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Transcrição:

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 24ª Junta de Recursos Número do Processo: 44232.025491/2014-57 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL SERRA Benefício: 42/166.477.429-4 Espécie: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Recorrente: VADILSON JOSE DE SOUZA Recorrido: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Assunto: INDEFERIMENTO Relator: Relatório Vadilson José de Souza interpõe recurso contra a decisão do INSS que indeferiu seu pedido de Aposentadoria Tempo de Contribuição, requerido em 08.11.2013, aos 48 anos de idade (05.04.1965). Conforme Resumo de Documento Para Cálculo de Tempo de Contribuição, foi apurado pelo Órgão Local até 31.10.2013 o tempo de 29 anos, 05 meses e 12 dias., com enquadramento do período de 19.08.1987 a 31.07.1988; 01.06.1990 a 31.10.1990; 01.11.1990 a 31.01.1993 O segurado apresentou razões recursais em 08.01.2014 inconformado com a decisão da Autarquia; que trabalhou em condições especiais em diversas empresas exposto aos agentes nocivos à saúde em níveis superiores aos constantes na legislação previdenciária. O seu pedido está amparado no Parecer Técnico 46000000090/99-71, exarado pela Divisão de Segurança e Saúde do Trabalhador da Delegacia regional do Trabalho do Estado de São Paulo; nas decisões das Câmaras de Recurso do CRPS; nas decisões dos Tribunais Federais; que os períodos apresentados devem ser enquadrados, pois esteve exposto de modo habitual e permanente; que estudou na Escola Técnica Federal IFES, no período de 01.03.1980 a 30.12.1982, cursando mecânica, atendendo as exigências da IN/INSS/PRES nº 27 de 2008; que faz jus a concessão do beneficio de aposentadoria especial. Apresentou documentos pessoais, comprovante de residência, Certidão de Tempo Escolar, expedida pelo Instituto Federal do Espírito Santo, consignando o período de 1980/1981/1982 totalizando 688 dias de tempo líquido. Juntou Certificado de conclusão do curso de Técnico em Mecânica 18.09.1984. Juntou CTPS 01.05.1984 a 25.07.1985; 04.03.1986 a 04.07.1986; 24.06.1986 a 27.07.1987; 05.08.1987 a 18.08.1987; 19.08.1987 a 15.10.1993; 16.10.1993 a 30.16.1995; 06.07.1995 a 21.10.1997; 22.10.1997 a 01.04.1999; 16.11.2009 a 04.08.2011; 13.07.2011 a (...) Visando comprovar o exercício de atividade em condições especiais apresentou: mecânico no período de 19.08.1987 A 31.07.1988; exposto ao agente nocivo ruído superior a 90,1 db(a) e calor. encarregado de manutenção no período de 01.08.1988 a 31.05.1990; exposto ao agente nocivo ruído superior a 90,1 db(a) e calor. supervisor no período de 01.02.1993 a 15.10.1993; exposto ao agente nocivo ruído superior a 90,1 db(a) e calor.

supervisor no período de 01.11.1990 a 31.01.1993; exposto ao agente nocivo ruído superior a 90,1 db(a) e calor. Consta Certidão da Vara de Falência e Concordata de Vitoria sobre a designação do sindico da Massa Falida da Cia Ferro e Aço de Vitoria; Laudo Técnico considerando os períodos de 19.08.1987 a 31.07.1988; 01.08.1988 a 31.05.1990; 01.06.1990 a 31.10.1990; 01.11.1990 a 31.01.1993; 01.02.1993 a 15.10.1993. Juntou Termo de Audiência da Vara de Falecia e Concordata Comarca da Capital datada de 14.10.1997; Declaração do Eng Seg. Trabalho informando que o lay out do ambiente trabalhado da Cia Ferro e Aço de Vitoria (COFAVI) não sofreu alterações desde seu inicio de funcionamento até seu fechamento; Declaração sobre o responsável pela assinatura dos Laudos Técnicos. DSS 8030, emitido pela empresa CEMAN-CENTRAL DE MANUTENÇÃO LTDA, em que exerceu as funções tec de manutenção supervisor no período de 04.07.1995 A 21.10.1997; exposto ao agente nocivo ruído superior a 90 db(a), gases e vapores de produtos químicos vários, vernizes, aerodispersoides de oxido de cobre, indução eletromagnética, tensões elétricas até 440 volts. Apresentou Laudo Técnico Individual. DSS 8030, emitido pela empresa COMPANHIA SIDERURGIA BELGO MINEIRA, em que exerceu as funções supervisor de manutenção mecânica no período de 16.10.1993 a 30.07.1995; exposto ao agente nocivo ruído de 101,73 db(a). Apresentou Laudo Pericial. DSS 8030, emitido pela empresa COMPANHIA SIDERURGIA BELGO MINEIRA, em que exerceu as funções supervisor de manutenção mecânica no período de 22.10.1997 a 01.04.1999; exposto ao agente nocivo ruído de 101,73 db(a). Apresentou Laudo Pericial. Perfil Profissiográfico Previdenciário DSS 8030, emitido pela empresa ARCELORMITTAL BRASIL S/A, em que exerceu as funções descritas no item 13.5, no período de 24.07.2000 a 04.05.2009; exposto ao agente nocivo ruído de 85,21 no período de 01.11.2007 a 04.05.2009. Os autos foram encaminhados para análise no SST-Serviço de Saúde do Trabalhador para análise dos períodos constantes no PPP. O médico Perito concluiu, em síntese, que todos os períodos constantes nos DSS 8030 emitidos em nome da empregadora COMPANHIA SIDERURGIA BELGO MINEIRA, os demais períodos apresentados não cabem enquadramentos, embasando-se a decisão nos decretos 8.123/2013; 53.831/64; 83080/79; 2172/97; Resolução nº 196/PRES/INSS de 25.04.2012; NR 15 entre outros. Comunicação de Decisão de 16.10.2013. A Autarquia encaminhando os autos à Junta de Recursos/CRPS para julgamento, alegando em síntese: 1- T rata-se de beneficio de aposentadoria por tempo de contribuição requerido e m 08/11/2013 apresentando como prova os documentos constantes nos autos. Trata-se de recurso interposto contra o indeferimento do pedido do interessado, na condição de empregado. 2- O interessado apresentou os documentos objetivando comprovar o exercício de atividade para o beneficio requerido, porém os mesmos foram insuficientes para o pedido pleiteado, de acordo com a legislação 8213 de 24 de julho de 1991 e do Regulamento da Previdência Social instituído pelo Decreto 3048/99. Com respeito a possibilidade de enquadramento e conversão por atividade, dos períodos supostamente exercidas em condições especiais não foram convertidos, pois não estão contempladas nos códigos que regem a aposentadoria especial, Decretos 53.831/64 e 83.080/79. 3- O Serviço de Saúde do trabalhador na sua análise da decisão técnica de atividade especial, concluiu pelo não enquadramento dos períodos, tendo em vista que não contém elementos para comprovação da efetiva exposição aos agentes nocivos contemplados na legislação, sendo assim, os períodos exercidos em condições especiais não foram convertidos pois não estão contemplados nos códigos que regem a aposentadoria por tempo de contribuição. (...) 5- O interessado solicitou Recurso em 08/01/2014 e agendado para 07/02/2014. RECURSO TEMPESTI VO. 6- Em suas razoes recursais a essa Junta, o requerente diz não concordar c om o indeferimento tendo em vista que não foram considerados tempos especiais trabalhados nas empresas sendo as funções exercidas em condições especiais que prejudicam a saúde e a integridade física do empregado, estando o trabalhador exposto ao agente agressivo, insalubre e periculosidade de modo habitual e permanente. (...) 7- Reexaminando as razoes do recurso e a documentação constante nos autos concluímos que o segurado não tem tempo suficiente para aposentadoria por tempo de contribuição, tendo em vista que a concessão deste beneficio está condicionada ao atendimento aos requisitos legais estabelecidos na Lei 8213/91 e o Regulamento da Previdência Social aprovado pelo Decreto 3048/99 e suas alterações. (...) 9- À 24 J unta de Recursos.

É o relatório. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 27/05/2014 para sessão nº 0108/2014, de 03/06/2014. Voto EMENTA: APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. RECORRENTE FAZ JUS AO PLEITEADO, POIS CONTA COM TEMPO SUFICIENTE PARA APOSENTAR-SE POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO.A AUTARQUIA DEVE HOMOLOGAR OS PERIODOS EM QUE FOI ALUNO APRENDIZ, CONFORME CERTIDÃO DE TEMPO ESCOLAR.AMPARO LEGAL EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/1998; LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA: LEI 8.213/91, DECRETO 3.048/99. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO Recurso tempestivo de Vadilson José de Souza. O segurado ao requerer o beneficio apresentou documentos objetivando comprovar que trabalhou exposto aos agentes nocivos a saúde e requereu a homologação dos períodos em que foi aluno aprendiz conforme Certidão de Tempo Escolar, expedida pelo Instituto Federal do Espírito Santo, consignando o período de 1980/1981/1982 totalizando 688 dias de tempo líquido. A Autarquia deve homologar os períodos apresentados, pois estão de acordo com as exigências da legislação previdenciária. A inclusão no cômputo de tempo de serviço do período de aluno-aprendiz nas escolas técnicas baseia-se na Decisão de nº 759/94 e Súmula 96 do Tribunal de Contas da União, que estabelece: conta-se para todos os efeitos, como tempo de serviço público, o período de trabalho prestado na qualidade de aluno aprendiz, em escola Pública profissional, desde que comprovada a retribuição pecuniária à conta do Orçamento, admitindo-se, como tal, o recebimento de alimentação, fardamento, material escolar e parcela de renda auferida com a execução de encomendas para terceiros Art.60 do Decreto 3.048/99. Até que lei específica discipline a matéria, são contados como tempo de contribuição, entre outros: XXII - o tempo exercido na condição de aluno-aprendiz referente ao período de aprendizado profissional realizado em escola técnica, desde que comprovada a remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo empregatício. (Incluído pelo Decreto nº 6.722,de 30/12/2008) No tocante ao pedido de enquadramentos a Autarquia deixou de enquadrar os períodos em que o segurado apresentou documentos embasando-se nas decisões da pericia médica. Conforme Resumo de Documento Para Cálculo de Tempo de Contribuição, foi apurado pelo Órgão Local até 31.10.2013 o tempo de 29 anos, 05 meses e 12 dias., com enquadramento do período de 19.08.1987 a 31.07.1988; 01.06.1990 a 31.10.1990; 01.11.1990 a 31.01.1993 Mas o recorrente assiste razão quanto aos enquadramentos dos períodos: 04.07.1995 A 21.10.1997; exposto ao agente nocivo ruído superior a 90 db(a), gases e vapores de produtos químicos vários, vernizes, aerodispersoides de oxido de cobre, indução eletromagnética, tensões elétricas até 440 volts.16.10.1993 a 30.07.1995; exposto ao agente nocivo ruído de 101,73 db(a). O enquadramento deve ser pela exposição ao agente nocivo ruído superior a 90 db(a) código 1.1.5 do Anexo II do Decreto 83.080/79. 22.10.1997 a 01.04.1999; exposto ao agente nocivo ruído de 101,73 db(a); exposto ao agente nocivo ruído de 85,21 no período de 01.11.2007 a 04.05.2009 enquadramento no código 2.0.1 do anexo IV do Decreto 2172/97. AMPARO LEGAL PARA OS ENQUADRAMENTOS Súmula Número - 9 - Órgão Julgador - TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA - Publicação - DJU 05/11/2003 - Data da Decisão - 13/10/2003 - Enunciado - Aposentadoria especial.equipamento de proteção individual. O uso de equipamento de proteção individual - EPI, ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição

individual. O uso de equipamento de proteção individual - EPI, ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado. A informação sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a adoção pelo estabelecimento respectivo, nos Laudos Técnicos para fins de comprovação de atividades exercidas em condições especiais, passou a ser exigida por força de Lei nº. 9.732 de 11.12.98; A referida Lei alterou a redação do Art. 58, parágrafos 1º e 2º da Lei 8.213/91, estando, portanto, os laudos emitidos de acordo com as disposições contidas na Portaria 3.214/78; O Enunciado nº. 21 do CRPS estabelece que o simples fornecimento de equipamento de proteção individual de trabalho pelo empregador, não exclui a hipótese de exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde, devendo ser considerado todo o ambiente de trabalho; A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerão ao disposto na legislação em vigor à época da prestação do serviço, conforme disposto no parágrafo 1º do Art. 70 do Decreto 3048/99, na redação dada de Decreto 4.827, de 03.09.03; As regras de conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum constante deste artigo aplicam-se ao trabalho prestado em qualquer período, conforme disposto no parágrafo 2º do art. 70 do Decreto nº. 3.048/99, na redação dada pelo Decreto nº. 4.827, de 03.09.2003. ENUNCIADOS APROVADOS NO I FOREPREV (AGOSTO/2008): O tempo de trabalho laborado com exposição a ruído excessivo, para fins de conversão em comum, deve ser considerado com base no nível superior a 80 decibéis, na vigência do Decreto 53.831/64 (1.1.6) até 05/03/97. Após, a despeito da previsão contida no Decreto 2.172/97, adveio o Decreto 4.882/03 que estabeleceu o nível de 85 decibéis, em razão de aperfeiçoamento das normas e técnicas de aferição, de modo que não seria razoável conferir tratamento diferenciado no período anterior à sua vigência. ENUNCIADO Nº 29, DE 9 DE JUNHO DE 2008 O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso XII do art. 4º e tendo em vista o disposto no art. 43, ambos da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993, edita o presente Enunciado, de caráter obrigatório a todos os órgãos jurídicos de representação judicial da União, a ser publicado no Diário Oficial da União por três dias consecutivos: "Atendidas as demais condições legais, considera-se especial, no âmbito do RGPS, a atividade exercida com exposição a ruído superior a 80 decibéis até 05/03/97, superior a 90 decibéis desta data até 18/11/2003, e superior a 85 decibéis a partir de então." A exposição a ruídos é nociva quando em níveis superiores a 80 decibéis até 05-03-97, por força da aplicação concomitante dos Decretos 53.831/64 e 83.080/79, vigentes até então, e a 85 decibéis a partir de 06-03-97, por força da aplicação retroativa do Decreto 3.048/99 com a alteração introduzida pelo Decreto 4.882/2003, desde que aferidos esses patamares de pressão sonora por meio de perícia técnica, trazida aos autos ou noticiada no preenchimento de formulário expedido pelo empregador. O uso de equipamentos de proteção individual não é suficiente para descaracterizar a especialidade da atividade, a não ser que provada a sua real efetividade por meio de perícia técnica especializada e desde que devidamente demonstrado o uso permanente pelo empregado durante a jornada de trabalho. Se o formulário e o laudo pericial atestam a habitualidade e a permanência da atividade insalubre - muito embora sem o tempo exato de exposição, mas exercida diuturnamente - é de ser reconhecida a especialidade do labor do segurado. A Autarquia deve realizar perícia técnica, isenta e imparcial, a amparar com segurança uma decisão. Nos autos não consta informação da realização deste procedimento pelos médicos peritos. A Autarquia deve computar como especial os períodos de: 04.07.1995 A 21.10.1997; 16.10.1993 a 30.07.1995; 22.10.1997 a 01.04.1999; 01.11.2007 a 04.05.2009 e acrescentar no cômputo de Tempo de Contribuição os períodos

em que o segurado foi aluno aprendiz: 1980/1981/1982 totalizando 688 dias de tempo líquido. Com os enquadramentos processados o recorrente atinge o tempo de contribuição necessário para o beneficio, nos moldes do inc. I, 7º do art. 201 da Constituição Federal, assim como o art. 56 do Decreto 3.048/99 e art. 52 da Lei 8.213/91. Finalmente, Face o exposto e os demais elementos dos autos, VOTO no sentido de preliminarmente conhecer do recurso, por ser tempestivo, para no mérito, DAR-LHE PROVIMENTO. Relator(a) Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). JOSINEIDE BRAVIN RAMOS Conselheiro(a) Titular Representante dos Trabalhadores Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). NEUDSOM JOSE DA SILVA Conselheiro(a) Titular Representante das Empresas Presidente concorda com voto do relator(a). CRISTINA MARIA STRAESSLI PINTO Presidente Decisório Nº Acórdão: 1479 / 2014 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, ACORDAM os membros da 24ª Junta de Recursos do CRPS, em CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PROVIMENTO, POR UNANIMIDADE, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros JOSINEIDE BRAVIN RAMOS e NEUDSOM JOSE DA SILVA. Relator(a) CRISTINA MARIA STRAESSLI PINTO Presidente