AVALIAÇÃO DO VOLUME MINUTO, FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E VOLUME CORRENTE EM GESTANTES

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AVALIAÇÃO DO VOLUME MINUTO, FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E VOLUME CORRENTE EM GESTANTES Monica Belloli 1 Daysi Jung da Silva 2 RESUMO O organismo materno sofre modificações anatomofuncionais no sistema respiratório, que se iniciam precocemente e se intensificam próximo ao termo conforme a necessidade do ciclo gravídico. O objetivo deste trabalho foi verificar se a gestação influencia no volume minuto, no volume corrente, na freqüência respiratória e na sensação de dispnéia em gestantes e relacionar com a idade gestacional. A amostra constituiu-se de 60 gestantes, que realizaram consulta na Policlínica de Referência, na cidade de Tubarão (SC), nos meses de julho e agosto de 2002. Foram utilizados para a coleta de dados: ventilômetro, máscara do circuito EPAP, cabresto e cronômetro. O volume minuto e a freqüência respiratória foram coletados durante 5 minutos, obtendo-se pela razão dos mesmos o volume corrente, considerando os dois primeiros minutos como um período de adaptação e os três últimos, para obtenção dos dados. Das gestantes que participaram da coleta de dados 18,33% estavam no primeiro trimestre, 41,67% estavam no segundo trimestre e 40% estavam no terceiro trimestre. Da amostra apresentada 41,67% apresentaram volume minuto abaixo do esperado, 10% apresentaram o volume minuto esperado e 48,33% apresentaram volume minuto acima do esperado; 93,33% apresentaram freqüência respiratória dentro dos parâmetros considerados normais; 20% obtiveram volume corrente abaixo do esperado, 35% obtiveram o volume corrente esperado e 45% obtiveram volume corrente acima do esperado; e 38,33% relataram dispnéia em algum momento da gravidez. Com os resultados da amostra, conclui-se que a freqüência respiratória permaneceu inalterada, o volume minuto e o volume corrente apresentaram-se aumentados e a sensação de dispnéia foi uma queixa pouco comum relatada pelas gestantes. Palavras-Chaves: gestação, volume minuto, freqüência respiratória, volume corrente, dispnéia. ABSTRACT The maternal organism suffers anatomical functional changings in the respiratory system which start precociously and itensify at the end of the pregnancy according to the necessity of its cycle. The goal of this study was to evaluate the minute volume; the tidal volume; the respiratory frequency and the sensation of dyspnea in pregnant women and relate this factors to the gestation age. The sample was made up by 60 pregnat women. They were examined at Policlínica de Referência, in Tubarão (SC); in July and August/2002. A ventilometer, an 1 Acadêmica de Fisioterapia. Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para conclusão do curso de graduação em Fisioterapia. 2 Professora especialista da UNISUL responsável pela orientação do trabalho.

EPAP circuit mask, a halter and a stop-watch were used to collect data. The minute volume and the respiratory frequency were collected during 5 minutes, obtaining the tidal volume through the rate of them. The first two minutes were considered as an adaptation period and the last three minutes were used to collect data. Of the 60 pregnant women who took part in the data collection 18,33% were in the first 3 months of gestation; 41,67% were between the fourth and sixth month and 40.0% were in the last 3 months. From the presented sample, 41,67% presented minute volume below the one which was expected, 10% presented the expected minute volume and 48,33% presented minute volume above the one which was expected; 91,67% presented respiratory frequency within the parameters considered normal; 20% obtained tidal volume below the one which was expected, 35% obtained the expected tidal volume and 45% obtained tidal volume above the one which was expected; and 38,33% said they had dyspnea in some moment of the pregnancy. According to the results of the sample, this study concludes that the respiratory frequency remained unchanged, the minute volume and the tidal volume were increased and the dyspnea sensation was a complaint reported by the pregnant women. Key words: gestation, minute volume, respiratory frequency, tidal volume, dyspnea CONSIDERAÇÕES GERAIS A fisioterapia atua na prevenção e reabilitação do indivíduo, visando a melhora da qualidade de vida. Segundo Souza (1999, p.17), a obstetrícia é um ramo de atividade da fisioterapia que pode ser classificada como uma das mais recentes áreas de atuação do fisioterapeuta, mas de suma importância no quadro de profissões que responde pela saúde da mulher. A gestação é um período que apresenta adaptações físicas e fisiológicas em quase todos os sistemas do corpo humano, e neste estudo, daremos maior atenção ao sistema respiratório, onde as alterações ocorrem tanto em nível anatômico quanto funcional. Conforme Machado; Aroeira (1999, p. 69), as mudanças mecânicas e bioquímicas interagem e afetam a função respiratória e o intercâmbio gasoso e sabe-se que o abdome em expansão influencia na posição do diafragma, tornando a respiração predominantemente costal superior pela desvantagem mecânica desse músculo. Nas alterações fisiológicas o volume de ar corrente aumenta gradualmente cerca de 40%. Como a capacidade vital é pouco alterada durante a gravidez, o aumento da ventilação faz-se em proporção ao do volume corrente (ROMEN; MASAKI; ARTAL, 1999, p. 14). Para Guyton; Hall (1997, p. 947), a quantidade de oxigênio usada pela gestante está aumentada em cerca de 20%, e uma quantidade compatível de gás carbônico é formada, fazendo com que a ventilação minuto aumente. Além disso, os altos níveis de progesterona aumentam a sensibilidade do centro respiratório ao gás carbônico, resultando num aumento da

ventilação minuto em cerca de 50% e uma diminuição da pressão de gás carbônico arterial. A freqüência respiratória não se altera, mas a profundidade da respiração aumenta (KONKLER; KISNER, 1998, p. 586). A obstetrícia desde o século XIX atua educando e sensibilizando as mulheres para o momento mais notável de suas vidas: a gestação. As mulheres neste momento encontram-se vulneráveis, e qualquer modificação em seu corpo, às vezes, por não ter conhecimento da naturalidade das mesmas, poderá causar insegurança. Então, caberá ao fisioterapeuta conscientizar a gestante sobre estas alterações que estão ocorrendo em sue organismo, tranqüilizando-as e preparando-as fisicamente para as transformações em seu corpo. Devido ao fato de haver poucas fontes científicas relacionadas às alterações que ocorrem no sistema respiratório durante a gestação, e algumas até controversas, optou-se por estudar o volume minuto, freqüência respiratória, volume corrente e sensação de dispnéia das gestantes, tornando este trabalho uma futura fonte para que novas pesquisas sejam realizadas. Justifica-se esta pesquisa na medida em que busca informações sobre o seguinte tema: Qual o volume de ar corrente de gestantes, de acordo com o período gestacional? OBJETIVO GERAL Verificar se a gestação influencia no volume minuto, na freqüência respiratória, no volume corrente e na sensação de dispnéia em gestantes e relacionar com a idade gestacional. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Verificar se a gestação influencia no volume minuto e relacionar com a idade gestacional; Verificar se a gestação influencia na freqüência respiratória e relacionar com a idade gestacional Verificar se a gestação influencia no volume corrente e relacionar com a idade gestacional; Verificar se a gestação influencia na sensação de dispnéia e relacionar com a idade gestacional Comparar os dados coletados nesta pesquisa com a pesquisa realizada por Codevilla (2002).

METODOLOGIA Tipo de pesquisa De acordo com Köche (1997, p. 124), a pesquisa apresentada é do tipo descritiva, ou seja, estuda as relações entre duas ou mais variáveis de um dado fenômeno sem manipulalas. Conforme Rudio (1998, p. 57), esta pesquisa aparece na forma de estudo de caso, onde se estuda um determinado indivíduo, família, grupo ou comunidade com o objetivo de realizar uma indagação em profundidade para se examinar o ciclo de sua vida ou algum aspecto particular desta. População/amostra A amostra é composta de 60 gestantes, independente do trimestre gestacional, que realizaram consulta pré-natal na Policlínica de Referência (TB), nos meses de julho e agosto de 2002, sem história de doenças pulmonares agudas ou crônicas. Tabela 01: Distribuição da amostra de acordo com a idade gestacional Idade Gestacional Número de Gestantes Porcentagem Primeiro Trimestre 11 18,33% Segundo Trimestre 25 41,67% Terceiro Trimestre 24 40% TOTAL 60 100% Observando a tabela 01, da amostra apresentada, 18,33% estavam no primeiro trimestre, 41,67% estavam no segundo trimestre e 40% estavam no terceiro trimestre de gestação. Instrumentos cronômetro. Instrumento de pesquisa, ventilometro, máscara do circuito EPAP, cabresto e

Procedimentos A gestante após consulta pré-natal, era convidada a participar da amostra e encaminhada a uma sala, a qual estava sendo utilizada para realizar o estudo. O protocolo a seguir foi seguido conforme Codevilla (2002): O primeiro contato com a gestante foi para esclarecimento da pesquisa e dos instrumentos utilizados e para a assinatura do termo de consentimento pela avaliada e pela avaliadora. Após, foi preenchido o instrumento de pesquisa, pela pesquisadora. Para iniciar a coleta, a gestante era acomodada em uma cadeira confortável com membros inferiores (MMII) e membros superiores (MMSS) apoiados e relaxados, mantendo um ângulo de 90 de flexão de quadris, joelhos e tornozelos. Informava-se a gestante que não poderia falar ou sorrir enquanto estivesse com o ventilômetro, que mantivesse o ritmo basal e que a qualquer sinal de desconforto a mesma poderia levantar a mão direita e a coleta de dados seria interrompida. O ventilômetro era aclopado à máscara e adaptado à face da gestante, incluindo nariz e boca, com auxílio de um cabresto. O volume minuto e a freqüência respiratória foram coletados durante cinco minutos, sendo que a cada um minuto o ventilômetro era zerado e eram anotados os valores do volume minuto e da freqüência respiratória por um assistente. A freqüência respiratória foi contada durante um minuto completo, através da observação do ventilômetro. Os dois primeiros minutos da coleta foram considerados como um período de adaptação da gestante à máscara e os três últimos, utilizados para obtenção dos dados, fazendo-se a média do volume minuto (VM), em ml, e da freqüência respiratória (FR), em ciclos por minuto, obtendo-se pela razão dos mesmos, o volume corrente. Análise dos dados A análise dos dados foi realizada conforme protocolo de Codevilla (2002): A freqüência respiratória coletada foi comparada com a freqüência respiratória considerada normal. Em termos gerais, aceitamos como valor normal da freqüência respiratória de um adulto em repouso, de 10 a 20 incursões por minuto (EMMERICH, 2001). O volume minuto coletado, foi relacionado conforme Ratto; Jardim (1997), levando-se em consideração o gênero feminino, a idade e a superfície corporal atual (SC) em

metros quadrados, sendo calculado pela fórmula para mulheres na faixa etária de 16 a 49 anos= (3,2 SC), em que SC= (estatura)² em metros. O volume corrente coletado foi comparado ao volume corrente esperado para cada gestante, que foi calculado, conforme Ratto; Jardim (1997), considerando 5 a 8ml/Kg de peso. Multiplicou-se, então, a massa corpórea por cinco e por oito, onde obteve-se o intervalo estimado do volume corrente de acordo com cada gestante, e estes comparados ao volume corrente coletado. O índice de dispnéia foi obtido através de uma escala de 100mm, onde mostra nenhuma falta de ar e máxima falta de ar, em que a gestante quando apresentasse dispnéia era orientada a marcar, sobre estes limites, com uma caneta, o valor correspondente de sua dispnéia. Não foi investigado o momento da sensação de dispnéia das gestantes. RESULTADOS DA VENTILOMETRIA 60 50 40 41,67 48,33 V olum e M inuto abaix o do espe rado % 30 V olum e M inuto esperado 20 10 0 10 V olum e M inuto acim a do espe rado Gráfico 01: Distribuição da amostra de acordo com o volume minuto. Conforme gráfico 01, em relação ao volume minuto 41,67% das mulheres grávidas apresentaram valores abaixo do esperado, 10% apresentaram os valores esperados e 48,33% apresentaram valores acima do esperado. Rezende; Coslovsky (1995), ressaltam que o volume minuto aumenta progressivamente durante a gestação, de 7 para 10 l/min. Ainda Guyton; Hall (1997), acreditam que os altos níveis de progesterona aumentam a ventilação minuto ainda mais, devido ao aumento da sensibilidade do centro respiratório ao dióxido de carbono. O resultado deste estudo de acordo com o volume minuto contrapõe-se a pesquisa de Codevilla (2002), onde a maior parte das gestantes apresentaram volume minuto abaixo do esperado (80%) e apenas 15% apresentaram volume minuto acima do esperado.

Tabela 02: Distribuição da amostra correlacionando idade gestacional e volume minuto acima do esperado Idade Gestacional VM acima do esperado Porcentagem Primeiro Trimestre 05 17,24% Segundo Trimestre 13 44,83% Terceiro Trimestre 11 37,93% TOTAL 29 100% De acordo com a tabela 02, podemos observar que das gestantes que obtiveram volume minuto acima do esperado, 17,24% estavam no primeiro trimestre, onde Machado; Aroeira (1999), ressaltam que o volume minuto apresenta um aumento imediato no período entre a oitava e décima primeira semana de gestação, chegando a 30-50% acima dos valores basais no termo; 44,83% estavam no segundo trimestre e 37,93% estavam no terceiro trimestre de gestação. 50 45 % 40 30 20 10 20 35 Volum e Corrente abaixo do esperado Volum e Corrente esperado Volum e Corrente acima do esperado 0 Gráfico 02: Distribuição da amostra de acordo com o volume corrente. Analisando o gráfico 02, no resultado da amostra do volume corrente, 20% das gestantes obtiveram valores abaixo do esperado, 35% obtiveram os valores esperados e 45% obtiveram valores acima do esperado. Romen; Masaki; Artal (1999) e Polden; Mantle (2000, p.34) e Rezende; Coslovsky (1995) afirmam que nas alterações fisiológicas o volume corrente aumenta gradualmente cerca de 40%, de 500ml no estado não-gravídico para aproximadamente 700ml ao final da gravidez. A pesquisa de Codevilla (2002) contrapõe-se com os resultados encontrados na presente pesquisa, tendo a maior parte das gestantes com volume corrente diminuído, ou seja, 50% da amostra.

Tabela 03: Distribuição da amostragem correlacionando idade gestacional e volume corrente acima do esperado Idade Gestacional VC acima do esperado Porcentagem Primeiro Trimestre 07 25,92% Segundo Trimestre 10 37,04% Terceiro Trimestre 10 37,04% TOTAL 27 100% Observando a tabela 03, podemos observar que as gestantes que apresentaram volume corrente acima do esperado, 25,92% estavam no primeiro trimestre, 37,04% estavam no segundo trimestre e 37,04% estavam no terceiro trimestre de gestação. Rezende; Coslovsky (1995, p. 137) e Ziegel; Cranley (1985, p. 140), reafirmam que o volume corrente cresce progressivamente durante a gravidez desde o primeiro mês de gestação. % 80 70 60 50 40 30 20 10 0 27,59 72,41 Volume Corrente esperado Volume Corrente acima do esperado Gráfico 03: Distribuição de 29 gestantes da amostra com volume minuto acima do esperado, de acordo com o volume corrente. Com os dados apresentados no gráfico 03, pode-se observar que da amostra com volume minuto acima do esperado 72,41% obtiveram o volume corrente acima do esperado e 27,59% obtiveram o volume corrente esperado. Romen; Masaki; Artal (1997) afirmam que a ventilação minuto aumentada está diretamente relacionada com o volume corrente aumentado.

100 93,33 % 80 60 40 20 0 6,67 Frequência Respiratória Normal Frequencia Respiratória acima do Normal Gráfico 04: Distribuição da amostra de acordo com a frequência respiratória Observando o gráfico 04, nota-se que na amostra 93,33% tiveram freqüência respiratória considerada normal, ou seja, freqüência respiratória de 10 a 20 incursões por minuto (EMMERICH, 2001). Confirmando os resultados obtidos na pesquisa de Codevilla, que apresentou 90% da amostra com freqüência respiratória inalterada. Tabela 04: Distribuição da amostra correlacionando freqüência respiratória normal e idade gestacional. Idade Gestacional Freqüência Respiratória Normal Porcentagem Primeiro Trimestre 09 16,07% Segundo trimestre 24 42,86% Terceiro Trimestre 23 41,07% TOTAL 56 100% Observando a tabela 04, pode-se dizer que das 56 gestantes da amostra que apresentaram freqüência respiratória inalterada 16,07% estavam no primeiro trimestre, 42,86% estavam no segundo trimestre e 41,07% estavam no terceiro trimestre. Os dados obtidos, confirmam o que descrevem Konkler; Kisner (1998) e Romen; Masaki; Artal (1999), dizendo que a freqüência respiratória não se altera durante a gravidez, mas a profundidade da respiração aumenta. Porém, Valadares (1999) e Ziegel; Cranley (1985), consideram que a freqüência respiratória na gestação aumenta de 15 para aproximadamente 18 incursões por minuto.

70 60 61,67 % 50 40 30 38,33 Gestantes com Dispnéia Gestantes sem Dispnéia 20 10 0 Gráfico 05: Distribuição da amostra de acordo com a dispnéia. Analisando o gráfico 05, na totalidade de gestantes que participaram do estudo 38,33% relataram dispnéia em algum período da gravidez, enquanto 61,67% não tenham referido tal queixa. Silva (1999) e Ziegel; Cranley (1985), ressaltam que a dispnéia é uma queixa de 60 a 70% das grávidas, devido a um aumento de 20 a 30% no consumo de oxigênio compensado por uma respiração mais profunda, assim, aumentando o esforço respiratório e devido à redução da capacidade de difusão e a elevação do diafragma pelo crescimento uterino. Este último, é um fator de restrição da sensação de dispnéia em gestantes. Os resultados obtidos neste estudo, confirmam os dados de Codevilla (2002), onde uma maior parte das gestantes também não relataram dispnéia. Tabela 05: Distribuição da amostragem correlacionando idade gestacional e dispnéia Idade Gestacional Número de Gestantes Porcentagem Primeiro Trimestre 06 26,1% Segundo Trimestre 06 26,1% Terceiro Trimestre 11 47,8% TOTAL 23 100% Das gestantes que relataram dispnéia, 26,10% estavam no primeiro trimestre, 26,1% estavam no segundo trimestre e 47,8% estavam no terceiro trimestre de gestação. Conforme Ziegel; Cranley (1985), essa sensação de dispnéia está, com freqüência, presente no repouso, podendo ser episódica e tendo a probabilidade de começar a ocorrer no primeiro trimestre de gravidez.

Considerações Finais Através dos resultados obtidos nesta pesquisa, pode-se fazer algumas observações: - O volume minuto mostrou-se acima do esperado em 48,33% das gestantes, ou seja, na maior parte da amostra (29 pacientes); - Das gestantes que tiveram volume minuto acima do esperado, 72,41% obtiveram volume corrente acima do esperado (21 pacientes) e 27,59%, volume corrente esperado (08 pacientes); - A maior parte das gestantes desta amostra apresentaram volume corrente acima do esperado, totalizando 45% (26 pacientes), das quais 25,92% encontravam-se no primeiro trimestre (07 pacientes), 37,04%, no segundo trimestre (10 pacientes) e 37,04%, no terceiro trimestre (10 pacientes); - A freqüência respiratória mostrou-se inalterada (10 a 20cpm) em 93,33% da amostra (56 pacientes); - Na totalidade da amostra, 38,33% das gestantes relataram dispnéia em algum período da gravidez, ou seja, 23 pacientes. Comparando esta pesquisa com a de Codevilla (2002), pode-se concluir que a amostra selecionada pode interferir, ressaltando a diferença dos resultados. A literatura encontrada sobre o tema desta pesquisa foi escassa, mostrando sua precariedade na área de obstetrícia médica e em fisioterapia, principalmente no que diz respeito às modificações no sistema respiratório na gravidez, tão importante para mãe e o feto. Fica a sugestão de que novas pesquisas sejam realizadas, selecionando uma amostra maior ou o acompanhamento das gestantes nos três trimestres gestacionais verificando as adaptações no decorrer do período e ainda no puerpério. REFERÊNCIAS CODEVILLA, L. P. Avaliação do volume minuto, frequência respiratória e volume corrente em gestantes. 2002. 50f. Curso de Fisioterapia. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA, Tubarão. EMMERICH, J. C. Monitorização da ventilação. In: Monitorização respiratória: fundamentos. 2. ed. Rio de Janeiro: REVINTER, 2001. p. 47-53. GUYTON, A. C., HALL, J. E. Gravidez e lactação. In: Tratado de fisiologia médica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997. p. 945 948.

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