DECISÃO. Nº. Voo: G Horário: 23h10min Data: 10/04/08 Relatora: Sra. Hildenise Reinert Analista Administrativo Mat. SIAPE RELATÓRIO

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Transcrição:

DECISÃO JR AI nº. 394/SAACCT/2008 Data: 04/08/2008 Processo nº. 60800.062309/2009-46 Interessado: VRG LINHAS AÉREAS S.A Crédito de Multa. 632.954.123 Nº. ISR/RO Passageiro: ROPRSCT0500260-04-08 Sr. Fernando Ribeiro Infração: Cancelamento de Voo Enq.: alínea u do inc. III do art. 302 do CBA. Nº. Voo: G3 1812 Horário: 23h10min Data: 10/04/08 Relatora: Sra. Hildenise Reinert Analista Administrativo Mat. SIAPE 1479877 RELATÓRIO DEFESA INTEMPESTIVA. RECURSO TEMPESTIVO. CANCELAMENTO DE VOO. DESCUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES GERAIS DE TRANSPORTE. ALÍNEA U DO INCISO III DO ARTIGO 302 DO CBA. AUSÊNCIA DE CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES. AUTOS RETIRADOS DE PAUTA PARA NOTIFICAÇÃO DO INTERESSADO ANTE A POSSIBILIDADE DE AGRAVAMENTO. 1. Da Introdução: A Infração foi enquadrada na alínea u do inciso III do artigo 302 do CBA, com a seguinte descrição: A empresa Gol Transportes Aéreos S.A. não cumpriu o previsto no artigo 22 das Condições Gerais de Transporte no voo Gol G3 1812 (23h10min) no dia 10/04/2008 ao cancelar o referido voo sem justificativa válida e não oferecer a assistência prevista, provocando transtornos ao passageiro Fernando Ribeiro. Preenchido R.O. Nº 260/SCT/2008 (fl. 06). 2. Da Reclamação do Passageiro: O passageiro reclama (fl. 01) que seu voo 1812 das 23h10min do dia 10/04/2008, foi cancelado, causando-lhe transtornos. 3. Das Informações Preliminares: Em informações preliminares, a empresa respondeu (fl. 02) que o cancelamento do voo 1812, do dia 10 de Abril de 2008, se deu por motivos meteorológicos, pois o Aeroporto de Curitiba/PR encontrava-se fechado, em razão de um nevoeiro. Adicionalmente a empresa alegou que as informações pertinentes ao voo, eram atualizadas constantemente na sala de embarque. 4. Do Relatório da Fiscalização: Em relatório (fl. 05), a fiscalização desta ANAC informou que o aeroporto não fechou, conforme Relatório de Meteorologia (fl. 04), o aeroporto de Curitiba apenas oscilou entre Cat ILSI e Cat ILSII, e em nenhum momento operou abaixo dos limites mínimos. 5. Da Defesa do Interessado: A empresa, regularmente cientificada da infração em 04/08/2008 (fls. 06) oferece defesa intempestiva em 05/12/2008 (fl. 08). Em sua defesa, a empresa alega que o voo 1812, do dia 10 de Abril de 2008, com destino a Florianópolis/SC foi cancelado em decorrência de condições meteorológicas adversas no Aeroporto de Página 1 de 5

Curitiba/PR. Alegou ainda, que ofereceu transportar os passageiros por via terrestre até o destino final. Entretanto, aos passageiros, que preferiram não seguir viagem foi concedido a alteração da data do voo ou o reembolso dos bilhetes, sem ônus. 6. Da Decisão de Primeira Instância: O setor competente, em decisão (fls. 12 a 13), confirmou o ato infracional, enquadrando a referida infração na alínea u do inciso III do artigo 302 do CBA, aplicando, devido à inexistência de circunstâncias agravantes ou atenuantes, multa no valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais). 7. Das Razões do Recurso: Em sede recursal (fls. 17 e 18), a interessada requer a anulação da multa e o arquivamento dos autos, sob a alegação de que o fato se deu por motivos meteorológicos e por uma pane no sistema elétrico do CINDACTA (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo). 8. Dos Outros Atos Processuais: Resposta ao RO nº 0260/SAACCT/2008 (fl. 02); Despacho da GFIS para a GTAA (fl. 10); Notificação de decisão de primeira instância (fls. 14 e 15); O recurso apresentado pelo interessado foi declarado tempestivo pela Secretaria desta Junta Recursal, através do despacho de fl. 19. É o breve Relatório. VOTO DA RELATORA Sra. Hildenise Reinert Analista Administrativo Mat. SIAPE 1479877 1. PRELIMINARMENTE 1.1. Da intempestividade da defesa: A finalidade do processo, ora analisado, pela sua natureza sancionatória, prima pela legalidade, dentro da busca da verdade, esta não formal, mas, sim, pela Verdade Material ou Verdade Real, alicerçando ao final, se for o caso, a prática infracional que deve ser reprimida através da aplicação de uma sanção administrativa. A Administração Pública, não só pode como deve, rever seus atos, a pedido ou de ofício, em processos administrativos dos quais resultem sanções, desde que surjam fatos novos ou circunstanciais relevantes (Art. 65 da Lei n. 9.784/99), quem sabe, podem fazer parte das alegações descartadas como intempestivas. Desta forma, pelo entendimento exposto, pela primazia da observância dos princípios da ampla defesa e do contraditório, pela total consciência de não estar trazendo prejuízos a esta Administração, com relação à intempestividade apontada, passo a considerar neste voto, todos os documentos e alegações constantes dos autos nesta data. 1.2. Da Regularidade Processual: Em que pese à empresa tenha oferecido defesa intempestiva (fl. 08), o setor competente de primeira instância, decidiu por analisar os fatos alegados pela interessada, e aplicar sanção administrativa pelo fato de que a empresa aérea cancelou o voo 1812, sem justificativas válidas, causando assim, transtornos ao passageiro, Sr. Fernando Ribeiro. A interessada foi regularmente notificada quanto à infração que lhe fora imputada em 10/04/2008 (fls. 06). Foi, ainda, regularmente notificada quanto à decisão de primeira instância em 11/06/2012 (fl. 15), apresentando o seu tempestivo Recurso em 21/06/2012 (fls. 17 e 18). Ainda quanto à regularidade processual, cumpre destacar que a empresa VRG Linhas Aéreas foi autuada pelos seguintes fundamentos, in verbis: A empresa Gol Transportes Aéreos S.A. não cumpriu o previsto no artigo 22 das Condições Gerais de Transporte no voo Gol G3 1812 (23h10min) no dia 10/04/2008 ao cancelar o referido voo sem justificativa válida e não oferecer a assistência prevista, provocando transtornos ao passageiro Fernando Ribeiro. Preenchido R.O. Nº 260/SCT/2008. ( grifos introduzidos) Página 2 de 5

Importante ressaltar que o Auto de Infração (fl. 06) descreve os 02 (dois) atos infracionais os quais foram bem identificados e comprovados pelo agente fiscal e que ambos estão amparados pela legislação pertinente, a saber: a) a empresa cancelou o voo; e b) a empresa não ofereceu as facilidades pertinentes. No entanto, no caso em tela, observo que em decisão de primeira instância (fls. 12 e 13), o setor competente, apesar de apontar se tratar de 02 (dois) atos infracionais distintos e tratar da matéria corretamente, motivando sua decisão de acordo com a legislação pertinente às duas infrações, aplica sanção apenas a uma delas, no valor de R$7.000,00 (sete mil reais). Ocorre que, conforme descrição do auto de infração (fl. 06), a empresa aérea cancelou o voo, assim como não ofereceu as facilidades pertinentes, sendo então, verificada de fato, a ocorrência de 02 irregularidades. Assim, diante da presença de duas infrações autônomas descritas no auto de infração, é possível que a pena do Regulado seja agravada para o valor R$ 14.000,00 (quatorze mil reais). Cumpre mencionar que o art. 64 da Lei n 9.784, admite a possibilidade da reforma para agravar a situação do recorrente. Ocorre, porém, que a mesma norma (art. 64, parágrafo único) condiciona o agravamento à ciência da parte interessada para que formule suas alegações antes da decisão. Lei n 9.784 Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão. Diante do exposto, e ante a possibilidade de se majorar o valor da sanção aplicada no presente processo, em cumprimento com o disposto no parágrafo único do artigo 64 da Lei 9.784/99, entende-se necessário que seja cientificado o Interessado para que, querendo, venha a formular suas alegações antes da decisão desse Órgão. 1. DO VOTO Pelo exposto, vota-se para que se notifique a recorrente ante a possibilidade de agravamento da pena para o valor R$ 14.000,00 (quatorze mil reais), que é o correspondente ao valor cumulado para as duas infrações autônomas, de forma que o mesmo, querendo, venha no prazo de 10 (dez) dias, formular suas alegações, cumprindo, assim, o disposto no parágrafo único do artigo 64 da Lei 9.784/99. Após a efetivação da medida, deve o expediente retornar a esse Relator, para a conclusão da análise e voto. É o voto desta Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2014. HILDENISE REINERT Analista Administrativo SIAPE 1479877 Membro Julgador da Junta Recursal da ANAC Nomeada pela Portaria ANAC nº 2.218/DIRP/2014. Página 3 de 5

CERTIDÃO DE JULGAMENTO JR AUTUAÇÃO AI nº. 394/SAACCT/2008 Data: 04/08/2008 Processo nº. 60800.062309/2009-46 Interessado: VRG LINHAS AÉREAS S.A Crédito de Multa. 632.954.123 Nº. ISR/RO Passageiro: ROPRSCT0500260-04-08 Sr. Fernando Ribeiro Infração: Cancelamento de Voo Enq.: alínea u do inc. III do art. 302 do CBA. Nº. Voo: G3 1812 Horário: 23h10min Data: 10/04/08 Relatora: Sra. Hildenise Reinert Analista Administrativo Mat. SIAPE 1479877 Presidente da Sessão: Sr. Sérgio Luís Pereira Santos Matrícula SIAPE nº. 2438309 CERTIDÃO Trata-se de recurso interposto pela VRG LINHAS AÉREAS S.A TAM LINHAS AÉREAS S.A em face da decisão proferida no curso do Processo Administrativo n o 60800.062309/2009-46, conforme registrado no Sistema de Gestão Arquivística de Documentos SIGAD/ANAC da qual restou aplicada pena de multa, consubstanciada essa no crédito registrado no Sistema Integrado de Gestão de Créditos SIGEC sob o número 632.954/12-3 O Auto de Infração n o 394/SAACCT/2008, que deu origem ao presente processo foi lavrado em 04/08/2008, capitulando a conduta do Interessado na alínea u do inciso III do artigo 302 do CBA - Código Brasileiro de Aeronáutica, descrevendo-se o seguinte (fl. 06): A empresa Gol Transportes Aéreos S.A. não cumpriu o previsto no artigo 22 das Condições Gerais de Transporte no voo Gol G3 1812 (23h10min) no dia 10/04/2008 ao cancelar o referido voo sem justificativa válida e não oferecer a assistência prevista, provocando transtornos ao passageiro Fernando Ribeiro. Preenchido R.O. Nº 260/SCT/2008. Observo que em decisão de primeira instância (fls. 12 a 13), o setor competente, apesar de apontar se tratar de 02 (dois) atos infracionais distintos e tratar da matéria corretamente, motivando sua decisão de acordo com a legislação pertinente às duas infrações, aplica sanção apenas a uma delas, no valor de R$7.000,00 (sete mil reais). Ocorre que, conforme descrição do auto de infração (fl. 06), a empresa aérea cancelou o voo, assim como não ofereceu as facilidades pertinentes, sendo então, verificada de fato, a ocorrência de 02 irregularidades. Certifico, neste ato que, na Sessão de Julgamento do dia 16/10/2014, o Relator do feito propôs, e os membros Sérgio Luís Pereira Santos e Erica Chulvis do Val Ferreira concordaram que a decisão do recurso interposto pode decorrer gravame à situação do recorrente. Diante do exposto, é possível que a pena do Regulado seja agravada para o valor R$ 14.000,00 (quatorze mil reais), que é o correspondente ao valor cumulado para as duas infrações autônomas. Assim, retira-se de pauta este Processo Administrativo SIGAD n 60800.062309/2009-46, crédito 632.954/12-3 (n 06 da pauta), com base no inciso XIV do artigo 15 do Anexo à Página 4 de 5

Resolução ANAC n o 136/09, determinando, ainda, que a Secretaria da Junta Recursal notifique o recorrente para que esse possa, no prazo de 10 (dez) dias, formular suas alegações, cumprindo, assim, o disposto no parágrafo único do artigo 64 da Lei 9.784/99. Rio de Janeiro, de de 2014. SÉRGIO LUÍS PEREIRA SANTOS PRESIDENTE DA JUNTA RECURSAL Página 5 de 5