrada na escrituração da pessoa jurídica. Bens Prazo de vida útil (anos) Taxa anual de depreciação Instalações 10 10% Edificações 25 4% Construções pré-fabricadas 25 4% Máquinas e equipamentos 10 10% Instrumentos e aparelhos de medição 10 10% Móveis e utensílios 10 10% Veículos para transportes de mercadorias 4 25% Automóveis de passageiros 5 20% Sistemas de processamento de dados 2 50% Fonte: Instrução Normativa SRF nº 162, de 31 de dezembro de 1998, Artigo 1. Depreciações autorizadas, Tabela reduzida. Os custos variáveis de produção, considerados como aqueles itens diretamente envolvidos no processo de produção, compõem-se das despesas em operação de máquinas, despesas com fertilizantes e defensivos, gastos administrativos, como conta telefônica, energia, água, combustível. A receita anual foi calculada com base na sazonalidade do produto, realizando então uma distribuição de venda ao longo do ano, de acordo com a procura e oferta do mesmo. Para a montagem do fluxo de caixa temos no ano zero o capital investido (R$ 245.657,16), Para os demais anos (Ano 1 a 5) foi realizada a subtração do total da receita anual com o total das despesas anual. O prazo de análise do investimento é de 5 anos e para verificar o tempo de retorno foram utilizados o método do Payback Simples (PBS) e os métodos do Payback Descontado Valor Presente e Saldo do Projeto, PBD (VP) e PBD (SP), respectivamente. Para o PBD (VP), em cada ano do fluxo de caixa do projeto acumula-se o valor presente dos capitais do fluxo de caixa do ano zero até o ano de cálculo, e para PBD (SP), em cada ano, ao saldo do projeto do ano anterior é adicionado os juros de um ano e o retorno desse ano. Posteriormente foi calculado a TIR (taxa interna de retorno), que é a taxa de juro que zera o valor presente líquido do fluxo de caixa do investimento. O período da TIR é igual à periodicidade de ocorrência dos capitais do fluxo de caixa. O índice de lucratividade (IL), também foi verificado, visto que o método do VPL (valor presente líquido) fornece um resultado de valor monetário, quando o IL mostra um

valor relativo, como porcentagem. Pois ao comparar projetos de investimentos utilizando apenas os respectivos VPL s, não se tem nenhuma referência quanto ao valor investido no projeto, sendo o IL eficiente para resolver essa deficiência. Resultados e Discussão Através dos métodos de Payback Simples e Descontado foi possível verificar o tempo necessário para recuperar o capital investido, a partir do fluxo de caixa que foi estimado. Como pelo método do Payback Simples não se considera o tempo, então o retorno do investimento é mais rápido, sendo assim o método de Payback Descontado é mais real. Pelo PBS, o retorno do investimento aconteceu dentro de um prazo de 1 ano e 10 meses. Para os Paybacks Descontado, PBD (VP) e PBD (SP), o tempo de retorno é de 2 anos e 2 meses, ratificando o que SÃO PAULO (1992) afirma: A floricultura é uma atividade que exige altos investimentos por unidade de área, grande utilização de mão-de-obra e emprego de tecnologia de ponta, porém proporciona retornos mais rápidos frente a muitos outros setores da agricultura". O valor presente líquido (VPL), para este projeto foi de R$ 300.681,21, o que representa que este projeto deve ser recomendado, pois o VPL sendo maior que zero, o investimento será recuperado dentro do prazo de análise, remunerado a uma taxa k, que para este projeto foi considerada a taxa utilizada pelo financiamento FCO Operações Rurais, de 7,25% ao ano. Através do perfil do VPL, foi possível gerar o gráfico 1, onde mostra a Taxa Interna de Retorno (TIR). A TIR encontrada foi de 48,16%, mostrando a alta viabilidade para este projeto. Sendo esta a taxa mínima requerida para que o VPL do fluxo de caixa do projeto de investimento seja igual à zero. O índice de lucratividade (IL) resultou em 2,14. Para cada R$1,00 investido, será gerado um lucro extra de R$1,14.

Perfil do VPL 500000,00 400000,00 Valor monetário em R$ 300000,00 200000,00 100000,00 0,00 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Série1-100000,00-200000,00 Gráfico 1: Perfil do Valor Presente Líquido (VPL). Conclusão O tempo de retorno do investimento para este projeto, considerando o PBD (SP), foi de dois anos e dois meses, tendo este ficado dentro do prazo de análise do projeto, o que torna o investimento viável. A taxa interna de retorno (TIR) foi de 48,16% e o índice de lucratividade (IL) resultou em 2,14. Bibliografia HORTICA; Exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais: projeções indicam novo recorde para 2007. Disponível em: <http://www.hortica.com.br/artigos/2007primersemestr.pdf > Acesso em Maio de 2008. IBRAFLOR. Plano estratégico para as exportações de flores e plantas ornamentais do Brasil Relatório final. Janeiro de 2005. LIMA, C. Ricardo. Perfis Econômicos e Construção de Cenários de Desenvolvimento Para o Estado de Pernambuco, com Ênfase na Mesorregião da Zona da Mata: Perfil Econômico e Cenários de Desenvolvimento para a Cadeia Produtiva de Floricultura. Recife, jul- 2005. 60 p. MAPA MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. SÃO PAULO, Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Composição da Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo: regimento interno. São Paulo, CATI, 1992. SEBRAE-PE. Projeto Setorial Integrado de Promoção das Exportações de Flores e Folhagens de Corte de Pernambuco PSI. Recife, 2003.