Chute É o ato de golpear a bola, desviando ou dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em movimento.

Documentos relacionados
esportivas das aulas de Educação Física nas escolas de todo país.

METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTSAL. Osvaldo Tadeu da Silva Junior

Fundamentos do Futebol

Mini Livro Digital CONTEÚDO: DOMÍNIO OU RECEPÇÃO DA BOLA, O CONTROLE DE BOLA, A CONDUÇÃO DE BOLA, O PASSE, O CHUTE, O CABECEIO, O DRIBLE E A FINTA

Voleibol Atual Técnicas e Fundamentos do jogo. Percy Oncken

ACTIVIDADES FÍSICAS DESPORTIVAS DESPORTOS COLECTIVOS

FUTSAL NAS CATEGORIAS DE BASE. CONSTRUÇÃO DO JOGO DEFENSIVO: Conceitos e atividade práticas

Agrupamento de Escolas da Sé - Guarda Escola Básica Carolina Beatriz Ângelo Grupo Disciplinar de Educação Física

9 ANO APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Sistemas: Distribuição ordenada dos componentes de uma equipe em quadra, visando facilitar a aplicação das diferentes manobras.

Agrupamento de Escolas Eng. Fernando Pinto de Oliveira FUTEBOL (DE 11)

Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas

APOSTILA JOGADORES CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ - IFPI CAMPUS FLORIANO

7 ANO APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ANDEBOL. Nível Introdutório

Agrupamento de Escolas da Sé - Guarda Escola Básica de S. Miguel Grupo Disciplinar de Educação Física

Grupo I Voleibol (25 pontos)

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 ANO 2 BIMESTRE

Escola Secundária De São Pedro Da Cova. Voleibol Ano lectivo 2010/2011 1

Agrupamento de Escolas da Sé - Guarda Escola Básica Carolina Beatriz Ângelo Grupo Disciplinar de Educação Física

TER AS IDEIAS CLARAS!!!

UNIDADE DIDÁCTICA DE FUTSAL

Fundamentos técnicos do Handebol

Gestos Técnicos do Voleibol

Exercícios para Aperfeiçoamento da Defesa Individual Homem-a-Homem

Andebol Basquetebol Voleibol Ginástica. Ginástica Acrobática - Pares e trios (sem avaliação) Atletismo

7º Ano 8º Ano 9º Ano JDC. Andebol Basquetebol Voleibol Ginástica. Ginástica Acrobática (pares e trios) Atletismo

Prof. Ms. Sandro de Souza. Disciplinas: Futebol e Futsal e Aprofundamento em Futebol

HANDEBOL. Profesores: Daniel / Sheila. Colégio Adventista de Rio Preto

Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas

Fase Preparatória. Tempo P T 5. Objectivos comportamentais / Componentes críticas. Chamada e instrução sobre os exercícios a realizar na aula.

Escola Básica da Madalena Grelha de Conteúdos Educação Física - CEF 2º ano Ano letivo

Badminton. Badminton

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

Fase Preparatória. Tempo P T 5. Objectivos comportamentais / Componentes críticas. Chamada e instrução sobre os exercícios a realizar na aula.

Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas

CONTEÚDOS TÉCNICOS E TÁCTICOS DOS ESCALÕES DE FORMAÇÃO

Agrupamento de Escolas da Sé - Guarda Escola Básica Carolina Beatriz Ângelo Grupo Disciplinar de Educação Física

Agrupamento de Escolas da Sé Guarda Escola da Sé Grupo Disciplinar de Educação Física

Divisão dos Aspectos Técnicos do Futebol

Prof. Maick da Silveira Viana

Coopera com os companheiros Aceita opções e falhas dos seus colegas Respeita companheiros e adversários Conhece Jogo: objectivo e regras

CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO II HANDEBOL

Trabalho individual. Trabalho de Grupo

1. Objeto de avaliação

EDUCAÇÃO FÍSICA FUTSAL 1 SITUAÇÕES ESPECIAIS 1.1 PONTAPÉ DE SAÍDA 1.2 GUARDA-REDES 1.3 REPOSIÇÃO DA BOLA EM JOGO

PLANIFICAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA - 3º CICLO

Educação Física. 9º Ano de Escolaridade. Informações da prova. Introdução. 1. Objeto de avaliação INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 10º ANO. Grupo Disciplinar de Educação Física

Princípios Táticos. Aprofundamento em Futebol

Unidade didática do Andebol Objetivos gerais do Andebol

Planificação Anual Departamento Expressões e Tecnologias

1- Objeto de Avaliação

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro Escola Básica de Eugénio de Castro Planificação Anual

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 11º ANO 12º ANO

CAPÍTULO. 8.3 Saltos. Atletismo. José Mauro Silva Vidigal Adriana Antunes Vieira. cap8.3.indd 1 27/05/13 18:24

Os temas organizadores que constituem objeto de avaliação são os que se apresentam no quadro seguinte.

EB 2,3 MARTIM DE FREITAS EDUCAÇÃO FÍSICA 2011/2012 2º CICLO NÍVEIS INTRODUTÓRIO, ELEMENTAR E AVANÇADO. JOGOS PRÉ DESPORTIVOS (excepto Raquetes) 5º Ano

CAPÍTULO Superar o adversário. Capacidades táticas. Pablo Juan Greco Gustavo de Conti T. Costa Juan Carlos P. Moraes

Curso Profissional EDUCAÇÃO FÍSICA

FUTEBOL. Como se define? Acção individual ofensiva de relação entre dois jogadores da mesma equipa, que permite a troca de bola entre eles.

Para: Educação Física. Escolas João de Araújo Correia. 1. Introdução. 2. Objeto da Avaliação. Informação - Prova de Equivalência à Frequência

EDUCAÇÃO FÍSICA 7º ANO PLANIFICAÇÃO

Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas Chamada

LANÇAMENTO DO PESO Técnica Rectilínea Sequência Completa

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro Escola Básica de Eugénio de Castro Planificação Anual

PREVINA OU ELIMINE A BARRIGA

PLANIFICAÇÃO A MÉDIO/LONGO PRAZO

FUTSAL. Trabalho realizado por: Helena Rocha 12ºA Nº17 Ana Lúcia 12ºA Nº3

REGULAMENTO COMPETITIVO FUTEBOL 7 BA CUP 2018

Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas Chamada

9º B [ANDEBOL] Jorge Fernando Ferreira Oliveira. Escola Básica Júlio Dinis. Data de entrega. 13/!2/2011 Às 0:00 h.

INFORMAÇÃO DA PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA (ADAPTADA) 2017

PERFIL DE APRENDIZAGENS ESPECÍFICAS Educação Física 5.º ano

8 ANO APOSTILA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Corfebol. Sinais dos Árbitros

2012 / Programa Nestum Rugby nas Escolas. Introdução ao Tag-Rugby e ao Bitoque

INFORMAÇÃO DA PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA 2017/18 CÓDIGO: 26


Educação Física Aluno(a): Nº Turma:

352)(6625 5(1$72 2/,9(,5$ Documento da Modalidade BADMINTON ',6&,3/,1$ '( EDUCAÇÃO FÍSICA

REGRAS DO FooBaSKILL Março 2017

EDUCAÇÃO FÍSICA 6ª PROVA 5º ANO 2016

ATLETISMO CORRIDAS COM BARREIRAS E REVEZAMENTO. Prof. Ms. Leandro Paschoali (Hilinho)

Agrupamento de Escolas da Sé Guarda Escola da Sé Grupo Disciplinar de Educação Física

Agrupamento de Escolas da Sé Guarda Escola da Sé Grupo Disciplinar de Educação Física

Voleibol. Origem e Regras Origem

Escola EB 2/3 de Grijó - Agrupamento Júlio Dinis Núcleo de Estágio de Educação Física 2011/12. Plano de Aula

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS. 9º ano

BADMINTON. no Desporto Escolar - Iniciação ao Treino

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANDE EB 2,3 DE SANDE Departamento de Expressões - Educação Física Planificação 2.º Ciclo - Ano Letivo 2017/2018

ESCOLA: Escola Básica 2,3 D. Miguel de Almeida DISCIPLINA: Educação Física ANO: 6.º ANO LETIVO 2013/2014

Escrito por Andreza Viana de Oliveira Seg, 13 de Maio de :26 - Última atualização Seg, 27 de Maio de :12

PI Instrução inicial: Exercícios/ Objectivos

Futebol. Origem. Caraterização

O voleibol é um jogo desportivo colectivo praticado por duas equipas, cujo objectivo é

Sistema de Ataque Triângulo Lateral

EDUCAÇÃO FÍSICA 8º ANO PLANIFICAÇÃO

Transcrição:

UI MARIA LENIR ARAÚJO MENESES Prof Esp. Leonardo Delgado FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO JOGADOR DE FUTEBOL Para uma melhor prática do futebol, faz-se necessário o conhecimento e domínio de algumas técnicas básicas, tais como: Chute; Passe; Domínio; Condução; Drible ou Finta; Proteção; Cabeceio; Tirada; Lançamento; Cruzamento; Finalização. As técnicas serão abordadas na seguinte sequência: definição e conceituação do termo, descrição da técnica e as possíveis variações e formas. Aula 05: FUNDAMENTOS TÉCNICOS DO FUTEBOL Aluno: Data: / / longas sua trajetória desvia a bola do adversário impedindo a sua interceptação. - Dorso ou peito: A ponta do dedo do pé de toque deve estar apontada para o solo para que o seu dorso faça contato com a bola. - Bico ou ponta do pé: A execução desta técnica é realizada batendo-se na bola com a ponta do pé de toque. Sua trajetória não apresenta precisão. - Com Calcanhar: A execução desta técnica é realizada batendo-se na bola com o calcanhar do pé de toque. Chute É o ato de golpear a bola, desviando ou dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em movimento. Figura 43: Chute Classificação do Chute Quanto a Trajetória - Rasteiro: deve tocar na parte de cima da bola. - Alto ou Parabólico: deve tocar em baixo da bola. - Meia altura: Deve tocar no centro da bola. Figura 45: Chutes quanto a forma de execução Quanto aos Tipos - Simples: Esse chute é batido com a parte interna ou dorso do pé. - Bate pronto: Realizado imediatamente no momento em que a bola toca o chão - Voleio: Realizado com a bola no ar. - Puxada: Esta técnica é realizada batendo na bola com o dorso do pé, lançando-a para retaguarda e por cima do jogador que a executa. - Bicicleta: quando o jogador chuta a bola no ar e de costas sobre sua própria cabeça. 14 Figura 44: Chutes quanto a trajetória Quanto a Execução - Parte interna: Esta técnica é usada para que a bola percorra distâncias curtas e com exatidão. - Parte externa: É utilizada para percorrer distâncias curtas; quando utilizada para distâncias Figura 46: Pelé realizando uma bicicleta Passe É um elemento técnico inerente ao fundamento chute, que se caracteriza pelo ato de impulsionar a bola para um companheiro, mas com objetivos diferentes.

Para que o passe seja bem executado devem-se observar alguns aspectos como a cabeça erguida, braços ligeiramente afastados, equilíbrio para a execução do movimento; o pé de apoio deve estar próximo da bola, facilitando o equilíbrio para a ação do pé de toque, precisão no toque, intenção e objetivo ao tocar na bola, força adequada para que a bola percorra a distância estabelecida. O passe deve ser seguro, pois qualquer erro poderá ser fatal para equipe, possibilitando ao adversário pegar uma defesa totalmente aberta e desprotegida. Classificação dos passes: - Em relação à distância: (a) curtos, até 10 metros; (b) médios, de 10 a 20 metros; (c) longos, acima de 20 metros. - Em relação à trajetória: (a) rasteiro; (b) meiaaltura; (c) parabólico; (d) alto. - Em relação ao espaço de jogo: (a) lateral; (b) diagonal; (e) paralelo. Para que o jogador possa fazer o passe, é necessário: Estar em situação de equilíbrio; Cabeça erguida para melhor visão espacial; Pé de apoio próximo à bola, facilitando o equilíbrio para a ação do pé de toque; Precisão; Intenção e objetivo; Força adequada à distância a ser percorrida pela bola; Braços ligeiramente abertos, buscando equilíbrio. Recomendações para o passe Os passes devem ser feitos o mais rapidamente possível e sempre ao companheiro mais bem colocado. Nunca deixe a bola parada. Faça passes para que a defesa contrária se movimente. Domínio ou Recepção da Bola Figura 47: Passes segundo a trajetória - Passes de habilidade: (a) com a coxa; (b) com o peito; (e) com o ombro; (d) com a cabeça; (e) com o calcanhar ou solado para trás; (f) parabólico / cavado / ganchinho. Figura 49: Recepção de Bola Para receber ou dominar (matar) a bola, podem ser usadas diferentes partes do corpo. Veja: 1. Quando a bola vem alta, ela é amortecida com um movimento de recuo da cabeça na hora do toque. 2. Quando a bola é enviada na altura do peito, procura-se amortecê-la com um movimento de recuo do peito, que forma uma concavidade, ajudada com a projeção dos braços para frente. 3. A bola rasteira, no entanto, é recebida com os pés e, dependendo da maneira como chega, pelas partes interna, externa ou pela sola dos pés. 4. Quando a bola vem numa altura média, abaixo da cintura, a recepção é feita pelas coxas. Condução de Bola É o ato de deslocar-se pelos espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de bola. Ação de progredir com a bola por todos os espaços possíveis de jogo. É a maneira pela qual um atleta conduz a bola, não dando distância à mesma, protegendo-a quando acossado pelo adversário. 15 Figura 48: Passes no Futebol Figura 50: Condução de Bola

Classificação da condução Segundo a sua trajetória: retilínea, sinuosa, rasteiro e em suspensão. Figura 51: Tipos de Trajetórias Segundo a Forma de Execução: - Com a parte interna do pé - Com a parte externa do pé - Com o dorso (ou peito) do pé - Com o solado do pé - Com a coxa - Com a cabeça Em Relação à velocidade: - Lenta - Rápida Técnica para uma boa Condução de Bola Cabeça erguida; Bola próxima ao corpo; Coordenação em velocidade; Proteção da bola; Equilíbrio; Noção de espaço; Estar em condições de passar, finalizar ou manter a posse de bola. Figura 52: Técnica de Condução de Bola Principais Erros na Execução - Batida na bola com muita força - Toques muito altos - Corpo desequilibrado Drible ou Finta: É o ato que o jogador, estando ou não em posse da bola, tenta ludibriar o seu adversário o drible, de acordo com a sua origem inglesa (dribbling), seria a progressão com a bola. Figura 53: Drible ou Finta Entretanto, no cotidiano do futebol, o drible é entendido como a forma de ludibriar o adversário. O termo correto para a ação de desvencilhar-se de um adversário seria finta, mas, como a palavra drible tornou-se muito utilizada neste sentido, consideraremos os dois como sinônimos. Proteção É a ação em que o jogador mantém a posse de bola, objetivando protegê-la do adversário, e impedindo-o de tomar posse da mesma. Figura 54: Proteção de Bola A proteção geralmente é executada com o solado dos pés. Cabeceio É o ato de impulsionar a bola utilizando a cabeça. É importante manter os olhos abertos durante o cabeceio, para dar à bola a direção desejada. Esse gesto técnico é bastante utilizado durante o jogo e pode ser aplicado, tanto para ações ofensivas como defensivas. Figura 55: Cabeceio O cabeceio apresenta-se como uma das alternativas para a realização de outros fundamentos, tais como: passe, chute, recepção, etc. No cabeceio defensivo, a bola deve se dirigir para o alto; no ofensivo, para baixo. Muitas vezes é executado em um salto, para alcançar uma bola alta. 16

O cabeceio poderá ser executado parado ou em movimento, estando ou não em suspensão. Aconselha-se principalmente, o uso da testa como a região da cabeça que irá realizar o contato com a bola. Existem duas posições básicas do tronco em relação à bola, no momento da execução do gesto técnico: frontal ou lateral. Marcação Ação de impedir que o oponente direto tome posse da bola, e quando de posse da mesma, venha a progredir pelo espaço de jogo. A ação de marcar pode ser vista sob três aspectos: 1) Marcação individual: Tem como objetivo exerce a ação de marcar de forma direta a um determinado oponente. Duas são as formas de se exerce a marcação individual: - pressão parcial - pressão total 2) Marcação por espaço ou zona: As ações de marcação visam ocupar um determinado espaço ou setor da quadra de jogo. 3) Marcação mista: Combina as ações da marcação individual e a de zona. A técnica de marcar pode ser dividida em dois estágios: 1) Aproximação: Onde o jogador procura aproximar-se de seu oponente, buscando equilíbrio adequado para exerce a ação e abordagem. 2) Abordagem: Após estar em situação de bom equilíbrio, abordar o oponente buscando obter posse da bola ou desequilibrando a ação do passe adversário. Na ação de marcar individualmente, é importante que não se marque a bola após a ação de passe do oponente, e sim o seu deslocamento. Desmarcar-se Ação de se desvencilhar da marcação, procurando espaços livres para melhor receber a bola. Tirada É o principal recurso de defesa. É um recurso que o jogador utiliza para tirar a bola do adversário ou para evitar que este a receba. Tipos de Tirada - Desarme; - Interceptação; - Tranco. Desarme O jogador desarma seu adversário sendo mais veloz que este (velocidade de deslocamento e segmentos corporais), ou sendo mais forte, ou sabendo desequilibrá-lo. Esse desarme pode ser feito também antecipando a bola antes que ela chegue ao adversário. Pode ser um desarme por baixo, utilizando os pés, como pode ser feito do alto, utilizando a cabeça. Os Princípios do Desarme de Frente O jogador que desarma deve se mover para frente do adversário de posse da bola, fechando o seu caminho. Não tomar a posição com os pés em paralelo, quando estiver à frente do adversário de posse da bola. Durante o desarme, o marcador deve fazer contato com o lado interno do pé, mantendo a ponta do mesmo para fora e levantada. O joelho e o tornozelo da perna de desarme devem estar firmes para ganhar a posse de bola O jogador que desarma deve procurar transferir todo o peso do seu corpo para a frente, bloqueando o adversário. O jogador que desarma deve se posicionar sempre entre a bola e a sua meta. Possuir agressividade e determinação no desarme. Os erros mais freqüentes na realização do desarme pela frente são os seguintes: - Momento impróprio para o desarme. - Falta de determinação no desarme. - O corpo inclinado para fora durante o contato com a bola. - O peso do corpo colocado sobre o pé de desarme. - Desarmar de frente com o tornozelo afrouxado. Os Princípios do Desarme de Lado Faça o desarme de lado empurrando a bola para frente e para fora do alcance do oponente. Faça o deslize quando estiver bem próximo do adversário. Durante o desarme de lado, use preferencialmente a perna mais próxima do adversário. As tentativas de desarme resultam frequentemente em penalizações para o defensor, quando o corpo do adversário é atingido em vez da bola. São muitas as qualidades requeridas de um defensor. A habilidade de desarmar deve superar as habilidades do atacante no momento da jogada. Interceptação É o movimento por meio do qual o jogador corta o passe dirigido para o oponente. Este mesmo fundamento aparece na literatura 17

como os seguintes sinônimos: abafamento, amortecimento, travar ou dominar a bola. Os Princípios da Interceptação O marcador que intercepta deve possuir: percepção, agilidade, oportunismo e determinação. O marcador deve usar a perna que mais facilita a interceptação da trajetória. A atenção é fundamental durante a ação da interceptação. Tranco Tranco ou carga é o encontro dado no adversário tendo como objetivo o seu afastamento da bola, impedindo-lhe o domínio durante a disputa da posse de bola. Lançamento Chutar para um companheiro distante. O lançamento é um fundamento decisivo quando bem aplicado. Trata-se de uma modalidade de passe, assim como o cruzamento ou a assistência. Porém, com rara frequência é utilizado com eficiência. Somente jogadores com muito Controle de bola, com excepcional noção de tempo e espaço, com ótima habilidade para conduzir a bola e com força de chute podem lançar bem uma bola. Quando bem aplicada, cria ótimas oportunidades para uma boa finalização, com grandes chances de se conseguir o gol. É um dos recursos mais eficientes para romper os sistemas de marcação. Apesar de sua importância, poucos jogadores conseguem executar com eficiência esse fundamento. É difícil identificar brincadeiras, dentre as praticadas para o Futebol, que exercitem o cruzamento. Finalização Trata-se da habilidade mais decisiva do Futebol. Não importa se a finalização é feita com um cabeceio, um chute, ou até de peito ou barriga; caso se consiga marcar o gol, ela é considerada bem sucedida. O gol é o objetivo maior do jogo. Mais importante do que chutar, cabecear ou lançar é fazer o gol. Ao tentar consegui-lo, todas as demais habilidades se tornam meio. No entanto, para que a finalização seja bem sucedida, quanto mais desenvolvidas forem as outras habilidades, maiores as chances de isso ocorrer. As modalidades defensivas são mobilizadas especialmente em função de evitar a finalização do atacante. Nesse empenho, a principal peça é o goleiro. A finalização pode ser frustrada pela defesa do goleiro, pela interceptação por parte de um defensor ou pelo erro do atacante. Capacidades motoras principais presentes no ato de finalizar: equilíbrio, força de chute, velocidade de chute. 18 Figura 56: Lançamento Cruzamento É um tipo de passe, semelhante a um lançamento, feito no ataque a partir das Laterais do campo, próximo da linha de fundo. É um jogada muito importante de ataque e visa colocar o atacante em posição de marcar o gol. É preocupação constante dos sistemas defensivos anular essa jogada. Figura 57: Cruzamento