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: MIN. CÁRMEN LÚCIA DECISÃO

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: MIN. DIAS TOFFOLI :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO :JOSE PORFIRIO DE BESSA :EVANDRO DE CASTRO BASTOS

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

09/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

: MIN. DIAS TOFFOLI PETRÓLEO LTDA CATARINA SANTA CATARINA

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12/05/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

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: MIN. GILMAR MENDES

:PROCURADOR-GERAL FEDERAL :ANA LUIZA ARCANJO DE MORAES LIMA : YASSER DE CASTRO HOLANDA E OUTRO(A/S)

: MIN. DIAS TOFFOLI :MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES : FLÁVIO CÉSAR INNOCENTI E OUTRO(A/S)

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30/06/2017 SEGUNDA TURMA

: MIN. DIAS TOFFOLI SÃO PAULO

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: MIN. DIAS TOFFOLI TRABALHO MEDICO

informando o código 0F1A F06A.D126FB35.

19/05/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF

28/10/2014 PRIMEIRA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

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06/08/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

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02/08/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. TEORI ZAVASCKI

RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARANÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CEARÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI

25/08/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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21/08/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

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23/09/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

19/05/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES INFORMATICA EIRELLI - EPP

28/10/2016 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI MATO GROSSO DO SUL

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO Rio DE JANEIRO

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17/12/2013 PRIMEIRA TURMA : MIN. DIAS TOFFOLI EMENTA

:JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL :CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS PROFISSÕES LIBERAIS-CNPL

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

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: MIN. LUIZ FUX :GILMAR ROBERTO BERTOLDO :CARLOS ALBERTO NASCIMENTO :LUÍS ALFREDO COSTA :MICHELANGELO DE AGUIAR COIRO :ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO

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07/04/2017 SEGUNDA TURMA : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI GERAIS

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: MIN. GILMAR MENDES OCUPACIONAL

Transcrição:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 807.091 CEARÁ RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :FRANCISCO CARLOS ARAÚJO CRISÓSTOMO : ANGEL ALBERTO COUTO NAPOLI E OUTRO(A/S) :INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA :PROCURADOR-GERAL FEDERAL DECISÃO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. ATUAÇÃO DE AGENTE FISCALIZADOR. DEMONSTRAÇÃO INSUFICIENTE DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão de inadmissão de recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, al. a, da Constituição da República. 2. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região decidiu: ADMINISTRATIVO E AMBIENTAL. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DE AUTOS DE INFRAÇÃO. AGENTE FISCALIZADOR. TÉCNICO AMBIENTAL. COMPETÊNCIA. PRECEDENTES DO STJ E DESTA CORTE REGIONAL. 1. Apelação interposta em face de sentença proferida pelo MM. Juiz Federal da 4ª Vara da Seção Judiciária do Ceará, que julgou improcedente o pedido, consistente no reconhecimento de nulidade dos Autos de Infração lavrados pelo IBAMA contra o autor, por ausência de competência do agente fiscalizador. 2. A Lei nº 10.410, de 2002, ao disciplinar as atribuições do

cargo de Técnico Ambiental, dispõe que o exercício das atividades de fiscalização pelos titulares destes cargos deverá ser precedido de ato de designação próprio da autoridade ambiental a qual estejam vinculados. 3. No caso dos autos, o Técnico Ambiental que assinou os Autos de Infração, lavrados em 2008, tinha autorização para fazê-lo, tendo em vista o prévio ato de designação da autoridade ambiental a que estava vinculado (Portaria nº 1.273/98-P). 4. Conforme já decidiu o Superior Tribunal de Justiça: A Lei n. 9.605/1998 confere a todos os funcionários dos órgãos ambientais integrantes do SISNAMA o poder para lavrar autos de infração e para instaurar processos administrativos, desde que designados para as atividades de fiscalização, o que, para a hipótese, ocorreu com a Portaria n. 1.273/1998. (Resp 1.057.292/PR, Rel. Min. Francisco Falcão, Primeira Turma, julgado em 17.6.2008, DJe 18.8.2008). 2. Basta ao técnico ambiental do IBAMA a designação para a atividade de fiscalização, para que esteja regularmente investido do poder de polícia ambiental, nos termos da legislação referida. Caberia ao órgão ambiental (IBAMA), discricionariamente, escolher os servidores que poderiam desempenhar a atividade de fiscalização e designá-los então para essa função. Evidentemente que a tarefa de escolha dos servidores designados para o exercício da atividade de fiscalização diz respeito ao poder discricionário do órgão ambiental [...] (AgRg no Resp 1260376/PR, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 13/09/2011, DJE 21/09/2011). 5. Precedentes desta egrégia Corte Regional: APELREEX 200882000057237, Desembargadora Federal Margarida Cantarelli, Quarta Turma, DJE 05/08/2010, p. 755; AC 200981000007777, Desembargador Federal Francisco Barros Dias, Segunda Turma, DJE 02/06/2010, p. 490; AC 200785000023205, Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, Primeira Turma, DJE 17/09/2009, p. 178). 6. Apelação improvida. Os embargos de declaração opostos pelo Agravante foram rejeitados. 3. No recurso extraordinário, o Agravante alega que o Tribunal a quo 2

teria contrariado os incs. I e II do art. 37 da Constituição da República. 4. Na decisão agravada se adotou como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência da preliminar de repercussão geral da matéria. Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 5. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 7. A intimação do acórdão recorrido deu-se em 27.8.2012 (doc. 6, vol. 2) e, nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento n. 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, a exigência da demonstração formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007. Entretanto, o Agravante limitou-se a afirmar na petição de recurso extraordinário: Violação à Lei Federal e à Constituição da República de 1988 in hoc casu Matéria Prequestionada pelo recorrente desde o primeiro grau de jurisdição Divergência jurisprudencial igualmente apontada Requerimento de conhecimento e provimento do apelo ajuizado pela ora parte recorrente Repercussão Geral igualmente demonstrada 3

(art. 322, caput e parágrafo único do RISTF). São de clareza solar, excias., os efeitos gerais e as consequências deste recurso extraordinário, resultados estes facilmente perceptíveis, na medida em que influenciará aspectos políticos, sociais e econômicos da questão, ligados ao modus operandi inconstitucional da entidade autárquica Ibama como um todo (seu comportamento jurídico), bem como à justa e jurídica pretensão do ora recorrente. Com efeito, tais considerações fazem-nos entrever aqui o chamado instituto obrigatório da repercussão geral, aqui igualmente demonstrada em seção específica da minuta de apelo extremo (art. 322, caput e parágrafo único do RISTF, atualizado com a introdução da Emenda Regimental 21/2007), de forma a protuberar cada vez mais total violação ao apontados dispositivos constitucionais vigentes.. Relevância da questão federal suscitada. Nunca sendo demasiado lembrar os básicos institutos da teoria geral do direito positivo, jamais podendo serem afastados seus elementos e diretrizes nos processos e procedimentos judiciais e administrativos, ou ainda, conforme atual orientação do egrégio Plenário do STF tirada de caso diverso (demonstração da geral repercussão), a saber: Repercussão Geral Julgados Reconhecido direito ao FGTS a ex-servidor com contrato nulo por ausência de concurso, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito aos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho com a administração pública declarado nulo em função de inobservância da regra constitucional que estabelece prévia aprovação em concurso público. O RE 596478, com repercussão geral declarada pelo STF em setembro de 2009, começou a ser julgado no Plenário em 17 de novembro de 2010, quando votaram as ministras Ellen Gracie e Cármen Lúcia pelo provimento parcial do recurso e os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ayres Britto desprovendo o RE. 4

O Ministro Celso de Mello, ao adotar a posição pelo desprovimento do RE, destacou que o STF não transige na exigência do concurso público para o preenchimento de cargos públicos, chamou a atenção para a natureza transitória da norma e para a impossibilidade de haver efeitos retroativos (grifos nossos). O 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. Não basta, portanto, afirmar dispor o tema de repercussão geral, sendo ônus exclusivo da parte recorrente demonstrar, com argumentos objetivos, haver na espécie relevância econômica, política, social ou jurídica. A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso extraordinário, a repercussão geral da matéria constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso. Embora tenha mencionado haver, na espécie vertente, repercussão geral, o Agravante não desenvolveu argumentos suficientes para cumprir a exigência constitucional. Confiram-se os seguintes julgados: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. INTIMAÇÃO DO RECORRENTE APÓS 3.5.2007. NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO FORMAL. TAXA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA E TAXA DE COLETA DE LIXO E LIMPEZA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 5

1. Repercussão geral da questão constitucional: demonstração insuficiente. 2. Atribuição de efeitos ex nunc: impossibilidade. Precedentes. 3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil (AI 703.803-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.2.2009, grifos nossos). Embargos de declaração em agravo de instrumento. 2. Decisão monocrática. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 3. Apresentação expressa de preliminar formal e fundamentada sobre repercussão geral no recurso extraordinário. Necessidade. Art. 543-A, 2º, do CPC. 4. Preliminar formal. Hipótese de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, 1º, do RISTF. Necessidade. Precedente. 5. Ausência da preliminar formal. Negativa liminar pela Presidência no Recurso extraordinário e no agravo de instrumento. Possibilidade. Art. 13, V, c, e 327, caput e 1º, do RISTF. 6. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 718.395-ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe 14.5.2009, grifos nossos). 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inobservância ao que disposto no artigo 543-A, 2º, do Código de Processo Civil, que exige a apresentação de preliminar formal e fundamentada sobre a repercussão geral, significando a demonstração da existência de questões constitucionais relevantes sob o ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, em tópico destacado na petição de recurso extraordinário. 3. É imprescindível a observância desse requisito formal mesmo nas hipóteses de presunção de existência da repercussão geral prevista no art. 323, 1º, do RISTF. Precedente. 4. A ausência dessa preliminar permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal negue, liminarmente, o processamento do recurso extraordinário, bem como do agravo de instrumento interposto contra a decisão que o inadmitiu na origem (13, V, c, e 327, caput e 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). 5. Agravo regimental desprovido (AI 692.400-ED, Relatora a Ministra Ellen 6

Gracie, Plenário, DJe 30.5.2008, grifos nossos). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 9 de maio de 2014. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora 7