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Transcrição:

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Gestão Pública Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal Coordenação-Geral de Elaboração, Orientação e Consolidação das Normas NOTA INFORMATIVA Nº 192/2013/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP Assunto: Reposição ao erário SUMÁRIO EXECUTIVO 1. A Consultoria Jurídica deste Ministério, por intermédio da NOTA Nº 0440-3.27/2013/ACS/CONJUR-MP/CGU/AGU, fls. 111/112, encaminha o processo em epígrafe, que trata do prazo prescricional aplicável às ações de ressarcimento ao erário. 2. Em caso de não aquiescência do servidor quanto à reposição, para qualquer dos casos previstos no art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, judicializados ou não, o procedimento administrativo deverá ser imediatamente encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para inscrição em Dívida Ativa da União, nos termos do art. 39 da Lei nº 4.320, de 1964. INFORMAÇÕES 3. Consta dos autos, fls. 11/12, que a servidora XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, Agente de Portaria, integrante do quadro de pessoal da Secretaria da Receita Federal do Brasil, exerceu suas atividades funcionais na DAMF/MS, de 15 de abril de 1985 a 06 de maio de 1996, e DRF/CAMPO GRANDE/MS, de 07 de maio de 1996 a 04 de março de 2001. 4. Saliente-se que, a partir de seu contracheque de abril de 1992, a interessada passou a perceber a Gratificação Especial de Localidade, prevista na Lei nº 8.270, de 17 de dezembro de 2001, devida aos servidores que se encontrassem em exercício nas regiões regulamentadas pelo Decreto nº 493, de 10 de abril de 1992. 5. Segundo a Divisão de Gestão de Pessoas da Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil, a partir de maio de 1997, devido à alteração ocorrida em face da Medida Provisória nº 1.573-7, a servidora deixou de perceber a Gratificação Especial de Localidade e passou a receber Vantagem Pessoal Transitória.

6. Aquela Divisão informa, ainda, que a interessada permaneceu na DRF/Campo Grande/MS até 04 de março de 2001, sendo removida para a DRF/Araraquara/SP, unidade não relacionada no Anexo do Decreto nº 493, de 1992, fato que deveria ter extinguido o pagamento da referida vantagem à servidora. 7. Todavia, a interessada continuou a perceber a Vantagem Pessoal Transitória até fevereiro de 2007, momento em que foi constatado o pagamento indevido. Considerando tal fato, a Superintendência Regional da Secretaria da Receita Federal do Brasil, por meio do Memorando EQGEP nº 537/2007, de 26 de abril de 2007, fl. 04, cientificou a servidora acerca da reposição dos valores, nos moldes do art. 46 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. 8. Irresignada, a servidora, por meio do requerimento de fls. 01/03, solicitou isenção da obrigatoriedade da reposição e, em não sendo admitido, que lhe fosse facultada a possibilidade de restituir os valores da mesma forma e prazo como havia percebido em sua folha de pagamento. 9. Instada a se manifestar acerca do assunto, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, mediante PARECER PGFN/CJU/CPN Nº 1948/2008, fls. 35/47, se manifestou nos seguintes termos: 23. Como já destacado neste Parecer, a continuidade do pagamento da gratificação em tela à servidora após a sua remoção para localidade não abrangida pelo Decreto nº 493, de 1992, consistiu mero erro da Administração. No caso concreto, a despeito da boa-fé da servidora, não há a presença concomitante dos demais pressupostos imprescindíveis a excepcionar o obrigatório reembolso ao erário de quantias percebidas indevidamente. Por conseguinte, imperioso reconhecer a obrigação da servidora em restituir a importância recebida e apontada na planilha de fl. 4. 24. Quanto ao pedido de revisão do parcelamento, entendemos não ser merecedor de acolhimento. A RFB, na manifestação de fls. 11/12, explicitou que a implementação dos descontos em folha de pagamento, visando o ressarcimento ao erário, observará o determinado pelo art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, com parcela mínima equivalente a 10% da remuneração da servidora. [...] 27. Portanto, conforme orientação da SRH/MP, inobstante transcorridos mais de 5 anos da concessão da vantagem a servidor, não haveria óbice inclusive prescricional em cessar o seu pagamento a partir do deslocamento da requerente para localidade não contemplada pelo Decreto nº 493, de 1992. 28. Apesar de claro o posicionamento quanto à inexistência de prazo prescricional para desfazimento do ato que resultou no pagamento indevido de valores, persiste a dúvida acerca da prescrição das ações de ressarcimento ao erário. 29. Por meio da Nota PGFN/CJU/CPN nº 620/2008 (Processo Administrativo nº 10166.003788/95-66), esta Coordenação-Geral solicitou esclarecimentos à SRH/MP sobre a matéria, elencando teses acerca de possíveis prazos prescricionais aplicáveis às NI Reposição ao erário PGFN-MF 2

ações de reposição ao erário. Desta mencionada manifestação, transcrevemos os seguintes trechos: [...] 17. A interpretação de tudo o quanto dito na presente Nota, leva, pois, no entendimento desta CPN/CJU/PGFN, às seguintes possíveis conclusões: a) toda despesa irregular que enseje reposição na forma do art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, configura-se como ato ilícito, nos moldes do art. 37, 5º, da Constituição Federal de 1988, sendo a respectiva pretensão de ressarcimento imprescindível; e b) nem toda despesa irregular que enseje reposição na forma do art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, constitui ato ilícito, como previsto no art. 37, 5º, da CF/88. Desta feita, caso o servidor beneficiado tenha agido de má-fé, ou, de qualquer forma, concorrido para a despesa irregular, e, portanto, cometido ilícito, a reposição respectiva seria imprescritível. Já na hipótese de não comprovação da má-fé do interessado, nem de ilicitude que lhe seja imputável, haveria prescrição, no prazo de 5 (cinco) anos (Decreto nº 20.910, de 1932) ou pela regra geral estabelecida no Código Civil (vinte anos pelo Código de 1916 ou dez pelo atual). 30. Considerando que a consulta feita por meio da Nota PGFN/CJU/CPN nº 620/2008 não foi respondida até o momento, entendemos conveniente encaminhar os autos à SRH/MP, com vistas à manifestação acerca do prazo prescricional aplicável às ações de reposição ao erário. 10. Por sua vez, submetido o assunto à extinta Secretaria de Recursos Humanos deste Ministério, foi expedida Nota Técnica nº 515/2009/COGES/DENOP/ SRH/MP, de 05 de novembro de 2009, fls. 48/54, por meio da qual - considerando divergência quanto à aplicação, por analogia, do prazo de 5 anos (art. 54 da Lei nº 9.784, de 1999), ou do prazo do Código Civil (cf. Acórdão nº 795/2006 e Acórdão nº 1727/2003, ambos da Primeira Câmara do Tribunal de Contas da União) - foram encaminhados os seguintes questionamentos à Consultoria Jurídica deste Ministério: a) após o transcurso de mais de 5 (cinco) anos efetuando um pagamento desprovido de qualquer fundamento legal, estaria a Administração obrigada a mantê-lo em face do disposto no art. 54 da Lei nº 9.784, de 1999? ou b) poderá a Administração, no exercício do seu dever de autotutela insculpido no art. 114 da Lei nº 8.112, de 1990, suspender o pagamento, haja vista a ofensa ao texto legal? c) admitindo-se como possível a suspensão do pagamento, conforme foi efetivamente perpetrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, deverá ser promovida a reposição ao erário de todos os valores pagos indevidamente à interessada, ou seja, o lapso temporal correspondente ao período de março de 2001 a fevereiro de 2007? ou d) a Administração só poderá repor os valores pagos indevidamente nos 5 (cinco) anos anteriores a data em que se efetivou a anulação do ato? NI Reposição ao erário PGFN-MF 3

e) a Administração deverá promover a reposição ao erário no prazo de 5 (cinco) anos, conforme disposto na Lei nº 9.784, de 1999, ou no prazo geral do Código Civil de 1916 (vinte anos) ou do Código Civil de 2002 (dez anos)? e f) qual é o termo a quo do prazo previsto na alínea e? 11. Por sua vez, a Consultoria Jurídica deste Ministério, por intermédio do PARECER/MP/ CONJUR/FB/Nº 1816-7.9/2009, se manifestou no sentido de que, caso não haja aquiescência do servidor à reposição ao erário, para qualquer dos casos previstos no art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, judicializados ou não, o processo administrativo deverá ser imediatamente encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para inscrição em Dívida Ativa da União, nos termos do art. 39 da Lei nº 4.320, de 1964. 12. Em seguida, o processo foi encaminhado à Coordenação-Geral de Recursos Humanos daquela Consultoria Jurídica, para manifestação quanto aos questionamentos da extinta Secretaria de Recursos Humanos deste Ministério. 13. Saliente-se que aquela Coordenação-Geral de Recursos Humanos da CONJUR/MP, mediante PARECER/MP/CONJUR/JD/Nº 0178-3.27/2010, fls. 83/99, concluiu o seguinte a respeito da situação da interessada: 43. No caso dos autos, foi expedido o Memorando EQGEP nº 535/2007 em 26/04/2007 (fl. 04) cientificando a servidora do procedimento administrativo de reposição ao erário. Depreende-se dos documentos de fls. 07 a 10 que a interessada deixou de fazer jus à percepção da vantagem em maro de 2001, de tal sorte que a rubrica foi incluída indevidamente em seu contracheque entre março de 2001 e fevereiro de 2007. Concluise, pois, que em 26/04/2007 teve início o procedimento de revisão para as parcelas recebidas indevidamente nos cinco anos passados, é dizer, naquela data era possível a cobrança administrativa das parcelas recebidas entre abril de 2002 e fevereiro de 2007. Quanto às parcelas recebidas antes de abril de 2002, pelo entendimento ora perfilhado, já se encontrariam fulminadas pelo prazo decadencial, cabendo, quanto a estas, o envio do processo administrativo instruído à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para fins de análise da possibilidade da cobrança judicial da dívida. 44. Esclareça-se, por oportuno, que seguindo o entendimento sedimentado pela Consultoria Geral da União, interrompido o prazo decadencial em 26/04/2007, a partir desta data, teria a Administração 5 (cinco) anos para concluir o procedimento objetivando a anulação da ilegalidade e consequente restituição ao erário, subsistindo, até 26/04/2012, seu direito de exercer o poder-dever de autotutela. 45. Ratifico, por necessário e oportuno, a recomendação contida no item 17 do PARECER/MP/CONJUR/FB/Nº 1816-7.9/2009, [...] 14. Ato contínuo, a Consultoria Jurídica deste Ministério, por vislumbrar repercussão geral da matéria em comento, submeteu o assunto à Consultoria Geral da União que, por meio do NI Reposição ao erário PGFN-MF 4

PARECER Nº 173/2010/DECOR/CGU/AGU, fls. 103/106, anuiu integralmente às conclusões do PARECER/MP/CONJUR/JD/Nº 0178-3.27/2010. 15. Por fim, aquela Consultoria Jurídica encaminha o processo em epígrafe a esta Secretaria SEGEP, para ciência a e adoção das providencias pertinentes, de acordo com a análise jurídica contida nos pareceres supra. 16. Preliminarmente, convém esclarecer que o cerne da questão limita-se somente ao que diz respeito à reposição dos valores a serem restituídos ao erário pela servidora, no que tange ao pagamento da Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada, decorrente da Gratificação Especial de Localidade, quando foi removida para localidade não abrangida pelo Decreto nº 493, de 1992. 17. No que concerne à reposição de valores ao erário, cabe destacar que esta Secretaria de Gestão Pública exarou a Orientação Normativa nº 5, de 21 de fevereiro de 2013, a qual estabelece os procedimentos a serem adotados, pelos órgãos e entidades do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal SIPEC, para a reposição ao erário. 18. A referida Orientação Normativa, em seu art. 3º, estabeleceu o seguinte: 4º Não estarão sujeitos à reposição ao erário os valores recebidos de boa-fé pelo servidor, aposentado ou beneficiário de pensão civil, em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da administração pública. 5º Na hipótese de dúvida quanto ao reconhecimento da boa fé alegada pelo interessado, ou a respeito da incidência dos institutos da prescrição ou decadência, o dirigente de recursos humanos poderá submeter o processo administrativo à análise do respectivo órgão de assessoramento jurídico. 19. Em relação ao caso posto em voga, há de se destacar que já foi analisado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, pela Consultoria Jurídica deste Ministério, bem como pela Consultoria Geral da União, a qual, por meio do PARECER Nº 173/2010/DECOR/ CGU/AGU, fls. 103/106, anuiu integralmente às conclusões do PARECER/MP/CONJUR/JD/Nº 0178-3.27/2010, fls. 83/99. 20. Desse modo, consoante entendimento exposto pela Consultoria Jurídica deste Ministério, em 26 de abril de 2007, era possível a cobrança administrativa dos valores pagos equivocadamente à servidora, nos cinco anos passados, ou seja, entre abril de 2002 e fevereiro de NI Reposição ao erário PGFN-MF 5

2007. No que se refere às parcelas anteriores a abril de 2002, deverá ser encaminhado processo à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para análise quanto à possibilidade de cobrança judicial da dívida. 21. Ademais, a partir de 26 de abril de 2007, teria a Administração o direito de exercer seu poder de autotutela até 26 de abril de 2012, para concluir o procedimento objetivando a anulação da ilegalidade e restituição dos valores ao erário. 22. Por fim, deve-se salientar novamente que, segundo o disposto no PARECER/MP/ CONJUR/FB/Nº 1816-7.9/2009, em caso de não aquiescência do servidor quanto à reposição, para qualquer dos casos previstos no art. 46 da Lei nº 8.112, de 1990, judicializados ou não, o procedimento administrativo deverá ser imediatamente encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para inscrição em Dívida Ativa da União, nos termos do art. 39 da Lei nº 4.320, de 1964. 23. Desse modo, submetemos a presente Nota Informativa à apreciação das instâncias superiores, com a sugestão de encaminhamento dos autos à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, para conhecimento e demais providências. À consideração da Senhora Coordenadora-Geral. Brasília, 08 de maio de 2013. PATRÍCIA MARINHO DOS SANTOS Técnica da DILAF MARCIA ALVES DE ASSIS Chefe da Divisão de Direitos, Vantagens, Licenças e Afastamentos - DILAF De acordo. Ao Senhor Diretor para apreciação. Brasília, 08 de maio de 2013. ANA CRISTINA SÁ TELES D AVILA Coordenadora-Geral de Elaboração, Orientação e Consolidação das Normas proposta. Aprovo. Encaminhe-se à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, na forma Brasília, 09 de maio de 2013. ROGÉRIO XAVIER ROCHA Diretor do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal NI Reposição ao erário PGFN-MF 6