Supremo Tribunal Federal

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1 Ementa e Acórdão DJe 17/09/2012 Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 28/08/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO MINAS GERAIS RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :VALDIR DO CARMO PIMENTA ADV.(A/S) :FRANCIS ALPHONSUS DE GUIMARAENS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS PROC.(A/S)(ES) INTDO.(A/S) ADV.(A/S) GERAIS :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS : ETERNO DA SILVA CORDEIRO E OUTRO(A/S) :ALEXANDRE ALFREDO SOARES MACIEL PEIXOTO DE MIRANDA Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito Administrativo. 3. Alegação de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 28 de agosto de Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

2 Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 28/08/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO MINAS GERAIS RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :VALDIR DO CARMO PIMENTA ADV.(A/S) :FRANCIS ALPHONSUS DE GUIMARAENS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) : ETERNO DA SILVA CORDEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ALEXANDRE ALFREDO SOARES MACIEL PEIXOTO DE MIRANDA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em agravo de instrumento contra decisão de fls que negou seguimento ao recurso, ao argumento de que a violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se dependente de reexame de prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa ao texto constitucional. No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que o recurso extraordinário esta prequestionado. Ademais, reitera-se a nulidade absoluta do processo, sob alegação de violação direta dos princípios do contraditório e da ampla defesa, ao fundamento de que houve desrespeito ao rito processual previsto no artigo 17, 7º, da Lei 8.429/1992, uma vez que o Tribunal de origem não determinou a prévia notificação do réu para apresentar defesa. Requer-se a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do agravo regimental. É o relatório. documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

3 Voto - MIN. GILMAR MENDES Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 28/08/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal. O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão. Visa apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte, segundo a qual a afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, se dependente de reexame de normas infraconstitucionais, configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional. Cito, a propósito, precedentes de ambas as turmas desta Corte: Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. A violação aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, se dependentes de reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa ao texto constitucional. 3. Precedentes da Corte. 4. Motivação dos atos decisórios. Ocorrência. 5. Agravo regimental a que se nega provimento (AI-AgR , de minha relatoria, Segunda Turma, DJe ). AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO CRIMINAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL SOBRE OS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DE CORTES DIVERSAS. VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV, LV E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. CONTRARIEDADE AO ART. 93, IX, DA LEI FUNDAMENTAL. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I O acórdão recorrido, do Tribunal a quo, nada mais fez do que aplicar o entendimento afirmado documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

4 Voto - MIN. GILMAR MENDES Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 AI AGR / MG pelo Plenário desta Corte, nos autos das Reclamações 7.547/SP e 7.569/SP. II Foi acertada a decisão que negou seguimento ao apelo extremo interposto pelo ora agravante, por estar em conformidade com o que decidido por este Tribunal no RE /MG, Rel. Min. Ayres Britto, que, por unanimidade, recusou o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral sobre os pressupostos de admissibilidade de recursos de Cortes diversas, por não se tratar de matéria constitucional. Decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, 1º, do RISTF, e o art. 543-A, 5º, do CPC, introduzido pela Lei /2006. III A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação dos atos decisórios, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Precedentes. IV A exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento. V Agravo regimental improvido (AI-AgR , Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe ). Ademais, conforme consignado na decisão agravada, verifico que não ocorreu prejuízo à defesa, uma vez que o magistrado recebeu a peça inicial e determinou a citação dos réus. Ademais, ressalto que estes não impugnaram a falta de notificação prévia no momento oportuno, conforme trecho do acórdão recorrido: Não há dúvida de que o artigo 17, parágrafo 7º, da lei 8.429/92, impõe ao juiz o dever de notificar os requeridos antes do recebimento da inicial da ação de improbidade, possibilitando-lhes a apresentação de defesa preliminar. Todavia, se o magistrado recebeu a peça inicial e determinou a citação dos réus, sem ter-lhes garantido a defesa 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

5 Voto - MIN. GILMAR MENDES Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 AI AGR / MG prévia, deveriam ter estes recorrido no tempo e modo oportunos, e não aguardado todo o trâmite processual, para só alegar a nulidade na apelação. Segundo o artigo 17, parágrafo 10, da lei de improbidade, da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento, de forma que, se os apelantes não interpuseram o referido recurso, atacando o recebimento da inicial pela falta de notificação prévia, a questão restou preclusa. Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental. 3 documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

6 Decisão de Julgamento Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : VALDIR DO CARMO PIMENTA ADV.(A/S) : FRANCIS ALPHONSUS DE GUIMARAENS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) : ETERNO DA SILVA CORDEIRO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ALEXANDRE ALFREDO SOARES MACIEL PEIXOTO DE MIRANDA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n /2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número