OBESIDADE AUMENTA EM ATÉ 40% RISCO DE SETE TIPOS DE CÂNCER EM MULHERES Enviado por LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 14-Mai-2015 PQN - O Portal da Comunicação LINK COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL - 14/05/2015 Estudo do centro de pesquisa britânica Cancer Research UK, divulgado recentemente, apontou que a obesidade aumenta em até 40% as chances de mulheres acima de 40 anos desenvolverem sete tipos de câncer. Do grupo de mil mulheres obesas analisadas, 274 tinham maior tendência a desenvolver a doença ao longo de sua vida. Os mais comuns, de acordo com o estudo, são: câncer de intestino, câncer de mama depois da menopausa, de vesícula biliar, rins, pâncreas, útero e câncer de esôfago. Segundo os pesquisadores, uma das razões para que o excesso de gordura tenha como consequência o aumento das chances de se ter um câncer é a produção de hormônios em células de gordura, especialmente o estrogênio. O excesso de gordura corporal é um verdadeiro veneno para a saúde humana. As células de gordura são ativas na produção hormonal e fatores de crescimento, características que contribuem para acelerar a divisão e a reprodução celular. E, quanto mais células se duplicam, maiores as chances de alguma replicação ser inadequada, originando uma célula maligna. A partir daí, estes hormônios adicionais levam a uma rápida reprodução das células cancerígenas, explica o médico oncologista da Oncomed BH, Dr. Amândio Soares. A combinação de alimentação saudável com atividade física é capaz de prevenir a maioria dos tipos de câncer, além de ajudar no controle do peso. Vale destacar que a alimentação pode ser fator de proteção ou risco para câncer. Frutas, fibras e hortaliças e peixes são considerados alimentos protetores. Já gorduras, carnes gordas, alimentos processados, sal e álcool são substâncias que aumentam o risco de desenvolver a doença. Para explicar um pouco mais da relação da obesidade com o câncer, entrevistamos o médico oncologista Dr. Amândio Soares, da Oncomed BH, que respondeu as dúvidas mais frequentes sobre esse assunto.
Se tiver interesse em repercutir o tema, temos fontes da Oncomed BH à disposição para entrevistas. Aguardamos o seu retorno. 1- Como a obesidade está relacionada ao câncer? O mecanismo biológico que explica como a obesidade aumenta o risco de desenvolver um câncer pode ser diferente para os variados tipos da doença. Embora o mecanismo exato ainda não esteja bem esclarecido, acredita-se que o aumento do risco de alguns tumores como o de mama, o de endométrio e o de intestino grosso nas pessoas obesas inclui as alterações dos hormônios sexuais (estrógeno, progesterona e androgênios), além de alterações nos níveis de insulina e fatores de crescimento ligados à insulina. 2- A obesidade está ligada a tipos determinados de cânceres ou pode ser um fator comum de desencadeamento? Os estudos apontam que a obesidade está relacionada a vários tipos de cânceres, como o câncer de intestino grosso, câncer de mama, câncer de endométrio (camada interna útero - responsável pela menstruação), câncer de rim e câncer de esôfago. Alguns estudos têm registrado, ainda, a associação entre obesidade e câncer de vesícula biliar, câncer de ovário e câncer de pâncreas. Entretanto, maiores evidências serão ainda necessárias para uma conclusão definitiva. Em relação ao câncer de mama, o aumento do risco devido à obesidade, depende do status menopausa. Após a menopausa, as mulheres obesas têm um risco 1,5 vezes maior de desenvolver câncer de mama, quando comparadas às mulheres com peso adequado, além de um risco maior de morrer em consequência desse câncer. O aumento do risco de câncer de intestino grosso em pessoas obesas tem sido verificado com dados consistentes em homens. Essa mesma relação não foi identificada nas mulheres. A obesidade tem relação com um
subtipo específico de câncer de esôfago, que é o adenocarcinoma. Essa relação causal não existe com outro subtipo desta doença, denominado carcinoma de células escamosas. 3- Em se tratando da relação entre alimentação e câncer, que cuidados se deve ter? Apesar de estudos epidemiológicos observacionais sugerirem associação entre o tipo de dieta e o desenvolvimento do câncer, ainda não temos estudos randomizados que estabelecem claramente que a redução da incidência do câncer possa ser alcançada com a adoção de uma dieta específica. Baseado nos estudos epidemiológicos observacionais, alguns alimentos devem ser evitados ou usados com moderação. Neste grupo de alimentos, estão incluídos os alimentos ricos em gordura, tais como carnes vermelhas, frituras, bacon, etc. Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos, como por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos (picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados). No estômago, esses componentes se transformam em nitrosaminas que têm ação carcinogênica potente. Em populações que consomem, de forma abundante e frequente, alimentos contendo esses compostos, a incidência de câncer de estômago é maior. Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células. As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso. 4- Além do câncer, quais outras doenças a obesidade pode desencadear? Quando comparamos as pessoas
obesas com as pessoas de peso adequado, além do risco aumentado para câncer, elas têm também um risco maior para outras doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, aumento da pressão arterial, acidente vascular cerebral, dentre outras. É importante lembrar que a obesidade é acompanhada por redução na expectativa de vida, o que significa que geralmente as pessoas obesas vivem menos tempo quando comparadas às pessoas de peso adequado. Sobre a Oncomed A Oncomed, clínica especializada na prevenção e no tratamento das doenças neoplásicas, foi fundada em 1994, em Belo Horizonte. Desde então, realiza um trabalho que envolve cuidados diferenciados e tratamento humanizado a todos os pacientes. São especialistas em oncologia, hematologia, nutrição, clínica da dor, psicologia e cardiologia, além de uma equipe de suporte que realiza um acompanhamento efetivo na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças. Juliana Morato Link Comunicação Empresarial Analista de Comunicação juliana.morato@linkcomunicacao.com.br (31) 2126-8072 / (31) 9809-3471
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