ACES ALENTEJO CENTRAL UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR PLANÍCIE

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ACES ALENTEJO CENTRAL UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR PLANÍCIE Projeto de Melhoria Contínua da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem PREVENÇÃO DE ULCERA DO PÉ DIABÉTICO TRABALHO ELABORADO POR: Cidália Guerreiro, Isabel Cabrita e Marília Mira ÉVORA, 2015

ÍNDICE 1- IDENTIFICAR E DESCREVER O PROBLEMA... 3 2- PERCEBER O PROBLEMA E DIMENSIONÁ-LO... 4 3- FORMULAR OBJETIVOS INICIAIS... 6 4- PERCEBER AS CAUSAS... 7 5- PLANEAR E EXECUTAR AS ATIVIDADES... 10 6- VERIFICAR OS RESULTADOS... 12 7- PROPOR MEDIDAS CORRETIVAS, STANDARTIZAR E TREINAR A EQUIPA... 13 8- RECONHECER E PARTILHAR O SUCESSO... 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15 ANEXOS. ANEXO 1 Ficha de monitorização do grau de risco para úlcera do pé diabético Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 2

1 - IDENTIFICAR E DESCREVER O PROBLEMA O presente projeto enquadra-se no enunciado descritivo dos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem "Prevenção de complicações". A elevada taxa de incidência de amputações constitui um indicador epidemiológico muito importante que deve ser analisado e interpretado, pois além de representar um agravamento da doença e da qualidade de vida dos indivíduos, aumenta a necessidade de cuidados e os custos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS), sendo a prevenção o meio mais eficaz para reduzir este problema. O pé diabético é uma das complicações da Diabetes Mellitus (DM) com maior impacto quer pela morbilidade que causa quer pelo impacto socioeconómico que gera. Constitui uma ameaça à integridade da vida, limitando ou diminuindo a qualidade de vida da pessoa com diabetes, sendo causa comum de internamentos prolongados. A evidência internacional tem demonstrado que a abordagem do pé diabético segundo normas e orientações técnicas levam a uma diminuição do número de amputações, melhor qualidade de vida e à obtenção de ganhos em saúde. O elevado número de amputações pode ser evitável através do diagnóstico precoce, encaminhamento, referenciação e atuação, é por isso importante e prioritário que todas as pessoas com diabetes sejam avaliadas com o objetivo de serem identificados fatores de risco condicionantes do desenvolvimento de lesões nos pés. A educação e o envolvimento do utente e família e/ou prestador de cuidados é importante não só para a prevenção de novos casos, mas também para prevenir a gravidade do quadro clínico. Tal como indica o "Resumo Mínimo de Dados e Core de Indicadores de Enfermagem para o Repositório Central de Dados da Saúde", o presente projeto enquadra-se nos indicadores de resultados, sensíveis aos cuidados de enfermagem, que se baseia na taxa de efetividade e na prevenção de complicações (R1). Segundo a Norma da Direção Geral da Saúde (DGS) n.º005/2011, o pé diabético é uma das complicações mais graves, sendo o principal motivo de ocupação prolongada de camas hospitalares pelas pessoas com diabetes e o responsável por cerca de 70% de todas as amputações efetuadas por causas não traumáticas estima-se que cerca de 25% de todas as pessoas com diabetes tenham condições favoráveis ao aparecimento de lesões nos pés Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 3

2 PERCEBER O PROBLEMA E DIMENSIONÁ-LO Para perceber a dimensão do problema fomos pesquisar dados e orientações nacionais sobre o tema. Em 2013 na Rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS de Portugal Continental encontravam-se registados 765 901 utentes com Diabetes, (dos quais 55,4% nas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados UCSP e 44,6% nas Unidades de Saúde Familiar USF), num universo de 12 151 041 utentes registados (dos quais 58,6% nas UCSP e 41,4% nas USF).Comparativamente a 2012, verificou-se um aumento de 8,8% do número de utentes com Diabetes registados na Rede de Cuidados de Saúde Primários (correspondendo a um acréscimo de 62 mil utentes). Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de observação do pé nos Cuidados de Saúde Primários em 2013, a nível nacional: SNS 62,3%, 58,1% em 2012 e 32,6% em 2011 UCSP 45,0%, 40,9% em 2012 e 21,0% em 2011 USF 80,7%, 78,9% em 2012 e 46,7% em 2011 Utentes com Diabetes (com consulta registada) com registo de observação do pé nos Cuidados de Saúde Primários em 2013, na região Alentejo: SNS 53,1% UCSP 49,9% USF 60,5% Relativamente aos Indicadores contratualizados pela USF Planície, verifica-se: NOME DO INDICADOR ANO VALOR CONTRATUALIZADO Proporção DM com exame pés no último ano Proporção de DM com consulta de enfermagem de vigilância DM último ano VALOR ATINGIDO 2013 95 91.13 2014 93 93.9 2015 94 84.8 (agosto) 2013 95 89.8 2014 95 93.4 2015 95 80 (agosto) Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 4

O fluxograma seguinte representa o circuito efetuado pelos utentes da consulta do pé diabético na USF Planície: Fonte: Conselho Clinico do ACES Alentejo Central 2, Consulta do Pé Diabético, maio, 2011 Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 5

3- FORMULAR OBJETIVOS INICIAIS OBJETIVO GERAL: Diminuir a taxa de amputação dos membros inferiores. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Aumentar a taxa de efetividade na prevenção da úlcera do pé diabético. Diminuir a taxa de incidência de úlcera de pé diabético. Uniformizar procedimentos inerentes à prevenção e tratamento da úlcera do pé diabético. INDICADORES Indicador Epidemiológico (Epd 1): Taxa de incidência de amputações Fórmula: N.º de amputações de utentes diabéticos da USF Planície/N.º de utentes diabéticos da USF Planície, X100 Indicador de Estrutura: Existência de critérios de qualidade (Protocolo e Instruções de trabalho atualizado) Existência de notificação de amputações Indicador de Processo: % de utentes com monitorização do risco para úlcera do pé diabético Fórmula: N.º utentes que desenvolveram úlcera do pé, com avaliação do risco/nº utentes que desenvolveram úlcera X 100 Indicador de Resultado (R1): Taxa de efetividade na prevenção de complicações Número de utentes com diagnóstico de ulceração com algum médio risco/alto risco sem ulceração e avaliados. Fórmula: N.º de utentes diabéticos avaliados com risco de ulceração, que não desenvolveram úlcera/ Nº de utentes com risco de ulceração X 100 Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 6

4- PERCEBER AS CAUSAS A prossecução do projeto respeitará os passos a seguir apresentados: a) Identificação da dimensão em estudo As dimensões em estudo são a efetividade resultante da redução da taxa de incidência da úlcera do pé diabético e adequação técnico-científica. b) Unidade de estudo As unidades de estudo são: 1. Todos os utentes diabéticos observados na Unidade de Saúde Familiar Planície. 2. Período de tempo de avaliação: janeiro a dezembro de 2016. c) Tipo de dados Os dados recolhidos serão para a produção de Indicadores Epidemiológicos, de Estrutura, de Processo e de Resultados. d) Fonte de dados As fontes de dados a utilizar são: Registos do Sclinico Ficha de monitorização do grau de risco para a úlcera do pé diabético (ANEXO 1). e) Tipo de avaliação A avaliação será interna e interpares f) Critérios de avaliação Os critérios de avaliação serão internos Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 7

CRITÉRIOS NORMATIVOS 1- Educação para a saúde JUSTIFICAÇÃO Empowerment Educação + motivação- (envolvimento do utente no seu processo de doença) Melhoria da qualidade de vida 2 Monitorização do grau de risco Inspeção de calçado e meias Integridade cutânea Edema Deformidades do pé Neuropatia avaliação da sensibilidade à pressão com monofilamento de 10g de Semmes-Weinstein em três toques alternando reais com simulados. e pelo menos mais uma sensibilidade vibratória (diapasão) ou tátil (algodão). Identificação de fatores de risco Classificação do grau de risco de ulceração (Anexo I) Despiste de lesões de aterosclerose nos membros inferiores. Programação da vigilância. Sensibilidade à pressão Considera-se que existe sensibilidade se duas respostas corretas. Sensibilidade vibratória Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 8

Aplicado sobre a parte óssea dorsal da falange distal do hálux. Repetir esta aplicação duas vezes, alternando com, pelo menos, uma simulação, na qual o diapasão não vibre. Se o utente é incapaz de perceber a vibração no hálux, o teste é repetido em segmentos mais proximais, como o maleólo. Isquemia Presença ou ausência de pulso Pulso pedioso Pulso Tibial 3- Referenciação / encaminhamento Diminuição de complicações Avaliação de casos clínicos complexos Tratamento de situações consideradas mais graves Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 9

g) Quem colhe os dados e como Os responsáveis pela recolha e tratamento de dados serão todos os enfermeiros da USF Planície com supervisão das enfermeiras responsáveis pela consulta do Pé diabético. h) Relação temporal Avaliação prospetiva i) Definição da população e seleção da amostra A seleção da Amostra será: Base de dados institucional, ou seja todos os utentes diabéticos da USF Planície com consulta de enfermagem do pé diabético. Considera-se critério de exclusão todos os utentes com incapacidade (cognitiva ou outra) para participar na avaliação. j) Quais as medidas corretivas passíveis de serem usadas Medidas educacionais: Empowerment: educação e motivação do utente no seu processo de doença Vigiar a autovigilância e promoção autocuidado Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 10

5- PLANEAR E EXECUTAR AS TAREFAS/ATIVIDADES Cronograma ATIVIDADES 2016 J F M A M J J A S O N D Elaboração do projeto Elaboração de protocolos de atuação na área da avaliação do risco para úlcera do pé diabético Apresentação do projeto à equipa de enfermagem Formação dos enfermeiros Monitorização do risco para úlcera do pé diabético Monitorização e avaliação dos resultados obtidos, a cada seis (6) meses Divulgação dos resultados obtidos Redefinição de estratégias de atuação perante os resultados obtidos Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 11

6 VERIFICAR OS RESULTADOS Os resultados serão avaliados após conclusão do processo, sendo posteriormente comparados com os dados obtidos antes da implementação do projeto. A descrição dos resultados obtidos irá demonstrar o cumprimento dos objetivos e indicadores traçados. Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 12

7 PROPOR MEDIDAS CORRETIVAS, STANDARTIZAR E TREINAR A EQUIPA Organização de um dossier com toda a documentação atualizada relativa ao projeto; Formação em serviço para toda a equipa de enfermagem; Atualização e uniformização das intervenções no SClinico bem como dos registos efetuados; Análise dos dados produzidos; Divulgação das atualizações das normas relativas ao projeto; Avaliação semestral dos resultados; Elaboração de relatórios da progressão e das conclusões finais. Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 13

8 RECONHECER E PARTILHAR O SUCESSO Partilhar com a equipa multidisciplinar os resultados obtidos. Apresentação dos resultados em congressos sobre o tema. Publicar um artigo científico numa revista de enfermagem. Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 14

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACES, Alentejo Central 2, conselho Clínico, Consulta do Pé Diabético, maio, 2011. APDP, Pé Diabético, Caminhando para um futuro melhor, LIDEL, junho, 2010. Conselho Clínico do ACES Alentejo Central 2, Consulta do Pé Diabético, maio, 2011. DGS Ministério da Saúde. Norma 005/2011, Diagnóstico sistemático do Pé Diabético, Lisboa, 2011. Observatório Nacional da Diabetes, Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, Diabetes, fatos e Números, Portugal, 2014. OE Conselho de Enfermagem (Ordem dos Enfermeiros), Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem Enquadramento conceptual. Enunciados descritivos, Edição: Ordem dos Enfermeiros setembro de 2002. Revisão e reimpressão: agosto de 2012. OE- Sistema de Informação de Enfermagem (SIE), Resumo Mínimo de Dados e Core de Indicadores de Enfermagem para o Repositório Central de Dados da Saúde, outubro, 2007. OE Secção Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros, Proposta de Guião para a Organização de Projetos de Melhoria Contínua da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem, Programa Padrões de qualidade dos Cuidados de Enfermagem, 2013. Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 15

ANEXOS Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 16

ANEXO I - Ficha de monitorização do grau de risco para úlcera do pé diabético Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 17

EXAME DO PÉ DO DIABÉTICO Data do exame do pé: Nome: Data de nascimento: Médico Família: Enfº de Família Anamnese 1.Complicações tardias de diabetes (diminuição da acuidade visual ) 2.Tabagismo 3.Conhecimento não demonstrado (risco da doença, auto-vigilância ) 4.Condições socio-económicas deficientes 5.Calçado e meias inadequados Tudo Sim Não N.Av Exame dos pés Pé direito Pé esquerdo Sim Não N.Av Sim Não N.Av 6.Integridade cutanea alterada (secura, calosidades, gretas, micoses) 7.Presença de edema 8.Deformidades do pé, com proeminências ósseas, ou dos dedos Não detecção do monofilamento Não detecção do diapasão 9.Neuropatia Não detecção do algodão Reflexos alterados Ausencia de pulso pedioso Ausencia de pulso tibial posterior 10.Isquemia Claudicação ou dor em repouso Cor e temperatura da pele alterada ITB alterado (<0,9) 11.Úlcera anterior 12.Amputação anterior Tudo Data de diagnóstico: Tipo de Diabetes: Medicação: PA: Peso: Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 18

Notas: Baixo: Ausência de neuropatia, isquémia, úlcera e amputação. Deverá manter-se uma vigilância anual Médio: Presença de neuropatia. Deverá manter-se uma vigilância semestral Alto: Existência de isquemia ou de neuropatia associada aos pontos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 ou 8, ou história de úlcera cicatrizada ou amputação prévia. Decerá ser avaliado de 1 a 3 meses. Projeto: Prevença o de Ulceras do Pe Diabe tico USF Planıćie Pa gina 19