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Transcrição:

Av. Presidente Antonio Carlos,251 6o andar - Gab. NÃO PAGAMENTO CORRETO DE VERBAS RESCISÓRIAS. INSCRIÇÃO NO SERASA E SPC. DANO MORAL PRESENTE. Os documentos juntados a fl. 1 comprovam que o não pagamento das verbas rescisórias gerou, de fato, dano ao empregado. Trata-se de inclusão do nome do reclamante junto ao SERASA e SPC. Tal dano, contudo, restringe-se ao aspecto patrimonial e, como tal, não é passível de reparação. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Recurso Ordinário em que são partes: DROGARIA ONOFRE, JOÃO DA COSTA PIMENTEL NETO e INTELIG COMUNICAÇÕES, como recorrentes e recorridos. Inconformados com a r. sentença de fls. 239/25 complementada com a decisão de embargos de declaração de fl. 258, que julgou procedente em parte o pedido, recorrem ordinariamente as partes. Sustenta a terceira reclamada (Drogaria Onofre), em síntese, que não há que se falar em responsabilidade subsidiária, já que o recorrido era empregado da primeira reclamada (fls. 251/255). Aduz o reclamante, por seu turno, que se impõe o reconhecimento da revelia. Alega que se impõe o deferimento da multa do artigo 67 da CLT e a indenização por danos morais (fls. 263/267). A segunda reclamada, por sua vez, suscita a sua ilegitimidade passiva, inaplicabilidade da Súmula 331 do C. TST, limitação da responsabilidade, horas extras, diferenças do FGTS, contribuição previdenciária e compensação (fls. 268/280). Custas a fls. 27 e 282 e depósito recursal a fl. 257e fl. 281. Contra-razões às fls. 28/288, fls. 289/293, fls. 29/301, fls. 302/30, fls. 305/307. Deixo de remeter os presentes autos ao Ministério Público do Trabalho por não vislumbrar, na forma da lei, interesse que o justifique. É o relatório.

Av. Presidente Antonio Carlos,251 6o andar - Gab. V O T O I. CONHECIMENTO Conheço dos recursos, tempestivos e regulares. II. MÉRITO RECURSO ORDINÁRIO DE DROGARIA ONOFRE Da responsabilidade subsidiária (matéria atinentes aos recursos das reclamadas) A presente ação foi ajuizada em face de Pires Serviços de Segurança e Transporte de Valores Ltda, Intelig Telecomunicações, Drogaria Onofre, Banco Real e Banco Itaú. Requer, em razão do exposto, a responsabilidade subsidiária da segunda reclamada. A ação foi contestada na forma de contestações. O pedido foi julgado procedente em parte, sendo a segunda, terceira e quarta reclamadas condenada subsidiariamente. In casu, a segunda reclamada, ora recorrente, sustenta a sua ilegitimidade passiva, sob o fundamento de que jamais foi empregadora do reclamante. Todavia, engana-se a recorrente. A prova testemunhal foi clara em relação ao tema. Releva notar, conforme expresso na sentença, que a segunda, terceira e quarta reclamadas juntaram aos autos contratos de prestação de serviços de vigilância com a primeira reclamada. Assim, a matéria em exame encontra respaldo na jurisprudência dominante (súmula 331, do C. TST), sendo pacífica nestes casos a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, conforme aludido verbete que passo a transcrever: O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia

Av. Presidente Antonio Carlos,251 6o andar - Gab. mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71- da lei nº 8.666, de 21.6.1993). Por fim, não há que se falar em limitação da responsabilidade subsidiária. Todas as verbas não pagas pelo devedor principal serão arcadas pelo responsável subsidiária, naturalmente após regular liquidação de sentença. RECURSO ORDINÁRIO DO RECLAMANTE Da revelia Inaplicável a revelia e seus efeitos à primeira ré, eis que foi apresentada defesa e, ainda, o preposto esteve presente em todas as audiências, como bem ressaltado pela MM. Juíza de primeiro grau. Nada a alterar. Da multa do artigo 67 da CLT Inaplicável o disposto no texto consolidado, como pretende o recorrente. Com efeito, a matéria posta em juízo, ou seja, os pedidos formulados foram objeto das contestações, o que tornam controvertidos os temas e, via de conseqüência, a não incidência da norma consolidada. Da indenização por danos morais Os documentos juntados a fl. 1 comprovam que o não pagamento das verbas rescisórias gerou, de fato, dano ao empregado. Trata-se de inclusão do nome do reclamante junto ao SERASA e SPC. Tais procedimentos que, na realidade, impossibilitam o cidadão de bem de ter acesso a crédito, em concreto, geram grande desconforto, sobretudo quando se trata do homem médio, comum e trabalhador como tantos. Nada obstante, entendo que o dano é, aqui, de caráter patrimonial. RECURSO ORDINÁRIO DE INTELIG COMUNICAÇÕES

Av. Presidente Antonio Carlos,251 6o andar - Gab. Das horas extras A recorrente, em suas razões recursais, apenas enfrenta a questão sob o prisma da distribuição do ônus da prova, ressaltando sempre a sua ausência de responsabilidade de qualquer verba trabalhista. A questão da responsabilidade e seus efeitos foi examinada quando do primeiro recurso, No que concerne as horas extras, nada a alterar no julgado, que com acerto e amparo na prova testemunhal deferiu horas extraordinárias, não tendo a recorrente trazido a esta instância qualquer argumento capaz de alterar o decidido, pelo que me reporto a bem lançada sentença. Da diferença de FGTS e da contribuição previdenciária Mais uma vez, reporto-me ao decidido, ou seja, o exame do extrato analítico demonstra que o FGTS não foi integralmente depositado. Nego provimento, ressaltando também que os elementos veiculados no recurso em nada alteram o decidido. Em relação a contribuição previdenciária, também nada a alterar. III. CONCLUSÃO Pelo exposto, conheço dos recursos e, no mérito, nego provimento a ambos os recursos. A C O R D A M, os Desembargadores que compõem a 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, por unanimidade, conhecer dos recursos e, no mérito, negar-lhes provimento Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2008

Av. Presidente Antonio Carlos,251 6o andar - Gab. RELATOR DESEMBARGADOR JOSÉ NASCIMENTO ARAUJO NETTO