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Transcrição:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 740.015 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RECDO.(A/S) :LEDI DE OLIVEIRA ALMEIDA ADV.(A/S) :JULIANA BRASIL VEDOVOTTO DECISÃO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REVISÃO DE PENSÃO POR MORTE. 1) ATO JURÍDICO PERFEITO. ART. 5º, INC. XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2) NECESSIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3) IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO: SÚMULA N. 279 DESTE SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo nos autos principais contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

O recurso extraordinário foi interposto contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: APELAÇÃO CÍVEL. INTEGRALIDADE DE PENSÃO. INSTITUIDOR DO BENEFÍCIO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DA REDE FERROVIÁRIA FEDERAL SOCIEDADE ANÔNIMA - RFFSA. PENSIONISTA VIÚVA. INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL IPERGS. Integralidade da Pensão - Para as pensões cujo instituidor faleceu após a vigência da Emenda Constitucional nº 41/03 (31/12/2003) é garantida a integralidade da pensão se o valor não ultrapassar o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral da Previdência Social. Situação esta corroborada no caso em apreço, já que o valor da pensão é inferior ao teto previsto para os benefícios regrados pelo artigo 201 da Constituição Federal. Aplicáveis as disposições do artigo 40, 7º, da Constituição Federal. Pensionista Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima RFFSA - A integralidade da pensão dos dependentes dos servidores ferroviários deve corresponder ao valor da parcela que era alcançada pelo Tesouro do Estado ao instituidor, sobre a qual o servidor falecido contribuiu para o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul IPERGS. É esta importância que cabe à autarquia estadual alcançar à pensionista, independente de estar recebendo qualquer valor do Instituto Nacional do Seguro Social INSS. Desnecessidade de abatimento dos valores recebidos pela autarquia federal, sobretudo em razão das provas coligidas. Explicitação do dispositivo, em razão das disposições do artigo 469, do Código de Processo Civil. Honorários Advocatícios Sucumbenciais - A verba foi arbitrada de forma equânime, sendo considerada a repetitividade da matéria em análise, a desnecessidade de dilação probatória, bem como a existência de poucas parcelas vencidas. Assim, correto o arbitramento dos honorários advocatícios sucumbenciais. Prequestionamento - Observado o princípio do livre convencimento motivado, são considerados devidamente prequestionados os dispositivos suscitados pelas partes. 2

DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO DE APELAÇÃO. UNÂNIME. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados (fls. 149-151). 2. O Agravante afirma que o Tribunal de origem teria contrariado os arts. 5º, inc. XXXVI, e 40, 2º e 7º, da Constituição da República. Alega que trata-se de ação ordinária, proposta por pensionista do IPERGS, objetivando a revisão do valor de sua pensão por morte, de modo que corresponda à integralidade dos vencimentos a que faria jus o instituidor do benefício, ex-servidor da RFFSA, se vivo fosse. Pleiteia a condenação do instituto ao pagamento das diferenças devidas desde a data do início do benefício (fl. 157). Assevera que o instituidor do benefício era servidor da extinta Rede Ferroviária, falecido em 10.03.2010, e, portanto, a relação de sua beneficiária com a autarquia previdenciária é diferenciada, visto que compete ao IPERGS tão somente a complementação dos valores já percebidos, pela autora, a título de pensão do INSS (fl. 157). Sustenta que não poderá a aposentadoria ou pensão exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo em que se deu a aposentadoria ou serviu de referência para a concessão da pensão. (...) É imprescindível a averiguação, ao longo de todo o período em que devida a pensão, do quantum pago pelo INSS à beneficiária, portanto o IPERGS é responsável tão só pela diferença. ( ) O não reconhecimento do quanto acima esposado além de importar violação ao artigo 189 da Lei 2.061/53 e do ato jurídico perfeito artigo 5º XXXVI da CRFB, (Cláusula 11, 2º, do Termo de Reversão firmado entre a RFFSA e a VIFER, aprovado pela Lei 3.887/61), fere o disposto no artigo 40, 2º e 7º, da CRFB/88, podendo ocorrer, em não se procedendo ao desconto da quantia paga pelo INSS, que a pensionista venha a perceber importância superior àquela que corresponderia à remuneração do de cujus violação, frisese, evidente às citadas disposições constitucionais (fl. 162). 3

Pede, demonstrada a ofensa direta ao artigo 40, 2º e 7º, da Constituição Federal, o conhecimento e provimento do presente recurso, limitando a condenação do recorrente aos valores percebidos em vida pelo exsegurado, abatidos os valores a título de pensão por morte já pagos pelo INSS à autora (fl. 166). 3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob o fundamento de incidência das Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal (fls. 170-172). Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Leis Estaduais n. 2.061/1953 e 7.672/1982), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. EXCLUSÃO DE VANTAGEM PESSOAL DO TETO DE REMUNERAÇÃO. GRATIFICAÇÃO DE RISCO DE VIDA. NATUREZA JURÍDICA. 4

IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE 504.141-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.2.2009). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. FUNDAMENTAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO: INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 5º, INC. XXXV, XXXVI, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (AI 806.616-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.11.2010). 7. No voto condutor do acórdão recorrido, a Relatora, Desembargadora Helena Marta Suarez Maciel, afirmou: Como se vê, na data da aposentadoria do servidor ferroviário, para fins de cálculo do seu benefício, foi realizado o rateio proporcional ao tempo de serviço prestado a cada ente público. Uma parcela do benefício ficou a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social INSS e outra ficou a cargo do Tesouro do Estado. Após esta repartição, nos termos do artigo 189, da Lei Estadual nº 2.061/53, garantiu-se ao servidor ferroviário que a soma de ambas as parcelas deveria atingir a importância equivalente à remuneração total percebida na data da aposentação. ( ) Não se pode olvidar, ainda, que o segurado contribuiu para o custeio da previdência estadual com base na parcela que lhe era alcançada pelo Tesouro do Estado, nos termos do artigo 18, 4, da lei Estadual nº 7.672/82. A proporcionalidade entre a contribuição do segurado e o benefício almejado está justamente no fato de a complementação que cabe à autarquia estadual estar diretamente vinculada aos valores que eram efetivamente pagos pelo Tesouro do Estado ao segurado. Assim, a partir do falecimento do 5

servidor, o dependente previdenciário tem direito à pensão integral tendo como base o salário-contribuição cujo valor embasou a contribuição vertida em favor do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul - IPERGS. ( ) O valor da complementação devida pelo Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul IPERGS independe da pensionista estar ou não recebendo pensão do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, pois servidor inativo contribuiu para a autarquia estadual com base na parcela que recebia do Tesouro do Estado. As provas coligidas demonstram à saciedade que a autarquia estadual não tem razão em defender que está pagando a integralidade da pensão e que o não abatimento dos valores alcançados pelo Instituto Nacional do Seguro Social INSS tornaria a importância recebida pela pensionista superior ao valor que receberia o segurado se vivo fosse (fls. 125-136, grifos nossos). 8. O Tribunal a quo decidiu a controvérsia com base na interpretação e na aplicação de legislação infraconstitucional e apreciou a matéria à luz dos fatos e das provas constantes dos autos. Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o reexame da lei e do conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa à natureza da pensão por morte de servidor do foro extrajudicial decidida com base na interpretação das Leis est (MG) 552/49 e 10.420/91 e na análise de questões de fato, de reexame vedado no RE: incidência das Súmulas 280 e 279. 2. Agravo regimental: necessidade de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada (AI 603.030-AgR/MG, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 13.4.2007). RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Previdência Social. Benefício. Pensão por morte. Valor integral. Auto-aplicabilidade do art. 40, 7º, da CF. A pensão por 6

morte de servidor público deve corresponder à totalidade dos vencimentos ou proventos que percebia ou perceberia, se vivo estivesse. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, 8º, da Constituição da República (RE 544.652/MG, Relator o Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, DJ 18.12.2009). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 29 de abril de 2013. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora 7