Mobilidade e Logística na Região Metropolitana de SP (Parte 1) Frederico Bussinger

Documentos relacionados
Redução de Custos Logísticos. Frederico Bussinger

O Planejamento da Infraestrutura de Logística e Transportes no Brasil. Frederico Bussinger

Infraestrutura Logística para otimização da cadeia farmacêutica. Frederico Bussinger

Mobilidade e Logística na Região Metropolitana de SP (Parte 2) Frederico Bussinger

Companhia de Engenharia de Tráfego CET

O Desafio das Grandes Cidades e Regiões Metropolitanas

A IMPORTÂNCIA DOS TRENS REGIONAIS. Silvestre Eduardo Rocha Ribeiro Diretor de Planejamento Companhia Paulista Trens Metropolitanos - CPTM

A Indústria de Defesa

X Seminário Nacional Metroferroviário Projetos em implantação

Ligações Ferroviárias Regionais na Macrometrópole Paulista Estudos de Rede e Demanda

Mobilidade e Sustentabilidade: Desafios para a RMSP no Séc. XXI

Fomento ao Transporte de Passageiros sobre Trilhos Desafio a enfrentar na Mobilidade Urbana

São Paulo 27 DE AGOSTO DE 2009

INCREMENTO DO TRANSPORTE METROFERROVIÁRIO NA MACROMETRÓPOLE

Logística urbana. Riley Rodrigues de Oliveira Gerência de Competitividade Industrial e Investimentos Diretoria de Desenvolvimento Econômico

Raio-X do Comércio Exterior Brasileiro

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

O impacto da integração tarifária na mobilidade urbana da RMSP. Lucas Alonso 21ª AEAMESP SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA

TRANSPORTE SUSTENTÁVEL

Desafogando as grandes cidades brasileira Seminário Transporte Interurbano de Passageiros AD=TREM

Seminário Regional Sudeste da Lei / 2012 Mobilidade Urbana. 29 de novembro de 2012

FIESP - 8º Encontro de Logística e Transportes A Hora do Investimento Privado

Saulo Pereira Vieira Secretaria dos Transportes Metropolitanos

18ª Semana da Tecnologia Ferroviária AEAMESP PAINEL TRENS REGIONAIS

Sistema de Informações da Mobilidade Urbana. Relatório Comparativo

SubComitê de Economia e Políticas

SESSÃO 1 ARTICULAÇÃO METROPOLITANA

Planeamento da Mobilidade Sustentável: rumo às cidades inovadoras e saudáveis

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA

Mobilidade, Logística e Cargas Metropolitanas

Mobilidade Urbana. Mobilidade em São Paulo

O TREM DE ALTA VELOCIDADE E A CIDADE DE SÃO PAULO

MOBILIDADE METROPOLITANA E PROJETO URBANO

Indicadores de Performance para a gestão de resultados. Fabiano Simões Coelho

Trens Intercidades Americana Campinas Jundiaí São Paulo. Parcerias e Concessões no Governo do Estado de São Paulo

COMERCIALIZAÇÃO DE CARNE ESTRATÉGIA BRASILEIRA DE AUMENTO DO CONSUMO INTERNO DE CARNE SUÍNA

Mobilidade Urbana Contemporânea

Mobilidade Urbana no Brasil

Como ações de planejamento transformam a cidade. Clarisse Cunha Linke, ITDP Brasil

Panorama Atual da Energia Nuclear no Brasil

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Estruturação do Complexo Metropolitano Expandido

Demanda por Investimentos em Mobilidade Urbana Brasil/ ª Semana de Tecnologia Metroferroviária - AEAMESP setembro/2015

Inserção do Brasil no setor de serviços da economia mundial. Eduardo Bom Angelo Presidente da Brasilprev

Introdução ao Mundo Cicloviário. Parte II Dados e Infra-estrutura. São Paulo, Novembro de 2008.

REFLEXOS DO CENÁRIO ECONÔMICO MUNDIAL SOBRE O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

Financiamento Climático

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA

Contas Nacionais Trimestrais

Sistema de Informações da Mobilidade Urbana. Relatório Comparativo

CENÁRIO MACROECONÔMICO

A indústria brasileira do aço e a infraestrutura


Indústria Automobilística Brasileira

Agenda. Mercado Têxtil Mundial (nos segmentos de cama e banho) Visão Geral da Empresa

Figura 1 Destino das exportações do Brasil (acumulado em 12 meses, em bilhões US$ de Maio/2017)

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

Balanço Social de Empresas Britânicas 2013 e Perspectivas para Francisco Carlos B dos Santos

AEB ASSOCIAÇÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior

Sala de Investimentos - Casa Civil COMISSÃO DE INCENTIVO AOS INVESTIMENTOS PRODUTIVOS PRIVADOS NO PAÍS

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA

O TREM DE ALTA VELOCIDADE E A CIDADE DE SÃO PAULO

PERFIL DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL

SEMINÁRIO DE FUNDIÇÃO

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA

VII SITRAER Simpósio de Transporte Aéreo. Rio de Janeiro 27 de novembro de 2008

Secovi. Desafios da Economia Brasileira. Antonio Delfim Netto

Contas Nacionais Trimestrais

BRICS: área (em milhões de km 2 ) Total BRICS: 38 milhões km 2 (30%) 16,4 (12,6%) 9,3 (7,2%) 3,0 (2,3%) 1,2 (0,9%) 8,5 (6,5%) Fonte: WDI Banco Mundial

AS POLÍTICAS PÚBLICAS E ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INTERMODALIDADE EM SÃO PAULO

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA

Riscos (econômicos)climáticos Annelise Vendramini Centro de Estudos em Sustentabilidade EAESP FGV Ces.

! " #$!! %&!

Relatório dos Investimentos Estrangeiros no Brasil Fluxos de IED e sua contribuição para o comércio exterior brasileiro

Seminário GVcev Tendências e Expectativas para o Varejo de 2010

Maio 2015 São Paulo, 22 de junho de 2015 BALANÇA COMERCIAL TEM SUPERÁVIT DE US$ 2,8 BILHÕES EM MAIO

Projetos Prioritários em Execução. Secretaria dos Transportes Metropolitanos

Fevereiro 2015 São Paulo, 19 de Março de 2015 FEVERE REIRO REGISTRA O MENOR VALOR PARA AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DESDE JANEIRO DE 2010.

BALANÇA COMERCIAL ACUMULA SUPERÁVIT DE US$ 13,4 BILHÕES EM 2015

REDUÇÃO DAS IMPORTAÇÕES ASSEGURA SUPERÁVIT DA BALANÇA COMERCIAL EM 2015

18 a Semana de Tecnologia Metroferroviária Painel Mobilidade Sustentável Green City Index

São Paulo, 18 de março de 2013.

Análise de mercados potenciais Seminário de Comércio Exterior Minas Gerais

CRESCEM AS EXPORTAÇÕES DE MANUFATURADOS PARA OS ESTADOS UNIDOS EM 2015

A PESQUISA MÉDICA NA UFF

RELATÓRIO MENSAL - NICC POLO FRANCA

Mineração e sua Importância na Economia Brasileira

O AGRONEGÓCIO: Sua Relevância e a Infraestrutura Logística de Suporte no Estado de São Paulo

Projetos de Expansão e Modernização da CPTM

Sistema de Informações da Mobilidade Urbana. Relatório Comparativo Setembro de 2010

DEMANDA E USOS DA FLORESTA DE EUCALIPTO

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES

ABASTECIMENTO NOTURNO EM SP

AMCHAM BRASIL SÃO PAULO OBJETIVOS E METAS DO GOVERNO TEMER PARA O COMÉRCIO EXTERIOR

São Paulo, 26 de fevereiro de 2013.

Desempenho da Indústria Catarinense. Florianópolis, 23 de maio de 2014

Brasil em 40 anos: Mudanças e semelhanças

I Cenário Mundial. II Contexto Internacional e o Brasil. III Brasil: Situação Externa e Interna. Tendências. IV Paraná em Destaque V Brasil:

Transcrição:

Mobilidade e Logística na Região Metropolitana de SP (Parte 1) Frederico Bussinger

A Terra Encolheu [Ano Ano e Ha/hab hab] 1900 7,91 1950 5,15 1987 2,60 2005 2,02 2030 1,69 2050 1,44 Fonte: ARUP / 2010

Onde Estamos Fonte: Fonte da Informação / 2002

Transformar SP numa cidade vivível Castells (jan/05) Nós somos o que fazemos para deixar o que somos Eduardo Galeano

Questões Decorrentes 1. O que a MOBILIDADE (trânsito & transporte) tem a ver com esse processo de transformação? 2. O que nós, GOVERNO E SOCIEDADE, podemos fazer para deixar de ser o que declaramos querer ser? 3. Que contribuição o TRÂNSITO e o TRANSPORTE podem dar para que SP seja uma cidade (RM) vivível? Ou, mais corretamente, mais vivível?

Mobilidade e Funcionamento das Cidades (l) 1. MOBILIDADE (de pessoas, bens, serviços e informações) é inerente à existência e funcionamento das cidades. A saúde das cidades e a saúde dos seres vivos dependem essencialmente da saúde de suas artérias. (André Mauraux) A cidade é um enorme ser vivo, que tem metabolismo próprio. Desse, fazem parte todos os fluxos, seja de pessoas, de carga, de serviços de bens e de informações em geral: A CIDADE EM MOVIMENTO!

Transporte A CIDADE EM MOVIMENTO Produtor/ Prestador Objeto Modalidade Público Privado Individual -Táxi - Automóvel -Moto Pessoas Coletivo - Atende - Ônibus (Mun./ Metrop.) -Trem -Metrô -TEG - Transporte escolar - Fretamento - Ônibus (Mun./ Metrop.) Bens/ Serviço Urbano -Lixo - Bombeiro - Ambulância - Caminhão -Moto - Ônibus interestadual - Abastecimento - Construção civil - Polos Geradores De passagem --- - Ônibus Interestadual - Carga

Mobilidade e Funcionamento das Cidades (ll) 2. Economia (política econômica) Decisão de implantar atividade produtiva Produtividade das pessoas 3. Meio ambiente (política ambiental) Padrão de ocupação do território Emissões 4. Segurança: Segurança depende da presença do Estado. Presença do Estado depende da MOBILIDADE MOBILIDADE QUALIDADE DE VIDA + ECONOMIA

As proporções da Socioeconomia Regional BRASIL BRASIL Área: 8,5 milhões km² População: 190 milhões PIB: R$ 2.320 bilhões Frota: 45 milhões SP Estado de São Paulo Área: 248 mil km² (3%) População: 41 milhões (22%) PIB: R$ 800 bilhões (35%) Frota: 15 milhões MM Macrometrópole Área: 21 mil km² (8%) População: 27 milhões (66%) PIB: R$ 600 bilhões (76%) Frota: 10 milhões FONTE: IBGE 2006 RMSP Porto de Santos Região Metropolitana de São Paulo Área: 8 mil km² (3%) População: 20 milhões (49%) PIB: R$ 450 bilhões (56%) Frota: 7,5 milhões

CARGA: Origem/Destino (PDDT) 12% Outros Estados 26% Estado 50% Macrometrópole 6% Tráfego Passagem 1% Comércio Exterior Outros Estados 2% Comércio Exterior Estado 3% Comércio Exterior Macrometrópole

Densidade no Centro, ao Invés de Aumentar Vem Diminuindo DENSIDADE DE HABITANTES / km²

CONCENTRAÇÃO DE ATIVIDADES Centro Expandido abriga: 10% de área 15% das vias principais 59% das viagens Indústrias, armazéns e centros de distribuição Comércio e Serviços

Desconcentração da economia paulista PIB Adm. Pública Estado de SP Macrometrop. Região Metrop. Cidade de SP + 1% + 4% -1% -5% PIB Serviços Relocação das atividades produtivas saindo da cidade de SP para a RMSP e Macrometrópole Estado de SP Macrometrop. Região Metrop. Cidade de SP PIB Indústria Estado de SP Macrometrop. Região Metrop. Cidade de SP -1% 0% + 3% -2% + 1% + 3% + 2% -7% Fonte: IBGE. CONAC/DPE: Produto Interno Bruto dos Municípios (ref. 2002). Acesso em 18 Ago. 2010

Desconcentração concentrada da atividade econômica A atividade econômica desloca se da RMSP para seu entorno Evolução da Participação das Microrregiões no Valor Adicionado Fiscal MRH 1993 2000 2007 Campinas 10,3% 11,7% 11,9% Guarulhos 4,5% 4,4% 4,2% Jundiaí 1,9% 2,0% 3,2% Osasco 3,6% 5,1% 6,0% São José dos Campos 4,6% 7,9% 5,4% São Paulo 42,3% 33,9% 32,2% Sorocaba 2,6% 3,3% 3,4% Resto do Estado 30,1% 31,7% 33,7% Total 100,0% 100,0% 100,0% +16% +68% +67% -24% +31%

Priorizar Viagens Coletivas Substituir viagens de automóvel e troncalizar viagens em meios coletivos e públicos p de transporte 127 carros 190 passageiros 2 ônibus 190 passageiros 1 bi articulado 190 passageiros

BRASIL NO MUNDO LOGÍSTICA: FATOR CRÍTICO DE SUCESSO Área > 4 mi Km 2 População > 100 mi Paquistão USA Bangladesh China Canada Australia BRASIL Russia Índia Japão México Indonesia Nigeria Inglaterra Alemanha Itália Espanha França Holanda Corea do Sul PIB > 400 US$ bi

Índice de Performance Logística

WHITE PAPER - 2011 (28/MAR/2011) Roadmap to a Single European Transport Area: Towards a competitive and resource efficient transport system The European Commission adopted a roadmap of 40 concrete initiatives to: increase mobility, remove major barriers in key areas; dramatically reduce Europe's dependence on imported oil; and cut carbon emissions in transport by 60% by 2050. By 2050, key goals will include: No more conventionally-fuelled cars in cities. 40% use of sustainable low carbon fuels in aviation; At least 40% cut in shipping emissions. A 50% shift of medium distance intercity passenger and freight journeys from road to rail and waterborne transport.