Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO



Documentos relacionados
Superior Tribunal de Justiça

Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Gabinete do Desembargador Federal Vladimir Souza Carvalho APELAÇÃO

Superior Tribunal de Justiça

RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT - 1º TURMA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO. Apelação Cível n.º AC PE

RELATÓRIO. 3. Foram apresentadas as contrarrazões.

RELATÓRIO. O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL IVAN LIRA DE CARVALHO (Relator Convocado):

4. Sentença sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório.

Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Gabinete do Desembargador Federal Vladimir Souza Carvalho. PJe-APELREEX

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça


O Exmº. Sr. Desembargador Federal CESAR ARTHUR CAVALCANTI DE CARVALHO (Relator):

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVIL

Superior Tribunal de Justiça

RELATORA : Des. Federal MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE APELANTE : UNIÃO - FAZENDA NACIONAL APELADO : GABRIEL KNIJNIK EMENTA ACÓRDÃO

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO

APOSENTADORIA ESPECIAL (enquadramento tempo de serviço)

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL UBALDO CAVALCANTE

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2 a REGIÃO

RELATÓRIO. O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado):

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

Advogados : Wanuza Cazelotto Dias dos Santos Barbieri (OAB/RO 2.326), Celso Ceccato (OAB/RO 111) e outros

RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA - 2ª TURMA RELATÓRIO

A Fazenda Nacional opôs embargos de declaração ante acórdão assim ementado (Identificador: ):

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIÃO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

CONVERGÊNCIA DE REGIMES PREVIDENCIÁRIOS. DÉCIO BRUNO LOPES Vice Presidente de ssuntos da Seguridade Social MAIO/2016

RELATÓRIO. 4. É o que havia de relevante para relatar. VOTO

PODER JUDICIÁRIO Justiça do Trabalho TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

PROCESSO Nº: APELAÇÃO / REEXAME NECESSÁRIO APELANTE: FAZENDA NACIONAL APELADO: EDIFICIO BARCELONA

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO

3. Efeito suspensivo indeferido, tendo sido apresentado agravo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA

PROCESSO: RO

Foram apresentadas contrarrazões tempestivamente. É o relatório.

PROCESSO: RTOrd. Acórdão 6a Turma

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

INFORMAÇÕES PARA FINS DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA EXERCÍCIO 2015 (ANO-CALENDÁRIO 2014) PAGAMENTOS DAS AÇÕES DO NÍVEIS DEVIDOS PELA PETROS

São Paulo, 21 de Setembro de IARA RAMIRES DA SILVA DE CASTRO PRESIDENTE E RELATORA DESIGNADA

Foram apresentadas as contrarrazões pela UFCG agravada dentro do prazo legal. É o relatório.

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A

RELATÓRIO. O Sr. Des. Fed. RUBENS CANUTO (Relator Convocado):

MANDADO DE SEGURANÇA Nº /PR

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº , da Comarca de São José dos Campos, em que é

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

RELATÓRIO. TRF/fls. E:\acordaos\ _ doc

ESTADO DO RIO DE JANEIRO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 7ª CÂMARA CRIMINAL

Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE A C Ó R D Ã O

VIGÉSIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 155, DE 2010

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 24ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO

APELADO: FAZENDA NACIONAL RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT - 1º TURMA

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIÃO Gabinete da Desembargadora Federal Margarida Cantarelli

TABELAS EXPLICATIVAS DAS DIFERENTES NORMAS E POSSIBILIDADES DE APOSENTADORIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RPPS

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

Superior Tribunal de Justiça

não vislumbrou necessidade de intervenção no feito.

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5.ª REGIãO Gabinete do Desembargador Federal Marcelo Navarro

Superior Tribunal de Justiça

O SR. DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA LIMA (RELATOR):

Supremo Tribunal Federal

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Quadro comparativo do Projeto de Lei do Senado nº 253, de 2005

Superior Tribunal de Justiça

Manifestação do Ministério Público opinando pela concessão da segurança pretendida.

RELATÓRIO V O T O. Contrarrazões apresentadas. É o relatório.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

TRT-RO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11/2004

PROCESSO: RO

RELATÓRIO VOTO. O DESEMBARGADOR FEDERAL CID MARCONI (RELATOR): A sentença deve ser mantida.

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 2ª TURMA RECURSAL JUÍZO A

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de I. RELATÓRIO

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

3. Contrarrazões apresentadas. 4. É o relatório. AHRB

AMS PB ( ). RELATÓRIO

3. Sem contrarrazões. 4. É o relatório. PROCESSO Nº: APELAÇÃO APELANTE: SONIA MARIA SILVA DO NASCIMENTO

JF CONVOCADO ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA em substituição ao Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO

Superior Tribunal de Justiça

PIRAPREV INSTITUTO DE PREVIDENCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE PIRACAIA

Agravo de Instrumento N C

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: XXX ACÓRDÃO

RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL FLAVIO LIMA (CONVOCADO) - 1º TURMA

Poder Judiciário TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Geraldo Apoliano RELATÓRIO

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de

CONSELHO DA MAGISTRATURA PROCESSO Nº RELATOR: DES. RICARDO COUTO DE CASTRO A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO

PERGUNTAS FREQUENTES CUSTAS JUDICIAIS

Superior Tribunal de Justiça

Transcrição:

RELATÓRIO O DESEMBARGADOR FEDERAL FREDERICO AZEVEDO (RELATOR CONVOCADO): Apelação interposta por Luiz Gonzaga Guedes, em face da sentença de fls. 136/139 que, rejeitando a preliminar de coisa julgada, julgou improcedente o pedido de incorporação do adicional de insalubridade aos proventos do demandante. Para tanto, entendeu o ilustre magistrado a quo que, a teor do exposto pelo próprio autor, aduzindo a não percepção do referido adicional por parte do empregador, não tendo, assim, como compelir o Instituto Nacional da Seguridade Social a considerá-lo para o cálculo do benefício, a Assessoria Contábil, analisando o cálculo concessório da aposentadoria, observou que restaram obedecidos os ditames da Lei nº 8.213/91 no recálculo da Renda Mensal Inicial, correspondente ao valor máximo do salário-de-contribuição da época. Honorários fixados em 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa. Na Apelação (fls. 194/201), aduziu o Autor, em síntese: como trabalhador portuário, teria direito à aplicação do adicional de insalubridade sobre os seus proventos; a ausência da fiscalização do Ministério do Trabalho e do INSS, órgãos gestores para as devidas contribuições previdenciárias, sobre as atividades portuárias Contra-razões às fls. 147/149. É o relatório. Dispensada a revisão.

VOTO O DESEMBARGADOR FEDERAL FREDERICO AZEVEDO (RELATOR CONVOCADO): A pretensão deduzida na exordial versa sobre a implementação do adicional de 40% (quarenta por cento) de insalubridade sobre o benefício mensal, devido ao exercício laborativo prestado sob condições especiais. Em princípio, não há dúvida quanto ao preenchimento dos requisitos para classificar a atividade do Autor portuário - como insalubre, com a exposição a agentes agressivos biológicos e químicos, visto que a própria Autarquia Federal a reconheceu, conforme o documento acostado aos autos de fl. 13. Não obstante, procedeu a Autarquia Previdenciária com a concessão da aposentadoria por tempo de serviço, e não especial, como se pode perceber à fl. 12 do processado. Feitas estas observações, destaco que, como bem anotou o INSS, o cálculo do salário-de-benefício do autor foi realizado tomando por base a relação dos salários-de-contribuição fornecidos pela Empresa onde o segurado exercia suas atividades (fls. 85/87), constando em algumas rubricas o registro de adicional, mas não tendo como se inferir tratar-se de adicional de insalubridade. Neste sentido, também se manifestou a Assessoria Contábil do juízo à fl. 93. De outra banda, também verificou a Assessoria que, para a concessão da aposentadoria, foi observada a média dos últimos 36 (trinta e seis) meses de saláriode-contribuição, obedecendo aos ditames legais para a fixação da Renda Mensal Inicial do autor, inclusive procedendo-se às revisões da aposentadoria para adequálas às disposições da Lei nº 8.213/91. Anoto, ainda, que a renda mensal, por sua vez, equivale a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício (fls. 93 e 96), valor máximo do salário-decontribuição de acordo com o que dispunha a legislação vigente à época. Ao juiz é lícito, com base no princípio de seu livre convencimento, assegurado no art. 131, do CPC, decidir a lide fundamentando-se nos cálculos realizados pela Assessoria do Juízo, os quais gozam de presunção de veracidade, por ser órgão eqüidistante às partes e sem qualquer interesse no feito, detentor de fé pública. Deste modo, é incabível uma aplicação de adicional de insalubridade de 40% (quarenta por cento) sobre os proventos do Autor, em face de o benefício,

como bem dispôs o magistrado sentenciante (fl. 138), já ter sido fixado no teto máximo permitido, permanecendo inalterado o valor da RMI acaso o suplicante percebesse em atividade o adicional de insalubridade. De todo o modo, acrescenta-se aos argumentos acima delineados, o fato de que o próprio Autor destacar não ter percebido o adicional de insalubridade enquanto exercida a atividade insalubre, fato este que torna inviável a retificação da RMI do seu benefício de forma a considerá-lo como parte integrante do salário-decontribuição utilizado no cálculo originário, como se pode inferir do precedente a seguir colacionado, veja-se: PREVIDENCIÁRIO E PROC. CIVIL. RETIFICAÇÃO DE RMI. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DECRETO Nº 89.312/84. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE CONSIDERADO PARTE INTEGRANTE DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. ÔNUS DA PROVA. ART. 333, I, DO CPC. - De acordo com o art. 135, I, do Decreto nº 89.312/84, em vigor à data da concessão da aposentadoria por invalidez, considerava-se o salário-decontribuição a remuneração efetivamente recebida, a qualquer título, até o limite de 20 salários mínimos de forma que o adicional de insalubridade a que faria jus o segurado viria a integrá-lo. - A parte autora não logrou comprovar, a teor do art. 333, I, do CPC, a efetiva percepção do adicional de insalubridade e, não sendo esta a esfera competente para consegui-lo, não se torna possível reconhecer o direito à retificação da RMI de seu benefício de forma a considerar o referido adicional como parte integrante do salário-decontribuição utilizado no cálculo originário. - Ônus da sucumbência não invertido em face da condição de beneficiária da justiça gratuita da parte vencida. - Apelação e remessa obrigatória providas. (TRIBUNAL - QUINTA REGIAO, AC - 200183000180869 /PE, Primeira Turma, Decisão: 14/09/2006, DJ - Data::27/10/2006 - Página::1130 - Nº::207, Desembargador Federal Jose Maria Lucena )-destaquei Destarte, o pagamento do adicional de insalubridade é devido enquanto exercida atividade em caráter especial, como a submetida a agentes agressivos, como físicos, biológicos ou químicos, dentre outros. Não tendo o segurado percebido tal adicional quando em atividade, indevida qualquer repercussão ou mesmo incorporação no cálculo do valor da aposentadoria, tendo em vista, como consectário lógico, não mais subsistir a insalubridade. A esse respeito, confiram-se julgados do egrégio Superior Tribunal de Justiça e deste Tribunal em situações semelhantes:

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR INATIVO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. COMPOSIÇÃO DOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTE. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1. O adicional de insalubridade possui pressuposto vinculado ao tipo de função e seu exercício, constituindo vantagem de caráter transitório, que cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa à sua concessão. E por ser vantagem pecuniária de caráter transitório, não deve integrar os proventos de aposentadoria. 2. Recurso especial conhecido e improvido. (STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, RESP - 200001349520 /RS, QUINTA TURMA, Decisão: 06/06/2006, DJ DATA:26/06/2006 PÁGINA:182, Relator ARNALDO ESTEVES LIMA )-destaquei PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. INCORPORAÇÃO DE ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. IMPOSSIBILIDADE. - Não tendo o segurado percebido o adicional de insalubridade quando na ativa, esta vantagem não integrará o salário-decontribuição, inviabilizando a sua repercussão no cálculo do valor da aposentadoria. - Inexiste previsão legal para incorporação do adicional de insalubridade ao valor da aposentadoria. Apelação improvida. (TRIBUNAL - QUINTA REGIAO, AC - 200005000582283 /PB, Primeira Turma, Decisão: 06/04/2006, DJ - Data::05/05/2006 - Página::1165 - Nº::85, Desembargador Federal Cesar Carvalho (Convocado) )-destaquei Com essas considerações, nego provimento à Apelação. É como voto.

APTE ADV/PROC APDO ADV/PROC RELATOR : LUIZ GONZAGA GUEDES : JULIANNA ERIKA PESSOA DE ARAUJO E OUTRO : INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL : MARIA DE FATIMA DE SA FONTES E OUTROS : DESEMBARGADOR FEDERAL FREDERICO AZEVEDO (CONVOCADO) EMENTA PREVIDENCIÁRIO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. NÃO PERCEPÇÃO QUANDO DA ATIVIDADE. REPERCUSSÃO SOBRE OS PROVENTOS DE APOSENTADORIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Pretensão autoral objetivando a implementação do adicional de 40% (quarenta por cento) de insalubridade, com repercussão sobre os proventos de aposentadoria, devido ao exercício laborativo prestado sob condições especiais, não percebido quando em atividade. 2. Constatação pela Assessoria Contábil do Foro de que o cálculo concessório da aposentadoria do Autor fora efetuado corretamente, equivalendo a 100% (cem por cento) do salário-de-benefício, valor máximo do salário-de-contribuição de acordo com o que dispunha a legislação vigente à época. 3. O pagamento do adicional de insalubridade é devido enquanto exercida atividade em caráter especial, como a submetida a agentes agressivos, como físicos, biológicos ou químicos, dentre outros. Não tendo o segurado percebido tal adicional quando em atividade, indevida qualquer repercussão ou mesmo incorporação no cálculo do valor da aposentadoria, tendo em vista, como consectário lógico, não mais subsistir a insalubridade. 4. Caso em que seria incabível a aplicação de adicional de insalubridade de 40% (quarenta por cento) sobre os proventos do Autor, em face de o benefício ter sido fixado no teto máximo permitido. Apelação improvida. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, em que são partes as acima identificadas. Decide a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade, negar provimento à Apelação, nos termos do relatório, voto do Desembargador Relator e notas taquigráficas constantes nos autos, que passam a integrar o presente julgado. Custas, como de lei. Recife (PE), 06 de setembro de 2007. (data do julgamento). Desembargador Federal Frederico Azevedo Relator (Convocado)