Aula 00 Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU Professor: Luciano Moura



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Transcrição:

Aula 00 Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU Professor: Luciano Moura

Apresentação Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU Olá querido aluno, Bem-vindo ao curso on-line preparatório para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo, área de Auditoria Governamental. Caso você ainda não me conheça, vou tratar de me apresentar. Meu nome é Luciano Moura, sou servidor federal na Secretaria do Tesouro Nacional (STN), onde trabalho na Coordenação-Geral de Contabilidade e Custos da União. Faço parte da equipe de professores do Exponencial Concursos, ministrando as disciplinas Contabilidade de Custos e Contabilidade Geral. Fui aprovado em 4º lugar no último concurso para o cargo de Analista de Finanças e Controle da STN, na área Contábil, além de ter a experiência de mais de dois anos de árduo estudo, experiência esta que estarei dividindo com você ao longo de nossas aulas. Antes de ocupar o cargo atual, fui Oficial do Exército Brasileiro, formado na Academia Militar das Agulhas Negras, em 2006, e sou Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Católica Dom Bosco (2013). Este curso foi elaborado com foco especial para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (AFCE-TCU), baseado no edital divulgado no último dia 9 de junho. No entanto, ele também é uma excelente ferramenta se você busca aprender, aprofundar ou revisar o estudo na matéria de Contabilidade de Custos. No certame em questão, são oferecidas 66 vagas para o cargo de AFCE, sendo 36 para a área de Auditoria Governamental e outras 30 para Tecnologia da Informação, ambos com remuneração inicial de R$ 14.078,66. Para posse, é exigido diploma de conclusão de curso de nível superior em qualquer formação, fornecido por instituição reconhecida pelo MEC. O período de inscrição é de 15 a 29 de junho e o valor da taxa de inscrição é de R$ 160,00. Em ambos os cargos, o concurso consistirá de quatro provas, uma objetiva de conhecimentos gerais, com 100 questões, uma objetiva de conhecimentos específicos, com 100 questões, uma discursiva abrangendo o conteúdo de conhecimentos gerais, com 2 questões, e uma discursiva abrangendo o conteúdo de conhecimentos específicos, com 1 questão e 1 peça de natureza técnica. Todas as provas têm data prevista para realização no dia 16 de agosto, nos turnos da manhã e tarde, portanto, se você ainda não começou a estudar, ainda temos dois meses para pegar firme até lá. O concurso será realizado pelo Cespe/UnB, tradicional banca das provas do TCU, a qual tem realizado outros diversos certames na área de controle nos últimos anos, com destaque para o TCE-ES e a CGE-PI. Prof. Luciano Moura 2 de 63

De acordo com o presente edital, nossa disciplina Contabilidade de Custos está inserida no bloco de disciplinas de Conhecimentos Específicos para a área de Auditoria Governamental, composto de 100 questões. Infelizmente, a banca não trouxe no edital a quantidade de questões de cada matéria, mas acreditamos, com base em nossa experiência e na última prova do TCU, que teremos cerca de 8 a 10 questões dessa disciplina na prova, sendo obrigatório pontuar, no mínimo, e 30% da prova objetiva de conhecimentos específicos, além de 20% da prova objetiva de conhecimentos básicos 30% no somatório das duas provas objetivas. Lembrando que, no Cespe, uma errada anula uma certa, então, cada ponto vale ouro na hora da classificação e não podemos negligenciar o estudo de nenhuma disciplina. Nosso curso está sistematizado em 5 aulas, contando com esse nosso encontro introdutório, abrangendo todo o conteúdo cobrado pela banca examinadora, esquematizado de acordo com a metodologia diferenciada do Exponencial Concursos, além de mais de 150 questões comentadas, a maioria do Cespe, para que você possa aprender a matéria e verificar o modo de cobrança da banca que você enfrentará. Ressalta-se que as questões dos certames mais recentes e mais importantes do Cespe estarão presentes no nosso curso, destacando-se: CGE/PI e MPU (2015) e ANATEL e MTE (2014). Isso sem contar nas questões do TCU da última prova (2013). Antes de começarmos efetivamente a nossa primeira aula, vamos fazer uma breve análise da nossa disciplina nos dois últimos concursos do TCU, para que possamos, como diriam os militares, conhecer um pouco do nosso inimigo, rsrs. Histórico e análise das provas Contabilidade de Custos Nossa matéria começou a ser cobrada em provas do TCU no último concurso realizado para o cargo de Auditor, em 2013. Nesta oportunidade, a prova contou com oito questões da nossa matéria. No entanto, observamos que nos últimos anos esse número vem crescendo, como na prova para a CGE-PI, na qual tivemos dez questões de Contabilidade de Custos! Por isso, acreditamos em um número entre 8 e 10 questões para a prova do TCU. Além disso, é fácil de notar que o grau de dificuldade das questões está ficando cada vez maior, exigindo que o aluno estude com mais atenção e toda a matéria. Mas não se apavore, faremos isso no nosso curso! Nas provas, há assuntos que podem ser chamados de arroz de festa, pois sempre são cobrados. Nosso Top Um é o Custeio por Absorção, que aparece em todas as provas (em algumas com mais de uma questão). Podemos destacar, também, os assuntos Classificação dos Custos e Prof. Luciano Moura 3 de 63

Terminologia Aplicada à Contabilidade de Custos, que aparecem bastante. Mas é claro que não estou apontando os queridinhos das bancas para limitar seus estudos. Convém que todo o conteúdo do edital seja batido, e é isso que faremos em nosso curso, mas esses assuntos mais cobrados serão mais enfatizados, enquanto os menos visados terão o tratamento adequado. Além disso, você deve saber o quanto é importante a resolução de muitos exercícios durante a preparação para uma prova de concurso. Por isso, sempre que possível, apresentaremos questões do Cespe, para que você se acostume com o modo de cobrança da banca. Eventualmente, traremos exercícios de outras bancas, para complementar seu estudo. Abaixo, a título de exemplo, temos uma tabela detalhada por assuntos com a quantidade de questões cobradas nos últimos concursos na área de controle, entre eles os certames realizados para a CGE-PI e para o último para o TCU. Provas CGE-PI (2015) e TCU (2013) Prova Assunto Terminologia Aplicada à Contabilidade de Custos Quantidade de questões 2 CGE-PI Classificação dos Custos 3 Custeio por Absorção 4 Custeio Variável 1 Terminologia Aplicada à Contabilidade de Custos 2 TCU-2013 Classificação dos Custos 3 Custeio por Absorção 1 Custeio Variável 1 Custeio ABC 1 Prof. Luciano Moura 4 de 63

Aula Tópico Data 00 01 02 03 1 Sistemas de custos: terminologia aplicada à Contabilidade de Custos, terminologia em entidades não industriais. 2 Classificação de custos. 2.2 Distinção entre custos e despesas. 2.1 Custos diretos: custos fixos e variáveis. 2.4 Custos indiretos: custos fixos e variáveis. 2.3 Custos indiretos: alocação e determinação da base para alocação. 3 Métodos de custeio: por absorção. 3.1 Definição, principais características, diferenciação, vantagens e desvantagens de cada método. 3 Métodos de custeio: ABC (Custeio Baseado por Atividades). Disponível Disponível Disponível Disponível 04 3 Métodos de custeio: direto ou variável. Disponível Prof. Luciano Moura 5 de 63

Aula 00 1 Sistemas de custos: terminologia aplicada à Contabilidade de Custos, terminologia em entidades não industriais. 2 Classificação de custos. 2.2 Distinção entre custos e despesas. Assunto Página 1. A Contabilidade e seus diversos ramos 6 2. Nomenclaturas aplicáveis à Contabilidade de Custos 7 3. Custo de Fabricação 15 4. Classificação dos Custos de Fabricação 16 5. Questões Comentadas 22 6. Risco Exponencial 48 7. Lista de Questões 51 8. Gabarito 63 E para facilitar sua referência, abaixo as esquematizações disponíveis nesta aula: Esquema 1 Comparação Custos X Despesas... 10 Esquema 2 Possíveis passos do Gasto até o Resultado... 12 Esquema 3 Comparação dos tipos de gasto... 15 Esquema 4 Composição do Custo de Fabricação... 16 Esquema 5 Classificação dos Custos... 20 Nesse primeiro encontro, abordarei os principais conceitos e nomenclaturas atinentes à nossa matéria. Preste bastante atenção, pois o entendimento desses conceitos será fundamental no decorrer da nossa disciplina. Então, ajeite-se na cadeira, esqueça seu celular e concentre-se, para que seu rendimento seja o mais favorável possível. Ah, e lembre-se, você já está na frente, pois já está se preparando! 1. A Contabilidade e seus diversos ramos A Contabilidade é uma ciência social que tem por objetivo o estudo do patrimônio das entidades, sejam elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, registrando atos e fatos que provoquem modificações nesse patrimônio, com o intuito de prestar informações que sejam úteis a seus usuários (acionistas, fornecedores, clientes, o governo etc.), de forma a os Prof. Luciano Moura 6 de 63

auxiliarem na tomada de decisões. Esta Contabilidade, em sentido amplo, é também chamada de Contabilidade Geral ou Financeira. De acordo com a natureza das atividades desenvolvidas pelas entidades, elas passam a adotar, além da Contabilidade Geral, um ou mais ramos da ciência contábil para tratar especificamente do controle de suas operações particulares, tais como: bancária, comercial, industrial, pública, atuarial, agrícola etc. Na área fabril, com o crescimento das indústrias após a Revolução Industrial, a tarefa de se levantar o custo dos produtos das empresas ficou um pouco mais complexa, pois não se tratava mais de apenas verificar o preço pelo qual a mercadoria fora comprada. Com as linhas de produção, era necessário computar os gastos com as matérias-primas, a mão de obra dos operários, os gastos indiretos de energia elétrica, aluguel da fábrica, óleo das máquinas etc., de modo a dimensionar o quanto foi gasto com aquele produto e criar condições de precificá-lo de modo a obter lucro. Assim, surge a Contabilidade de Custos (ou Industrial), como um ramo da Contabilidade Geral a ser aplicado nas empresas industriais, isto é, aquelas que possuem processo produtivo de bens, com a finalidade de atender essa nova necessidade: atribuir custos aos estoques de produtos fabricados pelas empresas industriais. Desse modo, podemos dizer que a Contabilidade de Custos é o ramo da Contabilidade aplicado nas empresas industriais com objetivo de se mensurar os custos dos produtos por elas fabricados. Contudo, embora a Contabilidade de Custos seja um importante instrumento de administração das empresas, não raramente ela é utilizada apenas para controle dos custos de cada produto, não sendo aproveitado seu potencial no campo gerencial. Isso porque a Contabilidade de Custos possui um grande papel no auxílio a tomada de decisões, fornecendo dados para elaboração de orçamentos, planejamento de metas, melhoria de processos, diminuição de custos etc. e, após a execução do que foi planejado, emissão de relatórios para comparação dos valores alcançados com os previamente definidos. Assim, a esse viés de auxílio a tomada de decisões que a Ciência Contábil assume damos o nome de Contabilidade Gerencial. 2. Nomenclaturas aplicáveis à Contabilidade de Custos Antes de começarmos a aprofundar os conhecimentos na nossa matéria, é imprescindível que eu e você estejamos alinhados com a terminologia aplicada à Contabilidade de Custos. É comum ouvirmos em nosso cotidiano as palavras gasto, despesa, custo e desembolso, muitas vezes sendo empregadas como sinônimos. Entretanto, na nossa disciplina, elas têm Prof. Luciano Moura 7 de 63

significados completamente distintos, e é de suma importância que você saiba distingui-las perfeitamente. Vamos começar do mais amplo para o mais restrito. Gasto Podemos chamar de gasto a compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro) 1. Nota-se, que praticamente todos os sacrifícios da empresa com a obtenção de bens ou serviços serão gastos, como, por exemplo, compras de matérias-primas, pagamento de energia elétrica, aluguéis, aquisições de bens móveis e imóveis, serviços com publicidade, entre outros. No entanto, existem exceções, tais como os Juros sobre o Capital Próprio, também chamados de Custo de Oportunidade, do qual falaremos mais em aulas posteriores. Outro ponto que devo chamar sua atenção é quanto à palavra desembolso, que nada mais é que o pagamento de um gasto. Porém, é importante saber que o desembolso pode acontecer antes, concomitante ou após o reconhecimento do gasto, não se confundindo com este. Os autores de obras da nossa disciplina se dividem ao enumerar os tipos de gastos possíveis, não havendo uniformidade em suas teses. Mas como estamos estudando para concursos e não sabemos o que pode sair da cabeça do examinador, apresentarei a doutrina mais abrangente, que elenca quatro tipos: investimentos, custos, despesas e perdas. 2.1 - Investimentos Trata-se de gastos com a aquisição de bens que serão ativados (registrados nas contas do Ativo), seja porque são de caráter permanente e comporão o patrimônio da entidade para geração de benefícios futuros, seja para serem mantidos em estoque até serem consumidos, incluídos no processo de fabricação de outros bens ou serviços ou negociados com terceiros. Podemos citar como exemplos de gastos com investimentos: Aquisição de máquinas e equipamentos; Aquisição de veículos; Registro de marcas e patentes; Aquisição de matéria-prima (enquanto permanecer estocada); Aplicações financeiras em bancos ou outras empresas. 1 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª ed. São Paulo: Altas, 2010, p. 24. Prof. Luciano Moura 8 de 63

Os bens ativados, quando consumidos ou vendidos, transformam-se em despesa e, quando transformados em outros bens, se tornam custo. Já os ativos permanentes, que são depreciados ou amortizados, também passam, gradativamente, a integrar o grupo de despesa ou custo, conforme cada caso. 2.2 - Custos Compreende os bens e serviços aplicados no processo de fabricação de outros bens e serviços. A cada fase da produção, os custos são agregados ao produto que está sendo fabricado, aumentando o ativo gradativamente, até que se tenha o produto acabado, com todos os custos incorridos durante o processo somados a ele. São exemplos de custos: Salários de operários; Aluguel do prédio da fábrica; Consumo de matéria-prima na produção; Depreciação de máquinas e equipamentos da fábrica. Por fim, no momento da venda, os custos passarão a ser registrados como despesa (CPV) e integrarão o resultado do exercício. 2.3 - Despesas São gastos com bens e serviços aplicados nas áreas administrativa, comercial ou financeira com a finalidade de, direta ou indiretamente, se obter receitas. As despesas impactam diretamente o resultado, reduzindo o Patrimônio Líquido da entidade. Podemos citar como exemplo de despesas: Salários de empregados do setor financeiro; Consumo de materiais de expediente; Energia elétrica do prédio administrativo; Veículo utilizado pelo presidente da empresa. Veja uma comparação entre Custos e Despesas: Prof. Luciano Moura 9 de 63

Custo É agregado ao produto É ativado (vai para o estoque) Ativo Circulante É recuperado com a venda Ocorre na unidade fabril Despesa Não é agregada ao produto Vai para o resultado Patrimônio Líquido Jamais é recuperada Ocorre nas demais unidades Esquema 1 Comparação Custos X Despesas Para que não haja dúvidas sobre a classificação de um gasto como custo ou despesa, um macete para a prova é o seguinte: se ele ocorre na unidade fabril ou antes de o produto estar pronto para a venda, será custo (embalagem de um produto que somente é vendido embalado), mas se ele ocorre nas demais unidades administrativas ou o momento do gasto for após o término da fabricação, será despesa (embalagem de um produto que pode ser vendido com ou sem embalagem). Vamos treinar mais um pouco? (CFC / Técnico em Contabilidade CFC / 2012) Uma indústria, que utiliza todos os seus equipamentos para a elaboração de três produtos distintos, em seu último relatório, apresentava, entre outros, as seguintes contas: Comissão de vendedores R$ 7.250,00 Depreciação de máquinas e equipamentos da unidade fabril R$ 3.450,00 FGTS sobre mão de obra da produção R$ 3.000,00 Mão de obra da produção R$ 31.200,00 Depreciação dos demais bens da área administrativa R$ 850,00 Salários da área administrativa R$ 18.300,00 Matéria-prima consumida R$ 68.700,00 Mão de obra supervisão e movimentação da unidade fabril R$ 5.900,00 Previdência Social sobre mão de obra da unidade fabril R$ 9.800,00 No conjunto de contas de resultado acima, o total de custos e de despesas, são respectivamente: Prof. Luciano Moura 10 de 63

a) R$113.150,00 e R$35.300,00. Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU b) R$116.150,00 e R$32.300,00. c) R$118.600,00 e R$26.400,00. d) R$122.050,00 e R$26.400,00. Vamos aplicar o nosso macete? Ações ocorridas na unidade fabril e antes do produto estar disponível para a venda Ações ocorridas nas demais unidades ou após o produto estar disponível para a venda Depreciação de máquinas e equipamentos da unidade fabril R$ 3.450,00 Comissão de vendedores R$ 7.250,00 FGTS sobre mão de obra da produção R$ 3.000,00 Depreciação dos demais bens da área administrativa R$ 850,00 Mão de obra da produção R$ 31.200,00 Salários da área administrativa R$ 18.300,00 Matéria-prima consumida R$ 68.700,00 Mão de obra supervisão e movimentação da unidade fabril R$ 5.900,00 Previdência Social sobre mão de obra da unidade fabril R$ 9.800,00 TOTAL DE CUSTOS R$ 122.050,00 TOTAL DE DESPESAS R$ 26.400,00 Gabarito: D IMPORTANTE: não utilize calculadora para resolver as questões que tenham cálculos! Na prova você não vai poder utilizá-la, então já comece a treinar fazer contas no canto da folha, entre as questões etc., porque será assim no dia da sua prova! Prof. Luciano Moura 11 de 63

2.4 - Perdas Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU Tratam-se de consumos anormais e involuntários de bens ou serviços, como, por exemplo, incêndios, alagamentos, greves etc. As perdas, por não serem sacrifícios para geração de receitas e nem para produção de outros bens, são registradas diretamente no resultado do período. Para finalizar o assunto, repare no esquema abaixo todas as etapas pelas quais o gasto pode passar até impactar o resultado: GASTO INVESTIMENTO DESPESA CUSTO PERDA RESULTADO Esquema 2 Possíveis passos do Gasto até o Resultado Repare que, como vimos, um gasto pode ser um investimento (um bem), um custo (consumo de matéria-prima), uma despesa (salários administrativos) ou uma perda (incêndio). Um bem (investimento) pode ser aplicado na produção (a depreciação de uma máquina industrial vira custo) ou na parte administrativa (a depreciação de um computador vira despesa). Os custos dos materiais aplicados na produção, por sua vez, tornam-se despesa quando estes são vendidos. Por fim, as despesas e as perdas são contabilizadas no resultado do período. Vejamos mais uma questão sobre esse assunto: (CFC / Técnico em Contabilidade / 2012) Um a sociedade industrial, em um momento do mês em curso, possui o seguinte quadro informativo dos valores que deverá ser registrado no período. Prof. Luciano Moura 12 de 63

Itens de Gastos Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU Saldos Seguro da fábrica R$ 1.200,00 Consumo de material de escritório R$ 430,00 Compras de matérias-primas R$ 25.000,00 Salários e encargos pessoal de fábrica R$ 10.960,00 Propaganda e publicidade R$ 1.150,00 Matéria-prima utilizada na produção R$ 12.600,00 Aluguel da fábrica R$ 2.300,00 Energia elétrica da fábrica R$ 1.980,00 Depreciação de máquinas e equipamentos da fábrica R$ 3.700,00 Serviços de assistência pós-venda R$ 650,00 Salário do encarregado da produção R$ 3.900,00 Dias parados por inundação na fábrica R$ 1.000,00 Adicional de insalubridade do pessoal da fábrica R$ 860,00 Depreciação de veículos de vendas R$ 1.200,00 Juros e despesas de financiamentos R$ 2.200,00 Adicional de Periculosidade do pessoal da fábrica R$ 1.300,00 Total R$ 69.430,00 A sequência CORRETA de valores correspondente a Investimentos, Custos, Despesas e Perdas, é respectivamente: a) R$12.600,00, R$ 51.200,00, R$4.980,00 e R$1.650,00. b) R$25.000,00, R$ 38.800,00, R$5.630,00 e R$1.000,00. c) R$26.200,00, R$ 37.600,00, R$4.830,00 e R$1.800,00. d) R$37.600,00, R$ 26.200,00, R$4.480,00 e R$2.150,00. Separando cada ocorrência... Ações ocorridas na unidade fabril e antes do produto estar disponível para a venda Ações ocorridas nas demais unidades ou após o produto estar disponível para a venda Seguro da fábrica R$ 1.200,00 Consumo de material de escritório R$ 430,00 Prof. Luciano Moura 13 de 63

Salários e encargos pessoal de fábrica R$ 10.960,00 Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU Propaganda e publicidade R$ 1.150,00 Matéria-prima utilizada na produção R$ 12.600,00 Serviços de assistência pós-venda R$ 650,00 Aluguel da fábrica R$ 2.300,00 Depreciação de veículos de vendas R$ 1.200,00 Energia elétrica da fábrica R$ 1.980,00 Juros e despesas de financiamentos R$ 2.200,00 Depreciação de máquinas e equipamentos da fábrica R$ 3.700,00 Salário do encarregado da produção R$ 3.900,00 Adicional de insalubridade do pessoal da fábrica R$ 860,00 Adicional de Periculosidade do pessoal da fábrica R$ 1.300,00 TOTAL DE CUSTOS R$ 38.800,00 TOTAL DE DESPESAS R$ 5.630,00 Aquisição de bens que são ativados (registrados em contas do Ativo) Consumo anormal e involuntário de bens ou serviços Compras de matérias-primas R$ 25.000,00 Dias parados por inundação na fábrica R$ 1.000,00 TOTAL DE INVESTIMENTOS R$ 25.000,00 TOTAL DE PERDAS R$ 1.000,00 Gabarito: B Veja uma tabela de comparação entre todos os tipos de gastos: Tipo de Gasto Características Principais Exemplos Investimentos Aquisição de bens que são ativados, por possuírem caráter permanente ou porque serão mantidos em estoques até seu consumo, baixa para a produção ou venda. Aquisições de máquinas, equipamentos, veículos. Aquisição de matériaprima (enquanto permanecer estocada). Prof. Luciano Moura 14 de 63

Tipo de Gasto Características Principais Exemplos Custos Despesas Perdas Bens e serviços adquiridos ou contratados com a finalidade de serem aplicados no processo de fabricação de outros bens e serviços. Bens e serviços aplicados nas áreas administrativa, comercial ou financeira com a finalidade de se obter receitas. Consumos anormais e involuntários de bens ou serviços. Salários de operários. Aluguel da fábrica. Consumo de matériaprima na produção. Depreciação de máquinas da fábrica. Salários de empregados do setor financeiro. Consumo de materiais de expediente. Energia elétrica do prédio administrativo. Veículo utilizado para vendas. Incêndios. Alagamentos. Greves. Esquema 3 Comparação dos tipos de gasto 3. Custo de Fabricação Custo de Fabricação ou Custo Industrial compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na fabricação de outros bens 2. O Custo de Fabricação é composto por três elementos: os materiais, a mão de obra e os gastos gerais de fabricação, os quais iremos detalhar a partir de agora. 3.1 - Materiais São todos os bens transformados ou consumidos para produzir o produto final. Eles podem ser: Matérias-primas: são os principais e indispensáveis materiais utilizados na composição dos produtos fabricados. São responsáveis por esmagadora parcela do valor total do custo dos materiais. Materiais secundários: também entram na composição dos produtos fabricados, porém em menor quantidade, quase que irrisória, se comparada à matéria-prima. Materiais auxiliares: são bens que participam do processo produtivo, mas que não entram na composição dos produtos fabricados. 2 RIBEIRO, Osni M. Contabilidade de Custos. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 26. Prof. Luciano Moura 15 de 63

Materiais de embalagem: são utilizados para embalar ou acondicionar o produto antes de saírem da área de produção. Pegando de exemplo uma indústria de confecção de roupas, a matériaprima seria o tecido, os materiais secundários seriam os botões, zíperes etc., os materiais auxiliares seriam a tesoura para corte, os produtos de limpeza de acabamento etc., e os materiais de embalagem seriam caixas de papelão ou sacolas plásticas utilizadas no empacotamento da produção. Mas o mais importante de tudo isso é que todos são custos! Lembre-se do macete que já passei: o gasto ocorreu na unidade fabril e antes de o produto estar pronto para a venda, será custo! Não tem erro... 3.2 Mão de Obra Trata-se do esforço humano utilizado durante o processo de transformação dos materiais no produto acabado. É composta, basicamente, pelos salários do pessoal que trabalha na fábrica, inclusive os encargos sociais pagos a eles, tais como INSS, FGTS etc. 3.3 Gastos Gerais de Fabricação São todos os outros gastos ocorridos durante o processo de fabricação que não se enquadrem como materiais ou como mão de obra, ou seja, é um conceito residual. Podemos citar como exemplo o consumo de água e energia elétrica, o aluguel da fábrica, a depreciação e a manutenção das máquinas industriais, entre outros. Esquematizando o Custo de Fabricação, temos: Custo de Fabricação Materiais Mão de Obra Gastos Gerais de Fabricação Esquema 4 Composição do Custo de Fabricação 4. Classificação dos Custos de Fabricação Para classificarmos os Custos de Fabricação, iremos separá-los em dois grupos, o primeiro de acordo com a relação deles com os produtos fabricados, ou seja, como cada tipo de custo se comporta com relação à sua apropriação Prof. Luciano Moura 16 de 63

aos produtos, e o segundo conforme a relação deles com o volume de produção, isto é, o comportamento dos custos quando há alterações no volume de produção. Custos Diretos 4.1 Em relação aos produtos fabricados São os custos que, por serem aplicados diretamente nos produtos, podem facilmente ser identificados e mensurados em relação a cada produto fabricado. Ex.: matérias-primas, embalagens etc. Custos Indiretos São os custos que não são facilmente atribuídos a cada produto fabricado, haja vista que são utilizados na fabricação de mais de um produto. Devido à dificuldade de atribuição do custo indireto a cada produto, são necessários critérios matemáticos para que eles sejam rateados entre os produtos fabricados. Esses critérios são chamados de critérios de rateio, e serão tratados mais à frente em nosso curso. Como exemplo de custos indiretos, podemos citar o consumo de energia elétrica, a depreciação de máquinas, os salários dos chefes de departamentos, entre outros. Vamos ver como isso aparece em prova? (Cespe / Telebras - Especialista em Gestão de Telecomunicações Contador / 2013) Julgue os itens a seguir, acerca dos sistemas de custos e informações gerenciais para tomada de decisão. A depreciação de um a máquina que é utilizada na produção de vários tipos de produtos deve ser classificada com o custo direto de fabricação. Se a máquina é utilizada na produção de vários tipos de produtos, não conseguiremos distribuir o custo da depreciação dessa máquina por cada um dos produtos diretamente, pois não há como medir isso. Nesse caso, precisaremos de um critério de rateio para podermos dividir o custo da depreciação por cada produto. Então temos um custo indireto. Gabarito: E Custos Fixos 4.2 Em relação ao volume de produção Prof. Luciano Moura 17 de 63

São aqueles que não estão diretamente ligados à produção, não se alterando quando o volume de produção aumenta ou diminui, ou seja, permanecem estáveis. Isso não quer dizer que eles são imutáveis e possuirão o mesmo valor monetário sempre. Chamá-los de fixos significa afirmar que, quando houve mudanças em seus valores, estas serão decorrentes de outros fatores que não a variação no volume de produção. São exemplos de custos fixos os aluguéis, os seguros, a segurança da fábrica etc. Custos Variáveis São os custos que variam de acordo com o nível de produção da empresa, vez que são utilizados diretamente na produção, tais como os materiais e a mão de obra utilizados no processo produtivo. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Notaram alguma semelhança entre as classificações apresentadas até agora? Vejam que, em sua maioria... Relação Custos Produtos Diretos Indiretos Volume Fixos Variáveis...os custos fixos, por não fazerem parte da produção, são indiretos; e...os custos variáveis, por estarem intimamente relacionados à produção, são diretos. Além disso, outra característica deles que você deve saber é quanto ao comportamento de cada um deles de forma unitária, ou seja, quando tomados por apenas uma unidade de produção. Vamos supor, por exemplo, que uma empresa produza determinado produto a um custo variável de R$ 1,00 por unidade e um total de custos fixos de R$ 10,00 por mês. Neste caso, teríamos os seguintes custos para cada quantidade produzida: Qtde Produzida Custo Fixo (a) Custo Fixo Unitário Custo Variável (b) Custo Variável Unitário Custo Total (a+b) Custo Total Unitário 1 unid 10,00 10,00/1=10,00 1*1=1,00 1,00 11,00 11,00 2 unid 10,00 10,00/2=5,00 2*1=2,00 1,00 12,00 6,00 3 unid 10,00 10,00/3=3,33 3*1=3,00 1,00 13,00 4,33 4 unid 10,00 10,00/4=2,50 4*1=4,00 1,00 14,00 3,50 5 unid 10,00 10,00/5=2,00 5*1=5,00 1,00 15,00 3,00 Pelo exemplo dado, notamos que, embora o custo fixo não varie durante o período, o custo fixo unitário é inversamente proporcional ao Prof. Luciano Moura 18 de 63

volume produzido, ou seja, fica menor quanto maior é a quantidade produzida. O mesmo ocorre com os custos total e total unitário, respectivamente. Já o custo variável aumenta de acordo com o volume da produção, embora o custo variável unitário permaneça o mesmo independe da quantidade produzida. Assim, podemos concluir que: Unitariamente, os custos fixos são variáveis, pois diminuem quanto maior for a quantidade produzida; e Unitariamente, os custos variáveis são fixos, pois permanecem o mesmo independentemente da quantidade produzida. (FCC / Analista de Controle Externo - TCE-AP / 2012) Um a fábrica mantém entre os diversos itens componentes de sua estrutura de gastos mensais os seguintes: I Taxa mensal constante de energia elétrica; II Matéria-prima consumida; III Aluguel do galpão da fábrica; IV Depreciação de equipamento calculada com base em unidades produzidas; V Contrato de seguro do prédio da administração geral. Com base nessa informação é correto afirmar que a) I e II são custos fixos. b) III e IV são custos diretos. c) II é um custo variável. d) II e V são custos indiretos. e) V é um custo direto. I Taxa mensal constante de energia elétrica independe da produção => custo fixo e indireto II Matéria-prima consumida a quantidade consumida depende da quantidade produzida => custo variável e direto (olhando as assertivas, eliminamos as letras A e D). III Aluguel do galpão da fábrica - independe da produção => custo fixo e indireto (eliminamos a letra B). Prof. Luciano Moura 19 de 63

IV Depreciação de equipamento calculada com base em unidades produzidas a quantidade produzida influencia na depreciação do equipamento => custo variável e direto V Contrato de seguro do prédio da administração geral gasto ocorrido em unidade administrativa => despesa (eliminamos a letra E). Gabarito: C Custos Mistos Há, também, dois tipos de custos chamados mistos: os semifixos e os semivariáveis. Custos Semifixos ou por Degraus: são fixos dentro de determinada faixa, mas variam quando há mudança desta faixa. Por exemplo, mão de obra. Imagine que uma pequena indústria necessite de 1 operário para cada 100 unidades de produto produzidas. Assim, enquanto ela estiver produzindo menos de 100 unidades, o custo da mão de obra será fixo em seu único operário, ao passo que, quando ela produzir mais que 100, necessitará de mais um funcionário, variando seu custo para outra faixa ou degrau. Custos Semivariáveis: são variáveis, mas possuem parcela fixa que existirá mesmo que nada seja produzido. Por exemplo, energia elétrica, que possui uma parte que varia conforme o volume produzido (máquinas) e outra parte que não depende da produção (iluminação da fábrica). Como de costume, vamos apresentar outro esquema para memorização: Relação com os produtos Diretos Indiretos Custos Fixos Relação com o volume de produção Variáveis Semifixos ou por Degraus Semivariáveis Esquema 5 Classificação dos Custos Chegamos ao final da nossa aula demonstrativa. Em caso de dúvidas, não deixe de entrar em contato com o professor, seja pelo fórum do Prof. Luciano Moura 20 de 63

Exponencial, por e-mail, Facebook etc. Aproveite esses canais, também, para escrever comentários e um feedback ao professor, para que possamos melhorar cada vez mais o nosso curso. Vamos agora treinar o nosso aprendizado por meio de questões de certames anteriores realizados pelo Cespe e outras bancas. Se você já se sente confortável a resolvê-las sozinho, vá para a página 50, assim você aproveita e testa o seu nível de aprendizado. Mas se você ainda está inseguro, acompanhe a resolução das questões comentadas a seguir. Bons estudos! Prof. Luciano Moura 21 de 63

5. Questões Comentadas Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU 1) (Cespe / INMETRO - Analista - Ciências Contábeis / 2010) Um sistema de custos e informações gerenciais deve integrar os subsistemas de contabilidade de custos, contabilidade financeira e contabilidade gerencial, além do subsistema orçamentário. A cada um desses subsistemas compete o fornecimento de um tipo de dado e informação visando subsidiar a gestão da entidade. As informações fornecidas pelo subsistema de contabilidade de custos incluem o a) indicador de lucro por ação. b) valor dos dividendos a pagar. c) plano de metas. d) custo unitário do produto. e) resultado do período. A questão traz a figura dos subsistemas de contabilidade, que nada mais é que ramos da contabilidade geral que, na maioria das vezes, acompanham os tipos de informações geradas por cada ramo da contabilidade. Vejamos: - indicador de lucro por ação; valor dos dividendos a pagar; resultado do período => Contabilidade Financeira => Subsistema Financeiro - plano de metas => Contabilidade Gerencial => Subsistema Gerencial - custo unitário do produto => Contabilidade de Custos => Subsistema de Custos. Gabarito: D 2) (Cesgranrio / Petrobrás - Contador Júnior / 2011) A preocupação inicial de contadores, auditores e fiscais, em relação à contabilidade de custos, foi utilizá-la com o um a forma de resolver seus problemas de a) mensuração monetária dos estoques. b) determinação do custo dos produtos vendidos. c) separação entre custos e despesas. d) alocação dos custos variáveis aos produtos. e) segregação entre custos diretos e indiretos. Repare que o enunciado da questão pede a preocupação inicial em relação à contabilidade de custos, o que nos faz lembrar o objetivo ou finalidade principal desse ramo da contabilidade, que é a mensuração dos os Prof. Luciano Moura 22 de 63

custos dos produtos fabricados pelas empresas industriais. Portanto, nossa resposta é a letra A. Todas as demais alternativas da questão trazem meios de se atingir ou consequências do objetivo principal da contabilidade de custos. Gabarito: A 3) (FUNCAB / SEFAZ-Salvador - Auditor Interno / 2014) Correlacione a coluna II de acordo com as terminologias na coluna I. Logo após, assinale a alternativa que apresenta a correlação correta. Coluna I 1. Investimentos 2. Gastos 3. Despesas 4. Custos 5. Perda Coluna II ( ) São gastos ligados à produção. ( ) Sacrifício com que arca a entidade, visando à obtenção de bens e serviços. ( ) Gastos consumidos direta ou indiretamente na obtenção de receita. ( ) Consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço. ( ) Gastos ativados em função de sua utilidade em vários exercícios. a) 3-5-2-1-4 b) 3-2-5-4-1 c) 4-2-3-5-1 d) 2-5-3-1-4 e) 4-2-5-1-3 Primeiramente, vamos verificar a nomenclatura de cada item apresentado na Coluna I: 1. Investimentos: trata-se de gastos com a aquisição de bens que serão ativados (registrados nas contas do Ativo) para que sejam utilizados em exercícios futuros. 2. Gastos: trata-se da compra de um produto ou serviço que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos, normalmente dinheiro. Podem ser classificados em investimentos, despesas, custos ou perdas. Prof. Luciano Moura 23 de 63

3. Despesas: são gastos com bens e serviços aplicados nas áreas administrativa, comercial ou financeira com a finalidade de, direta ou indiretamente, se obter receitas, impactando diretamente o resultado com a redução do Patrimônio Líquido da entidade. 4. Custos: compreendem os bens e serviços adquiridos ou contratados com a finalidade de serem aplicados no processo de fabricação de outros bens e serviços. 5. Perdas: trata-se de consumos anormais e involuntários de bens ou serviços, como, por exemplo, incêndios, alagamentos, greves etc. Agora que já recordamos os conceitos dos itens da Coluna I, vamos relacioná-los com a Coluna II: (4) São gastos ligados à produção. => Custos (2) Sacrifício com que arca a entidade, visando à obtenção de bens e serviços. => Gastos (3) Gastos consumidos direta ou indiretamente na obtenção de receita. => Despesas (5) Consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço. => Perdas (1) Gastos ativados em função de sua utilidade em vários exercícios. => Investimentos Gabarito: C 4) (CFC / CFC - Técnico em Contabilidade / 2012) Relacione a terminologia da primeira coluna com os exemplos descritos na segunda coluna, e, em seguida, assinale a opção CORRETA. (1) Custo (2) Despesa (3) Investimento (4) Perda ( ) Frete de mercadorias vendidas no período. ( ) Aquisição de mercadorias para estoque. ( ) Estoque de matéria-prima, não segurada, consumida por incêndio. ( ) Materiais utilizados na produção de bens. A sequência CORRETA é: a) 3, 2, 4, 1. b) 3, 2, 1, 4. c) 2, 3, 4, 1. d) 2, 3, 1, 4. Analisando a coluna da direita, temos: Prof. Luciano Moura 24 de 63

( 2 ) Frete de mercadorias vendidas no período pós-venda: Despesa ( 3 ) Aquisição de mercadorias para estoque bens ativados: Investimento ( 4 ) Estoque de matéria-prima, não segurada, consumida por incêndio consumo anormal ou involuntário de bens ou serviços: Perda ( 1 ) Materiais utilizados na produção de bens consumo de bens na produção: Custo Gabarito: C 5) (FUMARC / PRODEMGE - Analista de Gestão Administrativa / 2011) Complete as frases a seguir: I. consistem no sacrifício financeiro da entidade para obtenção de um produto ou serviço qualquer. A sua destinação pode ou não estar ligada à atividade fim do negócio. II. Os dispêndios, relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços, portanto, associado à atividade fim do negócio, são chamados de. III. Quando os dispêndios são destinados à obtenção de receitas, não associados à produção de um produto ou serviço, são chamados de. Marque a opção que completa CORRETAMENTE as frases: a) gastos, despesas e custos. b) gastos, custos e despesas. c) custos, gastos e despesas. d) despesas, custos e gastos. I. GASTOS consistem no sacrifício financeiro da entidade para obtenção de um produto ou serviço qualquer. A sua destinação pode ou não estar ligada à atividade fim do negócio. (Regra geral) II. Os dispêndios, relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços, portanto, associado à atividade fim do negócio, são chamados de CUSTOS. III. Quando os dispêndios são destinados à obtenção de receitas, não associados à produção de um produto ou serviço, são chamados de DESPESAS. Gabarito: B Prof. Luciano Moura 25 de 63

6) (Cespe / ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil / 2012) O gasto com mão de obra durante um período de greve e a sobra de material proveniente da produção são considerados perda. A primeira parte da questão está correta, pois o gasto com mão de obra do empregado durante um período de greve, por ser considerado o consumo anormal e involuntário de serviços, é considerado perda. No entanto, entende-se por a sobra de material proveniente da produção a matéria-prima que, durante o processo normal de produção, não consegue ser aproveitada, tais como retalhos, limalha de ferro, serragem etc. Como são resultados do processo normal de fabricação, não podem ser considerados como perda, mas sim como custo da produção. Gabarito: Errado 7) (FCC / TJ-PA - Analista Judiciário - Contabilidade / 2009) A cooperativa dos produtores rurais do Município "Avante" produz e vende sacos de 50 kg de milho. De acordo com estimativas do setor produtivo, somente 98% dos grãos são aproveitados no processo de ensacamento. O contador de custos da cooperativa deve considerar os 2% normalmente desperdiçados durante a produção com o a) despesas. b) custos. c) perdas. d) receitas. e) investimentos. Repare que a questão citou que os 2% da produção são normalmente desperdiçados durante o ensacamento. Esse tipo de desperdício é muito comum em praticamente todos os ramos de produção. Em uma empresa de confecção de vestuários, por exemplo, os cortes dos tecidos sempre geram retalhos, que não podem ser aproveitados para fazer roupas. Em virtude de a ocorrência de tais desperdícios serem normais durante o processo produtivo, eles são classificados como custos. Lembre-se, as perdas são consumos anormais e involuntários de bens ou serviços. Não confunda isso na prova, o examinador vai tentar te confundir. Gabarito: B Prof. Luciano Moura 26 de 63

8) (CFC / CFC - Técnico em Contabilidade / 2011) Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU Itens Saldos Comissão sobre vendas R$ 6.000,00 Depreciação de máquinas da produção R$ 3.500,00 Energia elétrica consumida na produção R$ 30.000,00 Frete para entrega de produtos vendidos R$ 4.000,00 Salários e encargos de operários R$ 90.000,00 Matéria-prima consumida na produção R$ 40.000,00 Propaganda R$ 25.000,00 Salário e encargos do pessoal administrativo R$ 110.000,00 Os valores dos custos e das despesas são, respectivamente, de: a) R$141.000,00 e R$167.500,00. b) R$145.000,00 e R$163.500,00. c) R$163.500,00 e R$145.000,00. d) R$167.500,00 e R$141.000,00. Separando cada ocorrência... Ações ocorridas na unidade fabril e antes do produto estar disponível para a venda Ações ocorridas nas demais unidades ou após o produto estar disponível para a venda Depreciação de máquinas da produção R$ 3.500,00 Comissão sobre vendas R$ 6.000,00 Energia elétrica consumida na produção R$ 30.000,00 Frete para entrega de produtos vendidos R$ 4.000,00 Salários e encargos de operários R$ 90.000,00 Propaganda R$ 25.000,00 Matéria-prima consumida na produção R$ 40.000,00 Salário e encargos do pessoal administrativo R$ 110.000,00 TOTAL DE CUSTOS R$ 163.500,00 TOTAL DE DESPESAS R$ 145.000,00 Prof. Luciano Moura 27 de 63

Gabarito: C Curso: Contabilidade de Custos p/ Auditor TCU 9) (Cespe / MTE - Contador / 2014) A respeito dos sistemas de custos e suas aplicações no ambiente organizacional, julgue os itens a seguir. Em uma indústria, o consumo de água e luz poderá incorporar o estoque. Normalmente, gastos como consumo de água e luz em uma indústria são apurados separadamente por setores da empresa, em especial segregando o consumo do setor fabril do consumo dos demais setores administrativos. Isso porque, o primeiro será classificado como custo, sendo incorporado os produtos fabricados, e o segundo como despesa. Assim, como os produtos fabricados são registrados no estoque, a afirmação está correta. Gabarito: Certo 10) (FCC / TRE-AM - Analista Judiciário Contabilidade / 2010) A empresa Baratear adquiriu uma máquina para uso, exclusivo, na produção do produto A. A vida útil estimada da máquina é de 10 anos e a empresa utiliza o método das cotas constantes para depreciá-la. Em relação ao produto A, a depreciação da máquina é classificada com o custo a) fixo e primário. b) fixo e indireto. c) variável e direto. d) variável e indireto. e) fixo e direto. Vamos por partes. Primeiro vamos analisar a depreciação pela sua relação com a apropriação dos produtos. Em geral, a depreciação é apropriada por meio de critérios de rateio. No entanto, a questão disse expressamente que a máquina comprada é utilizada exclusivamente para a produção de um único produto. Desse modo, trata-se de um custo direto (olhando para as assertivas, eliminamos as letras B e D). Custo primário dá-se pela soma dos custos das matérias-primas e da mão de obra direta. Portanto, a depreciação não é um custo primário (eliminamos a letra A). Vamos ver mais sobre o custo primário na nossa próxima aula. Prof. Luciano Moura 28 de 63

Já com relação ao volume de produção, sendo ela calculada pelo método de cotas constantes, será um custo fixo, pois independerá do volume produzido a cada período (eliminamos a letra C). Gabarito: E 11) (Cespe / TCU - Auditor Federal de Controle Externo / 2013) Com relação aos sistemas de custos, julgue o item a seguir. Os custos são gastos essenciais à produção, visto que os fatores produtivos são utilizados com o objetivo de adquirir novos produtos ou serviços. Como vimos em nossa aula, chamamos de custos os gastos com bens e serviços aplicados no processo de fabricação de outros bens e serviços. A cada fase da produção, os custos são agregados ao produto que está sendo fabricado, aumentando o ativo gradativamente, até que se tenha o produto acabado, com todos os custos incorridos durante o processo somados a ele. Gabarito: Certo 12) (FCC / TJ-PA - Analista Judiciário Contabilidade / 2009) Em uma empresa de saneamento básico, um item considerado com o custo do produto é a) a depreciação dos equipamentos usados no tratamento da água. b) a compra de matéria-prima. c) a aquisição de máquinas e equipamentos. d) a baixa de produto químico do estoque por deterioração. e) o pagamento de salários e encargos do pessoal da área administrativa. Vamos analisar cada assertiva: a) a depreciação dos equipamentos usados no tratamento da água - custo b) a compra de matéria-prima bens ativados => investimento (não se esqueça, só o consumo da matéria-prima é custo!) c) a aquisição de máquinas e equipamentos bens ativados => investimento d) a baixa de produto químico do estoque por deterioração consumo anormal ou involuntário => perda e) o pagamento de salários e encargos do pessoal da área administrativa saída de caixa => desembolso Gabarito: A Prof. Luciano Moura 29 de 63

13) (FUMARC / BDMG - Analista de Desenvolvimento / 2011) Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira. I - Gastos II - Investimentos III - Custos IV - Despesas V Desembolso VI - Perda ( ) gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. ( ) é o consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço. ( ) sacrifícios com que arca a entidade, visando a obtenção de bens ou serviços, mediante a entrega ou promessa de entrega de parte de seu ativo, sendo esses ativos representados normalmente em dinheiro. ( ) é o pagamento do bem ou serviço adquirido. ( ) gastos consumidos, direta ou indiretamente, na obtenção de receitas. ( ) gastos ativados (classificados no ativo) em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos. Marque a opção CORRETA de cima para baixo: a) I, II, III, V, IV, VI. b) II, IV, V, I, VI, III. c) III, VI, I, V, IV, II. d) VI, III, I, V, II, IV. Analisando a coluna da direita, temos: (III) gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços Custos (VI) é o consumo involuntário ou anormal de um bem ou serviço - Perda (I) sacrifícios com que arca a entidade, visando a obtenção de bens ou serviços, mediante a entrega ou promessa de entrega de parte de seu ativo, sendo esses ativos representados normalmente em dinheiro - Gastos (V) é o pagamento do bem ou serviço adquirido - Desembolso (IV) gastos consumidos, direta ou indiretamente, na obtenção de receitas - Despesas (II) gastos ativados (classificados no ativo) em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos - Investimentos Gabarito: C Prof. Luciano Moura 30 de 63

Acerca da terminologia e da classificação utilizadas na contabilidade de custos, julgue os itens 13 e 14. 14) (Cespe / CGE-PI - Auditor / 2015) Uma instituição financeira, em razão da ausência de estoques, deve adotar, na contabilidade de custos, termos e conceitos substancialmente diferentes daqueles utilizados pelas indústrias. A Contabilidade de Custos não é exclusividade das empresas industriais e nem de qualquer outro tipo de empresa. Sendo assim, a terminologia aplicada à Contabilidade de Custos, bem como a classificação dos custos, são os mesmos para empresas industriais, comerciais, bancárias (instituições financeiras) etc. Gabarito: Errado 15) (Cespe / CGE-PI - Auditor / 2015) Em uma empresa industrial, cuja política de pagamentos estabelece que as compras sejam pagas com trinta dias contados a partir da data da aquisição, a matéria-prima representa uma despesa, no momento em que é adquirida pela empresa, e um custo, ao ser consumida no processo produtivo. Conforme visto em nossa aula, os gastos com aquisição de bens, inclusive a matéria-prima utilizada na produção, são inicialmente classificados como investimento, pois ela é ativada e permanece no estoque até serem empregada na produção. Portanto, a questão já pode ser considerada errada. Já a segunda parte da questão, quando ela afirma que a matéria-prima representa um custo ao ser consumida no processo produtivo, tal afirmação está correta, pois como se trata de um bem aplicados no processo de fabricação de outros bens e serviços. Por fim, o fato de a questão citar que a política de pagamentos da empresa estabelece que as compras sejam pagas com trinta dias contados a partir da data da aquisição em nada altera a classificação dos custos, haja vista que o Princípio da Competência estabelece que os efeitos das transações devem ser reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Gabarito: Errado 16) (Cespe / ANATEL - Especialista em Regulação - Contabilidade / 2014) Com relação aos custos, julgue os itens. Prof. Luciano Moura 31 de 63