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Transcrição:

CANA-DE-AÇÚCAR Período: Abril/2016 Quadro I - PREÇO NA USINA EM SÃO PAULO (Em R$/unidade*) Produtos Unidade Página 1 24 Meses 12 Meses 1 Mês Mês Atual Açúcar Cristal Cor ICUMSA 130 a 180 Saco/50 kg 51,70 51,57 77,46 76,00 Etanol Anidro Carburante 1 litro 1,5461 1,3678 2,0659 1,5837 Etanol Hidratado Carburante 1 litro 1,3464 1,2612 1,8672 1,3799 (*) Valores sem incidência de impostos Fonte: Cepea/Esalq Elaboração: Conab Quadro II - PREÇO DO AÇÚCAR CRISTAL COLOCADO NO PORTO DE SANTOS - SP NA CONDIÇÃO SOBRE RODAS - (Em R$/Saca de 50kg*) 24 12 1 Produtos Unidade Mês Atual Meses Meses Mês Açúcar Cristal Santos - SP Cor ICUMSA Máximo 150 Saco/50 kg 52,34 50,37 77,18 75,23 (*) Valores sem incidência de Impostos Fonte: Cepea/Esalq Elaboração: Conab Quadro III - PREÇO INTERNACIONAL Produto Sugar 11-1ª Entrega (US Cents/lbs) Centro de Comercialização 24 Meses Ice Future Nova York Fonte: CSCE-New York - Elaboração: Conab Câmbio médio do mês atual: R$/US$ 3,5356 1.MERCADO INTERNO 1.1 Açúcar Períodos anteriores 12 Meses 1 Mês Mês atual 17,53 12,92 15,43 15,00 O mercado de açúcar apresentou moderada movimentação durante o mês em análise. Com oferta superior à procura, o preço médio de abril, a exemplo do ocorrido no mês anterior, fechou em queda, repercutindo a existência de remanescentes de estoques da safra passada e a forte produção na 1ª quinzena de abril/16 (da nova safra), quando a Região Centro-Sul atingiu o montante de 1.429 mil t., segundo dados tornados público pela entidade representativa do setor na região, a União da Indústria da cana-deaçúcar - UNICA. A título de comparação, no mesmo período do ano passado, o volume produzido foi 396 mil t. Ainda, segundo a UNICA, no início do mês de abril haviam 137 usinas e destilarias em atividade na Região Centro-Sul e que no fim da primeira quinzena, esse número totalizava 205 unidades, contra apenas 165 registradas em igual período da safra 2015/2016. A justificativa para que usinas entrassem em operação deveu-se ao

grande volume de cana bisada, remanescente da safra passada e à expectativa do alcance de boa produtividade na maioria das lavouras que foram favorecidas pelas precipitações pluviométricas ocorridas na fase de desenvolvimento das plantas. O recuo dos preços dos contratos do açúcar, negociados na Bolsa de Nova Iorque, na 1ª quinzena do mês e a desvalorização dólar americano ante o real brasileiro, também se constituíram em importantes fatores de pressão sobre os preços do adoçante no mercado nacional. Vale ainda esclarecer que a queda só não foi maior uma vez que na segunda quinzena de abril o mercado nova-iorquino reagiu, de forma positiva e com isto, mudando a tendência dos preços que era negativa, passando, então, a operar com viés positivo. O impacto da mudança de rumo em Nova Iorque refletiu no mercado interno de forma que os preços de negociação não apresentaram maiores perdas, ao contrário, em alguns momentos manifestaram pequenas altas. Em decorrência dos fatos acima mencionados, a cotação média de abril 76,00/sc retraiu 1,88% em relação à média de março, de R$ 77,46/sc. Quanto ao produto colocado no porto de Santos/SP - ver Quadro II - o recuo no mesmo período foi ligeiramente superior, já que totalizou 2,53%. 1.2 Etanol Com preços do álcool muito próximos aos da gasolina, os consumidores, no momento do abastecimento, quase sempre optam pelo combustível de origem fóssil. Essa foi uma das razões, senão a principal, que fez com que os valores médios do litro de etanol anidro e hidratado em abril/16 recuassem em todo o Brasil, e de forma ainda mais espetacular, na Região Centro-Sul, com queda de 26,34% e 23,10%, nessa ordem, em relação aos valores de março/16. Página 2

Outros fatores que contribuíram para o enfraquecimento das cotações podem ser atribuídos ao diferencial de remuneração entre o açúcar e o biocombustível, que no período em análise mostrou-se muito significativo em favor do adoçante. O início da colheita e moagem da nova safra 2016/17, na 1ª quinzena de abril, com indicativo de intensa produção (segundo dados divulgados no relatório da UNICA, em 16/04 foram de 1.279 milhões de litros de etanol contra 570 milhões no mesmo período de 2015), também exerceu forte pressão sobre preços do etanol anidro e hidratado que fecharam o mês cotados em R$ 1,5837/l e R$ 1,3799/l, respectivamente. Ver Quadro I e Gráfico II. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo - ANP consubstanciados no Quadro IV abaixo, em 2015 a demanda brasileira por combustíveis do ciclo Ottto (veículos leves) foi de aproximadamente 61.595 milhões de m³. Os números agora oficiais, corroboram com as análises e opiniões que vinham sendo proferidas ao longo do ano pelos agentes do mercado, acerca do crescimento em 2015 do consumo do etanol hidratado, em torno de 37,4% e 60,5%, respectivamente, quando comparado aos volumes demandados nos anos de 2014 e 2013. Por outro lado, cabe destacar o enfraquecimento da demanda pela gasolina que, em 2015 apresentou uma retração de 9,3%, e em menor escala (1,1%) do álcool anidro é misturado à gasolina. A lei Nº 13.033/214 de 24 de setembro de 2014 autorizou o governo a elevar de 25% para até 27,5% o percentual máximo de etanol na mistura com a gasolina. Em decisão deliberada no dia 16/03/2015, o Ministério das Minas e Energia autorizou fixou o percentual de aumento em 27%. Página 3

1.3 Avaliação de Safra Conab 1.3.1 Encerramento da safra 2015/16 O quarto e último levantamento da safra 2015/16, divulgado pela Conab no dia 14 do corrente mês, ver Tabela I, apontou para uma área de produção no Brasil de 8.654,2 mil hectares que, ao ser comparada com a superfície colhida em 2014/15 (9.004,5 mil hectares) verifica-se que ocorreu um recuo de 350,3 mil hectares em valores absolutos e de 3,9% em termos percentuais. A retração na área colhida deveuse a problemas de ordem climática, com ocorrência excessiva de chuvas na Região Centro-Sul no período do corte da cana, notadamente nos Estados do Mato Grosso do Sul e Paraná, nos meses de novembro/dezembro/2015, onde as áreas não puderam ser colhidas na sua totalidade, permanecendo um remanescente de cana bisada a ser colhido posteriormente. Na Região Nordeste, além do problema da falta de chuva que prejudicou severamente as lavouras na fase de desenvolvimento vegetativo, em uma parcela da área destinada a colheita no Estado de Alagoas o corte da cana não foi efetuado, pois, duas unidades de produção deixaram de funcionar na temporada recém finalizada. Com clima mais favorável na atual temporada (na Região Centro-Sul), os resultados finais da pesquisa em nível de Brasil apontaram para um incremento na produtividade, saindo de 70.495 kg/ha obtidos na safra 2014/15, para 76.909 kg/ha na corrente temporada, perfazendo um incremento da ordem de 9,1%. O incremento na produtividade foi motivado, especificamente, pelo bom desempenho da safra na Região centro-sul, que saiu do patamar de 72.123 kg/ha da safra passada para o 80.237 kg/ha em 2015/16, perfazendo um aumento de 11,3%. Quanto à Região Norte/Nordeste, foi verificado um recuo de 12,8%, já que a média da atual safra fechou em 50.464 kg/ha contra 57.843 kg/ha da safra passada. Em se tratando da produção, o volume de cana produzido na safra 2015/16 foi de 665.586 mil t, mostrando, portanto, um crescimento de 4,9% sobre as 634.767 mil t produzidas na safra 2014/15. Ainda, com relação ao número da safra 2015/16, ressalta-se que a Região Centro-Sul produziu 616.770 mil toneladas, montante este equivalente a 92,66% da produção brasileira. Na Região Norte/nordeste, onde o clima não foi nada favorável ao desenvolvimento da cultura, a produção foi menor na atual Página 4

temporada-, cerca de 48.817 mil t. Na safra passada totalizou 59.380 mil t, mostrando uma retração aproximada de 17,8% ver Tabela I. O Estado de São Paulo, maior produtor do Brasil, que fechou o ciclo com produtividade média de 81.717kg de cana/ha, contabilizou um volume de produção da ordem de 367.588 mil t, que em termos percentuais equivale a uma participação de 55,22% sobre a produção nacional. Já Goiás, segundo maior produtor e campeão em produtividade com 82.625 kg/ha, colheu 73.190 mil toneladas. Vale ainda lembrar que, em relação à safra passada, os maiores índices percentuais de crescimento de produtividade, na corrente temporada, foram obtidos pelos agricultores dos Estados do Mato Grosso do Sul e do Paraná, que na oportunidade cravaram vigorosos incrementos de 26,9% e 17,9%, sucessivamente, conforme pode ser constatado na Tabela I. Página 5

Consta no atual levantamento de safra, que do montante colhido (665.586 mil t de Cana-de-açúcar), as usinas destinaram de 396.548 mil toneladas (59,6%) para a produção de 30,46 bilhões de litros de etanol (anidro = 11,21 bilhões de litros + hidratado = 19,25 bilhões de litros). O remanescente de 269.081 mil t (40,4%) foi direcionado para a industrialização de açúcar, cujo volume de produção totalizou 33.489 mil toneladas - ver Tabelas 2, 3, 4 e 5. Página 6

Página 7

O ATR médio (Açúcar Total Recuperável - ATR) na safra 2015/16 foi de 131,4 kg/t, portanto, inferior ao obtido no ano safra 2014/15, quando foram contabilizados 136,5 kg/t, conforme pode ser constatado na Tabela 6. Vale, ainda, acrescentar que os números anunciados pela Conab revelam, de forma incontestável, que a safra 2015/16 foi efetivamente mais alcooleira, uma vez que o Mix (%) do açúcar, média Brasil, ficou estipulado em 40,4%, enquanto que o do etanol totalizou 59,6%. A Tabela 7 mostra, com maior riqueza de detalhes, a distribuição Mix (%) de açúcar e etanol por Unidade de Federação. Ainda relacionado a questão do Mix (%) da safra do etanol Tabela 7, vale enfatizar que o consumo se mostrou mais aquecido em 2015, em razão da relação econômica com a gasolina ter se mostrado mais favorável ao biocombustível. Tal fato foi ocasionado por três importantes motivos, a saber: a) - aumento em todo país dos preços da gasolina, então autorizado pelo Governo Federal, no mês de setembro/15, b) - redução do ICMS do etanol em Minas Gerais de 19% para 14% e comcomitante aumento da alíquota da gasolina de 27% para 29%, na mesma linha, Bahia e Paraná aumentaram o da gasolina passando de 27% e 28% para 28% e 29% respectivamente e Página 8

c) como já comentado anteriormente aumento do teor do anidro na gasolina C de 25% para 27%. Contudo, a partir de novembro/15 já se verificava uma expressiva queda do consumo do biocombustível. Após reajustes da gasolina, os preços do álcool também foram aumentando, sucessivamente, até eliminar, em definitivo, a vantagem comparativa antes existente. Página 9

1.3.2 Primeiro Levantamento da safra 2016/17 O primeiro levantamento de cana-de-açúcar da safra brasileira 2016/17, igualmente divulgado pela Conab no dia 14/04//2016, aponta para uma área de produção de 9.073,7 mil hectares, que ao ser comparada com a superfície cultivada na safra passada, indica um acréscimo de 4,8%. A produtividade inicialmente estimada é de 76.152 kg/ha, ou seja, ligeiramente inferior em 1,0% aos 76.909 kg/ha colhidos em 2015/16, ver Tabela 8. Quanto a produção, registra-se que foi estimado um quantitativo de 690.978 mil t, contra 665.586 mil t na safra passada. Ainda, com relação ao número da safra 2016/17, a pesquisa indicou que a Região Centro-Sul deverá produzir 637.667 mil t que equivale a 92,2% da produção brasileira. Neste contexto, destaca-se o Estado de São Paulo, maior produtor do Brasil, com um volume ora estimado em 381.703 mil t, que em termos percentuais, equivale a uma participação de 55,2% em relação à produção nacional. Quanto a Região Nordeste a Conab antevê uma recuperação na produção, pois a pesquisa indicou um volume de produção de 53.311 mil t, podendo superar o montante da safra passada em 9,2% se as climáticas forem favoráveis ao longo do ciclo da cultura. Página 10

A pesquisa também indicou que o ATR médio (Açúcar Total Recuperável - ATR), para a safra brasileira de 2016/17, deverá ficar em torno de 132,5 kg/t, ligeiramente superior ao da safra passada. Dessa forma, o ATR total estimado pela Conab, para a corrente safra, é de 91.547 mil t. ver Tabela 9. Página 11

O percentual de açúcar total recuperável (ATR), destinado à produção de açúcar está estimado em 43,3% do total e de álcool 56,7%, corroborando com a ideia de que a safra atual será menos alcooleira, já que o Mix (%) do açúcar aumenta cerca de 7,4%, ensejando um volume maior de produção de açúcar em 2016/17 - ver Tabela 10. Na mesma pesquisa, a Conab estimou que para o ano safra 2016/17 os volumes a serem produzidos de açúcar e de etanol deverão totalizar, respectivamente, 37.510 mil t e 30.340 milhões de litros, sendo 18.604 milhões de litros de etanol hidratado e 11.736 milhões de litros etanol anidro - ver Tabela 11. Caso a safra 2016/17 transcorra dentro de um ambiente de normalidade climática, a produção de açúcar ora estimada será superior à da safra passada em 4.021 mil t, tal fato justifica-se de acordo com as circunstâncias de mercado, onde predomina o consenso sobre um maior direcionamento da matéria-prima para a fabricação do açúcar, em detrimento do etanol (haja vista o iminente déficit global de açúcar em 2016). Neste sentido a perspectiva é de que o adoçante ao longo de 2016 remunere melhor que o biocombustível. Quanto a produção de etanol, será menor este ano. Desta maneira, as usinas deverão processar menos 121,1 milhões de litros. Página 12

2. MERCADO INTERNACIONAL No âmbito internacional, os negócios com açúcar, realizados na Bolsa de Nova Iorque ICE foram marcados pela forte atuação dos fundos de investimentos que ora se posicionavam em compras, ora em vendas, deixando o mercado muito volátil. Por outro lado, a contínua valorização do real brasileiro ante o dólar americano pelo terceiro mês consecutivo, intensificou ainda mais a perda de competitividade do produto brasileiro ante os seus concorrentes. No decorrer do mês as negociações globais do açúcar nos mercados futuro e disponível foram influenciadas pelo desempenho da moagem e processamento da cana da nova safra 2016/17 recém iniciada na Região Centro-Sul do Brasil. Agentes destes mercados mostraram preocupação com relação as astronômicas quedas dos preços dos etanóis, anidro e hidratado, no âmbito do mercado interno, fato que pode levar a um Página 13

aumento ainda mais significativo do mix açucareiro na corrente safra atualmente estimado pela Conab em 43,3%, e 40,99 pela UNICA, elevando, portanto, as previsões de aumentos mais significativos da produção de açúcar, estimados pelas entidades do mercado. Ante o acima exposto, o mercado de açúcar fechou o mês indicando queda de 2,80% em relação ao valor médio apurado em março/2016. A cotação média mensal dos contratos de primeira entrega, negociados na Bolsa de Nova Iorque, com vencimento em maio/16, atingiu o patamar de US 15,00 Cents/lb, contra US 15,43 Cents/lb observado em março/16, conforme explicitado no Quadro III e Gráfico III. Dados consolidados e divulgados em 15/04 pela Indian Sugar Mills Association ISMA indicam que relativamente à safra 2015/16, a Índia produziu 24.344 mil de toneladas de açúcar. Na safra passada foram produzidas 26.468 mil toneladas, ficando evidente uma quebra em valores absolutos de 2.124 mil t, cujo principal fator motivador se deve às intempéries climáticas. Para a safra 2016/17, as expectativa do governo daquele país é de que a produção poderá ser menor ainda, devendo totalizar algo em torno de 23,0 a 24,0 milhões de toneladas, dessa forma, o país, possivelmente, terá que recorrer à importações em 2016/17, como forma de garantir o pleno abastecimento do mercado interno. Djalma Fernandes de Aquino Analista de Mercado Tel.55 (61) 3312 6271 Email djalma.aquino@conab.gov.br Site: www.conab.gov.br Página 14