Imunocitoquímica: o que há de novo

Documentos relacionados
Citofunil e Megafunil : estudo comparativo em líquidos de cavidades serosas

PESQUISA. Revista Brasileira de Ciências da Saúde ISSN

Abordagem prática para o diagnóstico histopatológico de carcinoma pulmonar na Era da Medicina Personalizada

MANUAL DE ORIENTAÇÃO DE CONTROLE DE QUALIDADE

Departamento de Anatomia Patológica Laboratório de Multiusuário em Pesquisa UNIFESP

Que respostas esperar?

Efeitos celulares actínicos pós-radioterapia por câncer de colo uterino

Imunohistoquímica - IHC. Metodologia utilizada para localização de Antígenos específicos em tecidos ou células através da relação antígeno-anticorpo.

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE BARRETOS DR. PAULO PRATA

MANUAL. Contexto do Processo: Macroprocesso Geral. Fase Pré Analítica Geral. RRA s ; Responsável: Disponibilização:

Atividade Complementar

Técnicas de Imuno-Citoquímica e Imuno-Histoquímica

Serviço de Patologia. Hospital Universitário ufjf Serviço de Anatomia Patológica e Citopatologia Prof. Paulo Torres

Doutoranda: Priscila Diniz Lopes Prof. Hélio José Montassier Disciplina: Imunologia Veterinária

Rastreio Hoje PAP: PAISES EM DESENVOLVIMENTO PAP + DNA HPV > 30 ANOS: ALGUNS PAISES DESENVOLVIDOS DESAFIO: FUTUROLOGIA CITOLOGIA APÓS DNA HPV

TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA

Problemas na Interpretação do Esfregaço Atrófico

MANUAL DE PROCEDIMENTOS

RESOLUÇÃO Nº 15, DE 8 DE ABRL DE 2019

Yara Furtado Professora Adjunta UFRJ/UNIRIO Chefe do Ambulatório de Patologia Cervical IG/UFRJ e HUGG Presidente ABPTGIC Capítulo RJ Secretária

TÉCNICA EM LABORATÓRIO / ANATOMIA PATOLÓGICA

Colégio de Anatomia Patológica

Citologia Oncótica Preparo de Esfregaços e Líquidos Cavitários

Educação e Regulamentação Profissional dos Técnicos de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica em Portugal. Carina Ladeira

Rastreio citológico na doença anal

Citologia do derrame papilar

HAMMERSMITH: UMA ALTERNATIVA NO PROCESSAMENTO DE BIÓPSIAS OSTEOMEDULARES

PROGRAMA DE ENSINO DE DISCIPLINA Matriz Curricular Generalista Resolução Unesp 14/2010

Citoinclusão de capa leucocitária e medula óssea de cães: padronização da técnica

Citologia convencional vs. em meio líquido

Manual de Recebimento de Amostras MAPCT Objetivo

Doença de Órgão vs Entidade Nosológica. NET como case study

MANUAL DE ORIENTAÇÃO COLETA, ACONDICIONAMENTO E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

Foi-me solicitado, pelos editores, prefaciar a obra... [Prefácio]

MANUAL DE COLETA, ACONDICIONAMENTO, PRESERVAÇÃO, RECEBIMENTO E REJEIÇÃO DE AMOSTRAS.

Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica PAAF-USE primeira linha suspeita de neoplasia do pâncreas

ata Emissão:10/05/2016 Data Aprovação: 11/05/2017 Página 01 de 05

Thermo. Shandon Cytospin Collection Fluid ELECTRON CORPORATION. Rev. 3, 09/03 P/N

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS PLANO DE ENSINO

Trabalho de pesquisa realizado pelo Grupo de Pesquisa em Fisiologia - GPeF, Departamento de Ciências da Vida - DCVida, UNIJUÍ. 2

Declaração de Conflitos de Interesse

A importância do processamento histológico para o patologista: da fixação à montagem. Jorge Alberto Thomé

ROTINA DO LABORATÓRIO DE PATOLOGIA DA FOA / UNESP

PS 31 PROFISSIONAL ASSISTENCIAL III (Profissional de Histologia) Pág. 1

PROLIFERAÇÃO E APOPTOSE CELULAR NO ENDOMÉTRIO DA CADELA T E S E D E M E S T R A D O I N T E G R A D O E M M E D I C I N A V E T E R I N Á R I A

TÍTULO: FATORES QUE INTERFEREM NA QUALIDADE DO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

Lubrificação do Espéculo para Colpocitologia REVISÃO BASEADA NA EVIDÊNCIA

Citologia de líquidos orgânicos, punções aspirativas, escarro, lavados cavitários, esfregaços cérvico-vaginais, etc. Exames de peças cirúrgicas de

IMUNOHISTOQUÍMICA Amadeu Borges Ferro

COMPARAÇÃO ENTRE AS COLORAÇÕES DO TIPO ROMANOWSKY RÁPIDO E NOVO AZUL DE METILENO NO DIAGNÓSTICO CITOPATOLÓGICO DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS.

FICHA DE UNIDADE CURRICULAR (UC)

Estas instruções aplicam-se ao Dako EnVision+, Peroxidase (Dako EnVision+, HRP).

Freqüência de adenocarcinomas em derrames cavitários

CORRELAÇÃO ENTRE A CITOLOGIA ASPIRATIVA COM AGULHA FINA E HISTOPATOLOGIA: IMPORTÂNCIA PARA O DIAGNÓSTICO DE NEOPLASIAS MAMÁRIAS EM CADELAS 1

Poliana Venturoti Costa MESOTELIOMA SEM ASSOCIAÇÃO COM ASBESTO: RELATO DE CASO

CURSO DE FARMÁCIA Reconhecido pela Portaria MEC nº 220 de , DOU de PLANO DE CURSO

Materiais e Métodos. 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Casuística

Transitional Metaplasia in Cervical Smears: a Case Report

Introdução à Histologia e Técnicas Histológicas. Prof. Cristiane Oliveira

Nº de código K4002: O seguinte é suficiente para 150 secções de tecidos, baseado em 100 µl por secção:

PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE Atendimento ao Cliente

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: 40h CH Total: 80h Créditos: 04 Pré-requisito(s): Período: VI Ano:

UNIPAC. Universidade Presidente Antônio Carlos. Faculdade de Medicina de Juiz de Fora PATOLOGIA GERAL. Prof. Dr. Pietro Mainenti

ADVANCE TM HRP. Referência K4069. Pronto para utilizar. Finalidade. Para utilização em diagnóstico In Vitro.

Técnicas histológicas

MANUAL DE RECEBIMENTO E REJEIÇÃO DE AMOSTRAS

Lesões pavimentosas com envolvimento glandular: citologia convencional versus citologia de base líquida

Utilização da albumina na citologia esfoliativa em pacientes com conjuntivite alérgica

Patologia - orientações

Aplicação do teste do HPV na citologia LSIL/ASC. Flávia de Miranda Corrêa

Cell blocks in pleural effusions: comparing agar gel and cell tube methods

Técnico de Laboratório Biomedicina. Laboratório Anatomia Patológica

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

Sub-rede de pesquisa clínica e banco de tumores hereditários

Colheita de material para laboratório de. anatomia patológica - CITOPATOLOGIA

AVALIAÇÃO IMUNOISTOQUÍMICA DA EXPRESSÃO DE COX-2, HSP 27 E HSP 70 EM NEOPLASIAS MAMÁRIAS DE CADELAS 1

Técnica Básicas para Análises de Células e Tecidos

Estas instruções aplicam-se ao Dako EnVision+ Dual Link System-HRP (DAB+).

TÍTULO: IMUNOMARCAÇÃO DE COX-2 DE MODELO CARCINOGÊNESE MAMARIA POR INDUÇÃO QUÍMICA

Análise de indicadores internos e externos relevantes à resolutividade diagnóstica em laboratório de referência em imuno-histoquímica

Inquérito aos Serviços para atribuição de Idoneidade e Capacidade Formativa

Otimização da imunoistoquímica para detecção de herpesvírus bovino tipo 5 (BHV-5) em tecidos do sistema nervoso central fixados com formaldeído

ZytoDot CEN 7 Probe. Para a deteção dos satélites alfa humanos do cromossoma 7 por meio de hibridação in situ cromogénica (CISH)

MANUAL DE RECEBIMENTO E REJEIÇÃO DE AMOSTRAS

ZytoDot. Para a deteção dos satélites alfa humanos do cromossoma 17 por meio de hibridação in situ cromogénica (CISH)

Controle de qualidade dos testes de floculação. Aula 5. Soros controles. A qualidade dos resultados é fundamental na prática laboratorial.

TÉCNICAS DE CITOLOGIA. Silene Gomes Correa

Imuno-histoquímica - aplicações

Evidências científicas da efetividade da detecção e tratamento das lesões precursoras para a prevenção do câncer do colo do útero

Estudo comparativo de raspados orais submetidos à técnica de citologia em meio líquido e citopatologia convencional

resumo Introdução ARTIGO ORIGINAL 0RIGINAL PAPER unitermos

MICROSCOPIA E O ESTUDO DA CÉLULA

CITOLOGIA CLINICA. Prof.Fernando Bacelar

IMUNOHISTOQUÍMICA Amadeu Borges Ferro

3-amino-9-etilcarbazol contendo peróxido de hidrogénio, estabilizantes, amplificadores e um agente antimicrobiano. Armazenar entre 2 8 C.

XIX Congresso Brasileiro de Histotecnologia. Dimitrius Leonardo Pitol PhD FORP/USP

Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde

20/8/2012. Raduan. Raduan

Transcrição:

Amadeu Borges Ferro MSc, BBmedSc (Honours) Imunocitoquímica: o que há de novo Diretor da Licenciatura em Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 1. Introdução A imunocitoquímica (ICQ) é uma técnica de uso generalizado em citopatologia 1, podendo ser utilizada em amostras de citologia aspirativa e esfoliativa 2 As amostras citológicas, muitas vezes são as únicas disponíveis e a ICQ pode ser utilizada para confirmar o diagnóstico e sugerir o prognóstico 3 Existe correlação entre a imunomarcação em amostras de citologia e amostras histológicas para marcadores não nucleares 4, 5 ICQ ISH 2. Colheita e processamento de amostras citológicas Citologia aspirativa Esfregaço Citocentrifugação (Cytospin ) Citologia em meio líquido (ThinPrep ) Citobloco Fixação Processamento Imunomarcação CA / Esfregaço/ citocentrifugação Papanicolaou May-Grünwald Giemsa Citologia em meio líquido Citobloco Imagem adaptada de http://www.indiamart.com/serum-analysiscentre-privatelimited/cytology-histopathology.html 3. Limitações da ICQ em amostra citológica Escassez de material 4 Presença de fundo que pode interferir com a interpretação 6, mais evidente em aglomerados tridimensionais de células 7 3. Limitações da ICQ em amostra citológica amostra citológica Padrões de marcação membranar podem ser de difícil interpretação e/ou classificação 7 amostra histológica 1

CD45 3. Limitações da ICQ em amostra citológica Falta de padronização das diferentes metodologias de fixação, conservação e processamento 3, 8 Controlo de qualidade interno e externo Utilização de controlos positivo e negativo no mesmo tipo de material a analisar 4, 6 4. Fixação A escolha do fixador é da maior importância para o resultado da ICQ 2 Preservação morfológica e antigénica 9 Diversidade de fixadores utilizados (não aditivos: etanol, metanol, acetona; aditivos: formaldeído) 2 Principais escolhas Citocentrifugação fixador pré/pós-processamento ou secagem ao ar Citologia Aspirativa e esfregaço fixador ou secagem ao ar Meio líquido - fixador pré-processamento Pontos fortes de alguns fixadores Secagem ao ar melhora a aderência das células à lâminas e minimiza a perda celular durante a técnica ICQ 10 Acetona apresenta excelente preservação da imunorreatividade 9 Formaldeído apresenta excelentes resultados em marcadores nucleares e membranares 2 Recuperação antigénica (RA) Usada sempre que se recorre a fixadores aditivos 2 Permite resultados satisfatórios em amostras fixadas com fixadores não aditivos 6 Pode ser menos agressiva quando as amostras não são fixadas em formaldeído 3 5. Preservação das amostras citológicas em lâmina Polietilenoglicol (PEG) vs congelação 12 CD10, 400x - Congelado CD10, 400x - PEG 2

13 14 CD45, 400x - Congelado CD45, 400x - PEG CAM 5.2, 100x - Congelado CAM 5.2-100x - PEG 3 Seleção dos Casos: 26 Secreções Brônquicas Imunocitoquímica em ThinPrep : Comparação de Diferentes Métodos de Pós-fixação Catarina Barata 1, Marli Anágua 1, Amadeu Ferro 1 e Rúben Roque 1, 2 Negativas para lesões neoplásicas Armazenadas em PreservCyt Colhidas, no máximo, 3 semanas antes do início do processamento 1 - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 2 - Instituto Português de Oncologia de Lisboa 3

Métodos de Pós-Fixação Melhores Resultados Formaldeído a 0,039% 120min seguido de Etanol a 95% 10min Etanol 95% 10min Acetona 10min Formaldeído 0,039% 120min + Etanol 95% 10min A B C Figura 1 A: CK (clones AE1/AE3) (400x). B: CK 8/18 (100x). C: Vimentina (400x). Piores Resultados Etanol a 95% 10min A B C Figura 2 A: CK (clones AE1/AE3) (400x). B: CK 8/18 (100x). C: Vimentina (100x). 23 7. Padronização: manual ou automatizado 7. Padronização: manual ou automatizado Protocolo Manual 11 Elevado número de passos aumenta a possibilidade de erro Método longo, exigente a nível de recursos humanos Qualidade de imunomarcação com menor probabilidade de ser constante Automatização 11 Padronização de procedimentos Menor vulnerabilidade ao fator humano Menor tempo de resposta Qualidade de imunomarcação com maior probabilidade de ser constante 1 Preparação da amostra 2 Pós-fixação 3 Recuperação antigénica 4 Inibição da Peroxidase endógena 5 Colocação em soro primário 6 Colocação do soro secundário (polímero) 7 Colocação do polímero - HRP 8 Revelação com solução de DAB 9 Contrastar com hematoxilina de Mayer/Gill 10 Desidratar, clarificar e montar 4

CD45, 100x - Manual CD45, 100x - Auto 7. Padronização: manual ou automatizado CD45, 400x - Manual CD45, 400x - Auto 26 8. Cromogénios CD30; Fast Red; 400x CD30; DAB; 400x 9. Controlo de qualidade Procedimento Interno (diário) Observação de todos os controlos e casos ao microscópio Marcação específica, marcação inespecífica e fundo Correlação com o perfil ICQ obtido em CB ou em Histologia para o mesmo caso Maior dificuldade na interpretação dos resultados -> tipo de material; experiência dos observadores; trabalho de equipa Reação cromogénica granular e difusa Reacção cromogénica precisa Procedimento Externo (regular) UKNEQAS Controlo de qualidade Procedimento interno Controlo positivo e negativo é imprescindível na avaliação e validação da ICQ Controlo de qualidade Externo Dificuldades Escassez de material N.º limitado de lâminas em arquivo Tipo de material (hemático e necrótico) Soluções Criar arquivo de lâminas Validação diária de casos de rotina para controlo + Não validar 30 5

Controlo de qualidade Externo Informação detalhada 31 Controlo de qualidade Externo Informação detalhada 36 6

37 38 39 40 41 42 7

Alterações de morfologia/fundo Fundo/Intensidade RE; 400x; C/RA RE; 400x; S/RA Calcitonina; 100x Calcitonina; 400x Fundo/Intensidade Marcação heterogénea Tiroglobulina; 100x; Manual Tiroglobulina; 100x; Benchmark Ultra RE; 50x; Benchmark Ultra Marcação inespecífica Perda de marcação específica/antigenicidade Calretinina; 400x CK20; 400x; original CK20; 400x; 6 meses congelado 8

CK7; 100x CK7; 400x RPg; 100x RPg; 400x TTF1; 100x TTF1; 400x RE; 100x RE; 400x Resumo Agradecimentos: Fixação Conservação Pós-Fixação Automatização Prof. Rúben Roque Prof. Mário Matos Dr. José Ruivo Controlo de qualidade Referências bibliográficas 1. Koss LG, Melamed MR, eds. Koss Diagnostic Cytology And Its Histopathologic Bases 2 vol. set. 5 a ed. Lippincott Williams & Wilkins; 2005. 2. Skoog L, Tani E. Immunocytochemistry: an indispensable technique in routine cytology. Cytopathol Off J Br Soc Clin Cytol. 2011;22(4):215 229. doi:10.1111/j.1365-2303.2011.00887.x. 3. Schmitt F, Cochand-Priollet B, Toetsch M, Davidson B, Bondi A, Vielh P. Immunocytochemistry in Europe: results of the European Federation of Cytology Societies (EFCS) inquiry. Cytopathol Off J Br Soc Clin Cytol. 2011;22(4):238 242. doi:10.1111/j.1365-2303.2011.00885.x. 4. Colasacco C, Mount S, Leiman G. Documentation of immunocytochemistry controls in the cytopathologic literature: a meta-analysis of 100 journal articles. Diagn Cytopathol. 2011;39(4):245 250. doi:10.1002/dc.21370. 5. Gong Y, Sun X, Michael CW, Attal S, Williamson BA, Bedrossian CWM. Immunocytochemistry of serous effusion specimens: a comparison of ThinPrep vs cell block. Diagn Cytopathol. 2003;28(1):1 5. doi:10.1002/dc.10219. 6. Shi S-R, Shi Y, Taylor CR. Antigen retrieval immunohistochemistry: review and future prospects in research and diagnosis over two decades. J Histochem Cytochem Off J Histochem Soc. 2011;59(1):13 32. doi:10.1369/jhc.2010.957191. 7. Fetsch PA, Simsir A, Brosky K, Abati A. Comparison of three commonly used cytologic preparations in effusion immunocytochemistry. Diagn Cytopathol. 2002;26(1):61 66. 8. Kirbis IS, Maxwell P, Fležar MS, Miller K, Ibrahim M. External quality control for immunocytochemistry on cytology samples: a review of UK NEQAS ICC (cytology module) results. Cytopathol Off J Br Soc Clin Cytol. 2011;22(4):230 237. doi:10.1111/j.1365-2303.2011.00867.x. 9. Dako. Immunohistochemical staining methods. 5 a edição. (Kumar G, Rudbeck L, eds.). Carpinteria: Dako; 2009. 10. Leong AS-Y, Suthipintawong C, Vinyuvat S. Immunostaining of Cytologic Preparations: A Review of Technical Problems. Appl Immunohistochem Mol Morphol. 1999;7(3). 11. Moreau A, Le Neel T, Joubert M, Truchaud A, Laboisse C. Approach to automation in immunohistochemistry. Clin Chim Acta Int J Clin Chem. 1998;278(2):177 184. 12. Suthipintawong C, Leong AS, Vinyuvat S. Immunostaining of cell preparations: a comparative evaluation of common fixatives and protocols. Diagn Cytopathol. 1996;15(2):167 174. doi:10.1002/(sici)1097-0339(199608)15:2<167::aid- DC17>3.0.CO;2-F. 13. Torlakovic EE, Riddell R, Banerjee D, et al. Canadian Association of Pathologists Association canadienne des pathologistes National Standards Committee/Immunohistochemistry Best Practice Recommendations for Standardization of Immunohistochemistry Tests. Am J Clin Pathol. 2010;133(3):354 365. doi:10.1309/ajcpdyz1xmf4hjwk. Imunocitoquímica: o que há de novo Amadeu Borges Ferro amadeu.ferro@estesl.ipl.pt 9