FICHA DE PROGRAMA OU PROJETO DE SAÚDE. ÁREA FUNCIONAL DO DSP: Promoção e Proteção da Saúde
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- Adelina Sá Campos
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1 FICHA DE PROGRAMA OU PROJETO DE SAÚDE ÁREA FUNCIONAL DO DSP: Promoção e Proteção da Saúde RESPONSÁVEL DA ÁREA FUNCIONAL: Drª Maria Lurdes Maio Título Programa Regional para a Infeção VIH/Sida Justificação A infeção por Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), tem sido encarada em Portugal como prioridade no Plano Nacional de Saúde, sendo um dos programas prioritários da DGS. Esta noção resulta da dimensão abrangente dos determinantes da transmissão, das implicações da infeção em todos os níveis de saúde e na integração social dos indivíduos infetados, entre os quais se incluem o estigma e a discriminação, bem como a alteração dos padrões de qualidade de vida. Apesar de se ter vindo a verificar uma diminuição considerável da incidência de VIH em Portugal, os grupos mais vulneráveis continuam a apresentar indicadores preocupantes que evidenciam a necessidade de desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e tratamento que acelerem a eliminação da infeção a nível nacional. Neste sentido, a promoção do acesso à Profilaxia Pré-Exposição da infeção por VIH (PrEP), foi definida como uma prioridade no âmbito do Programa Nacional VIH. Até 30 de junho de 2017 foram notificados em Portugal 1030 novos casos de infeção por VIH, correspondendo a uma taxa de 10.0 novos casos por 10 5 habitantes, não ajustada para o atraso da notificação. A maioria dos diagnósticos (99,7%) ocorreu em indivíduos com 15 ou mais anos de idade. A mediana de idades à data do diagnóstico foi de 39 anos e 25,2% dos novos casos foram diagnosticados em indivíduos com idades acima dos 50 anos. À semelhança do verificado nos anos anteriores predominou a transmissão sexual (96.8%); os casos de transmissão heterossexual e em HSH representaram, respetivamente, 59.6% e 37,2 % dos novos casos com informação disponível. À data da notificação a residência (NUTII) de 23,1% dos indivíduos situava-se na região Norte. Em 2016, foram notificados 237 novos casos de infeção por VIH, na região Norte, sendo a taxa de diagnóstico de 6.6 por 10 5 habitantes. Destes, 62 (1.7 por 10 5/ habitantes), manifestavam uma doença definidora de SIDA a proporção de novos casos de infeção VIH com diagnóstico de Sida foi de 23.8 %. A equipa regional com a colaboração dos gestores locais e todos os profissionais de saúde tem como objetivo contribuir para a diminuição do número de pessoas que desconhecem o seu estatuto serológico face ao VIH, pois só, o conhecimento real da infeção permite mobilizar recursos e respostas adequados, bem como reduzir o estigma e discriminação que rodeiam esta infeção. Equipa Técnica Maria José Santos, Carmen Guimarães Parcerias Parceria com o Centro Hospitalar do Porto Parceria com a Universidade do Minho Parceria com a DICAD População alvo 1. População Geral: Utentes dos Cuidados de Saúde Primários 2. Pessoas que Utilizam Drogas inseridos na rede de tratamento da toxicodependência (DICAD) 3. Homens que fazem Sexo com Homens, trabalhadores sexuais e utilizadores de drogas 4. Profissionais de saúde e outros que exerçam funções neste âmbito de intervenção 1/7
2 Objetivos de Saúde Diminuir a incidência da infeção por VIH, em ambos os sexos, para 3.0/ hab Objetivos operacionais do programa ou projeto Objetivo operacional nº1: Conhecer a infeção VIH/Sida e os seus determinantes na Região Norte. Objetivo operacional nº2: Aumentar a proporção de indivíduos dos 18 aos 64 anos que conhecem o seu estatuto serológico relativamente ao VIH nos Cuidados de Saúde Primários. Objetivo operacional nº3: Aumentar o acesso da população geral a informação sobre a infeção VIH/Sida e a material preventivo. Objetivo operacional nº4: Aumentar a proporção de indivíduos identificados como pertencentes a populações mais vulneráveis à infeção que acedem à informação, a material preventivo e aos serviços de saúde. Objetivo operacional nº5: Contribuir para que os profissionais de saúde melhorem a sua prática relativamente à gestão da infeção por VIH/Sida. Objetivo operacional nº6: Aumentar práticas não discriminatórias com pessoas que vivem com a infeção VIH/Sida. 2/7
3 Objetivo operacional nº1: Conhecer a infeção VIH/Sida e os seus determinantes na Região Norte Atualização e tratamento da informação epidemiológica relativa à infeção VIH/Sida enviada pelo Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde. Monitorizar/avaliar a implementação do rastreio da infeção VIH/sida através dos testes rápidos nos Cuidados de Saúde Primários (CSP). Monitorizar e avaliar a implementação do rastreio da infeção VIH/sida através dos testes rápidos nos Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDP). Monitorizar os indicadores de atividade dos Centros de Aconselhamento e Deteção (CAD). Monitorizar os indicadores do rastreio da infeção VIH/sida através dos testes rápidos dos Centros de Resposta Integrada e ERRMD da DICAD. Obter informação relativamente à infeção VIH/sida em diferentes populações: UDI, HSH, TS, Reclusos. Solicitar junto dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) o acesso a indicadores regionais extraídos do SI.VIDA. Acompanhamento hospitalar Realizar um estudo qualitativo de investigação sobre o desenvolvimento de estratégias de prevenção em adolescentes e jovens adultos com infeção VIH perinatal. Definição de Indicadores regionais relativamente à infeção VIH/Sida. Tratamento anual dos dados regionais por ACES/ ULS; Disponibilização no site da ARSN Atualização da Ferramenta Informática. Apoio técnico. Reuniões com os interlocutores locais dos ACeS Solicitação, ao Programa Regional de Luta contra a Tuberculose, de indicadores do rastreio da infeção VIH/sida nos CDP Elaboração de uma proposta de estudo à Universidade do Minho. Construção dos instrumentos de recolha de informação. Acompanhamento técnico. Artigo a publicar com os resultados do estudo. Criar uma plataforma de indicadores a recolher de forma sistemática relativamente aos determinantes da infeção por VIH na região norte. Objetivo operacional nº2: Aumentar a proporção de indivíduos dos 18 aos 64 anos que conhecem o seu estatuto serológico relativamente ao VIH nos Cuidados de Saúde Primários Avaliação do projeto piloto no Centro Hospitalar do Porto- Consulta do Viajante-implementação do Teste Rápido VIH. Implementar os testes rápidos nos CDP que ainda não os realizam e fomentar o seu registo na plataforma da DGS. Aumentar a Implementação dos testes rápidos para deteção da infeção por VIH para 90% dos ACeS e ULS. Avaliação do grau de Cumprimento da Normas nº 058 /2014,(Indicador 306). Desenho e implementação do estudo. Acompanhamento técnico. Análise e tratamento dos dados Artigo a publicar com os resultados do estudo. Reuniões de trabalho; Acompanhamento técnico Reuniões de trabalho Reuniões de trabalho; Monitorização do Indicador: Unidades piloto. Garantir que a rede CAD cumpre os critérios definidos no Manual de Procedimentos Visitas aos 4 centros de aconselhamento Elaboração de um relatório de avaliação 3/7
4 Objetivo operacional nº3: Aumentar o acesso da população geral a informação sobre a infeção VIH/Sida e a material preventivo. Alargamento do âmbito da intervenção da Reunião com a Direção Executiva dos ACES Porto unidade móvel da rede CAD a toda a região Ocidental e Marão e Douro Norte, com as respetivas Norte. Unidades de Saúde Pública e com o Coordenador da Unidade Móvel da rede CAD Monitorizar a implementação do Programa de Troca de Seringas (PTS) / reuniões/ resposta a solicitações Visitas de avaliação e monitorização (5) Monitorizar e avaliar a implementação dos testes rápidos nos indivíduos integrados na rede de tratamento da toxicodependência. Aumentar o número de ONG que distribuem preservativos e lubrificantes a populações vulneráveis. Reunião anual com todas as ONG para apresentação de resultados e partilha de experiências. Publicação dos resultados das intervenções com populações vulneráveis no site da ARSN. Emissão de pareceres técnicos sobre projetos financiados na região Norte pela DGS. Monitorizar a implementação dos projetos na região, com intervenção no VIH/Sida financiados pela DGS Reuniões de acompanhamento com a DICAD; Monitorização e avaliação da implementação dos testes rápidos nestes serviços; (Produção e divulgação de Manual de procedimentos sobre Deteção Precoce nos Utilizadores de Drogas. Distribuição de material Organização de reunião anual Publicitação de resultados Avaliação das candidaturas em sede de comissão de avaliação e emissão de parecer. Visitas de avaliação e monitorização 4/7
5 Objetivo operacional nº4: Contribuir para que os profissionais de saúde melhorem a sua prática relativamente à gestão da infeção por VIH/Sida Acompanhamento técnico das intervenções Acompanhamento técnico; em curso Resposta a solicitações. Reuniões de trabalho Publicação de estatísticas nacionais e regionais sobre a infeção VIH/sida. Publicação das atividades realizadas e implementadas a nível regional. Publicação de projetos/programas a decorrer na região. Publicação de instrumentos de Monitorização e Avaliação Publicação de estudos/trabalhos realizados no âmbito do VIH/Sida Objetivo operacional nº5: Aumentar o acesso da população geral a informação sobre a infeção VIH/Sida e a material preventivo. Aumentar o número de ACES/ ULS que Acompanhamento técnico cumprem a Norma da DGS nº07/2014: Distribuição, nas Unidades de Saúde, de Material Preventivo da Transmissão por Via Sexual do VIH. Aumentar o número de Hospitais que Acompanhamento técnico cumprem a Norma da DGS nº07/2014: Distribuição, nas Unidades de Saúde, de Material Preventivo da Transmissão por Via Sexual do VIH. Monitorização e avaliação da distribuição de Relatório materiais de IEC e de preservativos nos ACES/ ULS e Centros hospitalares e Hospitais da rede de referenciação da infeção por VIH/Sida. Objetivo operacional nº6: Aumentar práticas não discriminatórias com pessoas que vivem com a infeção VIH/sida Desenvolver atividades de mediação/ Acompanhamento técnico resolução de problemas face a situações de discriminação reportadas Incluir conteúdos sobre a discriminação e Elaboração de conteúdos e formação de estigma face à infeção VIH em todas as profissionais intervenções/formações e documentos produzidos pelo Programa VIH/sida 5/7
6 INDICADORES DE MONOTORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO Indicadores de avaliação: Estes indicadores avaliam o grau de cumprimento dos objetivos operacionais 1. Um Relatório Regional sobre os determinantes da infeção VIH/Sida em diferentes populações Meta Frequência e Cronograma Fonte Data Valor j f m a m j j a s o n d 2018 PRVIH x 2. Nº de serviços públicos que realizam testes rápidos x x 3. Número de Testes realizados nas diferentes estruturas: CAD, CDP, DICAD, ACES, ULS x x 4.Número de ONG com projetos de intervenção na área do VIH/Sida x 5.Número de estudos e projetos implementados/promovidos pelo PRVIH x x 6. Número de serviços de saúde com distribuição de material de IEC e preservativos x x 7.Número de preservativos distribuídos pelos serviços de saúde x x 8.Número de conteúdos publicitados no site do DSP x x x x 9. Número de documentos técnicos produzidos x 6/7
7 Indicadores de monitorização: Estes indicadores permitem o seguimento contínuo de uma atividade que procura assegurar que a distribuição de recursos, os esquemas de trabalho, as metas a alcançar e outras ações pretendidas se verifiquem como planeado (Last 1998). Frequência e Cronograma Fonte Data Valor 1 j f m a m j j a s o n d Nº de utentes rastreados x x Nº de testes realizados x x Número de alunos com acesso a conteúdos sobre VIH/Sida e a materiais preventivos x Nº de testes rápidos realizados aos viajantes em x x Nº de questionários preenchidos pelos viajantes em Nº de reuniões com os interlocutores do PRVIH dos ACeS, CAD e ONG x x x Nº de Visitas de monitorização dos projetos financiados pela DGS Nº de Visitas de monitorização às equipas do PTS Nº de visitas de monitorização da Rede CAD x x x x x x x x x x x x Nº de ACeS/ULS que realizam teste rápido VIH. x x Uma ferramenta informática regional desenvolvida para os Centros de Aconselhamento e Diagnóstico X x Nº de Seringas trocadas por estrutura (farmácias, ONG e CSP) x 1 Quando aplicável 7/7
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