NEWSLETTER FISCAL Nº 38 Especial OE 2014 e Reforma do IRC Janeiro 2014



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Nº 38 Especial OE 2014 e Refrma d IRC Janeir 2014 N passad dia 20 de dezembr de 2013 fi aprvad na Assembleia da República Decret n.º 195/XII, relativ à refrma d IRC, aguardand-se prmulgaçã pel Presidente da República. Psterirmente, n dia 31 de dezembr de 2013 fi aprvada a Lei de Orçament de Estad para an de 2014 (Lei n.º 83-C/2013), cm entrada em vigr a 1 de Janeir de 2014. Estes nrmativs fiscais estabelecem as alterações, atualizações e autrizações legislativas em matéria fiscal neles prevists. Nesta Newslette Fiscal sã vertidas as principais alterações efetuadas em sede de IRC, IRS, IVA, IS, IMI, IMT, EBF, RGIT e dispsições diversas. Refrma d IRC (Decret n.º 195/XII) I. Impst sbre Rendiment das Pessas Cletivas Transparência fiscal (art. 6.º CIRC) É alterad cnceit de sciedade de prfissinais, tend em vista a inclusã daquelas cujs rendiments prvenham, em mais de 75%, d exercíci cnjunt u islad de atividades prfissinais especificamente previstas na lista cnstante d artig 151.º d CIRS, e nã apenas de uma atividade, desde que, cumulativamente, em qualquer dia d períd de tributaçã, capital scial pertença a um númer de sócis nã superir a cinc, nenhum deles seja pessa cletiva de direit públic, e pel mens 75% d capital scial seja detid pr prfissinais que exercem as referidas atividades, ttal u parcialmente, através da sciedade. N cas de sciedades de simples administraçã de bens ficam excluídas, as que exerçam a atividade de gestã de participações sciais de utras sciedades e que detenham participações sciais que cumpram s requisits prevists n n.º 1 d artig 51.º d CIRC (participaçã de 5%, detida há pel mens 24 meses). Períd de tributaçã (art. 8.º CIRC) Passa a ser pssível a qualquer pessa cletiva cm sede u direçã efetiva em territóri prtuguês ptar pr utr períd de tributaçã, bastand a mera cmunicaçã (e sem a necessidade, que até aqui existia, de btençã de autrizaçã prévia a invcar especial interesse ecnómic). A pssibilidade de retragir s efeits fiscais de uma peraçã de fusã u cisã à data relevante para a prduçã ds respetivs efeits cntabilístics deixa de cnstar das dispsições relativas a regime da neutralidade fiscal, passand a estar cnsagrada n preceit que define períd de tributaçã.

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Outras isenções e retençã na fnte direit cmunitári (arts. 14.º e 95.º CIRC e art. 12.º Decret n.º 195/XII) O limiar mínim de participaçã necessári à aplicaçã da isençã de IRC relativa as lucrs e reservas (alargament da isençã)) auferids em Prtugal pr entidades nã residentes é reduzid de 10% para 5%, passand a ser relevantes as participações detidas indiretamente (para além das detidas diretamente), e term de permanência mínima de titularidade é alargad de 12 para 24 meses. O term de permanência mínima acima mencinad aplica-se às participações detidas à data de 1 de janeir de 2014, bem cm às que venham a ser adquiridas psterirmente. Passam a pder beneficiar desta isençã as entidades residentes num Estad cm qual tenha sid celebrad um ADT que preveja a cperaçã administrativa n dmíni da fiscalidade equivalente à estabelecida n âmbit da U.E. (anterirmente a isençã apenas se aplicava a entidades residentes num Estad-Membr da U.E. u d E.E.E.). Mantem-se a isençã para as sciedades residentes na Cnfederaçã Suíça, desde que a percentagem de participaçã seja de 25% detida há mais de 2 ans. As retenções na fnte sbre s lucrs acima mencinads, efetuadas pel nã cumpriment d term de permanência mínima de titularidade, até à data em que se cmplete s 24 meses de detençã ininterrupta da participaçã, pdem ser devlvidas através de requeriment prévi, ns terms da diretiva. Definiçã da matéria cletável (artig 15.º CIRC) Nas situações de cessaçã de atividade pr virtude de deixarem de situar-se em territóri prtuguês a sede e direçã efetiva, s prejuízs fiscais imputáveis a Estabeleciment Estável, sã dedutíveis na prprçã d valr de mercad ds elements patrimniais afets a esse estabeleciment estável. Peridizaçã d lucr tributável (art. 18.º CIRC) Estabelece-se que, à semelhança d que já se verificava relativamente às vendas e prestações de serviçs, s gasts referentes a inventáris e a frneciments e serviçs externs devem ser imputáveis a períd de tributaçã a que respeitam pela quantia nminal da cntraprestaçã. Acrescenta-se que, nã cncrrem para a determinaçã d lucr tributável, ns empreendiments cnjunts que sejam sujeits passivs de IRC, s rendiments u gasts e utras variações patrimniais decrrentes da utilizaçã d métd de cnslidaçã prprcinal. Ademais, estabelece-se que as variações d just valr de instruments de capital própri, cm preç frmad em mercad regulamentad, apenas passam a ser relevantes fiscalmente se a participaçã n capital fr inferir a 5% (anterirmente igual u inferir a 5%). Cntrats de cnstruçã (art. 19.º CIRC) Passa a ser usad cm únic critéri de recnheciment ds resultads ds cntrats de cnstruçã da percentagem de acabament, apenas send aceite a aplicaçã d métd d lucr nul, quand tal decrra da aplicaçã das regras cntabilísticas. 2

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Rendiments e ganhs (art. 20.º CIRC) Clarifica-se que a diferença psitiva entre mntante entregue as sócis em resultad da reduçã d capital scial e valr de aquisiçã das respetivas partes de capital é qualificada cm rendiment tributável. Variações patrimniais psitivas e negativas (arts. 21.º e 24.º CIRC) Passa a prever-se expressamente que nã cncrrem para a determinaçã d lucr tributável as variações patrimniais, psitivas u negativas, decrrentes da aquisiçã u alienaçã de ações u qutas próprias. Acrescenta-se que nã cncrrem para a frmaçã d lucr tributável as variações patrimniais, psitivas u negativas, decrrentes, respetivamente, de aument u diminuiçã d capital própri de uma sciedade pr efeit de perações de fusã, cisã, entrada de ativs u permuta de partes sciais. Ademais, acrescenta-se que cncrrem para a frmaçã d lucr tributável as variações patrimniais, psitivas u negativas, decrrentes da anulaçã das partes de capital detidas pr sciedades beneficiárias em sciedades fundidas u cindidas, n âmbit de perações de fusã, cisã, entradas de ativs u permutas de partes sciais. Subsídis relacinads cm ativs nã crrentes (art. 22.º CIRC) Estabelece-se quem quand s subsídis respeitem a ativs intangíveis sem vida útil definida, estes devem ser incluíds n lucr tributável durante um períd de vinte ans, independentemente d seu recebiment. Estabelece-se ainda que, quand s subsídis respeitem a prpriedades de investiment e a ativs bilógics nã cnsumíveis mensurads pel mdel d just valr, devem ser incluíds n lucr tributável durante períd máxim de vida útil, independentemente d seu recebiment. Gasts e perdas (arts. 23.º e 23.º-A - anterir art. 45.º CIRC) A dedutibilidade de gasts e perdas deixa de estar cndicinada à indispensabilidade, send n entant exigid que s gasts e as perdas sejam incrrids u suprtads para bter u garantir s rendiments sujeits a IRC. Estabelece-se que, na aquisiçã de bens u serviçs, dcument cmprvativ terá de cnter pel mens s seguintes elements: (i) Nme u denminaçã scial d vendedr e d adquirente, (ii) NIF de ambas as entidades, se residentes em territóri nacinal; (iii) Quantidade e denminaçã usual ds bens adquirids u ds serviçs prestads; (iv) Preç; e (v) Data de aquisiçã. Passa a prever-se expressamente, que sempre que ns terms d CIVA haja brigaçã de emissã de fatura, esta será dcument cmprvativ exigível ns terms de dedutibilidade ds gasts em sede de IRC. Ademais, e em face da intrduçã da cntribuiçã extrardinária sbre sectr energétic, esclarece-se que esta cnfigura um gast nã dedutível para efeits fiscais. 3

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Regime geral de limitaçã à deduçã de mens-valias de partes de capital (art. 23.º- A - anterires arts. 23.º e 45.º CIRC) Estabelece-se que nã sã dedutíveis as mens-valias e utras perdas, na parte d valr que crrespnda as lucrs u reservas distribuíds u às mais-valias realizadas cm a transmissã nersa de partes sciais dessa mesma entidade, que tenham beneficiad, n própri períd de tributaçã u ns 4 períds anterires, d regime da eliminaçã da dupla tributaçã ecnómica, d crédit de impst pr dupla tributaçã internacinal u da isençã aplicável às mais-valias realizadas cm a transmissã nersa de partes de capital. Ademais, também nã sã dedutíveis s gasts suprtads cm a transmissã nersa de instruments de capital própri de entidades cm residência u dmicíli num paraís fiscal. Perdas pr imparidade em dívidas a receber (aditament d art. 28.º-A - anterir art. 35.º CIRC) Estabelece-se que a parcela das perdas pr imparidade relativa as jurs pel atras n cumpriment de brigações relativas a crédits resultantes da atividade nrmal passa a relevar para efeits fiscais. Perdas pr imparidade em crédits (aditament d art. 28.º-B - anterir art. 36.º CIRC) Alarga-se a justificaçã d risc de incbrabilidade quand devedr tenha pendente um prcess especial de revitalizaçã u prcediment de recuperaçã de empresas pr via extrajudicial a abrig d SIREVE. Adita-se que as percentagens de crédits em mra aceites fiscalmente em funçã da mra ds crédits a que crrespndam aplicam-se igualmente as jurs pel atras n cumpriment das brigações. Depreciações e amrtizações (arts. 29.º, 30.º e 31.º CIRC) Passa a prever-se expressamente que: As taxas de depreciaçã de cmpnentes, de grandes reparações e beneficiações u de benfeitrias (alargament), sã calculadas cm base n respetiv períd de vida útil esperada; O pedid de autrizaçã para a utilizaçã de utrs métds para além d métd da linha reta e d métd das qutas decrescentes terá que ser slicitad até a term d períd de tributaçã em que se pretende fazer a alteraçã (atualmente a autrizaçã tem de ser prévia); e Para efeits da determinaçã d valr depreciável u amrtizável nã sã cnsideradas as despesas de desmantelament e deduz-se valr residual. Ativs nã crrentes - depreciações e perdas pr imparidade (aditament ds arts. 31.º-A e 31.º-B CIRC) Deixa de estar sujeita a autrizaçã prévia a utilizaçã de qutas de depreciaçã u amrtizaçã inferires às mínimas, ficand esta pssibilidade dependente da mera cmunicaçã à AT, a efetuar até a term d períd de tributaçã em que se pretenda praticar essas qutas. 4

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Prjets de desenvlviment (art. 32.º CIRC) Clarifica-se que as despesas cm prjets de desenvlviment passam a ser cnsideradas cm gast fiscal n períd de tributaçã em que sejam suprtadas, mesm que cntabilizadas cm ativs intangíveis. Crédits incbráveis (art. 41.º CIRC) É definida expressamente a data d event geradr da perda pr crédit incbrável, em resultad de prcess de execuçã, inslvência, prcess especial de revitalizaçã u prcediment de recuperaçã de empresas u equivalente. A dedutibilidade deixa de ter cm requisit a existência de prva de cmunicaçã a devedr d recnheciment d gast para efeits fiscais. Realizações de utilidade scial (art. 43.º CIRC) Passam a ser fiscalmente dedutíveis s gasts cm cntrats de segur de dença u saúde em benefíci ds familiares ds trabalhadres u ds refrmads, nas cndições neste artig estabelecidas. Finalmente, deixa de ser necessária a aceitaçã prévia da AT (bastand prva demnstrativa), para efeits de nã aplicaçã da penalidade, em cas de resgate em benefíci da entidade empregadra pr excess de funds emergentes da cessaçã de cntrats de trabalh. Ativs intangíveis, prpriedades de investiment e ativs bilógics nã cnsumíveis (aditament d art. 45.º-A CIRC) Os ativs intangíveis, nmeadamente, as marcas, alvarás, prcesss de prduçã, mdels u utrs direits assimilads, adquirids a títul ners e sem vigência tempral limitada e gdwill adquirid numa cncentraçã empresarial nã abrangida pel regime da neutralidade fiscal passam a pder ser depreciáveis fiscalmente num períd de 20 ans. A nrma supra aplica-se apenas as ativs adquirids em u após de 1 de Janeir de 2014. Em sentid cntrári, nã beneficiam deste regime: (i) Os ativs adquirids n âmbit de uma peraçã de rerganizaçã empresarial abrangida pel regime da neutralidade fiscal; (ii) Os ativs adquirids a entidade residente num paraís fiscal; e (iii) O gdwill assciad a participações sciais. Adicinalmente, estabelece-se que as prpriedades de investiment e s ativs bilógics de prduçã mensuradas a just valr pderã ser depreciáveis para efeits fiscais durante períd máxim de vida útil d ativ sbre valr de aquisiçã riginal u sbre valr revalrizad (s quais até aqui nã eram depreciáveis). Cnceit de mais-valias e de mens-valias (art. 46.º CIRC) Passam também a cnsiderar-se transmissões nersas, entre utras: A transferência de elements patrimniais n âmbit de perações de fusã, cisã u entrada de ativs, realizadas pelas sciedades fundidas, cindidas u cntribuidras; 5

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC A extinçã u entrega pels sócis das partes representativas d capital scial das sciedades fundidas, cindidas, u adquiridas n âmbit de perações de fusã, cisã u permuta de partes sciais; A anulaçã das partes de capital detidas pela sciedade beneficiária nas sciedades fundidas u cindidas em cnsequência de perações de fusã u cisã; A remiçã e amrtizaçã de participações sciais cm reduçã de capital; e A anulaçã das partes de capital pr reduçã de capital scial destinada à cbertura de prejuízs de uma sciedade quand respetiv sóci, em cnsequência da anulaçã, deixe de nela deter qualquer participaçã. Na transmissã nersa de partes de capital passa a aplicar-se métd de valrimetria à saída FIFO, send que sujeit passiv pde ptar pel cust médi, tend neste últim cas que manter a pçã pr um períd mínim de 3 ans e nã send aplicáveis nesse cas s ceficientes de atualizaçã. Na equivalência ds valres de realizaçã u de aquisiçã estabelecids em meda estrangeira, passa a aplicar-se a taxa de câmbi da data da realizaçã u aquisiçã u, nã existind, a da última ctaçã anterir a essa data. Data de aquisiçã das partes de capital (aditament d art. 47.º-A CIRC) Sã expressamente intrduzidas regras para a determinaçã da data de aquisiçã de partes de capital adquiridas n âmbit das seguintes perações: Incrpraçã de reservas e substituiçã pr alteraçã d valr nminal u transfrmaçã da sciedade emitente as nvas partes de capital assumem a data de aquisiçã das que lhes deram rigem; e, Operações de fusã, cisã, permuta u entrada de ativs abrangidas pel regime da neutralidade fiscal (i) Na esfera ds sócis, as partes de capital adquiridas u atribuídas assumem a data de aquisiçã das que sã extintas/transmitidas em virtude destas perações; e (ii) Na esfera da sciedade beneficiária (nã se aplica a permutas), as partes de capital btidas mantêm a data de aquisiçã que assumiam na esfera das sciedades fundida, cindida u cntribuidra. Reinvestiment ds valres de realizaçã (art. 48.º CIRC) O regime de reinvestiment estende-se as ativs intangíveis, mas deixa de ser aplicável às prpriedades de investiment. É revgad regime de reinvestiment aplicável à transmissã de partes de capital, em funçã d regime de participatin exemptin existente. Estabelece-se que regime de reinvestiment ds valres de realizaçã nã é aplicável: As ativs intangíveis adquirids u alienads a entidades cm as quais existam relações especiais; Ás mais-valias e mens-valias apuradas pelas sciedades fundidas, cindidas u cntribuidras n âmbit de perações de fusã, cisã u entradas de ativs nã abrangidas pel regime da neutralidade fiscal. 6

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Rendiments de patentes e utrs direits de prpriedade industrial (aditament d art. 50º-A CIRC) Passam a cncrrer para determinaçã d lucr tributável em apenas 50%, s rendiments prvenientes de cntrats que tenham pr bjet a cessã u utilizaçã temprária de patentes, desenhs u mdels industriais sujeits a regist. Esta nrma aplica-se apenas às patentes, desenhs u mdels industriais registads em u após 1 de Janeir de 2014. Eliminaçã da dupla tributaçã ecnómica - participatin exemptin (arts. 51.º,51.º- A, 51.º-B, 51.º-C e 51.º-D CIRC, e nrma transitória art.12.º Decret n.º 195/XII) É reduzida de 10% para 5% a participaçã mínima necessária para a aplicaçã d regime de eliminaçã da dupla tributaçã ecnómica de lucrs e reservas distribuíds e é alargad term de permanência mínima de titularidade de 12 para 24 meses. Adicinalmente, alarga-se âmbit de aplicaçã deste regime as lucrs e reservas distribuíds pr entidades nã residentes em territóri prtuguês u num utr Estad-Membr da U.E., desde que nã sejam residentes num paraís fiscal. Estabelece-se, ainda, cm cndiçã de aplicaçã d regime, que a entidade distribuidra ds lucrs u reservas se encntre sujeita e nã isenta de um impst de natureza idêntica u similar a IRC e esteja sujeita a uma taxa nã inferir a 60% da taxa nrmal deste impst u, quand inferir, s respetivs lucrs prvenham em, pel mens, 75% d exercíci de (i) Uma atividade agrícla u industrial n territóri nde a mesma entidade está lcalizada; u (ii) Uma atividade cmercial u de prestaçã de serviçs que nã esteja dirigida predminantemente a mercad prtuguês. Em sentid cntrári, delimita-se negativamente a aplicaçã d regime as lucrs e reservas distribuíds que: Crrespndam a gasts dedutíveis na esfera da entidade distribuidra; Sejam distribuíds pr entidades isentas de impst sbre rendiment u, quand aplicável, prvenham de rendiments isents de impst sbre rendiment nas entidades sub-afiliadas, salv quand a entidade distribuidra seja residente num Estad- Membr da U.E. u d E.E.E. vinculad a cperaçã administrativa n dmíni da fiscalidade. Paralelamente, estabelece-se alargament d regime de isençã: Às mais-valias e mens-valias realizadas mediante a transmissã nersa de partes de capital representativas de, pel mens, 5% d capital scial u ds direits de vt, detidas ininterruptamente pr um períd mínim de 24 meses, independentemente da percentagem de participaçã transmitida; Às mais-valias e mens-valias realizadas cm a transmissã nersa de utras cmpnentes d capital própri, designadamente prestações acessórias; e Às mais-valias e mens-valias realizadas pelas sciedades fundidas, cindidas u adquiridas, cm a transmissã nersa de partes de capital e de utras cmpnentes d capital própri n âmbit de perações de rerganizaçã empresarial nã abrangidas pel regime da neutralidade fiscal. 7

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Estabelece-se ainda que, este regime nã é aplicável às mais-valias e mens-valias resultantes da transmissã nersa de partes de capital quand ativ da sciedade participada seja representad de frma direta u indireta em mais de 50% pr bens imóveis (cnsiderand-se para este efeit apenas s imóveis adquirids a partir de 1 de janeir de 2014). Adicinalmente, estabelece-se a aplicaçã d regime de isençã na transmissã de mais valias e mens valias realizadas cm a transmissã nersa de partes sciais, e as lucrs e reservas distribuíds, as Estabeleciments Estáveis: De entidades residentes na Uniã Eurpeia u n EEE sujeita a brigações de cperaçã administrativa n dmíni da fiscalidade equivalentes, que preencham s requisits da diretiva mães-filhas; e, De entidades residentes em estads, que nã sejam cnsiderads paraís fiscal, cm s quais tenham sid celebradas cnvenções para evitar a dupla tributaçã, que prevejam cperaçã administrativa n dmíni da fiscalidade equivalente à estabelecida n âmbit da Uniã Eurpeia e que nesse Estad esteja sujeita e nã isenta de um impst de natureza idêntica u similar a IRC. Deduçã de prejuízs fiscais (art. 52.º CIRC e nrma transitória art. 12.º Decret n.º 195/XII) O reprte de prejuízs fiscais é alargad de 5 para 12 exercícis (apenas para prejuízs gerads a partir de 1 de janeir de 2014). Adicinalmente passa a estar expressamente previst que devem ser utilizads s prejuízs fiscais apurads há mais temp. A limitaçã à deduçã de prejuízs fiscais é alterada de 75% para 70% d lucr tributável apurad em cada exercíci. É harmnizad praz limite para se prceder a anulações u liquidações adicinais de IRC, decrrentes de crreções as prejuízs fiscais reprtáveis (anterirmente 5 ans), cm praz geral de caducidade de 4 ans. Estabelece-se que a mdificaçã d bjet scial u a alteraçã substancial da atividade deixa de implicar a perda de prejuízs fiscais reprtáveis. Ademais, estabelece-se que a alteraçã de, pel mens, 50% d capital scial u da mairia ds direits de vt cntinua a implicar a perda d reprte de prejuízs. Nã bstante, passam a nã ser cnsideradas para este efeit as alterações decrrentes: Da passagem da titularidade d capital scial u ds direits de vt de direta para indireta, e vice-versa; De perações de cncentraçã a que se aplique regime da neutralidade fiscal; De sucessã pr mrte; De aquisições pr titulares que já detenham ininterruptamente, direta u indiretamente, mais de 20% d capital scial u da mairia ds direits de vt da sciedade; Quand adquirente seja trabalhadr u membr ds órgãs sciais. A apresentaçã de requeriments para reprte ds prejuízs fiscais nas situações em que se deu a alteraçã da titularidade d capital scial u ds direits de vt passa a pder ser efetuada até 8

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC 30 dias após a crrência d facts (atualmente este requeriment tem de ser apresentad anterirmente). Determinaçã d rendiment glbal (art. 53.º CIRC) Passam a ser dedutíveis a rendiment glbal apurad pr entidades residentes que nã exercem, a títul principal, atividade cmercial, industrial u agrícla, e até à sua cncrrência, s gasts cmprvadamente relacinads cm a realizaçã de fins de natureza scial, cultural, ambiental, desprtiva u educativa, desde que nã exista qualquer interesse ds membrs ds respetivs órgãs estatutáris ns resultads da explraçã das atividades ecnómicas pr elas prsseguidas. Lucrs e prejuízs de estabeleciment estável situad fra d territóri prtuguês (aditament d art. 54º-A CIRC) Passa a ser pssível a pçã pela aplicaçã d métd de isençã relativamente as lucrs e as prejuízs imputáveis a estabeleciment estável situad fra d territóri prtuguês, desde que: Esses lucrs estejam sujeits e nã isents a um impst previst na Diretiva Mães e Filhas u a um impst de natureza similar a IRC cuja taxa nã seja inferir a 60% da taxa nrmal de IRC em vigr; e O estabeleciment estável nã esteja lcalizad num paraís fiscal. Este regime pcinal nã é aplicável as lucrs imputáveis a estabeleciment estável até a mntante ds prejuízs imputáveis a esse estabeleciment estável que tenham cncrrid para a determinaçã d lucr tributável d sujeit passiv ns 12 períds de tributaçã anterires. A pçã e a renúncia à aplicaçã d regime de isençã devem ser feitas através de declaraçã de alterações de atividade até a final d 3º mês (Març para s cntribuintes cm regime fiscal nrmal) d períd de tributaçã em que se pretende iniciar u cessar a respetiva aplicaçã De referir que a pçã pel regime deve abranger, pel mens, tds s estabeleciments estáveis situads na mesma jurisdiçã e deve ser mantida pr um períd mínim de 3 ans a cntar da data em que se inicia a sua aplicaçã. Lucr tributável de estabeleciment estável (art. 55.º CIRC) Passa débit de encargs gerais de administraçã a estabeleciment estável situad em territóri prtuguês a estar expressamente cndicinad à verificaçã das regras de preçs de transferência (até aqui esses critéris de imputaçã estavam apenas cndicinads, desde que a imputaçã fsse razável e justificada). Preçs de transferência (arts. 63.º e 138.º CIRC) É aumentada a percentagem que implica a existência de relações especiais de 10% para 20%. Vem esclarecer que sã também aplicáveis as regras de preçs de transferência nas relações entre uma entidade residente e s seus E.E. situads fra d territóri prtuguês u entre estes. Clarifica-se que a slicitaçã pr parte d sujeit passiv de que pedid de acrd prévi de preçs de transferência seja submetid junt das autridades cmpetentes de um país cm qual exista um ADT passa a fazer-se apenas nas situações em que se pretenda que acrd tenha carácter bilateral u multilateral. 9

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Limitaçã à dedutibilidade de gasts de financiament (art. 67.º CIRC e nrma transitória art. 12.º Decret n.º 195/XII) É diminuíd valr abslut para efeit de limitaçã ds gasts de financiament líquids de 3.000.000 EUR para 1.000.000 EUR. Relativamente a limite relativ em funçã d EBITDA, mantém-se regime transitóri d OE2013 (70% em 2013; 60% em 2014; 50% em 2015, 40% em 2016 e 30% em 2017). Determina-se que a deduçã, ns 5 períds de tributaçã psterires, ds gasts de financiament líquids nã dedutíveis em cada exercíci, seja efetuada smente após a cnsideraçã fiscal ds gasts de financiament líquids d exercíci em causa, devend psterirmente cnsiderar-se, em primeir lugar, s apurads há mais temp. Estabelece-se que quand se aplique RETGS, a sciedade dminante pde ptar (pr um períd de 3 ans e na declaraçã de inici de alterações de atividade, até a fim d 3º mês d períd de tributaçã em que se pretende iniciar a respetiva aplicaçã) pr aplicar este regime as gasts de financiament líquids d grup (cnslidads), para efeits da determinaçã d lucr tributável d grup, a invés da sua aferiçã ser efetuada numa base individual. Nã bstante, reprte ds gasts líquids de financiament, bem cm reprte da parte nã utilizada que acresce a mntante máxim dedutível ns períds subsequentes, deixa de pder ser utilizad se se verificar a alteraçã da titularidade de mais de 50% d capital scial u da mairia ds direits de vt d sujeit passiv, a mens que requeriment seja submetid. Determina-se ainda que EBITDA cntabilístic deve ser crrigid de: Ganhs e perdas resultantes de alterações de just valr que nã cncrram para a frmaçã d lucr tributável; Imparidades e reversões de investiments nã depreciáveis u amrtizáveis; Gasts e perdas resultantes da aplicaçã d métd da equivalência patrimnial u, n cas de empreendiments cnjunts que sejam sujeits passivs de IRC, d métd de cnslidaçã prprcinal; Rendiments u gasts relativs a partes de capital as quais seja aplicável regime da eliminaçã da dupla tributaçã ecnómica de lucrs e reservas distribuídas; Rendiments u gasts imputáveis a estabeleciment estável situad fra d territóri prtuguês relativamente a qual seja exercida a pçã pel regime de isençã; A cntribuiçã extrardinária sbre setr energétic. Regime Especial de Tributaçã ds Grups de Sciedades - RETGS (arts. 69.º, 70.º e 71.º CIRC) A percentagem mínima de detençã, direta u indireta, nas sciedades dminadas, para efeits da sua inclusã n perímetr de empresas abrangid pel RETGS, é reduzida de 90% para 75%. Passa a cnstar expressamente na lei que as sciedades detidas, em mais de 75% pr intermédi de sciedades residentes nutr Estad-Membr da U.E. u d E.E.E. (neste cas desde que exista brigaçã de cperaçã administrativa n dmíni da fiscalidade), pderã integrar perímetr d grup. 10

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC É acrescentada a pssibilidade de cntinuidade n RETGS cas se verifique a alteraçã da sciedade dminante, mediante cmunicaçã à AT efetuada ns 30 dias seguintes à data em que se verifique esse fact. Assim a nã cmunicaçã de alterações na cmpsiçã d grup deixa de resultar na cessaçã autmática d regime. Estabelece-se que, n cas de passar a existir um grup de sciedades em que a sciedade dminante passa a ser cnsiderada dminada, nã cessa regime relativamente a grup absrvid, devend a nva sciedade dminante ptar pela cntinuaçã da aplicaçã d RETGS. Nesta situaçã, a quta-parte ds prejuízs fiscais d grup da anterir sciedade dminante, imputáveis às sciedades que integrem grup da nva sciedade dminante, sã dedutíveis em cass de recnhecid interesse ecnómic e mediantes requeriment prévi. Esclarece-se que, n âmbit de perações de reestruturaçã que envlvam sciedades que pertençam a Grup u utras que nã pertençam, só é pssível reprte ds prejuízs fiscais quand tenham beneficiad d regime de neutralidade fiscal (deixand de ser necessári requeriment prévi). Fusões e cisões Regime de neutralidade fiscal (arts. 73.º, 74.º, 75.º 75.º-A, 76.º e 78.º CIRC e nrma transitória art. 12.º Decret n.º 195/XII) É alargad âmbit das perações a que é aplicável regime de neutralidade fiscal, passand a prever-se expressamente a aplicabilidade, entre utras, a fusões e cisões-cisões entre sciedades detidas pel mesm sóci e a fusões e cisões-fusões inversas, ainda que neste últim cas nã exista qualquer trca de participações. Deixa de ser necessária autrizaçã para a transmissã ds prejuízs fiscais das sciedades fundidas para a nva sciedade u para a sciedade incrprante, ficand a respetiva deduçã limitada, em cada períd de tributaçã, à prprçã entre valr d patrimóni líquid da sciedade fundida e valr d patrimóni líquid de tdas as sciedades envlvidas na peraçã de fusã, determinads cm base n últim balanç anterir à peraçã. Estabelece-se ainda que a abrig d regime da neutralidade fiscal s benefícis fiscais das sciedades fundidas sã transmitids para a sciedade beneficiária, desde que nesta se verifiquem s respetivs pressupsts. Igualmente, regime de transmissibilidade de benefícis e vantagens fiscais pderá ser aplicável a perações de cisã e de entradas de ativs, mas mediante autrizaçã gvernamental. Estabelece-se ainda que s gasts de financiament líquids das sciedades fundidas pr estas nã deduzids, bem cm a parte nã utilizada d limite pdem ser cnsiderads na determinaçã d lucr tributável da sciedade beneficiária numa peraçã de fusã. Esclarece-se que quand nã seja aplicável regime de neutralidade fiscal, nã há fact tributári a nível da entidade beneficiária (variaçã patrimnial nã relevante), mas sim a nível da sciedade transmitente. Pr fim, sã definidas regras para a determinaçã d valr fiscal das participações detidas pels sócis das sciedades fundidas u cindidas n âmbit destas perações. Estas regras aplicam-se às perações que se realizem em u após 1 de Janeir de 2014. 11

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Resultad de partilha (art. 81.º CIRC) O resultad da partilha passa a ser qualificad apenas cm uma mais u mens-valia (anterirmente pderia ser também classificad cm rendiment de capitais). Estabelece-se que a mais-valia é tributável, excet se abrangida pel regime de participatin exemptin. Pr sua vez, a mens-valia será, pr regra, integralmente dedutível, quand as participações tenham sid detidas pr um períd igual u superir a 4 ans, e desde que a sciedade liquidada nã seja residente em paraís fiscal. Adicinalmente estabelece-se que apurament d resultad da partilha na esfera ds sócis das sciedades liquidadas passa a incluir s resultads assciads a utrs instruments de capital própri, para além ds decrrentes das partes de capital. É ainda intrduzida uma cláusula anti-abus. Transferência de residência e cessaçã da atividade de estabeleciment estável (arts. 83.º e 84.º CIRC) A tributaçã passa a incidir sbre a diferença, à data da cessaçã, entre s valres de mercad e s valres fiscalmente relevantes. Estabelece-se que a transferência da residência de uma sciedade cm sede u direçã efetiva em territóri prtuguês para fra desse territóri é sujeita a exit tax, cntud pagament de impst pderá ser diferid até um máxim de 5 períds de tributaçã, cas a transferência seja feita para um Estad-Membr da U.E. u d E.E.E., mediante certas cndições. Este regime nã se aplica cas s elements patrimniais sejam afets a um estabeleciment estável em Prtugal da entidade redmiciliada. Este regime é igualmente aplicável, cm as necessárias adaptações, à cessaçã da atividade de um estabeleciment estável em Prtugal de uma entidade nã residente em territóri prtuguês à transferência de elements patrimniais afets a tal estabeleciment estável. É eliminad regime de tributaçã ds sócis de entidades cuja sede e direçã efetiva deixem de se situar em territóri prtuguês. Regime simplificad (aditament ds arts. 86º-A e 86.º-B CIRC) É criad um regime simplificad ptativ de que pdem beneficiar s sujeits passivs residentes em territóri prtuguês que, entre utrs, cumpram s seguintes requisits: Nã apresentem um mntante anual ilíquid de rendiments superir a 200.000 EUR; Nã tenham um ativ superir a 500.000 EUR; Nã sejam detids em mais de 20% pr sciedades que nã pssam ptar pela aplicaçã deste regime, excet quand sejam SCR u ICR; Entre utrs. 12

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Estabelece-se que apurament da matéria cletável é efetuad através da aplicaçã as rendiments de ceficientes, entre 0,04 e 1,00, em funçã da sua natureza, cm um limite mínim de 60% d valr anual da retribuiçã mínima mensal garantida (RMMG). As entidades que ptem pela aplicaçã deste regime encntram-se dispensadas de efetuar PEC e estã sujeitas a tributaçã autónma apenas relativamente às despesas nã dcumentadas e às despesas cm viaturas ligeiras de passageirs u mistas. Taxas (art. 87.º CIRC e art. 8.º Decret n.º 195/XII) A taxa de IRC é reduzida para 23%, a qual deverá ser reduzida para 21% em 2015, cm bjetiv de a fixar num interval entre 17% e 19% em 2016, em funçã de uma avaliaçã psterir e da evluçã da situaçã ecnómic-financeira d país. N cas das PME s que exerçam, a títul principal, uma atividade ecnómica de natureza agrícla, cmercial u industrial a taxa de IRC aplicável as primeirs 15.000 EUR de matéria cletável é de 17%, aplicand-se a taxa 23% a excedente. Nte-se que a aplicaçã desta taxa reduzida está sujeita às regras cmunitárias para s auxílis de minimis. Derrama Estadual (art. 87.º-A CIRC) É intrduzida uma taxa de derrama estadual de 7% aplicável a lucr tributável superir a 35.000.000 EUR. Tributaçã autónma (art. 88.ºCIRC) Passam a estar sujeits a tributaçã autónma s encargs efetuads u suprtads cm viaturas ligeiras de passageirs, mts u mtcicls, excluind veículs elétrics, às seguintes taxas: 10% se respeitarem a veículs cm valr de aquisiçã inferir a 25.000 EUR; 27,5% se respeitarem a veículs cm valr de aquisiçã igual u superir a 25.000 EUR e inferir a 35.000 EUR; e 35% se respeitarem a veículs cm valr de aquisiçã igual u superir a 35.000 EUR. Deixam de estar sujeitas a tributaçã autónma as despesas u encargs imputáveis a estabeleciment estável situad fra d territóri prtuguês. A taxa de tributaçã autónma incidente sbre lucrs distribuíds a entidades que beneficiem de isençã ttal u parcial de IRC passa a ser de 23% (anterirmente 25%). Crédit de impst pr dupla tributaçã jurídica internacinal (art. 91.º CIRC) O praz de utilizaçã d crédit de impst pr dupla tributaçã jurídica internacinal é alargad para 5 exercícis e passa a ser determinad pr país, cnsiderand a ttalidade ds rendiments, excet n cas de rendiments imputáveis a estabeleciment estável, cuja deduçã é calculada isladamente. Crédit de impst pr dupla tributaçã ecnómica internacinal (arts. 68.º e 91.º-A CIRC) É aditad um crédit pr dupla tributaçã ecnómica internacinal, aplicável pr pçã d sujeit passiv que receba lucrs u reservas as quais nã seja aplicável regime da participatin 13

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC exemptin, desde que aquele detenha, u venha a deter, pr um períd de 24 meses, uma participaçã nã inferir a 5%. Quand seja exercida a pçã pel crédit de impst pr dupla tributaçã ecnómica internacinal, deve sujeit passiv acrescer à matéria cletável impst sbre lucr pag pelas entidades ns estads de rigem, crrespndente as dividends que lhe tenham sid distribuíds. Resultad de liquidaçã (art. 92.º CIRC) Deixam de ser cnsiderads, para efeits da determinaçã d resultad da liquidaçã, s prejuízs fiscais transmitids n âmbit de perações de fusã, cisã, entrada de ativs e transferência de estabeleciments estáveis. Pr via da revgaçã ds benefícis cnexs cm SGPS e cm s PALOPS (adiante mencinada), é eliminada a sua referência n âmbit de exclusã d apurament d resultad da liquidaçã. Pagament Especial pr Cnta - PEC (arts. 93.º e 106.º CIRC e nrma transitória art. 12.º Decret n.º 195/XII) O pagament especial pr cnta (PEC) passa a ser dedutível à cleta até a 6.º períd de tributaçã. Quand nã seja pssível a deduçã integral ds PEC até a final d praz acima referid, passa a ser pssível slicitar seu reembls, sem dependência da realizaçã de açã de inspeçã. As alterações a PEC apenas sã aplicáveis a períds de tributaçã que se iniciem em u após 1 de janeir de 2014. Retenções na fnte (art. 94.º CIRC) Estabelece-se expressamente que, n cas d pagament de rendiments em espécie, a retençã na fnte deve incidir sbre a sma d valr de mercad ds bens u direits na data a que respeita essa brigaçã e d mntante da retençã devida (mecanism de grss-up). Dispensa de retençã na fnte sbre rendiments auferids pr residentes (art. 97.º CIRC) É dispensada a retençã na fnte, quand esta tenha a natureza de impst pr cnta, sbre jurs e utrs rendiments resultantes de cntrats de supriments, papel cmercial u brigações, pags a detentres, direts u indirets, de mais de 10% d capital scial, durante an anterir à data da clcaçã à dispsiçã. Dispensa ttal u parcial de retençã na fnte sbre rendiments auferids pr entidades nã residentes (art. 98.º CIRC) Simplificam-se s requisits para aplicaçã ds ADT, admitind-se a utilizaçã de certificads de residência n frmat d Estad de residência d beneficiári.. 14

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Pagament Adicinal pr Cnta - PAC (art. 105.º-A CIRC) Pr frça da intrduçã de uma taxa de derrama estadual de 7%, é igualmente intrduzida uma taxa de PAC de 6,5% aplicável a lucr tributável superir a 35.000.000 EUR. Obrigações declarativas (arts. 118.º, 123.º e 130.º CIRC) O praz de entrega da declaraçã de alterações sempre que se verifiquem alterações de qualquer ds elements cnstantes da declaraçã de inscriçã n regist é mantid em 15 dias a cntar da data da alteraçã, esclarecend-se que este praz apenas se aplica a sujeits passivs que exerçam uma atividade sujeita a IVA, send que ns restantes cass referid praz é alargad para 30 dias. É alargad para 12 ans (anterirmente 10 ans) praz de manutençã ds livrs, regists cntabilístics e dcuments de suprte, bem cm d prcess de dcumentaçã fiscal. Remuneraçã cnvencinal d capital scial Alarga-se regime da remuneraçã cnvencinal d Capital Scial a entradas efetuadas pr sócis pessas cletivas. Pr utr lad, estabelece-se que a sciedade beneficiária deverá ser qualificada cm micr, pequena u média empresa, para pder usufruir d regime. Regime de interiridade Estabelece-se estud de viabilidade da intrduçã de um benefici fiscal inerente a regime de interiridade. 15

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Lei de Orçament de Estad para an de 2014 (Prpsta de Lei n.º 178/XII) I. Impst sbre Rendiment das Pessas Singulares Rendiments da Categria A Trabalh Dependente (art. 2.º d CIRS) As imprtâncias suprtadas pelas entidades patrnais cm segurs de saúde u dença em benefíci ds seus trabalhadres u respetivs familiares deixam de cnstituir um rendiment tributável em sede de IRS, desde que a sua atribuiçã tenha carácter geral. Rendiments de Categria E Capitais (art. 5.º d CIRS) O valr atribuíd as assciads em resultad da partilha deixa de ser cnsiderad rendiment de aplicaçã de capitais, passand a integrar apenas a categria G (mais-valias) de IRS. Até 2013, s rendiments auferids em resultad da partilha pdiam qualificar-se cm mais-valias u cm rendiments de aplicaçã de capitais. Rendiments da categria G Mais-valias (art. 10.º d CIRS) O Códig d IRS passa a integrar explicitamente, na definiçã de mais-valia, s ganhs resultantes da extinçã u entrega de partes sciais das sciedades fundidas, cindidas u adquiridas n âmbit de perações de fusã, cisã u permuta de partes sciais. Sujeit passiv (art. 13.º d CIRS) Quand as respnsabilidades parentais sã exercidas em cmum pr ambs s prgenitres ns cass de divórci, separaçã judicial de pessas e bens, declaraçã de nulidade u anulaçã d casament, s dependentes menres nã emancipads u sb tutela (filhs, adtads e enteads) integram agregad familiar: i. D prgenitr a que crrespnder a residência fixada aquand da regulaçã d exercíci das respnsabilidades parentais; u ii. D prgenitr cm qual dependente tenha identidade de dmicíli fiscal n últim dia d an fiscal, quand, n âmbit da regulaçã d exercíci das respnsabilidades parentais, nã tiver sid estipulada a sua residência u nã seja pssível apurar a sua residência habitual. Regime pcinal para residentes nutr Estad-Membr da U.E. u d E.E.E. (art. 17.º-A d CIRS) É acrescentada, n âmbit d regime pcinal para s residentes nutr Estad-Membr da U.E. u d E.E.E. cm qual exista intercâmbi de infrmações em matéria fiscal, a pçã pela tributaçã cm residente em Prtugal relativamente as rendiments de quaisquer categrias (anterirmente apenas para rendiments das categrias A, B e H). Esclarece-se ainda que, ns cass d exercíci desta pçã se devem aplicar as taxas gerais de impst previstas na tabela d n.º 1 d artig 68.º d CIRS (anterirmente, a lei fazia referência à taxa média) e ceficiente cnjugal. 16

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Englbament (art. 22.º d CIRS) A pçã pel englbament ds rendiments sujeits a tributaçã a taxas liberatórias e autónmas passa a implicar a inclusã de tds s rendiments (sujeits u isents) para s quais exista tal pçã, designadamente, s rendiments de funds de investiment. Rendiments da categria B Rendiments empresariais e prfissinais (arts. 28.º e 31.º d CIRS) É aumentad de 150.000 EUR para 200.000 EUR limite aplicável para efeits de enquadrament n regime simplificad. Sã igualmente alterads s ceficientes a utilizar para efeits de determinaçã d rendiment tributável, ns seguintes terms: i. 0,15 n cas de rendiments prvenientes (i) das vendas de mercadrias e prduts e (ii) das prestações de serviçs de atividades hteleiras e similares, restauraçã e bebidas; ii. 0,75 para s rendiments ds designads prfissinais liberais (i.e., atividades cnstantes da tabela anexa a Códig de IRS a que se refere artig 151.º); iii. 0,95 n cas de (i) rendiments prvenientes de cntrats de cessã u utilizaçã temprária da prpriedade intelectual u industrial u a prestaçã de infrmações respeitantes a uma experiência adquirida n sectr industrial, cmercial u científic, (ii) utrs rendiments prediais, (iii) sald psitiv das mais e mens-valias e (iv) restantes increments patrimniais; iv. 0,30 para subsídis nã destinads à explraçã; v. 0,10 para (i) as restantes de prestações de serviçs e (ii) subsídis destinads à explraçã. Anterirmente, rendiment tributável resultava da aplicaçã ds ceficientes de 0,20 a valr das vendas de mercadrias e de prduts e 0,75 as restantes rendiments desta categria. Ademais, prevê-se que até 31 de janeir de 2014 s sujeits passivs de IRS enquadrads n regime simplificad da categria B pssam livremente ptar pel regime de cntabilidade rganizada. Deduções e perdas (art. 55.º CIRS) Em harmnia cm IRC, reprte de prejuízs fiscais em sede de IRS (categria B) é alargad de 5 para 12 exercícis (apenas para prejuízs gerads a partir de 1 de janeir de 2014). Taxa de tributaçã autónma (art. 73.º CIRS) É aumentada a taxa de tributaçã autónma sbre s encargs relativs a viaturas ligeiras de passageirs, suprtads pr pessas singulares que pssuam u devam pssuir cntabilidade rganizada n âmbit d exercíci de atividades empresariais u prfissinais. Assim, mantém-se a taxa de tributaçã de 10% para viaturas ligeiras de passageirs u mistas, cm cust de aquisiçã inferir a 20.000 EUR (anterirmente sem limitaçã de valr). As encargs dedutíveis relativs a viaturas cm valres de aquisiçã igual u superir a 20.000 EUR, passa a aplicar-se a taxa de 20%. 17

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Deduções à cleta (art. 78.º CIRS) As deduções à cleta relativas a dependentes ns cass de divórci, separaçã judicial de pessas e bens, declaraçã de nulidade u anulaçã d casament, em que as respnsabilidades parentais sejam exercidas em cmum pr ambs s prgenitres, passam a ser aplicáveis apenas a filhs, adtads e enteads menres nã emancipads e menres sb tutela (antes apenas filhs). Ademais, acrescenta-se que as deduções à cleta, ns cass em que envlvam despesa, só pdem ser realizadas mediante a identificaçã d sujeit passiv u d membr d agregad a que reprtam, em fatura, fatura-recib u dcument equiparad ns terms d CIVA, quand a sua emissã fr brigatória, cas cntrári será aceite utr dcument. Sbretaxa (art. 176.º Lei d OE 2014) Mantém-se em vigr a sbretaxa de IRS de 3,5%, ns mesms terms prevists para an de 2013. Sujeits passivs cm deficiência dispsiçã transitória (art. 177.º Lei d OE 2014) Estabelece-se que, em 2014, s rendiments bruts das categrias A, B e H auferids pr sujeits passivs cm deficiência sã cnsiderads em apenas 90% d seu valr, nã pdend a parte excluída de tributaçã exceder 2.500 EUR pr categria de rendiments. Alteraçã a Decret-Lei n.º 158/09, de 13 de julh (art. 179.º Lei d OE 2014) O limite vlume de negócis realizad na média ds últims três ans que estabelece a brigaçã da aplicaçã d SNC às pessas que exercem a títul individual qualquer atividade cmercial, industrial u agrícla, é aumentad de 150.000 EUR para 200.000 EUR. Alteraçã a Decret-Lei n.º 42/91, de 22 de janeir (art. 180.º Lei d OE 2014) Os titulares de rendiments das categrias A e H passam a pder ptar pela retençã na fnte de IRS a uma taxa inteira superir à que lhes seja aplicável, de acrd cm tabelas de retençã, cm limite de 45% (anterirmente 40%). É retificad diplma das retenções na fnte, n sentid de refletir as alterações às taxas de retençã na fnte crridas cm OE 2013. Sã flexibilizadas as frmalidades necessárias para a aplicaçã da dispensa e reembls de retenções na fnte para nã residentes pr frça de uma Cnvençã para evitar a Dupla Tributaçã (CDT) (atuais frmuláris Mdel 21-RFI e 24-RFI, respetivamente). Os frmuláris pderã ser alternativamente: i. Certificads pelas autridades cmpetentes d respetiv Estad de residência; u ii. Acmpanhads de dcuments emitids pelas autridades cmpetentes d Estad de residência, que (i) ateste a residência, para efeits fiscais, d beneficiári n períd em causa e (ii) a sujeiçã a impst sbre rendiment nesse Estad. 18

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Adicinalmente, é alargada a pssibilidade de dispensa de retençã na fnte u reembls a situações em que nã exista CDT, desde que essa dispensa u reembls resulte da aplicaçã de um utr acrd de direit internacinal u da legislaçã interna aplicável II. Impst sbre Valr Acrescentad Isenções nas perações internas (art. 9.º CIVA) É ampliad âmbit da isençã de IVA para: i. As prestações de serviçs e as transmissões de bens estreitamente cnexas, efetuadas n exercíci da sua atividade habitual pr creches, centrs de reabilitaçã de inválids, lares de idss e afins as serviçs que sejam prestads fra das suas instalações; ii. As prestações de serviçs que cnsistam em prprcinar a visita, guiada u nã, a biblitecas e arquivs pertencentes a Estad, utras pessas cletivas de direit públic u rganisms sem finalidade lucrativa; e iii. A transmissã de direits de autr as direits cnexs cm estes. Taxas de impst (art. 18.º CIVA) As taxas de impst aplicáveis à Regiã Autónma ds Açres sã atualizadas para 5%, 10% e 18% (anterirmente 4%, 9% e 16%), respetivamente taxa reduzida, intermédia e nrmal. Obrigações em geral (art. 29.º CIVA) Estabelece-se que nas prestações de serviçs financeirs, de segur e ressegur, isentas de IVA e cuj destinatári seja um sujeit passiv estabelecid u dmiciliad nutr Estad-Membr, é dispensada a emissã de fatura. Apresentaçã das declarações (art. 35.º CIVA) Cnsagra-se a eficácia imediata das alterações ficisas efetuadas pela AT relativamente as elements da atividade ds sujeits passivs ns cass de nã exercíci da atividade u de exercíci desacmpanhad de uma estrutura empresarial adequada, falsidade ds elements declarads u fundads indícis de fraude, devend tais alterações ser ntificadas a sujeit passiv n praz de 10 dias. Prcediment de deduçã (art. 78.º-B CIVA) É limitad a 2 ans (cntads d primeir 1.º d an civil seguinte a da verificaçã ds pressupsts) praz dentr d qual s sujeits passivs pdem recuperar IVA relativ a: Crédits de cbrança duvidsa em mra há mais de seis meses, cuj valr nã seja superir a 750 EUR, e devedr seja particular u sujeit passiv que realize exclusivamente perações isentas que nã cnfiram direit à deduçã; e Crédits incbráveis. Alteraçã à Lista I anexa a CIVA (art. 182.º Lei d OE 2014) N que respeita as serviçs que se destinam a ser utilizads n âmbit da prduçã agrícla, a expressã prestaçã de serviçs silvíclas é substituída pr prestações de serviçs n âmbit das atividades de prduçã agrícla. 19

ESPECIAL OE 2014 e Refrma d IRC Ademais explicita-se que as prestações de serviçs efetuadas pels prdutres agríclas, n âmbit desta atividade, beneficiam da taxa reduzida. Passam a beneficiar da taxa reduzida: i. As frutas desidratadas; e ii. As atividades agríclas nã cnexas cm a explraçã da terra u em que esta tenha caráter acessóri. Regime d IVA de Caixa (art. 184.º Lei d OE 2014) N âmbit d regime de IVA de caixa, é clarificad (pr aditament de um artig cm carácter interpretativ) que direit à deduçã d impst pr parte ds clientes de entidades sujeitas a este regime (nã estand tais clientes sujeits a mesm) se rege pelas regras gerais, nã estand, prtant, dependente d pagament da fatura. Regime de bens em circulaçã (RBC) DL 147/2003 (arts. 187.º e 188.º Lei d OE 2014) Exclusã de aplicaçã d regime Ficam excluíds deste regime: i. Os bens prvenientes de aquicultura e s bens que se destinem manifestamente à prduçã agrícla, apícla, silvícla, aquicultura u de pecuária; ii. Os bens legalmente equiparads a resídus sólids urbans; iii. Os resídus hspitalares sujeits a guia de acmpanhament; iv. Os bens a entregar as respetivs utentes pr IPSS u utras entidades n âmbit de prtcls celebrads cm sistema de segurança scial; v. Os bens reclhids n âmbit de campanhas de slidariedade scial efetuadas pr rganizações sem fins lucrativs; e vi. Os bens resultantes u necessáris à prssecuçã das atividades desenvlvidas pr entidades d setr empresarial lcal u d Estad que se dediquem à gestã de sistemas de abasteciment de água, de saneament u de resídus urbans. Dcuments de transprte glbais Estabelece-se expressamente a pssibilidade de se emitir um dcument de transprte glbal quand s bens a entregar, em cada lcal de destin, nã sejam cnhecids na altura de iníci d transprte. Estabelece-se que dcument adicinal a emitir n cas de bens a incrprar em serviçs prestads pel respetiv remetente tem de ser prcessad pr uma das cinc vias previstas, passand a flha de bra a ser estabelecida cm dcument de transprte. Alterações crridas durante transprte Estabelece-se que as alterações a destinatári u adquirente, crridas n decurs d transprte, implicam a emissã de dcument de transprte adicinal em papel. 20