AULA 2. Morfologia de Leguminosas e Gramíneas Forrageiras

Documentos relacionados
Morfologia de Gramíneas e Leguminosas Forrageiras

Morfologia de Gramíneas e Leguminosas Forrageiras

MORFOLOGIA DE GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS

Principais famílias: 28/05/2015 MORFOLOGIA. Morfologia de Leguminosas e Gramíneas Forrageiras. Poaceae (gramíneas) grama, pastagem.

Principais características de gramíneas e leguminosas

Disciplina Forragicultura

AVALIAÇÕES CHAMADA E FREQUÊNCIA LIVROS. Importância do estudo de plantas forrageiras DISCIPLINA DE FORRAGICULTURA 06/09/2016

Forragicultura e Pastagens

Aspectos de Forma em Plantas Forrageiras

Universidade de São Paulo

MORFOLOGIA DE LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS

Estrutura e Desenvolvimento da Raiz e Caule

Morfologia de gramíneas

Gramíneas Forrageiras

UNIDADE 01 TRIGO Botânica e morfologia do trigo

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Características morfológicas, fisiológicas e agronômicas de plantas forrageiras

Angiospermas. Monocotiledôneas

ORGANOLOGIA VEGETAL VEGETATIVOS: Raízes, caules e folhas. REPRODUTIVOS: Flores, sementes e frutos.

A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de

USO DA ESCALA BBCH MODIFICADA PARA DESCRIÇÃO DOS ESTÁDIOS DE CRESCIMENTO DAS ESPÉCIES DE PLANTAS DANINHAS MONO- E DICOTILEDÔNEAS

Angiospermas. Monocotiledôneas

Conceitos básicos sobre pastagens e sementes para sua formação

Pastagens. Área de pastagem no Brasil. (ANUALPEC 2009 e IBGE 2010) 122 milhões de hectares. Espécies cultivadas

Produtividade: Interação entre Adubação Fosfatada de Pastagens e Suplementação Mineral

ALTERNATIVAS ALIMENTARES PARA CAPRINOS E OVINOS NO SEMIÁRIDO. Márcio José Alves Peixoto Agrônomo D.Sc. Coordenador de Pecuária / SDA

SISTEMÁTICA DE MONOCOTILEDONEAS

BOTÂNICA GERAL. Iane Barroncas Gomes Engenheira Florestal, Mestre Professora Assistente CESIT- UEA

MANEJO DE PLANTAS FORRAGEIRAS TROPICAIS PARA PRODUÇÃO DE FORRAGENS CONSERVADAS. CINIRO COSTA Prof.: Forragicultura e Pastagens FMVZ - UNESP Botucatu

SISTEMÁTICA DE MONOCOTILEDÔNEAS. Prática - 1ª Semana

MORFOLOGIA E ANATOMIA DO CAULE

MORFOLOGIA E ANATOMIA DO CAULE

Pastagem para ovinos e caprinos

Gramíneas do Gênero Cynodon

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JULIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS CÂMPUS DE JABOTICABAL

Aulas 8 e 9. Morfologia Vegetal (Evolução e padrões anatômicos e fisiológicosobservados nos seres vivos). Parte I: Raiz e Caule.

Disciplina: BI62A - Biologia 2. Profa. Patrícia C. Lobo Faria. Germinação da semente, morfologia das folhas.

Semente de Brachiaria Ruziziensis (Pastejo, fenação e cobertura morta para plantio direto)

Uso de Adubos Verdes na Agricultura Familiar. Semestre 2018/1 Professor: - Fernando Domingo Zinger

Gramíneas Perenes de Inverno

Jardinagem e Meio Ambiente. Conhecer Gostar - Respeitar - Preservar

Raiz. Geralmente subterrânea, mas podem ser aquática e áreas. Função de sustentação, fixação da planta e absorção de água, sais minerais e seiva.

7,2% SISTEMAS DE ENGORDA SUPLEMENTAÇÃO PARA BOVINOS DE CORTE. Valor nutritivo. Luis Fernando G. de Menezes Tiago Venturini. engorda.

Estratégias de Alimentação Anual de Rebanhos Bovinos Leiteiros e de Corte e Ovinos MAÍRA SCHEID THIAGO LUIS ROCKENBACH

Plantio do amendoim forrageiro

GRAMÍNEAS FORRAGEIRAS PERENES DE INVERNO

CONHEÇA NOSSOS PRODUTOS ANOS

Classificação dos tipos de inflorescências

Formação e manejo de pastagem

DIFERIMENTO DE PASTAGENS

MORFOLOGIA E ANATOMIA DA FOLHA

Curso de Pós-Graduação em Estratégias Integradas para Pecuária de Corte: Produção, Eficiência e Gestão

CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE QUATRO GENÓTIPOS DE TREVO BRANCO (Trifolium repens) NA REGIÃO DA CAMPANHA-RS

Ruminantes. Ovinicultura e caprinicultura: Alimentação e Nutrição. Bovinos Ovinos Caprinos. Bufalos Girafas Veados Camelos Lamas

INSTITUTO DE ZOOTECNIA - IZ

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA PRODUÇÃO DE LEITE EM SISTEMAS PASTORIS

PRODUÇÃO DO CAPIM TANZÂNIA NO MUNICÍPIO DE POMBAL-PB

Adubos verdes para Cultivo orgânico

Consórcio de milho com braquiária: aspectos práticos de implantação. Intercropped corn-brachiaria: practical deployment.

BANCO DE PROTEÍNAS COMO ALTERNATIVAS PARA A ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS NO PERÍODO SECO, COM E SEM IRRIGAÇÃO

A Cultura da Cana-de-Açúcar

MILHO PARA SILAGEM E SEU EFEITO SOBRE O MANEJO DO SOLO. Dr. Rodrigo Pizzani

Bancos de proteína abandonados o que fazer frente aos desafios e inovações atuais do setor?

SISTEMÁTICA DE MONOCOTILEDÔNEAS. Prática - 1ª Semana

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

Espécies forrageiras exóticas. Forragicultura e pastagens Prof. Eduardo Bohrer de Azevedo

Conhecendo a planta de trigo

plants/ipimovies.html

Ficha de estudo. A Montanha perto de Ti A FOTOSSÍNTESE. O que é a Fotossíntese?

Morfologia Vegetal INFLORESCÊNCIAS

Priscila Bezerra de Souza

Gramíneas do Gênero Cynodon

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas IFAM Campus Itacoatiara Morfologia Vegetal

Importância das Pastagens na Produção de Leite dos Campos Gerais

Uma das maneiras de reduzir os efeitos da

Pastagens consorciadas

Manejo de plantas daninhas na cultura de cana-de-açúcar

PASTAGEM 0 0 Leonardo

Comunicado Técnico. Características Agronômicas das Principais Plantas Forrageiras Tropicais. A Gramíneas. Gênero Brachiaria. Brachiaria decumbens

Controle harmônico de divisão e diferenciação

Coleta da Amostra de Tecido Foliar

Escolha da Espécie Forrageira

Apresentação da disciplina. Forragicultura e pastagens Prof. Eduardo Bohrer de Azevedo

Estruturas. caule e folha

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Crescimento e desenvolvimento. Crescimento e desenvolvimento. Onde tudo começa? Crescimento e desenvolvimento

Morfologia Vegetal. O corpo da planta

SUPLEMENTAÇÃO ENERGÉTICA DE NOVILHOS DE CORTE SOBPASTEJO NO RIO GRANDE DO SUL

Nutrição do Gado de Cria no Inverno e no Período Reprodutivo

Planejamento Alimentar na Bovinocultura Leiteira

SEMENTE, GERMINAÇÃO E PLÂNTULAS

AULA 10 CAPÍTULO 10 RAIZ

COOPERCITRUS SIMPÓSIO DE ALTA TECNOLOGIA / 2018

Profa. Juliana Schmidt Galera

Estudo dos órgãos vegetais. Prof Leandro Penitente

Leguminosas. Sementes nutritivas para um futuro sustentável. Hélder Muteia Representante da FAO em Portugal/CPLP

CULTIVO E ESTABELECIMENTO DA ALFAFA

PRODUÇÃO DE MASSA SECA TOTAL ACUMULADA E DE LÂMINA FOLIAR E TAXA DE ACÚMULO DE AMENDOIM FORRAGEIRO E HEMARTRIA NO CICLO DE PRODUÇÃO 2014/2015.

Manejo de pastagens Consumo de forragem

Morfologia Vegetal. Dra. MARIANA ESTEVES MANSANARES Departamento de Biologia Setor de Botânica Sistemática Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Transcrição:

AULA 2 Morfologia de Leguminosas e Gramíneas Forrageiras

Terminologia em Forragicultura Forragicultura: Estudo das plantas forrageiras. (????) Forragem: Partes aéreas de uma população de plantas herbáceas, que podem servir na alimentação dos animais em pastejo, ou colhidas e fornecidas.

Relvado: População de plantas herbáceas (forrageiras). Dossel

Pastagem: Unidade de manejo de pastejo, fechada e separada de outras áreas por cerca ou barreira. Contém bebedouro e cocho para sal.

Pasto: Forrageira que está disponível na pastagem.

Piquete: Área de pastejo correspondente a uma subdivisão da pastagem, fechada e separada de outras áreas.

Pastejo: Ato de desfolhar a planta enraizada no campo, realizada pelos herbívoros. Para o animal envolve busca, apreensão e ingestão.

Suplemento: Aquilo que serve para suprir. O que se dá a mais. Parte que se junta a um todo para ampliar. Volumoso: Todo alimento de baixo valor energético por unidade de peso, principalmente em virtude de seu elevado teor em fibra bruta, ou em água. Todo alimento que possui >18% FB. Pode ser subdividido: 1) Forragem seca (feno, palhas, etc...); 2) Forragem aquosa ou úmida (silagem, pasto, etc...). Concentrado: Todos os alimentos que contém alto teor em energia utilizável por unidade de peso, graças ao teor de amido, gordura e proteína (16-20%PB) e, baixo teor de fibra (<18%FB) Minerais: macro e microminerais

Início da suplementação visando maior produtividade

Cenário da propriedade rural empresa

Área de pastagem no Brasil (ANUALPEC 2003) Espécies cultivadas Espécies nativas 115 milhões de hectares 140 milhões de hectares 167 milhões de cabeças de bovinos 7 milhões de toneladas de equivalente carcaça

A escolha de uma espécie forrageira requer conhecimento de suas características de adaptação ao meio, formas de utilização, valor nutricional, possibilidades de consorciação, entre outras.

Parâmetros para Efetuar a Escolha da Espécie A importante decisão de qual espécie plantar deve ser tomada a partir da análise de diversos fatores que interagem entre si, tais como: Tempo útil da pastagem; Condições particulares de clima e solo; Produção forrageira; Valor nutritivo das plantas forrageiras; Exigências nutricionais dos animais; Época e forma de utilização dos recursos forrageiros; Custos de produção.

Principais atributos desejáveis na planta forrageira Produção de forragem (material verde ou material seco); Valor nutritivo (composição química e digestibilidade) e aceitação pelo animal (palatabilidade); Persistência; Facilidade de propagação e estabelecimento Resistente à pragas e doenças.

Recursos: Solo Clima Planta Forragem produzida Forragem consumida Produto animal Crescimento Utilização Conversão Hodgson, 1990 PRODUÇÃO

Pastejo seletivo A preferência dos ruminantes em pastejo é função de interações complexas, envolvendo aspectos morfológicos, composição química das plantas, bem como os efeitos pós ingestivos experimentados pelos animais (BURNS et al., 2001). Além disso, a evolução do hábito alimentar levou a modificações na anatomia da boca, dentes em função do tipo de alimento consumido, bem como as estratégias de digestão.

Processos pelos quais a aversão condicionada reduz a aceitabilidade de plantas e a probabilidade de consumo. LAUNCHBAUGH, 1996

Principais atributos desejáveis na planta forrageira Produção de forragem (material verde ou material seco); Valor nutritivo (composição química e digestibilidade) e aceitação pelo animal (palatabilidade); Persistência; Facilidade de propagação e estabelecimento Resistente à pragas e doenças.

MORFOLOGIA É o estudo das características físicas (estrutura externa) das plantas. Do grego = "morphe" (forma) + "ology" (estudo)

MORFOLOGIA A morfologia das plantas tem o propósito não apenas biológico, mas pode auxiliar nas decisões de manejo da forrageira; As características físicas refletem os componentes de produção da planta (por exemplo: número de perfilhos, número de folhas, tamanho das folhas); É a base para a identificação das plantas especialmente através das folhas, flores e sementes; É baseada em terminologia descritiva padronizada.

A Família das Gramíneas POACEAE (GRAMINEAE) Reino: vegetal; Divisão: Spermatophyta; Subdivisão: Angiospermae; (Magnoliophyta) Classe: Monocotyledoneae (Liliopsida); Sub classe: Commelinidae Ordem: Graminales; Família: Poaceae Subfamílias: Festucoideae e Panicoideae. Gênero: Panicum, Cynodon, Brachiaria, etc.

Botânica de Gramíneas - Poaceae Importância na Agropecuária Família mais importante na agricultura, produzindo: cereais (75% originado de trigo, arroz e milho; fornecem 50% da proteína e 60% da energia a alimentação); e produzindo forragem para os ruminantes; Compreende 700 gêneros e 12.000 espécies; Presentes em diversas situações ambientais;

Pastos e savanas compreendem 20% da vegetação que cobre a terra. Algumas gramíneas mais conhecidas são: milho (Zea mays) trigo (Triticum aestivum) arroz (Oryza sativa) Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) Braquiária (Brachiaria brizantha)

Sistema radicular Refere-se ao total de todas as raízes da planta. Parte inferior da planta por onde se fixa no solo e retira sua nutrição. Principais Funções: 1) Absorção de água e minerais; 2) Sustentar a planta no solo; 3) Armazenar nutrientes.

Sistema radicular Há dois tipos básicos de sistema radicular: 1) Sistema radicular pivotante (leguminosas); 2)Sistema radicular fasciculado (gramíneas).

Sist. Pivotante Sist. Fasciculado

Raízes - gramíneas As gramíneas apresentam dois sistemas de raízes: 1) raízes seminais ou embrionárias e 2) raízes permanentes, caulinares ou adventícias. 1) As raízes seminais ou embrionárias têm origem no embrião e estão cobertas pela coleorriza. A duração dessas raízes é curta, correspondendo a algumas semanas. A coleorriza funciona como órgão de proteção e de absorção de água e de nutrientes. Sobre ela, têm-se observado, em muitas espécies, pêlos absorventes.

2) As raízes permanentes (caulinares ou adventícias) originam-se dos primeiros nós basais, de estolões ou, também, de outros nós que estejam em contato com o solo. São numerosas e substituem as raízes seminais. Alcançam certo comprimento e, geralmente, produzem muitas ramificações. Nas espécies anuais morrem com a planta, e nas espécies perenes ocorrem duas classes distintas, denominadas anuais e perenes. As anuais são aquelas que regeneram-se totalmente durante a estação de crescimento, e as perenes são aquelas que se formam durante o primeiro ano, porém seguem funcionando no ano seguinte.

Sistema radicular - Fasciculado São raízes semelhantes entre si, numerosas, formando um sistema denominado fasciculado ou cabeleira. Desenvolvem-se, principalmente nas camadas pouco profundas, explorando a parte superficial do solo (20-30 cm).

Colmo O colmo das gramíneas, na maioria das espécies, é oco e é constituído de nós e entrenós. Cada nó tem sua folha correspondente. Os entrenós são cilíndricos e podem ser ocos, como ocorre em gramíneas de inverno, ou podem ser cheios, como ocorre em milho e em cana-deaçúcar.

Dos nós do colmo, na axila das bainhas foliares, surgem brotos ou afilhos, Nó Entrenós

Hábito de crescimento das gramíneas A forma de crescimento do colmo determina o hábito de crescimento de plantas. Cespitoso ereto: o caule cresce perpendicularmente em relação ao solo. Ex.: Panicum, Pennisetum. Ex.: milho, sorgo.

Cespitoso prostrado/decumbente: Os colmos crescem encostados ao solo, sem enraizamento nos nós, só se erguendo a parte que tem a inflorescência. Ex.: Brachiaria decumbens. Estolonífero: Os colmos rasteiros, superficiais, enraízam-se nos nós que estão em contato com o solo, originando novas plantas em cada nó. Ex.: Cynodon

Cynodon dactylon

Rizomatoso: Colmo subterrâneo, aclorofilado, sendo coberto por afilhos. Dos nós partem raízes e novas plantas. Ex.: capim-quicuio, grama-bermuda (estolonífero-rizomatoso) internódio nó

Folhas As folhas Em geral, possuem bainha, lígula e lâmina. A bainha é o órgão alongado em forma de cartucho, que nasce no nó e cobre o entrenó, podendo ser maior ou menor que este. A lígula é a parte branca e membranosa, pilosa ou mista que se localiza na parte superior interna da bainha, no limite com a lâmina foliar.

1. Membranosa A) Glabra B) Pilosa ou ciliada Setaria 2. Substituída por linha de pêlos ou cílios Cynodon

A lâmina foliar das gramíneas, em geral, é linear. Aurículas: dois apêndices que abraçam o caule. Esses apêndices, juntamente com a forma da lígula, oferecem características para distinguir as espécies durante o período vegetativo.

Lâmina Nó Lígula Aurícula Bainha

Cevada Lígula e aurícula glabras, abraçam o colmo e podem estar pigmentadas por antocianinas Centeio aurículas pequenas e lígulas glabras

Flores A distribuição das flores em ramos florísticos é denominada inflorescência. Em gramíneas, há três tipos de inflorescência: 1) espiga; 2) panícula e, 3) rácemo

Tipos de inflorescência 1) Espigas = Inflorescência de flores sésseis dispostas sobre um eixo ou ráquis; 2) Panículas = tipo de cacho em que o eixo da inflorescência é ramificado (cacho composto), apresentando uma forma cônica ou piramidal (ex. inflorescência da aveia); 3) Racemos ou cachos = as flores inseridas num eixo ou ráquis não ramificado.

Rácemo Panícula Mista Espiga Umbela Cabeça = capítulo Corimbo Espádice

Espiguetas de trigo Espiguetas de cevada Espiguetas de centeio Espiguetas de aveia Espiguetas de arroz

Frutos (sementes) Na sua grande maioria, os frutos das gramíneas são cariopses. A denominação vem do embrião com um só cotilédone por ocasião da germinação.

RESUMO Lâmina foliar Lígula e aurícula Nível do solo Perfilhos Bainha da folha

Sementes de Gramíneas e Leguminosas

Germinação epígea Germinação hipógea

Botânica de Leguminosas - Fabaceae FABACEAE (LEGUMINOSAE) Reino: Vegetal; Plantae Divisão: Magnoliophyta; (Angiospermas) Classe: Magnoliopsida; (Dicotiledôneas) Subclasse: Rosidae; Ordem: Fabales; Família: Fabaceae, Caesalpinaceae e Mimosaseae. Gênero: Stylosanthes; Medicago, Gycine

Botânica de Leguminosas - Fabaceae Importância na Agropecuária Família de importância econômica na produção de grãos e produtora de forragem para os ruminantes; Distribuídas em regiões temperadas, tropicais e subtropicais de todo o mundo; Compreende 500 gêneros, 11.000 espécies; Presentes em diversas situações ambientais; característica típica dessa família é apresentar o fruto do tipo legume, também conhecido como vagem (há exceções).

Crotalária Vagem

Importância econômica pela produção de alimentos como: soja (Glycine max) alfafa (Medicago sativa) Feijão (Phaeseolus vulgaris) ervilha (Pisum sativum)

Folhas Classificação das folhas 1) Arranjo das folhas no caule a) opostas (duas folhas saindo do mesmo nó); b) alternadas c) verticiliadas (várias folhas saindo do mesmo nó); d) roseta (várias folhas saindo da extremidade dum caule, como na Gerbera).

Uma folha de leguminosa consiste de três partes: 1. Folíolo; 2. Pecíolo (peciólulo); Folíolos 3. Estípula. Peciólulo Estípula Pecíolo

As estípulas que podem ser de tamanho variado, muitas vezes essa estípula é transformada em espinho.

Tipos de folhas Uma folha com uma lâmina é uma folha simples; Uma folha com mais de um folíolos por folha é uma folha composta. Pinada Composta Palmada Composta Simples

Bipinada Trifoliada

Caule - Leguminosas Os caules das leguminosas são muito mais diversos que os das gramíneas (colmo). Há grande variedade em tamanho, cumprimento e número de ramos; Tipos: 1) subterrâneos (acumula material de reserva); 2) Superficial e aéreo (herbáceos ou lenhosos, cilíndricos ou angulosos, erectos ou prostados, trepadores ou não). Os caules herbáceos (consistência tenra) são estolonosos. Os caules lenhosos não apresentam estolões.

Caule - leguminosas São de hábito variado podendo ser herbáceas, arbustivas e arbóreas.

Sistema radicular Pivotante/axial Característico de plantas leguminosas. Pode penetrar no solo a apenas poucos centímetros, como a muitos metros. Apresenta uma raiz primária, que é dominante, mais robusta, com pequenos braços de raiz (raízes secundárias); É originado da raiz embrionária ou radícula;

Cotilédone Haste Cotilédone Radícula Hipocotil Raiz Cotilédones

Sistema radicular - Pivotante Apresenta nódulos formados através do contato da raiz com as bacteria do gênero Rhizobium. Todas as espécies da família apresentam simbiose de suas raízes com bactérias, com as quais fixam o nitrogênio da atmosfera. Uma característica ecológica de extrema importância.

Processo de degradação Ciganinha

Processo de degradação Ciganinha

Processo de degradação Ciganinha

Nódulos de Rhizobium (bactérias Gram negativas e vivem nos nódulos 80% dos gases da atm é N 2, mas as plantas não conseguem usar essa fonte de nitrogênio; As bactérias fixadoras de nitrogênio transformam o N 2 em amônia (NH 3 ); Parte importante do ciclo do nitrogênio na Terra.

Sementes Contidas nas vagens que contém uma ou mais sementes. Se abrem por meio de suturas tanto dorsal como ventral. Apresentam dormência pós colheita