Níveis de vitamina E em dietas para suínos dos 85 aos 120 kg suplementadas com ractopamina no desempenho e nas características de carcaça



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Revista Ceres ISSN: X Universidade Federal de Viçosa Brasil

Transcrição:

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 10., 2013. Belo Horizonte Níveis de vitamina E em dietas para suínos dos 85 aos 120 kg suplementadas com ractopamina no desempenho e nas características de carcaça Marcos Henrique Soares (1), Francisco Carlos de Oliveira Silva (2), Priscila Furtado Campos (3), Leonardo Fonseca Faria (3), Melissa Fabiola dos Santos Alves Mendes (3) (1) Bolsista PIBIC FAPEMIG/EPAMIG, marcos.henrique@ufv.br; (2) Pesquisador/Bolsista BIP FAPEMIG/EPAMIG - Viçosa, MG, fcosilva@epamig.br; (3) Bolsistas BIC FAPEMIG/UFV - Viçosa, MG, pricampos2@yahoo.com.br; leonardo.f.faria@ufv.br, melissamendes@zootecnista.com.br INTRODUÇÃO A ractopamina (RAC), por proporcionar melhorias significativas no desempenho e nas características de carcaça, tem sua inclusão recomendada em rações para suínos na fase de terminação. Porém, tem sido constatado que o uso da ractopamina pode alterar o perfil de ácidos graxos na carne suína tornando-o mais insaturado, o que poderia aumentar a ocorrência de oxidação. Dessa forma, a suplementação com vitamina E em dietas com RAC pode ser uma alternativa, por atuar como antioxidante promovendo melhoras quantitativas e qualitativas da carne suína, além de melhorar o desempenho desses animais. A oxidação lipídica é um fenômeno espontâneo e determinante no armazenamento de carnes e seus derivados. As mudanças bioquímicas que ocorrem no pós-abate estão envolvidas na transformação do músculo em carne, acompanhadas pela perda das defesas antioxidantes das células, facilitando os processos oxidativos (MORRISSEYet al., 1996). Neste contexto, torna-se necessário avaliar o efeito da inclusão de níveis crescentes de vitamina E em dietas suplementadas com RAC para suínos em terminação, no desempenho e nas características de carcaça. MATERIAL E MÉTODO O experimento foi conduzido no galpão experimental do setor de suinocultura da granja da Fazenda Experimental do Vale do Piranga da

EPAMIG. Resumos expandidos 2 EPAMIG Zona da Mata, no município de Oratórios, MG. Foram utilizados 80 suínos machos castrados, selecionados geneticamente para deposição de carne magra, com peso inicial médio de 85 ± 2,8 kg, distribuídos em delineamento experimental de blocos ao acaso, com cinco tratamentos correspondentes a cinco níveis de vitamina E (0, 25, 50, 75 e 100 UI/kg),oito repetições e dois animais por unidade experimental. O peso inicial dos animais foi usado como critério para formação dos blocos. Os animais foram alojados em baias com comedouros semiautomáticos e bebedouros tipo chupeta, em galpão de alvenaria com piso de concreto e cobertura com telhas de amianto. As dietas experimentais à base de milho e farelo de soja foram formuladas para atender às recomendações dos suínos em todos os nutrientes, segundo Rostagno et al. (2011), exceto a vitamina E (Tabelas 1 e 2). A adição de vitamina E foi feita em substituição ao material inerte (areia). O período experimental foi de 30 dias com dietas e água fornecidas à vontade. Os animais foram pesados no início e no final do experimento, e o consumo de ração foi aferido para avaliar parâmetros de desempenho. Ao final do experimento todos os animais foram submetidos a jejum alimentar de 12 horas, pesados e encaminhados para abate no Frigorífico Industrial Vale do Piranga, em Ponte Nova, MG. As carcaças foram individualmente avaliadas com auxílio de uma pistola tipificadora Stork-SKF (modelo S-87), no sistema informatizado Fat-o-MeaterFom. A pistola foi introduzida na altura da 3 a vértebra dorsal, transpassando o toucinho e o músculo longissimus dorsi. Os parâmetros avaliados foram ganho de peso diário, consumo de ração, conversão alimentar, espessura de toucinho, peso da carcaça quente porcentagem de carne e quilograma de carne na carcaça. As variáveis de desempenho e características de carcaça foram analisadas pelo Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas (Saeg) (RIBEIRO JÚNIOR, 2001), enquanto as estimativas da exigência de vitamina E foram determinadas por análises de regressão linear e/ou quadrática. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados do ganho de peso diário (GPD), consumo médio de ração (CMD) e conversão alimentar (CA), estão apresentados na Tabela 3. Não houve

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 10., 2013. Belo Horizonte 3 efeito (P>0,10) dos níveis crescentes de vitamina E sobre o desempenho de suíno em terminação, consumindo dietas suplementadas com RAC. Entretanto, constatou-se que o ganho de peso médio de 1.180 g foi superior ao reportado por Pena et al. (2007), que observaram um ganho de peso médio de 902 g com dietas suplementadas com RAC, semelhante ao obtido por Souza et al.(2011), que observaram ganho médio de peso de 1.121 g. Também não houve efeito (P>0,10) dos níveis de vitamina E sobre o peso e rendimento da carcaça quente, porém animais que consumiram 100 UI/kg de vitamina E apresentaram rendimento e peso de carcaça 2,0% superior, quando comparados com os três níveis inferiores (0; 25 e 50 UI). Do mesmo modo, Souza et al. (2007) ao utilizarem níveis crescentes (100, 200 e 400 mg/kg) de vitamina E verificaram, em valores absolutos, maior rendimento de carcaça para animais que consumiram 400 mg/kg de vitamina E. Os níveis de vitamina E também não influenciaram (P>0,10) a espessura de toucinho, a quantidade e a porcentagem de carne magra. Porém, Cheah e Krausgrille (1995) observaram aumento na quantidade de carne magra e redução na espessura de toucinho, usando-se 500 mg/kg de vitamina E na dieta. Souza et al. (2007) observaram diminuição na espessura de toucinho e aumento na quantidade de carne magra dos animais com o aumento dos níveis de vitamina E nas dietas. O melhor resultado foi observado nos animais suplementados com 400 mg/kg de vitamina E. Segundo Rostagno et al. (2011), a necessidade de vitamina E na fase de terminação é de 24 UI, entretanto, quando esta é suplementada em níveis maiores (100 a 200 UI de ração) ao recomendado para crescimento pode ter efeito antioxidante e melhorar as características quantitativas e qualitativas da carne (MORRISSEY et al., 1996). Considerando os resultados obtidos por, Cheah e Krausgrille (1995) e Souza et al. (2007), que consistentemente verificaram variação significativa na espessura de toucinho e quantidade de carne magra em razão do nível de vitamina E na ração, e os relatos de Morrissey et al. (1998), pode-se inferir que a quantidade de vitamina E usada neste estudo não foi suficiente para que fossem encontrados resultados significativos nas características de carcaça.

EPAMIG. Resumos expandidos 4 CONCLUSÃO A adição de até 100 UI de vitamina E em dietas suplementadas com RAC para suínos dos 85 aos 120 kg não promove melhorias no desempenho e nem nas características de carcaça dos animais. AGRADECIMENTO À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), pelo financiamento das pesquisas e pelas bolsas concedidas. REFERÊNCIAS CHEAH K.S.; CHEAH, A.M.; KRAUSGRILLE, D.I. Effect of dietary supplementation of vitamin E on pig meat quality. Meat Science, v.39, p.255-264, 1995. MORRISSEY, P.A. et al. Uptake of α-tocopherol in porcine plasma and tissues. Meat Science, v.44, n.4, p.275-283, Dec. 1996. PENA, S. de M. et al. Relações metionina mais cistina digestível em dietas suplementadas com ractopamina para suínos em terminação. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG, v.37, n.11, p.1978-1983, nov. 2008. RIBEIRO JUNIOR, J.I. Análises estatísticas no SAEG. Viçosa, MG: UFV, 2001. 301p. ROSTAGNO, H.S. et al. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa, MG: UFV, 2011. 186p. SOUZA, E. de O. et al. Digestible lysine levels in diets supplemented with ractopamine. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG, v.40, n.10, p.2186-2191, out. 2011. SOUZA, V.L.F. et al. Vitamina E no desempenho, características de carcaça e qualidade do presunto cozido de suínos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.42, n.4, p.581-587, 2007.

Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 10., 2013. Belo Horizonte 5 Tabela 1 - Composição centesimal nas dietas experimentais Nível de Vitamina E na ração Ingrediente (UI/kg) 0,0 25 50 75 100 Milho grão 74,600 74,600 74,600 74,600 74,600 Farelo de soja 21,1000 21,1000 21,1000 21,1000 21,1000 Óleo de soja 0,8779 0,8779 0,8779 0,8779 0,8779 Fosfato bicálcico 0,8585 0,8585 0,8585 0,8585 0,8585 Calcário calcítico 0,5954 0,5954 0,5954 0,5954 0,5954 Caulim (inerte) 0,2324 0,2324 0,2324 0,2324 0,2324 Sal comum 0,3548 0,3548 0, 3548 0,3548 0,3548 Vitamina 0,1000 0,1000 0,1000 0,1000 0,1000 Suplemento mineral 0,1000 0,1000 0,1000 0,1000 0,1000 Antibiótico 0,3000 0,3000 0,3000 0,3000 0,3000 BHT 0,0100 0,0100 0,0100 0,0100 0,0100 L-Lisina HCl - 78,4% 0,4177 0,4177 0,4177 0,4177 0,4177 DL-Metionina - 99% 0,1386 0,1386 0,1386 0,1386 0,1386 L-Treonina - 98,5% 0,1493 0,1493 0,1493 0,1493 0,1493 Selênio 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 Vitamina E 0,0000 0,0050 0,0100 0,0150 0,0200 Ractopamina 0,1000 0,1000 0,1000 0,1000 0,1000 Total 100,0000 100,0000 100,0000 100,0000 100,0000 Tabela 2 - Valor nutricional calculado nas dietas experimentais Valor nutricional calculado Nutriente (% MN) 0,0 25 50 75 100 Energia metabolizável (kcal/kg) 3,2300 3,2300 3,2300 3,2300 3,2300 Proteína bruta (%) 15,4200 15, 4200 15, 4200 15, 4200 15, 4200 Lisina digestível (%) 0,9960 0,9960 0,9960 0,9960 0,9960 Metionina + Cistina dig. (%) 0,5980 0, 5980 0, 5980 0, 5980 0, 5980 Treonina digestível (%) 0,6670 0, 6670 0, 6670 0, 6670 0, 6670 Sódio (%) 0,1600 0,1600 0,1600 0,1600 0,1600 Isoleucina (%) 0,5720 0, 5720 0, 5720 0, 5720 0, 5720 Vitamina E (UI/kg) - 25,0000 50,0000 75,0000 100,0000 Sódio (%) 0,1600 0,1600 0,1600 0,1600 0,1600 Fósforo disponível (%) 0,2500 0, 2500 0, 2500 0, 2500 0, 2500 NOTA: MN - Matéria natural.

EPAMIG. Resumos expandidos 6 Tabela 3 - Características de desempenho e de carcaça de suínos em terminação consumir ração com diferentes níveis de vitamina E suplementada com ractopamina Nível de vitamina E Variáveis (UI/kg) CV 0 25 50 75 100 (%) Ganho de peso diário (g) 1.171 1.176 1.158 1.222 1.176 11,79 Consumo médio de ração (g) 3.051 3.145 3.137 3.136 3.105 5,88 Conversão alimentar (g/g) 2.634 2,680 2,733 2.604 2.662 10,98 Peso carcaça quente (kg) 85,21 85,21 85,23 86,13 86,58 6,34 Rendimento de carcaça quente (%) 72,13 71,27 72,35 72,88 73,33 5,09 Espessura de toucinho (mm) 13,46 13,40 13,12 12,73 13,51 14,59 Porcentagem de carne magra (%) 57,28 57,89 57,45 57,63 57,37 2,87 Quantidade de carne magra (kg) 48,80 49,03 48,97 49,63 49,70 5,25 NOTA: CV- Coeficiente de variação.