Comentários sobre questões passíveis de recurso da prova de Contabilidade Concurso: Auditor-Fiscal do Município de São Paulo ISS 2007

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Comentários sobre questões passíveis de recurso da prova de Contabilidade Concurso: Auditor-Fiscal do Município de São Paulo ISS 2007"

Transcrição

1 1 INTRODUÇÃO QUESTÃO 06 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL RESULTADOS NÃO REALIZADOS CABE RECURSO QUESTÃO 07 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS, RECEBIMENTO DE DIVIDENDOS DE INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MÉTODO DO CUSTO CABE RECURSO QUESTÃO 18 CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇOS RESULTADOS NÃO REALIZADOS LUCROS NO ESTOQUE CABE RECURSO CONCLUSÃO Introdução Caros (futuros) colegas, Ontem, dia 09 de janeiro, foi disponibilizada, no Sítio Internet da Fundação Carlos Chagas, a prova de contabilidade, aplicada no domingo passado. Analisei a prova e pude perceber que a maioria das questões foi bem elaborada, dentro do que era previsto no edital. Ocorre que, salvo melhor juízo, três (das vinte) questões da prova estão equivocadas e merecem recurso, são elas: a questão 06, a questão 07 e a questão 18. Assim, preparei neste artigo alguns comentários acerca da resolução dessas questões que, espero, possam ajudá-los a preparar os respectivos recursos e eventualmente a anular essas questões. Saliente-se que o prazo para apresentação de recursos expira amanhã dia 11 de janeiro. A seguir, se encontram o enunciado, a resolução (com os respectivos comentários) e o gabarito oficial dessas três questões. Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 1 de 19

2 2 Questão 06 participações societárias equivalência patrimonial resultados não realizados cabe recurso. ENUNCIADO 6. A Cia. Santo Amaro possui 80% das ações com direito a voto de sua controlada, a Cia. Santa Maria, que representam 40% do total do capital social da investida. No exercício de 2005, a Cia. Santa Maria vendeu um lote de mercadorias para a investidora por R$ ,00, auferindo um lucro de R$ ,00 na transação. Sabendo-se que, em , o Patrimônio Líquido da controlada era de R$ ,00 e que a investidora mantinha integralmente o referido lote de mercadorias em seus estoques, a participação societária, avaliada pelo método da equivalência patrimonial na contabilidade da Cia. Santo Amaro, corresponderá a, em R$: (A) ,00 (B) ,00 (C) ,00 (D) ,00 (E) ,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS Trata-se de uma questão que versa sobre a avaliação de investimentos pelo método da equivalência patrimonial e, em específico, sobre o ajuste rel a resultados não realizados. Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 2 de 19

3 O método da Equivalência Patrimonial é uma exceção ao princípio fundamental de contabilidade do registro pelo valor original aplicável apenas a investimentos especiais (considerados importantes). Trata-se de uma exceção expressa ao princípio contábil citado, prevista pela Lei das S/A, em seu art. 248, reproduzido em parte a seguir: Art No balanço patrimonial da companhia, os investimentos... serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas: II - o valor do investimento será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no número anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada ou controlada; Através do método de avaliação pela equivalência patrimonial, a empresa investidora reconhece como valor de seu investimento (participações permanentes ações ou cotas do capital da empresa investida) uma parcela do valor do patrimônio líquido da empresa investida. Essa parcela é calculada através da multiplicação do valor do patrimônio líquido da empresa investida pelo percentual de participação (ou seja, pelo percentual de ações ou cotas de capital da empresa investida na titularidade da empresa investidora em relação ao total), conforme tabela a seguir: Apuração do valor do investimento em participações societárias pelo método da equivalência patrimonial (. ) Quantidade de ações ou cotas da empresa investida na capital de titularidade da empresa investidora (/ ) Quantidade total de ações ou cotas de capital da empresa investida (=) Percentual de participação (. ) Valor contábil do Patrimônio Líquido da empresa investida (*) Percentual de participação (=) Valor pré-definido do investimento Pode ocorrer que, em função de operações realizadas entre a empresa investida e a empresa investidora, o Patrimônio Líquido da investida, cuja participação é avaliada pelo método da equivalência, aumente por conta de lucro na venda para a própria investidora. Nesse caso, o patrimônio líquido da empresa investida estará (pela aplicação do princípio Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 3 de 19

4 de competência) majorado, mas o valor desse lucro é um valor que saiu (em dinheiro, por compra à vista, ou em obrigação de entrega futura de dinheiro, por compra a prazo) do patrimônio da própria empresa investidora. Saliente-se que o bem que saiu do patrimônio da empresa investida na alienação para a empresa investidora saiu por um valor inferior àquele pelo qual esse mesmo bem ingressou no patrimônio da empresa investidora. Em outras palavras, a empresa investidora pagou pelo lucro da investida na operação. Repare que, pelo princípio da entidade, trata-se de uma venda entre duas pessoas jurídicas diversas e que, portanto, deve ter reconhecido seu lucro (no patrimônio da empresa investida vendedora). Ocorre, porém, que para fins de aplicação do método da equivalência patrimonial esse lucro não deveria ser considerado para aumentar o valor do investimento da empresa investidora, pois isso geraria uma incoerência: quanto mais a empresa investidora pagasse por uma aquisição, mais receita (de equivalência patrimonial) ela teria. Metaforicamente, considerando o grupo econômico como um único corpo, a troca de dinheiro entre dois bolsos não pode gerar ganhos. A solução encontrada para esse problema é a de se desconsiderar o ganho auferido pela empresa investida para fins de aplicação do método da equivalência patrimonial. Conforme será detalhadamente colocado e exemplificado adiante, o leitor perceberá que essa solução também resulta em uma quebra da equivalência entre patrimônio e investimento, pois o ajuste proposto resulta na existência de uma diferença entre o valor do PL da empresa investida e o valor do investimento. Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 4 de 19

5 Conforme já referido, o disposto neste artigo tem por objetivo evitar que a investidora reconheça ganhos da equivalência em função de lucros na investida, registrados em obediência ao princípio da competência, mas ainda não realizados. Assim, na apuração do PL da empresa investida, não devem ser computados os lucros auferidos sobre a própria investidora ou sobre outras investidas, quando corresponder a resultado na baixa de s de qualquer natureza: - alienados à investidora e que permaneçam no da investidora, na data de seu balanço patrimonial, ou; - alienados a outras controladas ou coligadas à investidora, avaliadas pela equivalência patrimonial, e que constarem do Ativo destas outras controladas ou coligadas. Cumpre referir que a solução sempre com o mesmo espírito é levemente diferente para companhias em geral (seguindo a Lei das S/A) e para sociedades anônimas de capital aberto (seguindo a IN CVM 247, de 1996). A parte final do inciso I do artigo 248 da Lei das S/A determina, quanto ao cálculo da avaliação pela equivalência patrimonial, que, no valor do patrimônio líquido, não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas, conforme a seguir: Art No balanço patrimonial da companhia, os investimentos relevantes (artigo 247, parágrafo único) em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe com 20% (vinte por cento) ou mais do capital social, e em sociedades controladas, serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido, de acordo com as seguintes normas: I -... no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 5 de 19

6 companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas; Para companhias abertas, a IN CVM 247, de 1996, também prevê ajustes decorrentes de resultados não realizados, porém com duas diferenças: (1) a IN não se refere a resultados, mas especificamente a lucros não realizados e (2) a IN não determina a exclusão desse valor do PL, para fins de aplicação do método da equivalência patrimonial, mas sua exclusão do valor do investimento após a aplicação do método. 247, de 1996: A seguir, para fins de esclarecimento, encontra-se reproduzido o art. 9 o da IN CVM Art. 9º - O valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial, será obtido mediante o seguinte cálculo: I - Aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor do patrimônio líquido da coligada e da controlada; e II - Subtraindo-se, do montante referido no inciso I, os lucros não realizados, conforme definido no 1º deste artigo, líquidos dos efeitos fiscais. 1º - Para os efeitos do inciso II deste artigo, serão considerados lucros não realizados aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras coligadas e controladas, quando: a) - o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por inclusão no custo de aquisição de s de qualquer natureza no balanço patrimonial da investidora; ou b) - o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por inclusão no custo de aquisição de s de qualquer natureza no balanço patrimonial de outras coligadas e controladas. 2º - Os prejuízos decorrentes de transações com a investidora, coligadas e controladas não devem ser eliminados no cálculo da equivalência patrimonial. 3º - Os lucros e os prejuízos, assim como as receitas e as despesas decorrentes de negócios que tenham gerado, simultânea e integralmente, efeitos opostos nas contas de resultado das coligadas e controladas, não serão excluídos para fins de cálculo do valor do investimento. Aplicando os conceitos acima aos dados do problema, temos: I considerando a regra da Lei das S/A Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 6 de 19

7 (1) situação inicial Dora - Sto Amaro Caixa - Outros sócios Inv - Tida Z * 40% 40% 60% Tida - Santa Maria Bens (+) Direitos Obrigações Total do PL Z (2) Venda ocorrida no período (. ) Valor da venda para a investidora ,00 (-) Valor contábil da mercadoria vendida ( ,00) (=) Lucro auferido na venda para a investidora ,00 (3) Situação final da investida Tida - Santa Maria Bens (+) Direitos Obrigações lucro novo PL Total do PL Z (+) W (=) ,00 conforme lançamentos CMV ,00 RBV ,00 ==> ganho ,00 de apuração do resultado do exercício -- lucro ==> W Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 7 de 19

8 (4) memória de cálculo de atualização do investimento, pela empresa investidora: Novo PL ,00 (-) lucro não realizado ( ,00) (=) Novo PL - para fins de aplicação do método da equivalência patrimonial ,00 (*) % de participação 40,00% (=) valor atualizado do investimento ,00 (5) configuração patrimonial após o ajuste encontra-se a seguir apresentada. Dora - Santo Amaro Caixa - Estoque X Outros sócios Inv - Tida ,00 40% 60% Tida - Santa Maria Bens (+) Direitos Obrigações Total do PL ,00 Pelo que foi acima exposto, considerando a regra do art. 248 da Lei das S/A (aplicável às sociedades anônimas de capital fechado), verifica-se que o investimento mantido pela empresa Santo Amaro na empresa Santa Maria deve ser avaliado por R$ ,00, conforme alternativa (C). II considerando a regra da IN CVM 247, de (1) situação inicial Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 8 de 19

9 Dora - Sto Amaro Caixa - Outros sócios Inv - Tida Z * 40% 40% 60% Tida - Santa Maria Bens (+) Direitos Obrigações Total do PL Z (2) Venda ocorrida no período (. ) Valor da venda para a investidora ,00 (-) Valor contábil da mercadoria vendida ( ,00) (=) Lucro auferido na venda para a investidora ,00 (3) Situação final da investida Tida - Santa Maria Bens (+) Direitos Obrigações lucro novo PL Total do PL Z (+) W (=) ,00 conforme lançamentos CMV ,00 RBV ,00 ==> ganho ,00 de apuração do resultado do exercício -- lucro ==> W (4) memória de cálculo de atualização do investimento, pela empresa investidora: Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 9 de 19

10 Novo PL ,00 (*) % de participação 40,00% (=) valor proporcional do investimento ,00 (-) lucro não realizado ( ,00) (=) valor atualizado do investimento ,00 (5) configuração patrimonial após o ajuste encontra-se a seguir apresentada. Dora - Santo Amaro Caixa - Estoque X Outros sócios Inv - Tida ,00 40% 60% Tida - Santa Maria Bens (+) Direitos Obrigações Total do PL ,00 Pelo que foi acima exposto, de acordo com a regra da IN CVM 247, de 1996, (aplicável às sociedades anônimas de capital aberto), verifica-se que o investimento mantido pela empresa Santo Amaro na empresa Santa Maria deve ser avaliado por R$ ,00, conforme alternativa (B). Ora, enunciado permite duas interpretações corretas com aplicação de duas matrizes normativas diferentes. Entre as alternativas da questão há resposta para ambas as interpretações. Nessa situação, a resolução da questão torna-se IMPOSSÍVEL. Portanto, salvo melhor juízo, entendo que essa questão deva ser anulada. GABARITO Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 10 de 19

11 006 - B Comentários sobre questões passíveis de recurso da prova de Contabilidade 3 Questão 07 participações societárias, recebimento de dividendos de investimentos avaliados pelo método do custo Cabe recurso. ENUNCIADO 7. O recebimento de dividendos de participações societárias avaliados pelo custo deve ser registrado, na escrituração da empresa investidora, a crédito de conta representativa (A) de receita operacional. (B) de receita não-operacional. (C) de resultado da eqüivalência patrimonial. (D) da própria participação societária. (E) de deságio na aquisição de investimentos. RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS Trata-se de questão cuja resolução demanda o conhecimento do tratamento dado aos dividendos recebidos de investimentos avaliados pelo método do custo. Os dividendos são a parte do lucro que cabe a cada ação e que, a partir desse conceito, os dividendos a receber são a parte do lucro que cabendo à ação a empresa investida entrega ao acionista (empresa investidora). O registro dos dividendos a receber, referentes a investimentos avaliados pelo método do custo está sujeito a duas regras: (1) a Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 11 de 19

12 primeira, regra geral, em que o surgimento do direito ao recebimento dos dividendos é registrado a crédito de receitas operacionais e (2) uma regra especial, em que o surgimento do direito ao recebimento dos dividendos é registrado a crédito do próprio investimento resultando em uma redução do investimento. Quanto à regra geral, basta lembrar que como no método do custo, o valor original não é alterado no tempo a entrada de um direito ao recebimento de dividendos (referentes ao lucro apurado pela empresa investida) aumenta o patrimônio da empresa investidora e assim consiste em receita. Quanto à regra especial, cumpre referir que se trata de uma presunção de que o lucro então distribuído não foi gerado após a aquisição do investimento e, portanto, já fazia parte do patrimônio da empresa investida quando da aquisição da participação societária (compondo o valor por ela pago), introduzida pelo art. 20 do Decreto-lei n 2.072, de 1983, a seguir: Art. 2º Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição, adquirida até seis meses antes da data da respectiva percepção, serão registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do custo e não influenciarão as contas de resultado. Nessa situação, considerando a regra geral, temos como resposta a alternativa (A) receita operacional e, considerando a regra especial, teríamos como resposta a alternativa (D) a própria participação societária. Tal questão merece crítica, por não ter sido clara quanto ao fato dos lucros distribuídos (na forma de dividendos) terem sido auferidos antes ou após a aquisição do investimento, pela empresa investidora que recebe os dividendos. Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 12 de 19

13 Entendo que merece recurso, porém sua anulação é mais difícil, visto que entre uma regra geral e uma exceção, o examinador pode argumentar que preferir-se-ia a regra geral. Ainda assim, repito, a questão merece crítica. GABARITO A 4 Questão 18 consolidação de balanços resultados não realizados lucros no estoque cabe recurso ENUNCIADO 18. A Cia. Vértice vendeu mercadorias à sua controlada no valor de R$ ,00, obtendo um lucro de 25% sobre o preço de custo. No final do exercício, a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote, tendo vendido o restante a terceiros obtendo um lucro de R$ ,00. A controladora possui 60% das ações da investida. Na apuração do Balanço Patrimonial consolidado, o montante do lucro não-realizado nessas transações, a ser deduzido do valor dos estoques da controlada, correspondeu a, em R$: (A) 6.000,00 (B) 7.500,00 (C) 8.000,00 (D) ,00 (E) ,00 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 13 de 19

14 Trata-se de uma questão típica de consolidação de balanços e que demanda o conhecimento do tratamento dado às operações de vendas de mercadorias internas ao grupo, assunto conhecido como vendas não realizadas com terceiros ou lucros nos estoques. Antes da resolução da questão, cabe uma crítica ao enunciado: para resolução satisfatória da questão, é necessário admitir que a expressão A Cia. Vértice vendeu mercadorias à sua controlada esteja equivocada e que o examinador tinha a intenção de dizer que A Cia. Vértice vendeu mercadorias à sua controladora. Isso porque, logo adiante, no enunciado, o examinador afirma que No final do exercício, a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote. Ora, se a investidora (controladora) mantém mercadoria em estoque, é porque ela adquiriu mercadorias; portanto, ela não pode ter sido a vendedora, mas sim a compradora das mercadorias. Com base nessa premissa, resolveremos a questão. Quando ocorrem vendas de mercadorias, realizadas por uma empresa do grupo, para outra empresa do mesmo grupo, o processo de consolidação de demonstrações financeiras requer que seja realizada a eliminação dos efeitos desta transação. Em outras palavras, há apenas uma troca de dinheiro entre duas empresas dentro do mesmo grupo econômico e, para fins de consolidação, essa troca de dinheiro não pode implicar aumento ou redução de patrimônio no grupo. Dessa forma, resta necessário: - na empresa que realizou a venda, eliminar parcialmente o valor da receita da venda (no montante rel ao custo); Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 14 de 19

15 - no montante rel ao lucro (receita de venda (-) respectivo custo), a receita da venda (da empresa que vendedora) deve ser eliminada contra o estoque (da empresa compradora). No caso da questão em comento, houve venda de mercadorias entre empresas do grupo, porém, até a data da consolidação, apenas parte dessas mercadorias tinham sido revendidas para terceiros. Sejam os dados da questão: - A Cia. Vértice vendeu mercadorias à sua controlada no valor de R$ ,00, obtendo um lucro de 25% sobre o preço de custo. Venda ,00 (-) custo ,00 (=) lucro ,00 ==> 25% * ,00 - No final do exercício, a investidora mantinha em estoque 20% do referido lote, tendo vendido o restante a terceiros obtendo um lucro de R$ ,00. Valor do estoque adquirido ,00 (-) valor do estoque final (50.000,00) 20% (=) Custo da mercadoria vendida ,00 (+) Lucro da venda ,00 (=) valor vendido a terceiros ,00 Considerando que a Controlada havia vendido mercadorias a sua controladora por R$ ,00 e cujo custo (de aquisição de terceiros) havia sido de R$ ,00. Considerando ainda que a venda tenha sido relativa a 10 (dez) unidades de uma determinada mercadoria (XPTO) pelo preço de R$ ,00 cada e que 8 (oito) destas unidades tenham sido revendidas pela controladora a pessoas estranhas ao grupo Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 15 de 19

16 econômico, pelo valor de R$ ,00. A figura abaixo ilustra a situação do exemplo acima proposto, contextualizando-o em um patrimônio parcialmente apresentado. Controladora Estoques ,00 PL Outros compraram parte das mercadorias, da controladora CMV ,00 RBV ,00 60% Controlada PL CMV ,00 RBV ,00 Terceiros haviam vendido mercadorias para a controlada Nesse caso, desconsiderando os efeitos da operação de venda da controlada para a controladora, temos que (a) as mercadorias foram compradas pelo grupo (de terceiros) por R$ ,00 e (b) 80% delas foi vendida pelo grupo por R$ ,00. Assim, na consolidação, é necessário: (1) anular a receita de venda (da alienante) parcialmente contra o custo da mercadoria vendida (da própria alienante), conforme lançamento a seguir: D = RBV (na Controlada - alienante) C = a CMV (na Controlada - alienante) ,00 Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 16 de 19

17 (2) anular o lucro da venda (ou seja, o restante da receita da alienante), contra o estoque (da adquirente), conforme lançamento a seguir: D = RBV (na Controlada - alienante) C = a estoque (na Controladora - adquirente) ,00 (3) do custo da controladora (de R$ ,00) uma parte deve ser desconsiderado, porque se refere ao valor do lucro da venda interna ao grupo (da controlada para a controladora, antes ocorrida). Considerando que o lucro da venda interna ao grupo tinha sido de R$ ,00 (R$ ,00 (-) R$ ,00), deve ser anulado 80% desse valor, conforme lançamento a seguir: D = estoque (na Controladora - adquirente) C = a CMV (na Controladora - adquirente) ,00 Observação: os três lançamentos acima poderiam ser substituídos por um único lançamento com o mesmo efeito, conforme abaixo apresentado: D = RBV (na Controlada - alienante) ,00 C = a Diversos C = a CMV ,00 C = a estoque (na Controladora - adquirente) ,00 Após esses lançamentos, os patrimônios a serem consolidados estarão representados conforme figura abaixo: Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 17 de 19

18 Controladora Estoques ,00 PL CMV ,00 RBV ,00 60% Controlada PL CMV - RBV - Repare que não há mais registro de receita ou custo, referente à venda da controlada para a coligada e que os estoques estão registrados por R$ ,00 (que é o valor correspondente à 20% da compra inicialmente efetuada pela Controlada de terceiros, quando da aquisição da mercadoria posteriormente revendida à Controladora). Ao fim e ao cabo, com os ajustes acima, o valor da Receita do grupo está registrado por R$ ,00 (que é efetivamente o valor pago por terceiros ao grupo especificamente à controladora) e o custo da mercadoria vendida pelo grupo está registrado por R$ ,00 (que é efetivamente o valor pago pelo grupo a terceiros especificamente pela controlada). Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 18 de 19

19 Como o valor anteriormente registrado em estoques na controladora era de R$ ,00 e o valor dos estoques na controladora após os ajustes passou a ser de R$ ,00, conclui-se que o valor dos lucros nos estoques (expurgados, para fins de consolidação de balanços) era de R$ ,00 conforme alternativa (D). GABARITO D 5 Conclusão bons estudos. Esperando ter colaborado, aproveito o ensejo para desejar a todos muito sucesso e Atenciosamente Porto Alegre, 10 de janeiro de Luiz Eduardo Professor: Luiz Eduardo de Oliveira Santos Página 19 de 19

Dividendos a Receber A Ações de Controladas Cia B 100.000,00

Dividendos a Receber A Ações de Controladas Cia B 100.000,00 Bom dia, caros colegas! Mais uma vez é um enorme prazer conversar com vocês sobre contabilidade avançada. Desta vez trago as questões de contabilidade avançada do concurso de Auditor Fiscal de Tributos

Leia mais

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio

Leia mais

1 Questão 213 Participações societárias obrigatoriedade de elaboração de demonstrações contábeis consolidadas

1 Questão 213 Participações societárias obrigatoriedade de elaboração de demonstrações contábeis consolidadas 1 QUESTÃO 213 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS OBRIGATORIEDADE DE ELABORAÇÃO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS... 1 2 QUESTÃO 218 ANÁLISE DE BALANÇOS ALAVANCAGEM FINANCEIRA ÍNDICE DE COBERTURA DAS DESPESAS

Leia mais

Maratona Fiscal ISS Contabilidade geral

Maratona Fiscal ISS Contabilidade geral Maratona Fiscal ISS Contabilidade geral 1. Em relação ao princípio contábil da Competência, é correto afirmar que (A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado quando houver o efetivo desembolso financeiro

Leia mais

1 Apresentação do problema

1 Apresentação do problema 1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA...1 1.1 CONCEITOS INICIAIS CCL E DOAR...1 1.2 ANÁLISE DO SIGNIFICADO DOS ITENS DA DOAR...2 2 DESENVOLVIMENTO DO TEMA...4 2.1 PREMISSA INICIAL EFEITO DAS RECEITAS E DESPESAS NO

Leia mais

Profa. Divane Silva. Unidade II CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Profa. Divane Silva. Unidade II CONTABILIDADE SOCIETÁRIA Profa. Divane Silva Unidade II CONTABILIDADE SOCIETÁRIA A disciplina está dividida em 04 Unidades: Unidade I 1. Avaliação de Investimentos Permanentes Unidade II 2. A Técnica da Equivalência Patrimonial

Leia mais

Prezado(a) Concurseiro(a),

Prezado(a) Concurseiro(a), Prezado(a) Concurseiro(a), A prova do TCM/RJ foi realizada no último final de semana e vou aproveitar para resolver as questões de Contabilidade Geral de forma simplificada e objetiva (nos cursos online,

Leia mais

BALANÇO PATRIMONIAL DA INVESTIDORA ALFA EM 31/12/X0, ANTES DOS AJUSTES PELO MEP (EM R$/MIL)

BALANÇO PATRIMONIAL DA INVESTIDORA ALFA EM 31/12/X0, ANTES DOS AJUSTES PELO MEP (EM R$/MIL) EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO DO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL DA INVESTIDORA ALFA EM 31/12/X0, ANTES DOS AJUSTES PELO MEP (EM R$/MIL) BALANÇO PATRIMONIAL DA INVESTIDORA ALFA EM 31/12/X0,

Leia mais

Artigo - 10 de julho de 2006 comentários das Questões 29 e 30 da prova de AFRF/2005 (DOAR) 1 INTRODUÇÃO...1 2 QUESTÃO 29 DOAR...2

Artigo - 10 de julho de 2006 comentários das Questões 29 e 30 da prova de AFRF/2005 (DOAR) 1 INTRODUÇÃO...1 2 QUESTÃO 29 DOAR...2 1 INTRODUÇÃO...1 2 QUESTÃO 29 DOAR...2 2.1 ENUNCIADO...3 2.2 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS...3 2.3 GABARITO...5 3 QUESTÃO 30 DOAR...6 3.1 ENUNCIADO...6 3.2 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIOS...6 3.3 GABARITO...9 4 FECHAMENTO...9

Leia mais

O Ágio na Subscrição. O Caso do Art. 36 da Lei n 10.637/02

O Ágio na Subscrição. O Caso do Art. 36 da Lei n 10.637/02 Iniciar Conceitos Iniciais O Ágio na Aquisição O Ágio na Subscrição O Caso do Art. 36 da Lei n 10.637/02 Fim Conceitos iniciais Fontes para intituir tributos Lei Princípio da Reserva Legal Art. 5º Todos

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 22

Luciano Silva Rosa Contabilidade 22 Luciano Silva Rosa Contabilidade 22 SUSEP 2010 sugestões de recursos Olá, colegas Abaixo, algumas sugestões de recursos da prova de contabilidade geral do concurso da SUSEP, aplicado pela ESAF. Prova 2.

Leia mais

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Contabilidade Professor: Feliphe Araújo

Comentários da prova ISS-SJC/SP Disciplina: Contabilidade Professor: Feliphe Araújo Disciplina: Professor: Feliphe Araújo Olá amigos, Comentários da prova ISS-SJC/SP ANÁLISE DA PROVA DE CONTABILIDADE - ISS-SJC/SP Trago para vocês os comentários da prova do concurso de Auditor Tributário

Leia mais

Avaliação de Investimentos Equivalência Patrimonial

Avaliação de Investimentos Equivalência Patrimonial Avaliação de Investimentos Equivalência Patrimonial 1) A Cia. Investidora adquiriu por $ 72.000, em 31-12-X1, 60% das ações da Cia. Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $ 120.000. Em 31-12-X2,

Leia mais

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado.

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado. A Ação Os títulos negociáveis em Bolsa (ou no Mercado de Balcão, que é aquele em que as operações de compra e venda são fechadas via telefone ou por meio de um sistema eletrônico de negociação, e onde

Leia mais

Curso Extensivo de Contabilidade Geral

Curso Extensivo de Contabilidade Geral Curso Extensivo de Contabilidade Geral Adelino Correia 4ª Edição Enfoque claro, didático e objetivo Atualizado de acordo com a Lei 11638/07 Inúmeros exercícios de concursos anteriores com gabarito Inclui

Leia mais

ARQUIVO ATUALIZADO ATÉ 31/12/2012 Capitulo IX - Resultados não operacionais 2013

ARQUIVO ATUALIZADO ATÉ 31/12/2012 Capitulo IX - Resultados não operacionais 2013 ARQUIVO ATUALIZADO ATÉ 31/12/2012 Capitulo IX - Resultados não operacionais 2013 001 O que se entende por receitas e despesas não operacionais? Receitas e despesas não operacionais são aquelas decorrentes

Leia mais

A fusão é um processo no qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações.

A fusão é um processo no qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. FUSÃO 1 - INTRODUÇÃO A fusão é um processo no qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. A fusão de entidades sob controle comum

Leia mais

Contabilidade Geral Correção da Prova 2 Analista Técnico Controle e Fiscalização - Susep 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL

Contabilidade Geral Correção da Prova 2 Analista Técnico Controle e Fiscalização - Susep 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL CONTABILIDADE GERAL 1 - A legislação vigente sobre as sociedades anônimas estabelece o que deve ser computado na determinação do resultado do exercício. Diz a lei que devem ser incluídas as receitas e

Leia mais

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade:

No concurso de São Paulo, o assunto aparece no item 27 do programa de Contabilidade: Olá, pessoal! Como já devem ter visto, dois bons concursos estão na praça: Fiscal do ISS de São Paulo e Auditor Fiscal do Ceará. As bancas são, respectivamente, a Fundação Carlos Chagas (FCC) e a Escola

Leia mais

1 Apresentação do Problema

1 Apresentação do Problema 1 Apresentação do Problema... 1 2 Proposta de Solução Regra Didática... 2 3 Adaptação da Solução Proposta à Critérios Internacionais de Elaboração de Demonstrações Contábeis.... 4 1 Apresentação do Problema

Leia mais

2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26

2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26 Sumário 1 Introdução... 1 2 Definição do grupo patrimonial... 1 2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26... 1 2.2 Lei das S/A... 4 3 Plano de Contas Proposto contas patrimoniais para

Leia mais

Graficamente, o Balanço Patrimonial se apresenta assim: ATIVO. - Realizável a Longo prazo - Investimento - Imobilizado - Intangível

Graficamente, o Balanço Patrimonial se apresenta assim: ATIVO. - Realizável a Longo prazo - Investimento - Imobilizado - Intangível CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL AULA 03: ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS TÓPICO 02: BALANÇO PATRIMONIAL. É a apresentação padronizada dos saldos de todas as contas patrimoniais, ou seja, as que representam

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014. Lei 12.973/14 e IN RFB 1.515/14

Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014. Lei 12.973/14 e IN RFB 1.515/14 Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014 Adoção Inicial dos arts. 1º a 70 da Lei 12.973/2014 Lei 12.973/14 e IN RFB 1.515/14 Lei nº 12.973/2014 arts. 64 a 70 Adoção Inicial => procedimentos

Leia mais

Contabilidade Geral e Avançada Correção da Prova AFRFB 2009 Gabarito 1 Última Parte Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA

Contabilidade Geral e Avançada Correção da Prova AFRFB 2009 Gabarito 1 Última Parte Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA 15- A empresa Livre Comércio e Indústria S.A. apurou, em 31/12/2008, um lucro líquido de R$ 230.000,00, antes da provisão para o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre

Leia mais

INCORPORAÇÃO PAPEL DE TRABALHO DA INCORPORAÇÃO. Subsidiária S.A S.A. Ativos 1.000 370 1370

INCORPORAÇÃO PAPEL DE TRABALHO DA INCORPORAÇÃO. Subsidiária S.A S.A. Ativos 1.000 370 1370 1 INTRODUÇÃO INCORPORAÇÃO A incorporação é um processo no qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. As incorporações de entidades sob controle

Leia mais

Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 2

Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 2 Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais CONTABILIDADE SOCIETÁRIA 2 INVESTIMENTOS PERMANENTES Avaliados pelo método de equivalência patrimonial MEP Procedimentos

Leia mais

TRANSAÇÕES ENTRE MATRIZ E FILIAL

TRANSAÇÕES ENTRE MATRIZ E FILIAL TRANSAÇÕES ENTRE MATRIZ E FILIAL As mercadorias transacionadas entre matriz e filiais podem ser avaliadas para fins de transferência pelo preço de custo, pelo valor de mercado ou por um preço arbitrado

Leia mais

INSTRUÇÃO CVM Nº 469, DE 2 DE MAIO DE 2008

INSTRUÇÃO CVM Nº 469, DE 2 DE MAIO DE 2008 Dispõe sobre a aplicação da Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera as Instruções CVM n 247, de 27 de março de 1996 e 331, de 4 de abril de 2000. A PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS

Leia mais

Original assinado por ROBERTO TEIXEIRA DA COSTA Presidente. NORMAS ANEXAS À INSTRUÇÃO N o 001 DE 27 DE ABRIL DE 1978.

Original assinado por ROBERTO TEIXEIRA DA COSTA Presidente. NORMAS ANEXAS À INSTRUÇÃO N o 001 DE 27 DE ABRIL DE 1978. Dispõe sobre as normas e procedimentos para contabilização e elaboração de demonstrações financeiras, relativas a ajustes decorrentes da avaliação de investimento relevante de companhia aberta em sociedades

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Crédito diferencial de alíquota no Ativo Imobilizado - SP

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Crédito diferencial de alíquota no Ativo Imobilizado - SP Crédito 17/09/2014 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Consultoria... 4 3.1 Crédito do ICMS próprio adquirido do Simples Nacional com destino

Leia mais

Básico Fiscal. Contabilidade Avançada. Módulo 1. 20 Exercícios de Apoio. Prof. Cláudio Cardoso

Básico Fiscal. Contabilidade Avançada. Módulo 1. 20 Exercícios de Apoio. Prof. Cláudio Cardoso Básico Fiscal Contabilidade Avançada Módulo 1 20 Exercícios de Apoio Prof. Cláudio Cardoso 1. (Analista CVM/2003 FCC Adaptada) A Cia. Omega comprou, à vista, ações representativas de 20% do capital votante

Leia mais

TributAção. Novembro de 2013 Edição Extraordinária. MP 627/13 Regime tributário com o fim do RTT

TributAção. Novembro de 2013 Edição Extraordinária. MP 627/13 Regime tributário com o fim do RTT TributAção Novembro de 2013 Edição Extraordinária MP 627/13 Regime tributário com o fim do RTT Passados quase cinco anos da convergência das regras contábeis brasileiras ao padrão internacional contábil

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 949, DE 16 DE JUNHO DE 2009 (DOU DE 17.06.09)

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 949, DE 16 DE JUNHO DE 2009 (DOU DE 17.06.09) INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 949, DE 16 DE JUNHO DE 2009 (DOU DE 17.06.09) Regulamenta o Regime Tributário de Transição (RTT), institui o Controle Fiscal Contábil de Transição (FCONT) e dá outras providências.

Leia mais

MARAFON & FRAGOSO ADVOGADOS. pmarafon@marafonadvogados.com.br Fone 11 3889 22 84

MARAFON & FRAGOSO ADVOGADOS. pmarafon@marafonadvogados.com.br Fone 11 3889 22 84 MARAFON & FRAGOSO ADVOGADOS pmarafon@marafonadvogados.com.br Fone 11 3889 22 84 NOVO TRATAMENTO DO ÁGIO/DESÁGIO ARTIGO 20 O CONTRIBUINTE QUE AVALIAR INVESTIMENTO PELO VALOR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO DEVERÁ,

Leia mais

a) Débito: Dividendos e Bonificações em Dinheiro a Receber Crédito: Rendas de Ajuste em Investimento em Coligadas e Controladas

a) Débito: Dividendos e Bonificações em Dinheiro a Receber Crédito: Rendas de Ajuste em Investimento em Coligadas e Controladas Olá, pessoal! Desta vez, trago para vocês uma coletânea de questões resolvidas da Fundação Carlos Chagas (FCC). Achei apropriado inserir esta aula neste momento em razão da proximidade da prova de Fiscal

Leia mais

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis

Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis Sumário do Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis Observação: Este Sumário, que não faz parte do Pronunciamento, está sendo apresentado

Leia mais

CPC 15. Combinações de Negócios. Conselho Regional de Contabilidade - CE AUDIT

CPC 15. Combinações de Negócios. Conselho Regional de Contabilidade - CE AUDIT CPC 15 Combinações de Negócios Conselho Regional de Contabilidade - CE AUDIT Agenda Introdução e Objetivos Alcance Definições e Escopo Tipos de Aquisições Aplicação do Método de Aquisição Ativos e Passivos

Leia mais

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO

1-DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS 1.1 OBJETIVO E CONTEÚDO 2 -DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS BÁSICOS. OBJETIVO E CONTEÚDO Os objetivos da Análise das Demonstrações Contábeis podem ser variados. Cada grupo de usuários pode ter objetivos específicos para analisar as Demonstrações

Leia mais

Tributação em bases universais: pessoas jurídicas

Tributação em bases universais: pessoas jurídicas Tributação em bases universais: pessoas jurídicas A MP 627, na linha adotada pelo STF na ADI 2.588, previu a tributação automática no Brasil somente dos lucros auferidos no exterior por controladas ou

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

2 Questão 31 Classificação de Contas e Grupos Patrimoniais

2 Questão 31 Classificação de Contas e Grupos Patrimoniais Conteúdo 1 Introdução... 1 2 Questão 31 Classificação de Contas e Grupos Patrimoniais... 1 3 Questão 32 Natureza das contas... 3 4 Questão 33 Lançamentos - Operações de captação de recursos... 4 5 Questão

Leia mais

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto

Vamos, então, à nossa aula de hoje! Demonstração de Fluxo de Caixa (2.ª parte) Método Indireto Olá, pessoal! Aqui estou eu de novo, para continuar o assunto da aula passada: Fluxo de Caixa e Demonstração do Fluxo de Caixa. Assunto da maior importância, que está sendo cobrado nos atuais concursos

Leia mais

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS CONTABILIDADE AVANÇADA CAPÍTULO 1: DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 1.1 - CONCEITO A Demonstração das Origens e Aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória por força da lei

Leia mais

TRIBUTAÇÃO DA CARTEIRA DO FUNDO

TRIBUTAÇÃO DA CARTEIRA DO FUNDO TRIBUTAÇÃO As informações apresentadas abaixo constituem um resumo das principais considerações fiscais da legislação brasileira que afetam o Fundo e seus investidores e não têm o propósito de ser uma

Leia mais

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Walter Dominas Conteúdo programático Unidade I Avaliação de Empresas Metodologias Simples Unidade II Avaliação de Empresas - Metodologias Complexas

Leia mais

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte BALANÇO PATRIMONIAL 1. CRITÉRIO DE DISPOSIÇÃO DAS CONTAS NO ATIVO E NO PASSIVO (ART. 178 DA LEI 6.404/76): a. No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos

Leia mais

Contabilidade Geral Questões da FCC

Contabilidade Geral Questões da FCC Olá pessoal!!! Contabilidade Geral Questões da FCC Abaixo seguem duas questões comentadas da FCC cobradas no concurso do TRF da 2ª e 3ª região, ambos para o cargo de Analista Contador. Bons estudos, Roberto

Leia mais

TEXTO INTEGRAL DA INSTRUÇÃO CVM Nº 247, DE 27 DE MARÇO DE 1996, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELAS INSTRUÇÕES CVM Nº 269/97, 285/98, 464/08 E

TEXTO INTEGRAL DA INSTRUÇÃO CVM Nº 247, DE 27 DE MARÇO DE 1996, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELAS INSTRUÇÕES CVM Nº 269/97, 285/98, 464/08 E TEXTO INTEGRAL DA, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELAS INSTRUÇÕES CVM Nº 269/97, 285/98, 464/08 E 469/08. Dispõe sobre a avaliação de investimentos em sociedades coligadas e controladas e sobre os procedimentos

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP PROF. Ms. EDUARDO RAMOS Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL 3. O CICLO CONTÁBIL

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 9 Mutações do Patrimônio Líquido

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 9 Mutações do Patrimônio Líquido 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Mutações do Patrimônio Líquido Tópicos do Estudo Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados nos moldes da Lei das

Leia mais

DOAR DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS UMA REVISÃO DOS CONCEITOS MAIO / 2007. Autor - Manoel Moraes Jr

DOAR DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS UMA REVISÃO DOS CONCEITOS MAIO / 2007. Autor - Manoel Moraes Jr DOAR DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS UMA REVISÃO DOS CONCEITOS MAIO / 2007 Autor - Manoel Moraes Jr OBJETIVOS DA DOAR Apresentar de forma ordenada e sumariada as informações relativas

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

Espero que todos tenham passado bem pelas festas de fim de ano e que consigam atingir os objetivos traçados para o ano de 2008.

Espero que todos tenham passado bem pelas festas de fim de ano e que consigam atingir os objetivos traçados para o ano de 2008. Pessoal, Finalmente, retornei de férias. Após um mês de praia e sol, estou de volta a Brasília para mais um ano de muito trabalho. Espero que consiga, neste ano, ajudá-los a estudar e dirimir as dúvidas

Leia mais

DIVIDENDOS CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA DIVIDENDO OBRIGATÓRIO TÓPICO: DIVIDENDOS DIVIDENDOS

DIVIDENDOS CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA DIVIDENDO OBRIGATÓRIO TÓPICO: DIVIDENDOS DIVIDENDOS CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA TÓPICO: DIVIDENDOS DIVIDENDOS INVESTIDORA DIVIDENDOS INVESTIDA DIVIDENDO OBRIGATÓRIO Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício,

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Impacto fiscal. Depois de quase dois anos de longos debates entre empresas,

Impacto fiscal. Depois de quase dois anos de longos debates entre empresas, KPMG Business Magazine 30 TRIBUTOS Jupiterimages Stock photo/w101 Moeda funcional O artigo 58 da MP estabelece que as empresas que usam alguma moeda estrangeira para fins contábeis e demonstrações financeiras

Leia mais

CIRCULAR Nº 2824. Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008.

CIRCULAR Nº 2824. Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008. CIRCULAR Nº 2824 Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008. Altera procedimentos para reavaliação de imóveis de uso próprio por parte de instituições financeiras, demais instituições

Leia mais

O artigo 51º do CIRC estabelece que os dividendos recebidos por sociedades portuguesas são totalmente excluídos de tributação sempre que:

O artigo 51º do CIRC estabelece que os dividendos recebidos por sociedades portuguesas são totalmente excluídos de tributação sempre que: DESTAQUE Novembro de 2010 FISCAL Proposta de alterações aos mecanismos para evitar a dupla tributação económica de dividendos A Proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2011 ( Proposta de OE 2011 )

Leia mais

PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO

PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO Considera-se permuta toda e qualquer operação que tenha por objeto a troca de uma ou mais unidades imobiliárias, prontas ou a construir, por outra ou outras unidades imobiliárias,

Leia mais

Contabilidade Decifrada

Contabilidade Decifrada Contabilidade Decifrada Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos DOAR Luiz Eduardo Conceitos iniciais Capital Circulante líquido CCL, Origens e Aplicações 1 Capital Circulante Líquido CCL, definido

Leia mais

Devolução de mercadoria vendida - Contabilização - Roteiro de Procedimentos

Devolução de mercadoria vendida - Contabilização - Roteiro de Procedimentos Devolução de mercadoria vendida - Contabilização - Roteiro de Procedimentos Neste Roteiro trataremos sobre a contabilização das mercadorias recebidas em devolução. O texto encontra-se atualizado à Resolução

Leia mais

Avaliação de Investimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial. Contabilidade Avançada I Profª MSc. Maria Cecilia Palácio Soares

Avaliação de Investimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial. Contabilidade Avançada I Profª MSc. Maria Cecilia Palácio Soares Avaliação de Investimentos pelo Método de Equivalência Patrimonial Contabilidade Avançada I Profª MSc. Maria Cecilia Palácio Soares Aspectos Introdutórios No Método de Equivalência Patrimonial, diferentemente

Leia mais

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA TÓPICO: AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL E AJUSTES DE CONVERSÃO Patrimônio Líquido Após as alterações Capital Social Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas

Leia mais

Ajustes de Avaliação Patrimonial.

Ajustes de Avaliação Patrimonial. Ajustes de Avaliação Patrimonial. (Lei 6.404/76, art. 178 2 ) Prof. MSc. Wilson Alberto Zappa Hoog i Resumo: Apresentamos um breve comentário sobre a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial, criada pela

Leia mais

Demonstração dos Fluxos De Caixa. (DFC)

Demonstração dos Fluxos De Caixa. (DFC) Demonstração dos Fluxos De Caixa. (DFC) Índice 1. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXAS - DFC... 1 1.1. Objetivo... 1 1.2. Obrigatoriedade e Período de Apuração... 1 1.3. Definições... 1 1.4. Método e Estrutura

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA

CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA Neste artigo falarei sobre as formas de avaliação de investimentos (participações permanentes societárias ou participações em outras empresas ou participações em coligadas/controladas). Temos dois métodos

Leia mais

Contabilidade Geral Correção da Prova APO 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL

Contabilidade Geral Correção da Prova APO 2010 Prof. Moraes Junior CONTABILIDADE GERAL CONTABILIDADE GERAL 61- De acordo com a 750/93, do Conselho Federal de Contabilidade, foram aprovados os seguintes Princípios Fundamentais de Contabilidade: da Competência; da Prudência; do Denominador

Leia mais

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA

CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA TÓPICO: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS CPC 36 (R2) Deliberação CVM nº 668/11 Lei 6.404/76 Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio

Leia mais

Conceito de Contabilidade

Conceito de Contabilidade !" $%&!" #$ "!%!!&$$!!' %$ $(%& )* &%""$!+,%!%!& $+,&$ $(%'!%!-'"&!%%.+,&(+&$ /&$/+0!!$ & "!%!!&$$!!' % $ $(% &!)#$ %1$%, $! "# # #$ &&$ &$ 0&$ 01% & $ #$ % & #$&&$&$&* % %"!+,$%2 %"!31$%"%1%%+3!' #$ "

Leia mais

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09 Demonstração de Fluxo de Caixa Demonstração de Fluxo de Caixa A partir de 28.12.2007 com a publicação

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA)

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (DLPA) Explica os motivos da variação entre o saldo inicial e o final da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. DLPA PATRIMÔNIO LÍQUIDO ------- ------- Lucros

Leia mais

Investimento em. Controlado em Conjunto (Joint Venture) Contabilidade Avançada. Normas Contábeis: Fundamentação no Brasil:

Investimento em. Controlado em Conjunto (Joint Venture) Contabilidade Avançada. Normas Contábeis: Fundamentação no Brasil: Contabilidade Avançada Prof. Dr. Adriano Rodrigues Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) Normas Contábeis: No IASB: IAS 31 Interests in Joint Ventures No CPC: CPC 19 (R1)

Leia mais

DELIBERAÇÃO CVM Nº 534, DE 29 DE JANEIRO DE 2008

DELIBERAÇÃO CVM Nº 534, DE 29 DE JANEIRO DE 2008 TEXTO INTEGRAL DA, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA DELIBERAÇÃO CVM Nº 624, DE 28 DE JANEIRO DE 2010 (DOCUMENTO DE REVISÃO CPC Nº 01) Aprova o Pronunciamento Técnico CPC 02 do Comitê de Pronunciamentos

Leia mais

Demonstrações Contábeis

Demonstrações Contábeis Demonstrações Contábeis Resumo Demonstrações contábeis são informações e dados que as empresas oferecem ao fim de cada exercício, com a finalidade de mostrar aos acionistas, ao governo e todos os interessados,

Leia mais

Outros Tópicos Importantes na Elaboração do Fluxo de Caixa

Outros Tópicos Importantes na Elaboração do Fluxo de Caixa Outros Tópicos Importantes na Elaboração do! O Tratamento da Remuneração do Trabalho dos Dirigentes! Outras Contas Econômicas que não geram efeito sobre o caixa! A Projeção dos investimentos em ativo imobilizado

Leia mais

A companhia permanece com o objetivo de investir seus recursos na participação do capital de outras sociedades.

A companhia permanece com o objetivo de investir seus recursos na participação do capital de outras sociedades. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Apresentamos as Demonstrações Financeiras da Mehir Holdings S.A. referente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2004 e as respectivas Notas

Leia mais

IBRACON NPC VI - INVESTIMENTOS - PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS SOCIEDADES

IBRACON NPC VI - INVESTIMENTOS - PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS SOCIEDADES IBRACON NPC VI - INVESTIMENTOS - PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS SOCIEDADES INTRODUÇÃO 1. Este pronunciamento abrange as participações em sociedades coligadas e controladas e as participações minoritárias de natureza

Leia mais

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte DLPA DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS A DLPA expõe as variações ocorridas, durante o exercício, na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Ela pode ser incluída na DMPL Demonstração das Mutações

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R1) Demonstrações Separadas

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R1) Demonstrações Separadas COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 35 (R1) Demonstrações Separadas Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 27 (IASB BV 2011) Índice Item ALCANCE 1 3 DEFINIÇÕES

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E DESTINAÇÃO DO RESULTADO APURADO NO PERÍODO

1. INTRODUÇÃO 2. PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E DESTINAÇÃO DO RESULTADO APURADO NO PERÍODO 1. INTRODUÇÃO PARECER DE ORIENTAÇÃO CVM Nº 10, DE 23 DE MAIO DE 1986. EMENTA: Procedimentos a serem observados pelas companhias abertas na elaboração das Demonstrações Financeiras Extraordinárias de 28.02.86.

Leia mais

Neste artigo comentarei 06 (seis) questões da ESAF, para que vocês, que estão estudando para a Receita Federal, façam uma rápida revisão!!

Neste artigo comentarei 06 (seis) questões da ESAF, para que vocês, que estão estudando para a Receita Federal, façam uma rápida revisão!! Olá concurseiros (as)! Neste artigo comentarei 06 (seis) questões da ESAF, para que vocês, que estão estudando para a Receita Federal, façam uma rápida revisão!! Vamos lá!!! 01. (ESAF Analista da Receita

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC) ANALISTA. TRT s 09 PROVAS 107 QUESTÕES. (2012, 2011, 2009 e 2008)

CONTABILIDADE GERAL FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC) ANALISTA. TRT s 09 PROVAS 107 QUESTÕES. (2012, 2011, 2009 e 2008) CONTABILIDADE GERAL FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC) ANALISTA TRT s 09 PROVAS 107 QUESTÕES (2012, 2011, 2009 e 2008) A apostila contém provas de Contabilidade Geral de concursos da Fundação Carlos Chagas (FCC),

Leia mais

2. APURAÇÃO E DESTINAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SOCIAL

2. APURAÇÃO E DESTINAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SOCIAL 1. INTRODUÇÃO EMENTA: Procedimentos a serem observados pelas companhias abertas na elaboração das demonstrações financeiras relativas ao encerramento do exercício social a partir de 28.02.86. Inteligência

Leia mais

Amortização de ágio ou deságio somente influenciará o resultado quando da alienação do investimento

Amortização de ágio ou deságio somente influenciará o resultado quando da alienação do investimento Conheça o tratamento fiscal aplicável ao ágio e ao deságio apurados na aquisição dos investimentos avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial - MEP AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS - Ágio ou Deságio na

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA)

CONTABILIDADE GERAL PROFESSOR: OTÁVIO SOUZA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA) DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (DRA) Vou abordar, neste artigo, um assunto relativamente novo, mas que já foi cobrado por algumas bancas. Trata-se da Demonstração do Resultado Abrangente (DRA). Resultado

Leia mais

Instrução Normativa RFB nº 1.397, de 16 de setembro de 2013

Instrução Normativa RFB nº 1.397, de 16 de setembro de 2013 Instrução Normativa RFB nº 1.397, de 16 de setembro de 2013 DOU de 17.9.2013 Dispõe sobre o Regime Tributário de Transição (RTT) instituído pelo art. 15 da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. O SECRETÁRIO

Leia mais

AULA 9 - OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

AULA 9 - OPERAÇÕES COM MERCADORIAS AS EMPRESAS COMERCIAIS SÃO AQUELAS CUJO OBJETO SOCIAL É A COMPRA E A REVENDA DE COM OBJETIVO DE LUCRO. O LUCRO OU PREJUÍZO OBTIDO NESSAS OPERAÇÕES É DENOMINADO RESULTADO COM. 21/11/2009 PROF. PAULO VICECONTI

Leia mais

Questões de Concursos Tudo para você conquistar o seu cargo público www.qconcursos.com ]

Questões de Concursos Tudo para você conquistar o seu cargo público www.qconcursos.com ] 01 - Q223454A contabilidade foi definida no I Congresso Brasileiro de Contabilidade como: a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatos da administração

Leia mais

http://www.itcnet.com.br/materias/printable.php

http://www.itcnet.com.br/materias/printable.php Página 1 de 5 1 de Setembro, 2011 Impresso por ANDERSON JACKSON TOASSI DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS COMPRADAS NAS OPERAÇÕES COMERCIAIS 1 - Introdução Nas relações comerciais as operações de devolução e retorno

Leia mais

http://www.receita.fazenda.gov.br/prepararimpressao/imprimepagina.asp

http://www.receita.fazenda.gov.br/prepararimpressao/imprimepagina.asp Page 1 of 7 Instrução Normativa SRF nº 213, de 7 de outubro de 2002 DOU de 8.10.2002 Dispõe sobre a tributação de lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior pelas pessoas jurídicas domiciliadas

Leia mais

Fundamentos Decifrados de Contabilidade

Fundamentos Decifrados de Contabilidade 1 Resultado... 1 1.1 Receitas... 1 1.2 Despesas... 3 1.3 Ajustes... 6 2 Os conceitos de capital e de manutenção do capital... 7 1 Resultado O resultado é a medida mais utilizada para aferir a performance

Leia mais

CONTABILIDADE DE CUSTOS/GERENCIAL PARA CONTÁBEIS/ADMINISTRAÇÃO REVISÃO: CUSTO DE MERCADORIAS E PRODUTOS VENDIDOS.

CONTABILIDADE DE CUSTOS/GERENCIAL PARA CONTÁBEIS/ADMINISTRAÇÃO REVISÃO: CUSTO DE MERCADORIAS E PRODUTOS VENDIDOS. CONTABILIDADE DE CUSTOS/GERENCIAL PARA CONTÁBEIS/ADMINISTRAÇÃO REVISÃO: CUSTO DE MERCADORIAS E PRODUTOS VENDIDOS. AVALIAÇÃO DE ESTOQUES Matérias-Primas e Mercadorias 1. CUSTO DE AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstrações Financeiras Tópicos do Estudo Demonstrações Financeiras ou Relatórios Contábeis Demonstrações Financeiras e a Lei das Sociedades Anônimas Objetivos

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO FICHA DE RESPOSTA AO RECURSO CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL

CONCURSO PÚBLICO FICHA DE RESPOSTA AO RECURSO CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL CARGO: TÉCNICO DA FAZENDA MUNICIPAL QUESTÃO Nº 13 Gabarito divulgado: D Mantemos o gabarito apresentado na alternativa D. A candidata indicou a alternativa correta, ou seja a alternativa D. Recurso improcedente.

Leia mais

Ágio Contábil e Fiscal Aspectos Relevantes e Polêmicos

Ágio Contábil e Fiscal Aspectos Relevantes e Polêmicos Ágio Contábil e Fiscal Aspectos Relevantes e Polêmicos Ricardo Antonio Carvalho Barbosa DRJ/Fortaleza/CE Receita Federal do Brasil 13/11/12 1 Ágio: Decreto-Lei nº 1.598/77 CPC 15 e 18 a) Ágio ou deságio

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Olá, pessoal! Hoje trago uma aula sobre a Demonstração do Valor Adicionado DVA, que foi recentemente tornada obrigatória para as companhias abertas pela Lei 11.638/07, que incluiu o inciso V ao art. 176

Leia mais

AGENTE E ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL Disciplina: Contabilidade Prof.: Adelino Data: 07/12/2008

AGENTE E ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL Disciplina: Contabilidade Prof.: Adelino Data: 07/12/2008 Alterações da Lei 6404/76 Lei 11638 de 28 de dezembro de 2007 Lei 11638/07 que altera a Lei 6404/76 Art. 1o Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro

Leia mais

IRPJ - REAVALIAÇÃO DE BENS BASE LEGAL PARA O PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DE BENS

IRPJ - REAVALIAÇÃO DE BENS BASE LEGAL PARA O PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DE BENS Page 1 of 14 IRPJ - REAVALIAÇÃO DE BENS BASE LEGAL PARA O PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO DE BENS A Lei 6.404/76 (também chamada Lei das S/A), em seu artigo 8 º, admite a possibilidade de se avaliarem os ativos

Leia mais

Contmatic - Escrita Fiscal

Contmatic - Escrita Fiscal Lucro Presumido: É uma forma simplificada de tributação onde os impostos são calculados com base num percentual estabelecido sobre o valor das vendas realizadas, independentemente da apuração do lucro,

Leia mais