APOSENTADORIA ESPECIAL (enquadramento tempo de serviço)
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- Raul Cortês Bernardes
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1 (enquadramento tempo de serviço) LEI /04/95 MP 1523/96 (Dec. 2172, 05/03/97) 01/01/2004 * ATIVIDADE: (penosa, perigosa ou insalubre) formulário SB-40 * AGENTE NOCIVO: formulário SB-40 + laudo (ruído) * AGENTE NOCIVO: formulário SB-40 + laudo (ruído) * AGENTE NOCIVO: formulário SB-40, DSS8030 DIRBEN laudo (sempre) PPP Decreto /64 (Anexo III) Decreto /79 (Anexos I e II) Lei 7850/89 (telefonistas) Dec /97 (Anexo IV) Dec /99 (Anexo IV)
2 (enquadramento tempo de serviço) Súmula 04 da TRSC: O enquadramento do tempo de atividade especial por categoria profissional prevalece somente até (Lei 9.032/95). Súmula 05 da TRSC: Exige-se laudo técnico para comprovação da efetiva sujeição do segurado a agentes nocivos somente em relação à atividade prestada a partir de 06/03/1997 (Decreto 2172/97), exceto quanto ao ruído, para o qual imprescindível aquela prova também no período anterior.
3 (enquadramento tempo de serviço) Súmula 198 do extinto TFR: Atendidos os demais requisitos, é devida a aposentadoria especial se perícia judicial constata que a atividade exercida pelo segurado é perigosa, insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em Regulamento. Art. 201, 1 da CF88 (redação dada pela EC 20/98 redação um pouco alterada pela EC 47/05): É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que PREJUDIQUEM A SAÚDE OU A INTEGRIDADE FÍSICA, definidos em lei complementar.
4 (enquadramento tempo de serviço) Equipamento de Proteção Individual/Coletiva: Se o perito constatar a real utilização do EPI/EPC pelo trabalhador e atestar que o seu uso afasta toda e qualquer POSSIBILIDADE de prejuízo à saúde do segurado, em tese, não há porque enquadrar o tempo de serviço como especial Súmula 289 do TST: O simples fornecimento de aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagametno do adicional de insalubridade, cabendolhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.
5 (enquadramento tempo de serviço) O uso de EPI s ou EPC s só descaracteriza a especialidade da atividade quando efetivamente comprovado que o uso atenua, reduz ou neutraliza a nocividade do agente a limites legais de tolerância, e desde que se trate de atividade exercida após 02 de junho de 1998, pois até tal data vigia a Ordem de Serviço INSS/DSS nº 564, de 9 de maio de 1997, a qual estatuía em seu item que o uso de Equipamento de Proteção Individual EPI não descaracteriza o enquadramento da atividade sujeita a agentes agressivos à saúde ou à integridade física (AC /RS, 5ª Turma, Relator Juiz Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, decisão unânime em 16/12/2003).
6 (enquadramento tempo de serviço) A IN INSS/PRES 20/07 previa no art. 180, parágrafo único: A utilização de EPI será apenas considerada para os períodos laborados a partir de 11 de dezembro de 1998, não descaracterizando a especialidade nos períodos anteriores a tal data. Tal determinação deve-se ao fato de que o 2º do artigo 58 da Lei 8.213/91 somente passou a determinar que o laudo técnico contivesse informação sobre a existência de tecnologia de proteção individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo a partir da Lei 9.732, de 11/12/1998.
7 (conversão tempo de serviço) LEI /04/95 MP /05/98 LEI /11/98 EC 20/98 15/12/98 ESPECIAL -> COMUM ESPECIAL -> COMUM COMUM -> ESPECIAL ESPECIAL -> COMUM
8 (conversão tempo de serviço) MP 1663 excluiu 5 do artigo 57 da Lei de Benefícios (lei 8.213/91): O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício. Lei 9.711, de 20/11/98: manteve art. 57, 5, da LB, mas dispôs no art. 28: O Poder Executivo estabelecerá critérios para a conversão do tempo de trabalho exercito até 28 de maio de 1998, sob condições especiais que sejam prejudiciais à saúde ou à integridade física, nos termos dos arts. 57 e 58 da Lei n 8.213/91, na redação dada pelas Leis n 9.302/95 e 9.528/97, e de seu regulamento, em tempo de trabalho exercido em atividade comum, desde que o segurado tenha impementado percentual do tempo necessário para a obtenção da respectiva aposentadoria especial, conforme estabelecido em regulamento.
9 (conversão tempo de serviço) Art. 202, II, da CF88 (redação original): É assegurada aposentadoria, nos termos da lei (...) II - após 35 anos de trabalho, ao homem, e, após 30 anos, à mulher, ou em tempo inferior, se sujeitos a trabalho sob condições especiais, que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidas em lei. Art. 201, 1 da CF88 (redação dada pela EC 20/98, alterada em parte pela EC 47/05): É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas (exclusivamente) sob condições especiais que PREJUDIQUEM A SAÚDE OU A INTEGRIDADE FÍSICA, definidos em lei complementar.
10 (conversão tempo de serviço) Súmula 16 da Turma de Uniformização Nacional (cancelada em 27/03/2009): A conversão em tempo de serviço comum, do período trabalhado em condições especiais, somente é possível relativamente à atividade exercida até 28 de maio de 1998 (art. 28 da Lei 9.711/98). A 5ª Turma do STJ adotou posicionamento diverso no RESP /SP, entendendo que não pode o artigo 28 da Lei 9.711/98, norma infraconstitucional, encurtar o alcance da norma superior. (julgado em 29/08/2007)
11 (enquadramento X conversão de tempo de serviço) É assente na jurisprudência que o tempo de serviço é regido sempre pela lei vigente ao tempo da sua prestação. Dessa forma, em respeito ao direito adquirido, se o trabalhador laborou em condições adversas e a lei da época permitia a contagem de forma mais vantajosa, o tempo de serviço assim deve ser contado. (RESP , STJ, Sexta Turma, Rel. Ministro Hamilton Carvalhido, DJU 25/02/2004, p. 225). A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor à época da prestação do serviço. (RESP , STJ, Quinta Turma, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, DJU 05/02/2007, p. 328)
12 (enquadramento X conversão tempo de serviço) Mas também se entende que: Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários. (Súmula 359, STF)
13 (enquadramento X conversão tempo de serviço) Para ENQUADRAMENTO do tempo de serviço defendese que a lei aplicável deve ser a da prestação do labor. Para COEFICIENTE DE CONVERSÃO, TEMPO MÍNIMO PARA APOSENTADORIA e REQUISITOS GERAIS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO, a lei vigente à época do implemento das condições. Por isto o coeficiente de conversão deve ser 1,4 (35/25) ou 1,2 (30/25), e deve ser possível converter tempo especial para comum para aposentadoria deferida depois da Lei 6.887/80.
14 (enquadramento X conversão tempo de serviço) Contudo, o STJ tem entendido de forma diversa: Na conversão do tempo de serviço especial em comum, para fins de aposentadoria, as regras referentes ao tempo de serviço são reguladas pela lei vigente à época em que foi prestado, de modo que deve ser utilizado como fator de conversão o coeficiente previsto na respectiva legislação. (RESP , STJ, Quinta Turma, Rel. Ministro Arnaldo Esteves, DJU 23/04/2007, p. 288).
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