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Transcrição:

MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA EM REDE NACIONAL AVF - MA13-016.1 - Gabarito Questão 01 [,00 pts ] Em um triângulo ABC de perímetro 9, o lado BC mede 3 e a distância entre os pés das bissetrizes interna e externa partindo de A é igual a 4. Calcule as medidas dos lados AB e AC do triângulo. Sejam P e Q os pés das bissetrizes interna e externa, respectivamente, partindo de A. Denotando x AB, temos AC P AB BC 9 x 3 6 x. Pelo Teorema das Bissetrizes Internas, logo Com isso, Como QP 4, temos BP AB P C AC BP + P C AB + AC, BP x BP x P C 6 x 3 6. e P C 6 x. e logo Pelo Teorema das Bissetrizes Externas, Simplificando, e então QB QP BP 4 x QC QP + P C 4 + 6 x. 4 x x QB AB QC AC, 4 + 6 x 6 x. 4 x 1 4 6 x + 1, 6 x x(6 x) 1 4. Desta forma, temos x 14x + 4 0, implicando x ou x 1. Repare, porém, que AB x 1 não é possível, pois este valor é maior que o perímetro do triângulo. Assim, AB, o que implica AC 6 AB 4. Esta solução considerou o vértice B entre os pés das bissetrizes relativas a A. Se C estivesse entre os pés das bissetrizes, teríamos AB 4 e AC.

Questão 0 [,00 pts ] Considere um triângulo ABC retângulo em A. Por A, trace uma reta r perpendicular a BC, que encontra BC em H. Em r, marque o ponto P, tal que AP BC, estando A entre P e H. Trace os segmentos P B e P C. (a) Prove que a área do quadrilátero P BAC é BC. (b) Considere o quadrado ABDE tal que A está entre E e C. Prove que o triângulo BCD é congruente ao triângulo AP B. (c) Prove que área do triângulo BCD é AB. (a) Observe que Área(P BAC) Área(AP B) + Área(AP C). Como BH é a altura do triângulo AP B relativa ao lado AP, temos Área(AP B) BH AP e, como CH é a altura do triângulo AP C relativa ao lado AP, temos Assim, Área(P BAC) Área(AP C) CH AP Área(AP B) + Área(AP C) + CH BC. CH BC BC ( BH + CH ) BC. (b) Temos CÂH A ˆBC, pois ambos são complementares ao ângulo AĈB, e P ÂE CÂH, pois os ângulos são opostos pelo vértice. Com isso, P ÂE A ˆBC. Assim, P ÂB C ˆBD, pois ambos os ângulos são a soma de A ˆBC com um ângulo reto.

Sabemos também que BC AP (dado do problema) e BD AB (pois ABDE é um quadrado), logo, pelo caso LAL, os triângulos BCD e AP B são congruentes. (c) Como, pelo item (b), BCD e AP B são congruentes, temos Área(BCD) Área(AP B), como calculado no item (a). Por outro lado, uma das relações métricas do triângulo retângulo nos diz que AB, logo Área(BCD) AB. Questão 03 [,00 pts ] OABC é um tetraedro tal que AÔB AÔC BÔC 90, onde OA x, OB y e OC z. Sabe-se que AB 41, AC 13 e BC 61. (a) Determine x, y e z. (b) Determine o volume do tetraedro ABCO. (a) Aplicando o Teorema de Pitágoras nos triângulos ABO, ACO e BCO, todos eles retângulos em O, temos: x + y AB 41. x + z AC 5. y + z BC 41. Somando membro a membro as três equações anteriores, temos: (I) (II) (III) x + y + z 154 e então Das subtrações abaixo, obtemos os valores desejados: x + y + z 77 (IV) (IV) (III) x 16 x 4cm. (IV) (II) y 5 y 5cm. (IV) (I) z 36 z 6cm. (b) Tomando o triângulo ABO como base do tetraedro, OC será sua altura. Daí, seu volume é: V 1 3 x y z 1 3 4 5 6 V 0cm3. Questão 04 [,00 pts ] Sejam L um círculo de raio 1 de centro O e r uma reta (no mesmo plano que L) exterior a L. Diga como construir, com régua e compasso, uma reta s tangente ao círculo e que determina, com r, um ângulo de 45. A solução abaixo não depende das medidas dadas.

Uma possível construção está representada acima e descrita abaixo: 1. Trace a reta perpendicular a r passando por O e seja P sua interseção com r.. Construa o círculo de centro P e raio P O e seja A uma das interseções deste círculo com r. Repare que, por construção, o triângulo AP O é retângulo em P e isósceles, com OP AP. Com isso, P ÂO 45. 3. Trace a reta t determinada por A e O e seja B a interseção de t com o círculo dado, de forma que O esteja entre A e B. 4. Construa o círculo de centro B e raio BA, e seja C seu ponto interseção com r diferente de A. Note que CB AB, logo ABC é isósceles, com AĈB CÂB 45. Teremos ainda que A ˆBC 90. 5. A reta s procurada é a determinada por B e C. Questão 05 [,00 pts ] Considere três retas r, s e t do espaço tais que qualquer plano seja concorrente a pelo menos uma destas retas. Considere ainda um poliedro tal que todas as suas faces são quadriláteros; cada uma de suas arestas é paralela a alguma das retas r, s ou t; e se um plano contém uma das faces, nenhum vértice do poliedro pode estar neste plano, além dos vértices da própria face. Prove que (a) todas as faces deste poliedro são paralelogramos, e (b) este poliedro é um prisma.

(a) Considere uma das faces do poliedro, a qual chamaremos de ABCD. Sem perda de generalidade, digamos que AB r. Não poderemos ter BC r, pois, neste caso, teremos AB e BC consecutivos e colineares. Digamos então, sem perda de generalidade, que BC s. Observe que já concluímos que cada uma das retas r e s é paralela ou está contida no plano da face ABCD. Assim, pela informação dada sobre as retas, t deve ser concorrente a tal plano, logo não pode ser paralela a este plano nem pode estar contida nele. Portanto, nenhuma das arestas CD e AD desta face pode ser paralela à reta t. Não poderemos ter CD s (senão BC e CD seriam colineares) nem, como já vimos, CD t. Portanto, CD r. Da mesma forma, AD não pode ser paralela a r, logo AD s. Até aqui, já vimos que ABCD é um paralelogramo. Mas a mesma argumentação vale para qualquer uma das faces do poliedro, portanto todas as suas faces são paralelogramos. (b) Seja ABCD uma das faces. Pelo item (a), podemos supor, sem perda de generalidade, AB e CD paralelas a r e BC e AD paralelas a s. Considere uma aresta que tenha A, B, C ou D como vértice, e que não esteja na face ABCD. Chamemos esta aresta de EA. Como E não pertence ao plano de ABCD, EA não é paralela a r ou s, logo EA t. Mas isto vale para todas as arestas que têm um vértice na face ABCD, portanto todas estas arestas são paralelas a t, e de cada vértice A, B, C e D sai apenas uma aresta que não está na face ABCD. A face que tem A, B e E como três de seus vértices deverá ser um paralelogramo (item (a)), portando, seu quarto vértice F é tal que EF AB e BF AE. A face adjacente a ABF E, compartilhando a aresta BF, deverá ser então um paralelogramo BCGF, com F G BC. A face adjacente a BCGF, compartilhando a aresta CF, deverá ser então um paralelogramo CDHG, com GH CD AB. Por fim, teremos a face ADHE, com HE AD BC. Repare que EF GH é, então, um paralelogramo, pois EF e GH são paralelos a AB, e F G e EH são paralelos a BC. Temos ainda que EF GH deverá ser uma face. De fato, se não fosse assim, haveria uma aresta EI, F I, GI ou HI que não estaria no plano de EF GH, portanto não seria paralela a r e s, e nem poderia ser paralela a t, pois, neste caso, teríamos duas arestas colineares. Assim, temos o prisma ABCDEF GH, tal que ABCD e EF GH são bases paralelas, com AE BF CG DH.