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Transcrição:

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 2ª Composição Adjunta da 27ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.168691/2013-12 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL PETRÓPOLIS Benefício: 42/165.200.284-4 Espécie: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Recorrente: SILVIO PINTO Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: INDEFERIMENTO Relator: Relatório Trata-se de recurso ordinário apresentado por S. P. contra decisão do INSS que, através da Agência da Previdência Social Petrópolis/RJ, indeferiu o seu pedido de aposentadoria por tempo de contribuição, NB 42/165.200.284-4. O pedido foi indeferido, pois o requerente somou apenas 34 anos 04 meses e 06 dias de tempo de contribuição até a DER, tempo insuficiente à concessão da aposentadoria pleiteada, que exige a comprovação de, no mínimo, 35 anos de contribuição. Ocorre que, após a análise dos documentos trazidos aos autos, o INSS enquadrou como especial apenas o período laborado na empresa Editora Gráfica Jornal da Cidade Ltda., de 01/04/1985 a 28/08/1987, não enquadrando o período trabalhado na empresa Editora Vozes Ltda. de 12/04/76 a 06/10/77 pelo seguinte motivo: Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP e/ou o Laudo Técnico e/ou documento equivalente analisado, NÃO contém elementos para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos contemplados na legislação. Foi emitida carta de exigência em 03/09/2013, para que o segurado apresentasse documentos referente ao vínculo com a empresa Gráfica Nossa Senhora das Graças Ltda.; comprovação de recolhimento dos meses 01 a 03/2004, 06/2004, 09/2004 a 12/2005, 01/2008, 05/2008, 06/2008, 12/2008 e 03/2009 a 07/2009; bem como PPP da Editora Vozes, acompanhado de documento que autorize o responsável pelas informações. Contudo, referida exigência foi cumprida com muito atraso, após o indeferimento do pedido. Inconformado, o segurado apresentou recurso ordinário alegando que os documentos anexados não foram analisados pelo INSS. Requereu o enquadramento do período em que trabalhou na empresa Editora Vozes Ltda., de 12/04/76 a 06/10/77, bem como a inclusão das contribuições efetuadas entre a data do requerimento (07/2013) e a data atual, de forma a conceder a aposentadoria pleiteada. Após o recurso, foi realizada análise médico-pericial dos documentos anexados ao cumprimento da exigência, onde não foi enquadrado como especial o período trabalhado na empresa Editora Vozes Ltda., de 12/04/76 a 06/10/77. A decisão fundamentou-se da seguinte formao: O Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP e/ou o Laudo Técnico e/ou documento equivalente analisado, NÃO contém elementos para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos contemplados na legislação. Em suas contrarrazões, o INSS ratificou o ato recorrido.

É o que importa relatar. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 02/09/2014 para sessão nº 0153/2014, de 09/09/2014. Voto EMENTA: PEDIDO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO ENQUADRAMENTO DO PERÍODO TRABALHADO NA EDITORA VOZES, DE 12/04/76 A 06/10/77 REQUERENTE SUBMETIDO A RUÍDOS ACIMA DO LIMITE TOLERÁVEL REAFIRMAÇÃO DA DER PARA A DATA DO JULGAMENTO DESTE RECURSO - REALIZAÇÃO DE NOVA CONTAGEM DO TEMPO DE CONTRIBIUÇÃO CONCESSÃO DA APOSENTADORIA PLEITEADA, SE ALCANÇADO OS 35 ANOS DE CONTRIBIUÇÃO EXIGIDOS EM LEI - RECURSO DEFERIDO. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART. 56, ART. 64, 1º E 2º, ART. 65, ART. 70, 1º, ART. 187 E ART. 188, TODOS DO DECRETO 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO O recurso apresenta os pressupostos de admissibilidade. Portanto, conheço do recurso. No caso em tela, o pedido foi indeferido, pois o requerente somou apenas 34 anos 04 meses e 06 dias de tempo de contribuição até a DER, tempo insuficiente à concessão da aposentadoria pleiteada, que exige a comprovação de, no mínimo, 35 anos de contribuição. Ocorre que, após a análise dos documentos trazidos aos autos, o INSS enquadrou como especial apenas o período laborado na empresa Editora Gráfica Jornal da Cidade Ltda., de 01/04/1985 a 28/08/1987, não enquadrando o período trabalhado na empresa Editora Vozes Ltda. de 12/04/76 a 06/10/77 pelo seguinte motivo: Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP e/ou o Laudo Técnico e/ou documento equivalente analisado, NÃO contém elementos para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos contemplados na legislação. Foi emitida carta de exigência em 03/09/2013, para que o segurado apresentasse documentos referente ao vínculo com a empresa Gráfica Nossa Senhora das Graças Ltda.; comprovação de recolhimento dos meses 01 a 03/2004, 06/2004, 09/2004 a 12/2005, 01/2008, 05/2008, 06/2008, 12/2008 e 03/2009 a 07/2009; bem como PPP da Editora Vozes, acompanhado de documento que autorize o responsável pelas informações. Contudo, referida exigência foi cumprida com muito atraso, após o indeferimento do pedido. Em seu recurso ordinário, o segurado alegou que os documentos anexados não foram analisados pelo INSS. Requereu o enquadramento do período em que trabalhou na empresa Editora Vozes Ltda., de 12/04/76 a 06/10/77, bem como a inclusão das contribuições efetuadas entre a data do requerimento (07/2013) e a data atual, de forma a conceder a aposentadoria pleiteada. Nesta ocasião, anexou aos autos os documentos solicitados através de carta de exigência em 03/09/2013. Ao requerer a aposentadoria especial, deve o segurado comprovar exposição a ruídos que excedam os limites legais vigentes à época do labor. Até 05/03/1997, o Decreto 53.831/64 estabelecia como limite de tolerância ruídos de 80 db; de 06/03/1997 a 18/11/2003, o Decreto 2.172/97 determinou como limite de tolerância os ruídos de 90 db; e, a partir de 19/11/2003, o limite de tolerância é de 85 db, por força do disposto do Decreto 4.882/2003. Analisando os documentos anexados aos autos quando do cumprimento da exigência, nota-se que deve ser enquadrado como especial o período laborado na empresa Editora Vozes Ltda., de 12/04/76 a 06/10/77, visto que durante este período o recorrente esteve exposto a ruídos entre 86d e 89d, os quais ultrapassam o limite estabelecido à época do labor. Nesse sentido, insta esclarecer que a informação de utilização de EPI não desqualifica a especialidade do período de trabalho. Sobre o tema, o Parecer CJ/MPS 616/10 determina em seu inciso 79, a obrigatoriedade de existência nos autos de prova incontestável de que os EPIs utilizados eliminaram o risco da exposição ao agente nocivo ruído, o que não aconteceu no presente caso. Vejamos: 79. Em resumo: os segurados devem proteger-se contra agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho, sem que com isso fique automaticamente descaracterizado o seu direito à aposentadoria especial ou afastado o dever de

recolhimento, por parte dos empregadores, das contribuições adicionais, devidas independentemente da eficácia dos EPIs utilizados. Se a prova for incontestável de que os EPIs eliminaram o risco de exposição ao agente nocivo, reduzindo-lhe a intensidade a limites de tolerância, o tempo de contribuição será contado como comum, por força do não atendimento aos 3º e 4º do art. 57 da Lei 8.213, de 1991. Por prova incontestável entende-se que não basta apenas ser mencionado nos PPP s as especificações dos supostos EPI s utilizados, e sim, os laudos de ensaio, as especificações completas e até uma demonstração por meio de recibos ou outro meio de prova (fotos, por exemplo) que os referidos equipamentos foram realmente utilizados durante todo o período pelo trabalhador. Caso a tal prova incontestável da utilização dos EPIs no período em questão não esteja presente nos autos, em obediência ao próprio Parecer CJ/MPS 616/10, o período sujeito ao agente nocivo ruído acima de 80 db(a) até 05/03/1997 ou de 85 db(a) após 06/03/1997, deverá ser contado como especial, conforme determina o enunciado de nº 21 do Conselho Pleno do CRPS. Superada esta questão, passemos a análise do pedido de reafirmação da DER. O presente requerimento foi solicitado em 19/07/2013 (DER), data em que, mesmo considerando especial o período laborado na Editora Vozes Ltda. de 12/04/76 a 06/10/77, o recorrente ainda não preenchia o tempo de contribuição exigido em lei. Dessa forma, deve ser realizada a reafirmação da DER, de forma a contabilizar todas as contribuições existentes entre a DER e a data de julgamento desde Recurso, objetivando o cumprimento da carência exigida em lei para a obtenção da aposentadoria pleiteada, a qual exige comprovação de 35 anos de tempo de contribuição, conforme prevê o art. 623 da instrução normativa INSS/PRES Nº 45/2010: Art. 623 da instrução normativa INSS/PRES Nº 45/2010: Se por ocasião do despacho, for verificado que na DER o segurado não satisfazia as condições mínimas exigidas para a concessão do benefício pleiteado, mas que os completou em momento posterior ao pedido inicial, será dispensada nova habilitação, admitindo-se, apenas, a reafirmação da DER. Ainda, vejamos o que dispõe a legislação aplicável ao caso em tela: Arts. 64, 65 e 70 do Decreto 3.048/99: Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 1º "A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social, do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, exercido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado no caput." 2º O segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. (Redação dada pelo Decreto nº 4.079, de 9/01/2002) Art.65 "Considera-se trabalho permanente, para efeito desta Subseção, aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço. (alterado pelo decreto n.º 4.882, de 18 de novembro de 2003 - dou de 19/11/2003); Art.70. (...) 1º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço. (Incluído pelo Decreto nº 4.827 - de 3 de setembro de 2003) Outrossim, os artigos 56, 187 e 188 do Decreto 3.048/99 estipulam o tempo de contribuição necessário à concessão da aposentadoria por tempo de contribuição. Vejamos:

Art. 56. A aposentadoria por tempo de contribuição será devidao segurado após trinta e cinco anos de contribuição, se h omem, ou trinta anos, se mulher, observado o disposto no art. 199A. Art.187. É assegurada a concessão de aposentadoria, a qualquer tempo, nas condições previstas na legislação anterior à Emenda Constitucional nº 20, de 1998, ao segurado do Regime Geral de Previdência Social que, até 16 de dezembro de 1998, tenha cumprido os requisitos para obtê-la. Art. 188. O segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social até 16.12.1998, cumprida a carência exigida, terá direito a aposentadoria, com valores proporcionais ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente: (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 09.06.2003) I contar cinqüenta e três anos de idade ou mais, se homem, e quarenta e oito anos ou mais de idade, se mulher; e II contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de: a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, quarenta por cento do tempo que, em 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo constante da alínea anterior. Deve, portanto, ser enquadrado como especial o período laborado na Editora Vozes Ltda., de 12/04/76 a 06/10/77, bem como ser realizada a reafirmação da DER para a data do julgamento deste recurso, de forma a realizar uma nova contagem do tempo de contribuição do recorrente e, se alcançado os 35 anos de contribuição, ser concedida a aposentadoria pleiteada, pois em tentativa de consulta ao CNIS do recorrente, este conselheiro não obteve êxito, devido à problemas no sistema e-recursos. Vale salientar, que em seu recurso, o recorrente solicita uma nova contagem de tempo de contribuição. Conclusão: CONHEÇO DO RECURSO ORDINÁRIO, POR SER TEMPESTIVO, PARA NO MÉRITO DAR-LHE PROVIMENTO, DE FORMA A SER REALIZADA NOVA CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO DO RECORRENTE NOS TERMOS ACIMA EXPOSTOS, PARA QUE, SE ALCANÇADO 35 ANOS DE CONTRIBIUÇÃO, SEJA REAFIRMADA A DER, CONCEDENDO A APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO INTEGRAL. Relator(a) Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). ARYANE KALISSA BAUMGARTNER FERNANDES DE BARROS Conselheiro(a) Suplente Representante dos Trabalhadores Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). GELZA ZODJA GOMES LEIROS FERREIRA Conselheiro(a) Suplente Representante do Governo Presidente concorda com voto do relator(a). ALESSANDRA DE ARAUJO Presidente

Decisório Nº Acórdão: 2979 / 2014 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 2ª Composição Adjunta da 27ª Junta de Recursos do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros ARYANE KALISSA BAUMGARTNER FERNANDES DE BARROS e GELZA ZODJA GOMES LEIROS FERREIRA. Relator(a) ALESSANDRA DE ARAUJO Presidente