1. Epidemiologia e Bioestatística... 15 Rodrigo Menezes Furtado RESUMO PRÁTICO... 35



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Transcrição:

Sumário 1. Epidemiologia e Bioestatística... 15 Rodrigo Menezes Furtado 1.. Indicadores de saúde... 15 2.. Estudos epidemiológicos... 20 3.. Medidas de tendência central e medidas de dispersão... 31 RESUMO PRÁTICO... 35 1.. Indicadores de saúde... 35 2.. Indicadores de acidentes de trabalho... 37 3.. Estudos epidemiológicos... 40 4.. Medidas de tendência central e medidas de dispersão... 46 Referências Bibliográficas... 48 2. Aspectos Essencias da Medicina do Trabalho... 49 Rodrigo Menezes Furtado 1.. Aspectos Históricos da Saúde do Trabalhador... 49 2.. Nexo Causal / Classificação de Schilling... 50 3.. Acidente de Trabalho (Segundo o Ministério da Previdência e Assistência Social) / Comunicação de Acidente de Trabalho CAT... 54 4.. Acidente de Trabalho (Segundo o Ministério da Saúde) / Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN... 58 5.. Acidente de Trabalho Com Material Biológico... 59 6.. Análise e Investigação de Acidentes de Trabalho... 61 RESUMO PRÁTICO... 63 1.. Aspectos Históricos da Saúde do Trabalhador... 63 2.. Nexo Causal / Classificação de Schilling... 64 3.. Acidentes de Trabalho (Segundo o Ministério da Previdência e Assistência Social) / Comunicação de Acidente de Trabalho CAT... 65 4.. Comunicação de Acidente de Trabalho CAT... 66 4.. Acidente de Trabalho (Segundo o Ministério da Saúde) / Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN... 67 5.. Acidente de Trabalho com Material Biológico... 68 6.. Análise e Investigação de Acidentes de Trabalho... 70 7.. Benefícios resultantes de um sistema de análise de eventos adversos... 70 Referências Bibliográficas... 74 3. Lesões por Esforço Repetitivo LER / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho DORT... 77 Manoel Juvenal da Costa Neto

10 Sumário RESUMO PRÁTICO... 89 1..Introdução... 89 2.. Fatores de risco... 89 3.. Quadro clínico... 90 4.. Principais patologias... 90 Referências Bibliográficas... 93 4. Transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho / Violência no trabalho... 95 Manoel Juvenal da Costa Neto 1.. Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados ao Trabalho... 95 2.. Violência no Trabalho... 106 RESUMO PRÁTICO... 106 Referências Bibliográficas... 110 5. Doenças do Sistema Respiratório relacionadas ao Trabalho... 111 Felipe Evangelista Simões RESUMO PRÁTICO... 120 1.. Perfuração do septo nasal... 120 2..Asma... 121 3.. Pneumoconiose dos mineiros de carvão... 121 4.. Pneumoconiose devida a amianto (asbesto) e outras fibras minerais... 122 5..Silicose... 122 6..Beriliose... 123 7..Siderose... 123 8..Bissinose... 124 9..Bagaçose... 124 10..Síndrome de disfunção reativa das vias aéreas... 124 11..Síndrome de Caplan... 125 Referências Bibliográficas... 125 6. Doenças Relacionadas ao Trabalho I... 127 Jandir Mendonça Nicacio 1.. Neoplasias Relacionadas ao Trabalho... 127 2.. Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos relacionadas ao trabalho... 135 RESUMO PRÁTICO... 139 1.. Neoplasias Relacionadas ao Trabalho... 139 2..Pele... 140 3..Bexiga... 140 4..Pulmão/Pleura/Peritônio... 140 5.. Cavidade nasal/orofaringe/laringe... 141 6..Estômago... 141 7..Pâncreas... 141 8.. Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos relacionadas ao trabalho... 141 Referências Bibliográficas... 142

11 7. Doenças Relacionadas ao Trabalho II... 143 Rodrigo Menezes Furtado e Dario Soares 1.. Perda Auditiva Induzida por Ruído PAIR... 143 2.. Transtornos da Voz Relacionados ao Trabalho... 148 3.. Doenças do Olho e Anexos Relacionadas ao Trabalho... 148 4.. Doenças do Sistema Nervoso Relacionadas ao Trabalho... 150 RESUMO PRÁTICO... 151 1.. Perda Auditiva Induzida por Ruído PAIR... 151 2.. Transtornos da Voz Relacionados ao Trabalho... 153 3.. Doenças do Olho e Anexos Relacionadas ao Trabalho... 154 4.. Doenças do Sistema Nervoso Relacionadas ao Trabalho... 156 Referências Bibliográficas... 157 8. Doenças Relacionadas ao Trabalho III... 159 Jeane Brito Falcão 1.. Doenças do Sistema Gênito-Urinário Relacionadas ao Trabalho... 159 2.. Dermatoses Ocupacionais... 160 3.. Doenças Infecciosas e Parasitárias Relacionadas ao Trabalho... 161 4.. Doenças do Sistema Circulatório Relacionadas ao Trabalho... 162 5.. Doenças do Sistema Digestivo Relacionadas ao Trabalho... 164 RESUMO PRÁTICO... 166 1.. Doenças do Sistema Gênito-Urinário Relacionadas ao Trabalho... 166 2.. Dermatoses Ocupacionais... 168 3.. Causas Comuns de Dermatoses Ocupacionais... 170 4.. Doenças Infecciosas e Parasitárias Relacionadas ao Trabalho... 171 5.. Doença pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (Hiv)... 175 6.. Doenças do Sistema Circulatório Relacionadas ao Trabalho... 177 7.. Doenças do Sistema Digestivo Relacionadas ao Trabalho... 179 Referências Bibliográficas... 181 9. Legislação e Perícias do Trabalho I... 183 Dario Soares 1.. Normas Regulamentadoras... 183 2.. NR 1 Disposições Gerais... 184 3.. NR 2 Inspeção Prévia... 185 4.. NR 3 Embargo ou Interdição... 186 5.. NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)... 186 6.. NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)... 192 7.. NR 6 Equipamento de Proteção Individual (EPI)... 198 8.. NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)... 199 9.. NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)... 207 10..NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade... 213 RESUMO PRÁTICO... 213 1.. Normas Regulamentadoras NR... 213 2.. NR 1 Disposições Gerais... 214 3.. NR 2 Inspeção Prévia... 216 4.. NR 3 Embargo Ou Interdição... 216 5.. NR 4 Serviços Especializados em Engeharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)... 216

12 Sumário 6.. NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)... 218 7.. NR 6 Equipamento de Proteção Individual EPI... 220 8.. NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)... 221 9.. NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)... 229 10..NR 10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade... 232 Referências Bibliográficas... 232 10. Legislação e Perícias Médicas II... 233 Alan Lyrio Burgos Soares NR 15 Atividades e Operações Insalubres... 233 NR 16 Atividades e Operações Perigosas... 238 NR 17 Ergonomia... 239 NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção... 243 NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho... 244 NR 28 Fiscalização e Penalidades... 244 NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde... 245 NR 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados... 248 NR 35 Trabalho em Altura... 248 Normas produzidas pela Organização Internacional do Trabalho OIT... 250 Consolidação das Leis do Trabalho CLT... 253 Perícias médicas... 256 RESUMO PRÁTICO... 257 1.. NORMAS REGULAMENTADORAS... 257 2.. NR 15 Atividades e Operações Insalubres... 258 3.. NR 16 Atividades e Operações Perigosas... 261 4.. NR 17 Ergonomia... 263 5.. NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde... 264 6.. Perícias médicas... 265 7.. LEI Nº 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973. (Código de Processo Civil)... 266 8.. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA... 267 Referências Bibliográficas... 268 11. Previdência Social... 269 Rodrigo Menezes Furtado e Robson Ramos de Andrade 1.. Conceitos Básicos... 269 2.. Benefícios Previdenciários... 275 3.. Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP... 287 4.. Nexo Técnico Previdenciário... 288 RESUMO PRÁTICO... 290 1.. Conceitos Básicos... 290 2.. Financiamento da Seguridade Social:... 291 3.. Beneficiários da Previdência Social... 292 4.. Período de Graça... 294 5..Carência... 294 6.. Fator Acidentário de Prevenção FAP... 295 7.. Reabilitação Profissional... 296 8.. Benefícios Previdenciários... 297 9.. Perfil Profissiográfico Previdenciário PPP... 302 10..Nexo Técnico Previdenciário... 303 Referências Bibliográficas... 303

13 12. Ergonomia e Fisiologia do Trabalho... 305 Marília Fernandes Soares de Melo 1.. Princípios de Ergonomia e Biomecânica... 305 2.. Ferramentas Ergonômicas... 308 3.. Trabalho de Turno / Noturno... 311 4.. Fisiologia do Trabalho... 315 5.. Antropometria e Planejamento do Posto de Trabalho... 318 6.. Organização do Trabalho... 320 RESUMO PRÁTICO... 322 1.. Princípios de Ergonomia e Organização do Trabalho... 322 2.. Ferramentas Ergonômicas... 324 3.. Trabalho de Turno e Noturno... 343 4.. Fisiologia do Trabalho... 343 5.. Antropometria e Planejamento do Posto de Trabalho... 344 Referências Bibliográficas... 345 13. Toxicologia Ocupacional... 347 Fernanda Netto 1.. Introdução À Toxicologia... 347 2.. Toxococinética e Toxicodinâmica... 351 3.. Monitoração Biológica... 353 4.. Pesticidas... 358 5..Solventes... 363 6..Gases... 370 7..Metais... 376 RESUMO PRÁTICO... 382 1.. Introdução À Toxicologia... 382 2.. Toxococinética e Toxicodinâmica... 384 3.. Monitoração Biológica... 387 2..Pesticidas... 391 3..Carbamatos... 392 4.. Piretrinas e Piretróides... 393 5..Herbicidas... 393 6.. Herbicida Paraquat... 393 7..Solventes... 394 8.. Classificação dos Solventes Usados em Indústrias... 395 9.. Solventes Aromáticos... 396 10..Gases... 398 11..Bioquímicos... 399 12..Metais... 399 Referências Bibliográficas... 400 14. Medicina Preventiva Ocupacional e Ambiental... 403 Igor de Almeida Basílio 1.. Princípios de higiene ocupacional... 403 2.. Riscos físicos... 405 3.. Riscos químicos... 408 4.. Riscos biológicos... 409 5.. Vigilância em saúde do trabalhador... 410 6.. Vacinação ocupacional... 411

14 Sumário 7.. Ambiente: qualidade do ar... 412 RESUMO PRÁTICO... 414 1.. Princípios de Higiene Ocupacional... 414 2.. Riscos Ocupacionais... 414 3.. Vigilância em Saúde do Trabalhador... 414 4.. Objetivos da Vigilância em Saúde do Trabalhador... 415 5.. Vacinação Ocupacional... 415 Referências Bibliográficas... 418 15. Miscelânea... 419 Rodrigo Menezes Furtado 1.. Promoção da Acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência... 419 2.. Ética Médica... 420 3.. Resíduos de Serviço de Saúde... 422 4.. Atenção À Saúde do Trabalhador... 423 RESUMO PRÁTICO... 425 1.. Promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência... 425 2.. Ética médica... 425 3.. Resíduos de serviço de saúde... 431 4.. Atenção à saúde do trabalhador... 433 Referências Bibliográficas... 437

Epidemiologia e Bioestatística 1 Rodrigo Menezes Furtado 01 INDICADORES DE SAÚDE (BANCO DO BRASIL - FCC - 2012) A frequência de casos existentes de uma determinada doença, em uma determinada população e em um dado momento é a definição de A Incidência. B Prevalência. C Coeficiente de Incidência. D Risco relativo. E Taxa de Incidência. Alternativa A: INCORRETA. Incidência é a frequência de casos novos de uma determinada doença ou problema de saúde num determinado período de tempo, oriundos de uma população sob risco de adoecimento no início da observação¹. Alternativa B: CORRETA. Prevalência é definida como a frequência de casos existentes de uma determinada doença, em uma determinada população e em um dado momento. A prevalência assemelha-se a uma fotografia, na qual se registra a fração de indivíduos doentes naquele instante do tempo¹. Alternativa C: INCORRETA. O coeficiente de incidência é a razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir essa doença no mesmo período 6. Alternativa D: INCORRETA. O Risco Relativo é uma medida de associação utilizada em alguns estudos epidemiológicos (Coorte e Ensaio clínico) e corresponde à razão entre a incidência da doença entre expostos e a incidência entre não-expostos, ou seja: RR = I expostos I não-expostos Alternativa E: INCORRETA. Taxa de incidência é outra maneira de utilizarmos o conceito de incidência, um pouco mais complexa de ser calculada. Também chamada de densidade de incidência, a taxa de incidência é utilizada quando precisamos medir o número de casos novos numa população que varia no tempo (população dinâmica), como, por exemplo, a incidência de infecções hospitalares em que o denominador varia de acordo com as novas internações, altas e óbitos. Em outros termos, o denominador é constituído por população que é exposta ao risco por períodos variados de tempo. No coeficiente de incidência o tempo constitui uma referência básica mas ele não está incluído no cálculo da medida resultante. Já na taxa de incidência o denominador é o total de Pessoas-Tempo de observação, que é o somatório dos períodos de tempo nos quais cada indivíduo permaneceu sob observação. Para cada ano de observação, e até que a pessoa desenvolva a doença ou seja perdida do acompanhamento, cada pessoa da população em estudo contribui com uma pessoa-ano ou dia, semana, mês no denominador. A taxa de incidência é calculada da seguinte forma: Taxa de incidência = 02 Número de pessoas que adoeceram no período x10 Pessoa-tempo em risco (MPU - UNB/CESPE - 2013) A maior duração da doença, o aumento da sobrevida do paciente, sem a cura da doença, a imigração de casos, a emigração de pessoas sadias e a melhoria dos recursos diagnósticos e do sistema de registro tendem a levar a um aumento da prevalência de determinada doença. Da mesma forma, a menor duração e a maior letalidade da doença fazem-na diminuir.

16 Epidemiologia ebioestatística DICA DO AUTOR: Os principais fatores que determinam a taxa de prevalência são: a severidade da doença (se muitas pessoas que desenvolvem a doença morrem, a prevalência diminui), a duração da doença (se uma doença é de curta duração, sua taxa prevalência é menor do que a de uma doença com longa duração) e o número de novos casos (se muitas pessoas contraírem a doença, sua taxa de prevalência será maior do que se poucas pessoas a contraírem)³. Não vale a pena decorá-los, visto que, após o entendimento do conceito de prevalência, fica fácil e lógica a dedução destes fatores. Assertativa: CORRETA. A prevalência é influenciada por diversos fatores. Aumentam a prevalência de determinada doença: A maior duração da doença, o aumento da sobrevida do paciente, sem a cura da doença, o aumento de casos novos (aumento da incidência), a imigração de casos, a emigração de pessoas sadias, a imigração de pessoas susceptíveis, a melhora dos recursos diagnósticos (melhora do sistema de registro). Diminuem a prevalência de determinada doença: A menor duração da doença, a maior letalidade da doença, a redução de casos novos (diminuição da incidência), a imigração de pessoas sadias, a emigração de casos, o aumento da taxa de cura da doença. 03 (TJ/PA - VUNESP - 2014) Na análise de uma população de trabalhadores, em relação às doenças crônicas não transmissíveis, observou-se que o (a) (que mede o risco de morrer) estava em declínio e o (a) (que mede a gravidade da doença) estava se elevando. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas. A coeficiente de letalidade...coeficiente de morbidade B taxa de prevalência...taxa de incidência C taxa de incidência...taxa de prevalência D índice de Swaroop&Uemura...taxa de morbidade E coeficiente de mortalidade...coeficiente de letalidade DICA DO AUTOR: Fique atento com relação à terminologia das medidas e indicadores em epidemiologia. O termo taxa, por exemplo, pode ser utilizado com um sentido mais genérico (comumente utilizado para referir-se a um coeficiente ) ou com um sentido específico (onde o numerador expressa um número simples de eventos em uma dimensão e o denominador inclui, de alguma maneira, a dimensão de tempo). Assim, a taxa de incidência pode aparecer nas questões com um dos dois sentidos: TAXA DE INCIDÊNCIA Taxa de incidência = Coeficiente de incidência = N de casos novos de uma doença no período x10 n população exposta ao risco de adquirir essa doença Taxa de incidência = Densidade de incidência = N de casos novos de uma doença no período x10 ⁿ Pessoa-tempo em risco Alternativa E: CORRETA. O coeficiente de mortalidade representa o risco de óbito na população estudada e o coeficiente de letalidade representa a proporção de óbitos entre os casos da doença, sendo um indicativo da gravidade da doença ou agravo na população. Coeficiente de morbidade: Relação entre o número de casos de uma doença e uma determinada população. Discriminado em coeficiente de incidência e coeficiente de prevalência. A prevalência não mede o risco de adoecimento: ela mede a magnitude (ou seja, o tamanho) da doença na população. Somente a incidência pode medir o risco, pois ela utiliza como denominador a população sob risco de adquirir a doença. Na prevalência, utiliza-se a população total, que é composta de pessoas sob risco de desenvolver a doença e outras que não estão sob risco 8. Taxa de prevalência: Taxa (ou coeficiente) de prevalência é a relação entre o número de casos

Rodrigo Menezes Furtado 17 existentes de uma determinada doença e o número de pessoas na população, em um determinado período. Taxa de incidência: Calculada como a razão entre o número de casos novos de uma determinada doença ou problema de saúde, e o total de pessoa-tempo gerado a partir da população de estudo acompanhada¹. Índice de Swaroop & Uemura: Este índice é a mortalidade proporcional de 50 anos ou mais, ou seja: a proporção de óbitos ocorridos em indivíduos com 50 anos ou mais. Óbitos abaixo desta faixa etária são considerados, grosso modo, óbitos evitáveis; desta forma, quanto maior a proporção de óbitos entre indivíduos adultos maduros e idosos (50 anos ou mais), melhor a condição de vida e saúde da população 8. CL = N de mortes devido à doença X em determinada comunidade e tempo x 10ⁿ N de casos da doença X na mesma área e tempo Alternativa D: INCORRETA. Coeficiente de mortalidade geral: Obtido pela divisão do número total de óbitos por todas as causas em um ano pelo número da população naquele ano, multiplicado por 1.000. Para responder às três próximas questões, considere os seguintes dados referentes a acidentes de trabalho AT de três departamentos de uma empresa, registrados ao longo de um ano. Todos os trabalhadores têm a mesma extensão da jornada de trabalho. ISU = Número de óbitos em 50 anos de idade Total de óbitos x100 Departamento Total de Trabalhadores N.º de AT N.º de AT Fatais 04 (PREF. UBATUBA-SP - IDECAN - 2015) Com o número de óbitos de uma determinada doença infectoparasitária, dividido pelo número de doentes da mesma patologia em uma área, pode se configurar A a taxa de ataque. B a taxa de prevalência. C o coeficiente de letalidade. D o coeficiente de mortalidade geral. Alternativa A: INCORRETA. O termo taxa de ataque é frequentemente utilizado, ao invés de incidência, durante uma epidemia de doença em uma população bem definida em um curto período de tempo. A taxa de ataque pode ser calculada como o número de pessoas afetadas dividido pelo número de pessoas expostas³. Alternativa B: INCORRETA. Taxa (ou coeficiente) de prevalência é a relação entre o número de casos existentes de uma determinada doença e o número de pessoas na população, em um determinado período. Alternativa C: CORRETA. O Coeficiente de letalidade de uma forma geral representa a proporção de óbitos entre os casos da doença. É um indicativo da gravidade da doença ou agravo na população. É dado pela relação: 05 A 100 10 1 B 200 15 1 C 400 20 2 (MÉDICO DO TRABALHO - PREF. DE SÃO PAULO/SP - 2014 - VUNESP) A sequência correta dos departamentos, por ordem decrescente (do maior para o menor) do coeficiente de incidência de AT é A C, B, A. B B, C, A. C A, C, B. D B, A, C. E A, B, C. DICA DO AUTOR: As próximas questões são referentes aos indicadores de Acidentes do Trabalho. São diversos os indicadores que determinam os riscos no trabalho: Segundo a NBR nº 14.280/01: Taxa de frequência Taxa de frequência de acidentes Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento Taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento Taxa de gravidade

18 Epidemiologia ebioestatística Segundo o MPAS: Taxa de Incidência de Acidentes do Trabalho; Taxa de incidência específica para doenças do trabalho; Taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos; Taxa de incidência específica para incapacidade temporária. Taxa de mortalidade; Taxa de letalidade; Alternativa E: VERDADEIRA. Taxa (ou coeficiente) de Incidência de Acidentes do Trabalho: Seu coeficiente é definido como a razão entre o número de novos acidentes do trabalho a cada ano e a população exposta ao risco de sofrer algum tipo de acidente. CI (AT) = N de novos acidentes do trabalho ocorridos em determinado departamento da empresa em um ano x 10² N de trabalhadores expostos ao risco de acidentar-se (de determinado departamento) CI (Dep. A): CI (Dep. B): CI (Dep. C): 10 100 15 200 10 400 x 10² = 0,1 x 10² = 10 (No ano ocorreram 10 AT para cada 100 trabalhadores) x 10² = 0,075 x 10² = 7,5 (No ano ocorreram 7,5 AT para cada100 trabalhadores) x 10² = 0,05 x 10² = 5 (No ano ocorreram 5 AT para cada 100 trabalhadores) Portanto: CI (Dep. A) > CI (Dep. B) > CI (Dep. C) 06 (PREF. DE SÃO PAULO/SP - VUNESP - 2014) Com relação ao coeficiente de letalidade por AT, é correto afirmar que A ele é igual nos departamentos B e C. B ele é igual nos departamentos A e C. C o do departamento A é o dobro do dos departamentos B e C. D ele é maior no departamento C. E não há elementos suficientes para sua aferição. Alternativa B: CORRETA. Como indicador de Acidentes do trabalho, a letalidade mede a capacidade de matar dos acidentes do trabalho. É um bom indicador para medir a gravidade do acidente. O coeficiente é calculado pelo número de óbitos decorrentes dos acidentes do trabalho e o número total de acidentes. CL por AT = CL (Dep. A): CL (Dep. B): CL (Dep. C): 1 10 1 15 2 20 N de mortes por acidentes do trabalho x 10² N de acidentes do trabalho x 10² = 0,1 x 10² = 10 ( No ano ocorreram 10 mortes para cada 100 acidentes registrados) 10² = 0,067 x 10² = 6,7 ( No ano ocorreram 6,7 mortes para cada 100 acidentes registrados) x 10² = 0,1 x 10² = 10 (No ano ocorreram 10 mortes para cada 100 acidentes registrados) Portanto: CL (Dep. A) = CL (Dep. C)

07 (PREF. DE SÃO PAULO/SP - VUNESP - 2014) Quanto à gravidade dos acidentes nos três departamentos, é correto afirmar que A ela é maior no departamento C. B ela é igual nos três departamentos. C a do departamento C é duas vezes maior do que a dos departamentos A e B. D não há elementos suficientes para sua aferição. E ela é igual nos departamentos A e C. Alternativa D: CORRETA. A taxa de gravidade é um indicador epidemiológico que permite avaliar quantitativamente as perdas decorrentes dos acidentes do trabalho por incapacidade temporária ou permanente dos acidentados. É calculada da seguinte forma: Taxa de gravidade= N de dias perdidos + N de dias debitados x 10 ⁿ N de horas-homem de exposição ao risco Dessa forma, a questão não apresenta elementos para sua aferição. 08 (TRE/MG - CONSULPLAN - 2013) Indicadores de saúde são parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo. Dentre os indicadores de acidente de trabalho, indique o que NÃO apresenta no denominador o número médio anual de vínculos. A Taxa de letalidade. B Taxa de mortalidade. C Taxa de incidência específica para doenças do trabalho. D Taxa de incidência específica para incapacidade temporária. E Taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos. Rodrigo Menezes Furtado 19 Alternativa A: CORRETA. A taxa de letalidade pode ser calculada pela seguinte fórmula: N de óbitos decorrentes de acidentes do trabalho x 1.000 N de acidentes do trabalho registrados O denominador dessa taxa é constituído pelo número de acidentes do trabalho registrados. Portanto, esse indicador de acidente de trabalho não apresenta no denominador o número médio anual de vínculos. Alternativa B: INCORRETA. A taxa de mortalidade pode ser calculada pela seguinte fórmula: N de óbitos decorrentes de acidentes do trabalho x 100.000 Esse indicador de acidente de trabalho apresenta no denominador o número médio anual de vínculos. Alternativa C: INCORRETA. A taxa de incidência específica para doenças do trabalho pode ser calculada pela seguinte fórmula: N de casos novos de doenças relacionadas ao trabalho x 1.000 Esse indicador de acidente de trabalho apresenta no denominador o número médio anual de vínculos. Alternativa D: INCORRETA. A taxa de incidência específica para incapacidade temporária pode ser calculada pela seguinte fórmula: N de acidentes que resultaram em incapacidade temporária x 1.000 Esse indicador de acidente de trabalho apresenta no denominador o número médio anual de vínculos. Alternativa E: INCORRETA. A taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos pode ser calculada pela seguinte fórmula: N de casos novos de acidentes do trabalho típicos x 1.000

Rodrigo Menezes Furtado 35 DICA DO AUTOR: Algumas características importantes da moda: Assim como a mediana, a moda não é influenciada por valores extremos. Ao contrário da média ou da mediana, a moda não é necessariamente única, podendo ser bimodal, multimodal e até mesmo amodal. É útil quando as observações não são numéricas. Ex: a moda de {rato, gato, cachorro, cachorro, cachorro, coelho} é cachorro. Alternativa D: CORRETA. Para calcularmos a moda, o primeiro passo é organizar os valores em ordem crescente: 1 2 3 4 5 6 7 75 88 90 90 92 100 110 A moda é o valor que ocorre com mais frequência na amostra. Na amostra acima, observamos que o valor que mais aparece é o 90, o qual ocorre duas vezes. Todos os outros valores só aparecem uma única vez. Assim, a moda dessa amostra é 90. RESUMO PRÁTICO 1. INDICADORES DE SAÚDE Para que a saúde seja quantificada e para permitir comparações na população, utilizam-se os indicadores de saúde. Os indicadores de saúde são parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo 20. Esses indicadores podem ser expressos em termos de frequência absoluta ou como frequência relativa, onde se incluem os coeficientes e índices 6. Em geral, números absolutos de casos de doenças ou mortes não são utilizados para avaliar o nível de saúde, pois não levam em conta o tamanho da população². Coeficientes (ou taxas ou rates): São as medidas básicas da ocorrência das doenças em uma determinada população e período. Para o cálculo dos coeficientes ou taxas, considera-se que o número de casos está relacionado ao tamanho da população que lhes deu origem 6. ATENÇÃO: De uma maneira geral, utilizaremos os termos coeficiente e taxa como sinônimos, com exceção da Taxa de incidência. Esta pode aparecer como sinônimo de coeficiente de incidência (a população em risco no denominador) ou como sinônimo de densidade de incidência (que utiliza uma medida de tempo no denominador). Assim, a taxa de incidência pode aparecer nas questões com um dos dois sentidos: Taxa de incidência = Coeficiente de incidência = Taxa de incidência = Densidade de incidência = TAXA DE INCIDÊNCIA N de casos novos de uma doença no período x10 n população exposta ao risco de adquirir essa doença N de casos novos de uma doença no período x10 ⁿ Pessoa-tempo em risco A maioria dos autores 1,3,5 consideram a taxa de incidência como sinônimo de densidade de incidência, com Pessoa-tempo em risco no denominador. Índices: O numerador e o denominador são sempre as mesmas unidades numéricas. Na verdade, são proporções entre um subconjunto (numerador) e um conjunto (denominador). MEDIDAS DE MORBIDADE MEDIDAS DA PREVALÊNCIA: Prevalência é definida como a frequência de casos existentes de uma determinada doença, em uma determinada população e em um dado momento. A prevalência assemelha-se a uma fotografia, na qual se registra a fração de indivíduos doentes naquele instante do tempo¹. A prevalência expressa uma quantificação de um estado mórbido em uma população 5.

36 Epidemiologia ebioestatística MEDIDAS DE MORBIDADE Coeficiente de prevalência é a relação entre o número de casos existentes de uma determinada doença e o número de pessoas na população, em um determinado período. Esse coeficiente pode ser multiplicado por uma constante, pois, assim, torna-se um número inteiro fácil de interpretar (essa constante pode ser 100, 1.000 ou 10.000) 6. Expressa da seguinte forma: Coeficiente de prevalência = número de casos existentes número de pessoas na população MEDIDAS DE MORBIDADE O coeficiente de incidência é a razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir essa doença no mesmo período 6. Coeficiente de incidência = Número de casos novos de uma doença População exposta da área no mesmo período Alguns autores dividem a incidência em dois tipos: cumulativa (acumulada) e densidade de incidência Os principais fatores que determinam a taxa de prevalência são³: a severidade da doença (se muitas pessoas que desenvolvem a doença morrem, a prevalência diminui); a duração da doença (se uma doença é de curta duração, sua taxa prevalência é menor do que a de uma doença com longa duração); o número de novos casos (se muitas pessoas contraírem a doença, sua taxa de prevalência será maior do que se poucas pessoas a contraírem). Aumentam a prevalência de determinada doença: A maior duração da doença O aumento da sobrevida do paciente, sem a cura da doença O aumento de casos novos (aumento da incidência) A imigração de casos A emigração de pessoas sadias A imigração de pessoas susceptíveis A melhora dos recursos diagnósticos (melhora do sistema de registro). Diminuem a prevalência de determinada doença: A menor duração da doença A maior letalidade da doença A redução de casos novos (diminuição da incidência) A imigração de pessoas sadias A emigração de casos O aumento da taxa de cura da doença MEDIDAS DA INCIDÊNCIA: Incidência é a frequência de casos novos de uma determinada doença ou problema de saúde num determinado período de tempo, oriundos de uma população sob risco de adoecimento no início da observação¹. Incidencia acumulada Incidencia acumulada Densidade de incidência (taxa de incidência) Refere-se à população fixa, onde não há entrada de novos casos naquele determinando período. Por exemplo: em um grupo de trabalhadores expostos ao asbesto, alguns desenvolveram câncer de pulmão em um período de tempo especificado. No denominador do cálculo da incidência cumulativa estão incluídos aqueles que, no início do período, não tinham a doença 6. Incidência cumulativa = número de casos no decorrer do período população exposta no início do período A incidência acumulada é também denominada proporção de incidência, incidência cumulativa ou taxa de ataque. O terceiro termo é, na verdade, uma proporção que expressa o risco de adoecimento em grupos populacionais específicos, e em situações particulares, como os surtos de doenças infecto-contagiosas¹. Densidade de incidência = taxa de incidência Calculada como a razão entre o número de casos novos de uma determinada doença ou problema de saúde, e o total de pessoas-tempo gerado a partir da população de estudo acompanhada¹. É usada quando se considera uma população não-estável, como de pessoas expostas durante períodos diferentes. A densidade de incidência leva em conta o período de tempo durante o qual cada indivíduo esteve livre da doença e, portanto, em risco de desenvolvê-la. Densidade de incidência = número de casos novos População-tempo em risco

Rodrigo Menezes Furtado 37 MEDIDAS DE MORBIDADE Relação entre incidência e prevalência: O coeficiente de prevalência é igual ao resultado do coeficiente de incidência multiplicado pela duração média da doença (LILIENFELD e LILIENFELD, 1980). Portanto: Coeficiente de Prevalência = Coeficiente de incidência X duração média da doença MEDIDAS DE MORTALIDADE São pouco abordadas nas provas de Medicina do trabalho. Normalmente aparecem nas questões como indicador de acidentes de trabalho (ver adiante). Coeficiente de mortalidade geral: Obtido pela divisão do número total de óbitos por todas as causas em um ano pelo número da população naquele ano, multiplicado por 1.000. Principais coeficientes de mortalidade: Coeficiente de mortalidade geral Coeficiente de mortalidade infantil Coeficiente de mortalidade neonatal precoce Coeficiente de mortalidade neonatal tardia Coeficiente de mortalidade perinatal Coeficiente de mortalidade materna Coeficiente de mortalidade específico por doença Índices São pouco abordadas nas provas de Medicina do trabalho. Fórmula básica = N de óbitos por determinada causa, faixa etária ou sexo N total de óbitos por todas as causas, todas as idades ou ambos os sexos x 100 Índice de Swaroop & Uemura: Este índice é a mortalidade proporcional de 50 anos ou mais, ou seja: a proporção de óbitos ocorridos em indivíduos com 50 anos ou mais. Óbitos abaixo desta faixa etária são considerados, grosso modo, óbitos evitáveis; desta forma, quanto maior a proporção de óbitos entre indivíduos adultos maduros e idosos (50 anos ou mais), melhor a condição de vida e saúde da população 8. ISU = Número de óbitos em 50 anos de idade Total de óbitos x100 LETALIDADE A letalidade refere-se à incidência de mortes entre portadores de uma determinada doença, em um certo período de tempo, dividida pela população de doentes. É importante lembrar que, na letalidade, o denominador é o número de doentes 6. O coeficiente de letalidade, de uma forma geral, representa a proporção de óbitos entre os casos da doença, sendo um indicativo da gravidade da doença ou agravo na população. É dado pela relação: Coeficiente de letalidade = N de mortes devido à doença X em determinada comunidade e tempo x 10ⁿ N de casos da doença X na mesma área e tempo 2. INDICADORES DE ACIDENTES DE TRABALHO Os indicadores de acidentes do trabalho fornecem indícios para a determinação de níveis de risco por área profissional, sendo de grande importância para a avaliação dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, e, portanto, são indispensáveis para a correta determinação de programas de prevenção de acidentes e consequente melhoria das condições de trabalho no Brasil. São diversos os indicadores que determinam os riscos no trabalho. A seguir, abordaremos os mais utilizados e mais prováveis de aparecer nas provas. Observe com atenção cada indicador, devido à utilização de critérios divergentes entre eles: Indicadores internacionais: A OIT utiliza três indicadores para medir e comparar a periculosidade entre diferentes setores de atividade econômica de um país (ILO, 1971): o índice de frequência, o índice de gravidade e a taxa de incidência. Esses indicadores, usados internacionalmente, permitem avaliar e comparar os riscos de cada código de atividade econômica, além de servirem como ponto de partida para a obtenção de uma medida de risco única para controle. Medidas de avaliação de frequência e gravidade (Segundo NBR 14.280): Esta norma fixa critérios para o registro, comunicação, estatística, investigação e análise de acidentes do trabalho, sua causas e consequências, aplicando-se a quaisquer atividades laborativas.

38 Epidemiologia ebioestatística Taxas de frequência: Taxa de frequência de acidentes N x 1.000.000 F = H entre acidentados com afastamento e sem afastamento. Taxa de gravidade: Onde: F = Taxa de frequência de acidentes N = Número de acidentes H = Horas-homem de exposição ao risco (Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período) Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento F L = N L x 1.000.000 H G = Onde: G = Taxa de gravidade T= Tempo computado* H = Horas-homem de exposição ao risco T x 1.000.000 H * tempo computado: Tempo contado em "dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total" mais os "dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial". Onde: F L = Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento N L = Número de acidentados com lesão com afastamento; H = Horas-homem de exposição ao risco Taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados vítimas de lesão com afastamento, devendo ser o resultado apresentado, obrigatoriamente, em separado. O registro do número de acidentados vítimas de lesão sem afastamento é de grande importância como elemento informativo do grau de risco e da qualidade dos serviços de prevenção, permitindo, inclusive, pesquisar a variação da relação existente Simplificando: Taxa de gravidade = N de dias perdidos + N de dias debitados x 10ⁿ N de horas-homem de exposição ao risco A NBR 14.280 determina que cada ocorrência de morte ou incapacidade permanente total seja computada como equivalente a 6.000 dias de trabalho perdidos. Deve ficar claro que, nos casos de morte ou incapacidade permanente, não devem ser considerados os dias perdidos, mas apenas os debitados, a não ser no caso de o acidentado perder número de dias superior ao a debitar pela lesão permanente sofrida. Taxa de Incidência de Acidentes do Trabalho; Indicadores do MPAS (Ministério da Previdência e Assistência Social) Seu coeficiente é definido como a razão entre o número de novos acidentes do trabalho a cada ano e a população exposta ao risco de sofrer algum tipo de acidente. A taxa de incidência é calculada pela seguinte formula: N de novos casos de acidentes do trabalho registrados x 1.000

Rodrigo Menezes Furtado 39 Taxa de incidência específica para doenças do trabalho; Essa taxa é calculada segundo a seguinte fórmula: N de casos novos de doenças relacionadas ao trabalho x 1.000 O numerador desta taxa de incidência específica considera somente os acidentes do trabalho cujo motivo seja doença profissional ou do trabalho, ou seja, aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar a determinada atividade e constante de relação existente no Regulamento de Benefícios da Previdência Social. Taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos; Essa taxa é calculada segundo a seguinte fórmula: N de casos novos de acidentes do trabalho típicos x 1.000 A taxa de incidência específica para acidentes do trabalho típicos considera em seu numerador somente os acidentes típicos, ou seja, aqueles decorrentes das características da atividade profissional desempenhada pelo acidentado. Taxa de incidência específica para incapacidade temporária Essa taxa é calculada segundo a seguinte fórmula: N de acidentes que resultaram em incapacidade temporária x 1.000 São considerados no numerador desta taxa os acidentes do trabalho nos quais os segurados ficaram temporariamente incapacitados para o exercício de sua capacidade laboral. Taxa de mortalidade; A taxa de mortalidade mede a relação entre o número total de óbitos decorrentes dos acidentes do trabalho verificados no ano e a população exposta ao risco de se acidentar. Pode ser calculada pela seguinte fórmula: N de óbitos decorrentes de acidentes do trabalho x 100.000 Taxa de letalidade; Entende-se por letalidade a maior ou menor possibilidade de o acidente ter como consequência a morte do trabalhador acidentado. É um bom indicador para medir a gravidade do acidente. O coeficiente é calculado pelo número de óbitos decorrentes dos acidentes do trabalho e o número total de acidentes, conforme descrito abaixo: N de óbitos decorrentes de acidentes do trabalho N de acidentes do trabalho registrados x 1.000