INVESTIMENTOS ANÁLISE DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO SOB UMA VISÃO GERENCIAL E CONTÁBIL



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Transcrição:

INVESTIMENTOS ANÁLISE DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO SOB UMA VISÃO GERENCIAL E CONTÁBIL Área: Ciências Contábeis Andréia Franklin Ferreira Acadêmica Unioeste Campus Cascavel andreiafranklin@hotmail.com Joice G. N. Tanohira Acadêmica Unioeste Campus Cascavel joicegn@ig.com.br Sonia Mendes S. Spier Acadêmica Unioeste Campus Cascavel sonia.spier@gmail.com Elias Garcia Professor Unioeste Campus Cascavel egarcia@unioeste.br Resumo A informação é a principal arma do empreendedor no momento de decidir sobre onde e em que investir. No contexto empresarial, a necessidade de buscar investimentos rentáveis, e ao mesmo tempo adequados à realidade da empresa, exige cotidianamente a tomada de decisão relativa a investimentos. O objetivo deste artigo é mapear de forma sucinta os principais fatores que influenciam o investidor na tomada de decisão e o auxiliam no momento de escolher entre um ou outro tipo de investimento. Para tanto, foi abordado de forma conceitual e legal os principais aspectos das influências nos investimentos das empresas, as decisões de investimentos e suas modalidades, o mercado de capitais e tipos de ações e por fim as regras para avaliação dos investimentos, registros contábeis e dos fatores. Palavras Chave: Investimento, ações e contabilidade.

1. INTRODUÇÃO No contexto empresarial, a necessidade de buscar investimentos rentáveis, e ao mesmo tempo adequados à realidade da empresa, exige cotidianamente a tomada de decisão relativa a investimentos. Decisões são escolhas tomadas com base em propósitos, ações orientadas para determinado objetivo e o alcance deste objetivo determina a eficiência do processo de tomada de decisão. Neste contexto, tomar uma decisão é mais do que realizar uma escolha entre as alternativas disponíveis, pois é necessário prever os efeitos futuros da escolha, considerando todos os reflexos que pode causar no momento presente e futuro. Modernamente entende-se que é impossível alcançar num processo de decisão a melhor alternativa, o que faz com que sejam buscadas as alternativas satisfatórias, na prática o que se busca é a alternativa que, mesmo não sendo a melhor, leve para o alcance do objetivo da decisão, em detrimento da melhor alternativa. Para auxiliar o gestor nesta busca pela melhor alternativa de investimento, buscou-se por meio de textos expositivos e confronto de idéias de diversos autores, esclarecer conceitualmente alguns elementos concernentes ao tema, apresentar alternativas, bem como evidenciar alguns pontos relativos aos registros contábeis dos investimentos, que possam de alguma forma, afetar a decisão do gestor, em virtude de características do patrimônio da entidade. 2. INVESTIMENTOS NAS EMPRESAS No cotidiano das empresas, a necessidade de tomada de decisões relacionadas a investimentos é constante, o gestor deve nesta situação, definir meios para aplicar o capital disponível visando tornar a empresa melhor e mais rentável no futuro. Esta tomada de decisões, em geral, quando relacionadas a finanças e investimentos, acontece em ambientes de incertezas. Conforme afirmam Oldcorn, et al (1998), este tipo de decisão implica em investir dinheiro, tempo e energia em um projeto de resultados desconhecidos, porque só ocorrerão no futuro.

A decisão de investimento se torna complexa por envolver diversos fatores, inclusive de ordem pessoal do gestor, assim, é necessário que este utilize modelos teóricos para explicar e prever suas decisões pessoais. Em princípio, o desafio na decisão de investimento é definir o retorno esperado e aplicar em investimentos que apresentem condições de garantir este retorno. No entanto, surge a dificuldade para avaliar os ganhos futuros e riscos de um potencial investimento. Para minimizar os efeitos do risco e garantir uma avaliação mais real do potencial investimento, o gestor deve munir-se do maior número de informações possível acerca do projeto em que pretende investir. Segundo Souza, et al (1997), um projeto de investimento pode auxiliar esta tomada de decisão, pois é um esforço para elevar o nível de informação e reduzir os riscos o projeto é uma simulação da decisão de investir, e geralmente consegue melhorar a tomada de decisão e diminuir os níveis de incertezas do investimento. Para potencializar os ganhos, uma boa alternativa de investimento é o mercado acionário, isto porque o mercado de ações historicamente tem apresentado retornos maiores que as aplicações em rendas fixas no longo prazo, pois em geral, este mercado reage com alta ao crescimento do PIB Produto interno Bruto - pois quando há crescimento na economia, aumentam-se os lucros por ações e a receita das empresas, valorizando, consequentemente, o preço de suas ações. (ANBID) O risco que envolve a tomada de decisão para investimento em ações das empresas, está associado à probabilidade de ocorrência de determinados resultados em relação aos valores esperados, este risco pode ser dividido em risco econômico e risco financeiro (ASSAF NETO, 1999). O risco econômico está relacionado à conjuntura, ao mercado e ao planejamento da empresa - suas vendas, seus preços e custos, os investimentos que realiza. Já o risco financeiro está diretamente ligado ao endividamento da empresa e sua capacidade de pagamento. Neste aspecto, os relatórios contábeis são fundamentais para o processo de tomada de decisão, porque evidenciam as modificações ocorridas no patrimônio da empresa, em

virtude das ações empreendidas em seu planejamento. O balanço patrimonial, por exemplo, evidencia a situação patrimonial seus bens, direitos e obrigações, e também sua situação financeira a capacidade de pagamento. Em uma análise mais detalhada, pode-se dizer ainda que o Balanço Patrimonial evidencia também a situação econômica da empresa, pois uma forma de avaliar sua capacidade econômica é observar as variações do patrimônio líquido. 2. DECISÃO DE INVESTIMENTOS A decisão para investimento em ações nas empresas pode ser amparada por diversas técnicas, sendo que de forma geral, segundo Chaves (2004), estas técnicas seguem duas grandes linhas a Análise Fundamentalista, que consiste na projeção de preços considerando os dados da empresa em relação à economia do país e do setor em que opera; e a segunda grande linha conhecida como Análise Técnica, em que a projeção de preços consiste em dados de volume e valores estatísticos do mercado acionário. Seguindo estas linhas, concluem-se das explanações de Chaves (2004), que a empresa investidora deve basear suas decisões em informações provenientes da empresa e do mercado de ações. As informações acerca do mercado de ações, em geral, são bem transparentes, pois as cotações e quantidade de ações negociadas são divulgadas diariamente e praticamente em tempo real, através das Bolsas de Valores, das empresas corretoras, da imprensa, podendo ser acessadas facilmente pela Internet, por exemplo. No entanto, as informações relativas aos negócios das empresas não são fornecidas ao mercado com a mesma velocidade das cotações, em especial por não ser possível a divulgação diária dos negócios das empresas. Apenas algumas empresas são obrigadas a divulgar informações trimestrais dos seus resultados e informar fatos relevantes de seus negócios. O objetivo essencial destas técnicas de análises é minimizar os efeitos do risco. Nesse contexto, risco é um conceito abstrato, cabendo a interpretação daquele que investe, do quanto é considerado arriscado para o retorno que deseja obter quanto maior o retorno esperado, maior o risco. Fugindo-se de conceitos abstratos, o risco pode ser entendido como a chance de perda financeira. Ativos com chances maiores de perda são vistos como mais arriscados do que aqueles com chances menores de perdas (GITMAN, 2001. p. 205).

Outro objetivo das técnicas para análise de investimento em ações, é orientar o investimento em função do retorno esperado pelo investidor; neste sentido o retorno pode ser definido como o total de ganhos ou perdas ocorrido através de um dado período de tempo. O autor Gitman (2001, p. 205) entende que o retorno é o total de ganhos ou perdas ocorrido através de um dado período de tempo, mensurado através de variações de valor, mais quaisquer distribuições de caixa no mesmo período, expressos em percentuais em relação ao valor investido inicialmente. Já os autores Ross, et al (1995, p.202), definem que o retorno esperado é o retorno desejado por um indivíduo que a ação possa proporcionar no próximo período, e essa expectativa pode ser o retorno médio de um título obtido no passado, utilizando informações privilegiadas ou especiais. A correlação entre risco e retorno, pode ser mais bem compreendida na definição de GITMAN (2004, p.186), segundo ele: Os retornos dos investimentos variam no tempo e entre tipos distintos de investimentos. Calculando as médias de retornos históricos em períodos longos é possível eliminar o impacto do risco de mercado e de outros tipos de risco. Isso permite ao tomador de decisões financeiras focalizar sua atenção nas diferenças de retorno atribuíveis principalmente aos tipos de investimentos. Assim conclui-se que na decisão de investimento empresarial, independente da taxa de retorno desejado ou do risco que o gestor esteja disposto a correr, a melhor ferramenta ainda é a informação, é imprescindível que ele esteja munido de informações acerca dos tipos de investimentos disponíveis, e do comportamento de cada um historicamente, conhecer o solo em que pisa torna-se o diferencial para o gestor de investimentos. Na opção pelo mercado acionário, a empresa negocia partes de outra empresa, e assim torna-se sócia desta. Ações são definidas como títulos nominativos negociáveis, que representam para quem as possui, uma fração do capital social de uma empresa (BOVESPA). Para entrar no mercado acionário, a empresa investidora deve conhecer e optar entre as modalidades de ações oferecidas, a que seja mais adequada ao seu perfil de negócios.

2.1 MODALIDADES DE INVESTIMENTOS: De acordo com Iudicibus, et al (1990) pode-se definir inicialmente as modalidades de aplicação do capital de uma empresa em dois grupos: a) O de investimentos diversos, relativo à aplicação de capital fora do objetivo da empresa, visando obter rendimentos e receitas extra-operacionais neste grupo incluem-se investimentos em imóveis, obras de arte, títulos bancários ou do governo, bem como aquisição de ações ou quotas de capital de caráter temporário ou especulativo; b) O de participações societárias, representando a aplicação de recursos em investimentos na aquisição de ações ou quotas de capital de outra pessoa jurídica. 2.1.1 INVESTIMENTOS DIVERSOS Este grupo de investimentos pode ser classificado em temporário ou permanente. O investimento temporário é uma modalidade de investimento que possui prazo definido para resgate ou a intenção de resgate ou revenda já definida no ato da aplicação, geralmente estes investimentos são de caráter especulativo, e para a contabilidade, podem ser classificados nos grupos Ativo Circulante ou Ativo Realizável a Longo Prazo. Os investimentos permanentes não são adquiridos com intenção de revenda, e são por isto, classificados contabilmente no Ativo Permanente, subgrupo Investimentos. 2.1.2 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS Limeira, et al (2007), definem as participações societárias, como sendo a aplicação do capital de uma pessoa jurídica - sociedade, denominada investidora, nas ações ou cotas de capital de outra denominada investida, de forma permanente, com intenção de continuidade e sem caráter especulativo ou temporário. Para a contabilidade, as participações societárias com objetivo de aplicação de capital não-especulativo classificam-se como investimentos de caráter permanente. Segundo o

artigo 179 da Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º. 6.404/76), classificam-se como investimentos no ativo permanente as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo circulante e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. O artigo 243 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) define que a participação societária pode acontecer de duas formas, sendo a empresa investida uma Coligada ou Controlada: Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício. 1º São coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento) ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários. Quando a empresa investidora, direta ou indiretamente, por meio de outras sociedades controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores, a empresa investida é denominada controlada. Com freqüência observa-se que existe a controlada quando a investidora possui mais de 50% de suas ações ou cotas com direito a voto. No entanto a lei não fala nessa percentagem, e sim nas características citadas, pois pode ser que uma sociedade possua menos da metade das ações ou cotas com direito a voto e tenha poder para eleger a maioria dos administradores e mandar na investida. Isso pode ocorrer numa participação de sociedade por cotas de responsabilidade limitada em função de cláusula contratual ou acordo de acionistas, ou ainda, no caso de uma Sociedade Anônima, se as demais ações com direito a voto estiverem distribuídas no mercado a ponto de que se torne quase impossível a perda de controle por parte da investidora. Já quando a empresa investidora participa com 10% ou mais do capital social da sociedade investida até o ponto de não exercer o controle, a investida é denominada Coligada. Nota-se que a legislação brasileira menciona essa percentagem de participação, abrangendo

participação em ações ou cotas com ou sem direito a voto, preferenciais ou ordinárias, com ou sem direito a participação na administração. Em uma empresa não-controlada que represente menos que 10% do capital social da sociedade investida, cada participação societária estará automaticamente no grupo das avaliações ao custo, sem ter a obrigatoriedade de ser avaliada por equivalência patrimonial. 2.2 MERCADO ACIONÁRIO - TIPOS DE AÇÕES No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo BOVESPA, é o núcleo de negócios do mercado acionário, nela se negociam os títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente. Estes títulos podem ser escriturais ou representadas por cautelas ou certificados. O investidor em ações é um co-proprietário da sociedade anônima da qual é acionista, participando dos seus resultados. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação nas bolsas de valores. (BOVESPA, p. 8.). A Bovespa apresenta ainda as classificações dos tipos de ações negociadas na bolsa de valores: a) ON Ações Ordinárias: concedem ao titular o direito de voto nas assembléias da empresa; vale observar que apesar de ser acionista com direito a voto, ao contrário do que geralmente acontece nas empresas de capital fechado, o possuidor de ações ordinárias não é responsável pelas dívidas da empresa; b) PN Ações Preferenciais: este tipo de ação oferece preferência no recebimento de resultados e no reembolso do capital caso haja liquidação da companhia. Observa-se, porém, que esta modalidade de ações não concede o direito de voto, ou o restringe. Ainda é possível verificar a diferenciação de ações preferenciais por classes, em geral representada por letras A, B, C ou outra que apareça após a sigla PN; a empresa emissora da ação estabelece em seu estatuto social as características de cada classe, não sendo possível definir de forma geral cada classe. Ao optar pelo investimento em ações a empresa pode lucrar não apenas pela variação de valor do título negociado, mas também pelo recebimento de dividendos.

Dividendo é a parcela de lucro distribuída aos acionistas, em razão da quantidade de ações detida, apurado ao fim de cada exercício social. O estatuto social da companhia pode estabelecer o dividendo mínimo a ser distribuído que não pode ser inferior a vinte e cinco por cento de seu lucro líquido ajustado. Caso não haja previsão no estatuto social, o dividendo obrigatório deve corresponder, no mínimo, à metade do lucro líquido ajustado. A BOVESPA ainda esclarece que o valor das ações é formado pelos investidores do mercado que, por meio de ordens de compra ou venda às corretoras das quais são clientes, estabelecem o fluxo de oferta e procura de cada papel, e assim se estabelece o preço justo da ação. A maior ou menor procura e oferta por determinada ação, que influencia o processo de valorização ou desvalorização de uma ação, está relacionada ao comportamento histórico dos preços (análise técnica) e principalmente às perspectivas futuras de desempenho da empresa emissora da ação (análise fundamentalista). Tais perspectivas podem ser influenciadas por notícias sobre o mercado no qual a empresa atua, divulgação do balanço da empresa, com dados favoráveis ou desfavoráveis, notícias sobre fusão de companhias, mudanças tecnológicas e outras que afetem o resultado da empresa emissora da ação. 3. REGRAS PARA AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS REGISTROS CONTÁBEIS Para fins contábeis, a Lei das Sociedades por Ações define que os investimentos empresariais podem ser avaliados por dois métodos, sendo eles o método de custo de aquisição e o método de equivalência patrimonial. (IUDICIBUS, et al 1990 p 187). Pelo método de custo de aquisição, as ações ou cotas de capital social serão mantidas por seu valor histórico, quanto a companhia pagou para adquiri-las. Os lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida não serão contabilizados pela sociedade investidora, exceto dividendos distribuídos. Pelo método de equivalência patrimonial, o custo histórico das participações societárias será apurado de modo a refletir os resultados e quaisquer variações patrimoniais ocorridas na sociedade investida.

A Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 6.404/76) define no artigo 183 inciso III, que os investimentos empresariais, serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização de seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou cotas bonificadas. No inciso VI, do mesmo artigo desta lei consta que os demais investimentos serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender a perdas prováveis na realização de seu valor ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior. Com as alterações introduzidas pela Lei nº. 11.638/07 os ativos considerados instrumentos financeiros - os valores mobiliários (ações, debêntures), os derivativos instrumentos financeiros cujo valor deriva ou depende do preço ou desempenho de mercado de determinado bem básico, taxa de referência ou índice. passam a ser avaliados pelo seu valor de mercado ou equivalente, desde que representem aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda, vinculados à especulação financeira. Observa-se neste caso que a lei 11.638/07 estabeleceu novos critérios para a classificação e a avaliação das aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos. Em linha com a regra internacional, esses instrumentos financeiros são classificados agora em três categorias destinadas à negociação, mantidas até o vencimento e disponíveis para venda e a sua avaliação pelo custo mais rendimentos ou pelo valor de mercado será feita em função da sua classificação em uma dessas categorias (art. 183º, I e 1º, d ). A exceção à esta norma do artigo 183 é o previsto nos artigos. 248 a 250 que se referem às participações em coligadas sobre cuja administração tenha influência significativa ou que haja participação de 20% ou mais do capital votante, e em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. Tais investimentos serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial. Com relação ao método da equivalência patrimonial, a Lei nº. 11.638/07 trouxe algumas alterações à Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º. 6.404/76), relativo aos investimentos permanentes, sendo uma das alterações principais o critério para avaliação dessas. Segundo esta nova lei, passam a ser avaliado pelo valor de patrimônio líquido os investimentos:

a) Em coligadas sobre cuja administração a investidora tenha influência significativa, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante; b) Em controladas; c) Em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. A nova lei não mais exige a relevância do investimento para fins de equivalência patrimonial, bem como, na hipótese de coligadas, fixa em vinte por cento do capital votante o percentual mínimo para fins de aplicação desse método. 3.1 OBSERVAÇÕES QUANTO AOS REGISTROS CONTÁBEIS DE INVESTIMENTOS Segundo os autores Limeira, et al (2007, p. 65), considera-se que o valor contábil do investimento abrange também saldos de ágio e deságio ainda não amortizados e provisão para perdas. Para determinar os referidos percentuais, adicionam-se aos valores contábeis do investimento as quantias a receber da sociedade investidora contra suas coligadas e controladas. Os investimentos avaliados pelo método de custo são mantidos por seu valor histórico. A empresa investidora não altera o valor contábil do investimento em função de a investida ter apurado lucro ou prejuízo. Os dividendos declarados pela empresa investida são contabilizados como receita pela investidora. O valor de aquisição de investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial é ajustado pelos lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida, em contrapartida com receita ou despesa no resultado da sociedade investidora. Os dividendos declarados pela sociedade investida são considerados como redução do investimento na sociedade investidora, e não como receita de dividendos (método de custo).

Segundo Ferreira (2008), desde que entrou em vigor a Lei nº 11.638/07 tornou obrigatória para as companhias de capital aberto a demonstração do valor adicionado (DVA). As companhias fechadas estão dispensadas por ora de elaborar essa demonstração. Significa, nos termos dessa lei que a demonstração do valor adicionado deve indicar, no mínimo, o valor da riqueza gerada pela companhia (o que ela agregou à economia em termos de bens e serviços), a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a sua geração, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. CONCLUSÃO Diante do exposto, observa-se que a opção de investimento do gestor que representa uma entidade jurídica deve adotar critérios bastante racionais, que considerem as variáveis internas e externas da entidade a relação de risco e retorno não deve se fundamentar apenas em tendências momentâneas do mercado, tampouco apenas na intuição do gestor. Em verdade, este deve observar as condições do mercado, as opções disponíveis, bem como conhecer e conciliar os interesses de investimento e o perfil de sua empresa. É preciso considerar que o tipo de investimento e o critério adotado para sua avaliação influenciam o valor do patrimônio líquido da entidade. O resultado oriundo dos investimentos contribui para aumento do Lucro Líquido e à medida que a empresa obtém bons resultados, sua situação econômica se fortalece, por isto, um projeto de investimento bem fundamentado pode ser o diferencial entre uma empresa economicamente rentável ou não. O mercado oferece infinitos meios de retorno ao capital disponível para investimentos, mas uma análise superficial no momento em que for aplicar pode conduzir a empresa investidora a resultados ruins, o tomador de decisões em investimentos precisa, antes de iniciar suas análises, estudar detalhadamente a estrutura contábil de sua empresa, e definir quais aspectos serão influenciados pela modalidade de investimento que pretende adotar sejam permanentes ou temporários, de forma que se oriente para os melhores resultados.

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