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Transcrição:

"Polí&cas Públicas: Buscando Estabilidade e Previsibilidade" MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Ricardo de Gusmão Dornelles Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis São Paulo, 07 de julho de 2015

Ministério de Minas e Energia Um intervalo de apenas 8 meses... Em 16 de junho de 2014... Em 16 de fevereiro de 2015...

Mercado de Energia e Previsibilidade...

Custo de Produção de Biocombustíveis 25% remuneração do investimento custos administrativos e industriais 75% matéria-prima (biomassa) ü ü ü ü ü ü Remuneração da terra Sementes e royalties Fertilizantes e defensivos Mão-de-obra Custo de oportunidade com outras commodities agrícolas Outros

Evolução da Par&cipação do Etanol na Matriz de CombusBveis * * estimativa

O copo está meio cheio ou meio vazio? 44% das unidades 56% das unidades Elevados custos inviabilizam maior par&cipação do etanol. Mesmo com a gasolina no Brasil em paridade com o mercado internacional e apesar da polí&ca tributária federal favorável ao etanol, metade do etanol produzido aqui não é compe&&vo. Custo de Produção do Etanol Hidratado (Considerando conteúdo energé&co) 2013/2014 Preço da gasolina nas refinarias brasileiras (Jun/2015) Fonte: Pecege- ESALQ - Safra

Evolução da Diferenciação Tributária

UM CENÁRIO PARA O CICLO- OTTO (*) Taxa de crescimento de 5% ao ano para a demanda Ciclo- O=o no período sem entrada de novas unidades de produção de etanol e sem incremento na produção de gasolina nacional no período.

mil m³ (Gas. Equivalente) Gap Energético Mercado Ciclo- Ofo (2015-2024)

Gap Energético Situação e Alternativas Problema: Demanda crescente + Estagnação da oferta de etanol: Aumento importação de gasolina e nafta Riscos: Déficit na balança comercial; Desmobilização do parque industrial; Vulnerabilidade energética externa superior a 10% da demanda em 2020 e 23% em 2024; e estresse da capacidade logística. Necessidade: Criação de ambiente favorável ao investimento em expansão da produção de etanol; Alternativas em avaliação pelo CIMA: Geral: Estímulo a novas formas de financiamento, por meio do mercado de capitais; Linhas de crédito competitivas; Inclusão do etanol em regimes tributários especiais; Revisão da política tributária (gasolina e etanol) e das regras de comercialização. Etanol 2G: Mandato específico, diferenciação tributária, inclusão dos projetos de etanol 2G no REIDI, isenção de tributos (ex-tarifário) na importação de enzimas.

As energias renováveis foram responsáveis pela oferta de 19,1% do consumo global final de energia em 2013. Energia Renovável no Mundo Considerações Finais Apesar do aumento da participação, os biocombustíveis somam apenas 0,8% da oferta de energia A parcela da energia renovável moderna aumentou para 10,1%. A parcela de uso da biomassa tradicional foi de 9%, a mesma verificada em 2012.

Considerações Finais O Etanol tem alternado ciclos de expansão e contração de sua produção e participação no mercado de combustíveis. A euforia do período 2006-2010 foi anulada com a frustração da ampliação dos mercados internacionais e com a redução da competitividade em relação à gasolina no mercado interno. O Governo trabalha para estimular o restabelecimento da competitividade do etanol frente a gasolina para que sejam minimizados os impactos negativos do gap energético no Ciclo-Otto. No entanto, é necessário que as avaliações sejam realistas e sem desconsiderar a conjuntura econômica, que demanda ajustes no curto prazo.