ABRINDO PORTAS. Como a crise pode proporcionar oportunidades para as PMEs. CONHECIMENTO Valuation. Como medir o valor de uma empresa?



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Transcrição:

CONHECIMENTO Valuation. Como medir o valor de uma empresa? MIT Publicidade para aparelhos móveis JULHO/2015 Ano 38 - nº 349 ABRINDO PORTAS Como a crise pode proporcionar oportunidades para as PMEs

Um país bem Administrado é melhor para todos nós. www.radioadm.org.br 24h de notícias www.cfa.org.br

Editorial Crise e Oportunidade Um momento de crise, embora prejudique o andamento dos negócios, muitas vezes, pode tornar-se uma oportunidade, desde que seja encarado com responsabilidade, coragem e, acima de tudo, criatividade para inovar. É justamente com essas caraterísticas que as pequenas e médias empresas podem superar o período que vivemos no país, cujo cenário econômico mostra-se desfavorável. A cada ano, 500 mil novas empresas são incorporadas à economia (150 mil somente em terras paulistas), sendo 99% de pequeno porte. Juntas respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB), 52% dos empregos formais e 40% da massa salarial, segundo dados do Sebrae. São números que falam por si só e cujo impacto na economia brasileira tornam as PMEs um motor de resultados. É indubitável: as pequenas e médias empresas são vitais para a saúde do país. Nesse contexto, o papel do administrador ganha ainda mais relevância, pois ele é o profissional que possui as ferramentas adequadas para as empresas atravessarem os diferentes períodos da economia, inclusive os de crise. A formação e o desempenho do administrador podem determinar a diferença entre uma empresa saudável e outra vulnerável à crise. A principal atividade do administrador é identificar o futuro que já chegou, explorar as mudanças que já ocorreram e usá- -las como oportunidade. Peter Drucker DIVULGAÇÃO Adm. Roberto C. Cardoso CRA 0097 Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo - CRA-SP 3

facebook.com/ oficial.crasp twitter.com/ cra_sp Presidente Adm. Roberto Carvalho Cardoso Diretoria Adm. Silvio Pires de Paula Vice-presidente Administrativo Adm. Claudia Marcia de Jesus Forte Vice-presidente de Relações Externas Adm. Alberto Emmanuel de Carvalho Whitaker Vice-presidente de Planejamento Adm. Idalberto Chiavenato Vice-presidente para Assuntos Acadêmicos Adm. Paulo Gaspar Schlittler 1ª Secretário Adm. Mauro José Aita 1º Tesoureiro Adm. Francisco Rafael Pescuma 2º Tesoureiro Adm. Walter Sigollo Conselheiro Conselheiros Adm. Ana Akemi Ikeda, Adm. Antonio Carlos Cassarro, Adm. Fernando de Carvalho Cardoso, Adm. João Luiz de Souza Lima, Adm. José Vicente Messiano, Adm. Luiz Carlos Marques Ricardo, Adm. Marco Antônio Sampaio de Jesus, Adm. Rogério Góes Adm. Silvio José Moura e Silva e Adm. Mauro Kreuz (Conselheiro Federal Efetivo por SP) Conselho Editorial Adm. Silvio Pires de Paula, Adm. Claudia Marcia de Jesus Forte, Adm. Luiz Carlos Marques Ricardo e Maria Cecilia Stroka. Redação Editora-chefe Maria Cecilia Stroka (Mtb 18.357) Editor Mauricio Duarte Repórter Dener Gomes Estagiários Alex Dias e Natália Petroni Publicidade Publicidade Nominal Representações Diagramação e arte Propagare Comercial Ltda. Impressão Plural Editora e Gráfica Ltda. Tiragem 45.000 exemplares A RAP é uma publicação mensal do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), órgão regulamentador da profissão de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens não refletem necessariamente a opinião do CRA-SP. Rua Estados Unidos, 889 Jd. América 01427-001 SP Tel.: (11) 3087-3200 atendimento@crasp.gov.br www.crasp.gov.br SÃO JOSÉ DO RIO PRETO PRESIDENTE PRUDENTE BAURU SOROCABA RIBEIRÃO PRETO CAMPINAS SANTOS GRANDE SÃO PAULO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Seccionais CRA-SP Seccional de Bauru Coordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo Sperança Rua Rio Branco, 15-15, sala 31, Centro 17015-311 - Bauru - SP Tel.: (14) 3223-1857 seccional.bauru@crasp.gov.br Seccional de Campinas Coord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambuí 13025-151 Campinas SP Tel.: (19) 3307-8555 seccional.campinas@crasp.gov.br Seccional de Presidente Prudente Analista: Adm. Manoel Barreto de Souza Assistente: Mônica Costa Rodrigues de Oliveira Av. Cel. José Soares Marcondes, 871, sala 132, Bosque 19010-080 - Presidente Prudente - SP Tel.: (18) 3916-7544 seccional.prudente@crasp.gov.br Seccional de Ribeirão Preto Coordenadora Regional: Adm. Fátima Angélica R. Moura Av. Braz Oláia Acosta, 727, cj. 109 - Jardim Califórnia 14026-040 - Ribeirão Preto - SP Tel.: (16) 3621-1061 seccional.ribeiraopreto@crasp.gov.br Seccional de Santos (Baixada Santista e Vale do Ribeira) Coordenadora Regional: Adm. Renata Farias Pizarro Busch Av. Ana Costa, 296, sala 14, Campo Grande 11060-000 - Santos - SP Tel.: (13) 3221-9357 seccional.baixadasantista@crasp.gov.br Seccional de São José do Rio Preto Coordenador Regional: Adm. Eduardo Gomes de Azevedo Junior Rua Imperial, 59, salas 1 e 2, Vila Imperial 15015-610 - São José do Rio Preto - SP Tel.: (17) 3305-1765 seccional.riopreto@crasp.gov.br Seccional de São José dos Campos (Vale do Paraíba e Litoral Norte) Coordenador Regional: Adm. Dejair Dutra de Souza Rua Euclides Miragaia, 700, sala 25, Centro 12245-820 - São José dos Campos - SP Tel.: (12) 3923-9954 seccional.valedoparaiba@crasp.gov.br Seccional de Sorocaba Coordenadora Regional: Adm. Aida Rodrigues Avenida Antônio Carlos Comitre, 510, sala 86, Parque Campolim 18047-620 - Sorocaba - SP Tel.: (15) 3233-8565 seccional.sorocaba@crasp.gov.br

Valor ou preço: qual a diferença ao medir uma empresa? em Conhecimento GETTY IMAGES Sumário 3 Editorial GETTY IMAGES Quão eficaz é a publicidade móvel baseada em localização? em MIT 6 Notícias 18 Capa Empreendedorismo, RH, educação corporativa e mais As PMEs na crise 22 Conhecimento Valuation GETTY IMAGES Como as PMEs podem lidar com a crise em Capa 26 Frases para o líder 28 Leitura Livros para o administrador 30 MIT Publicidade móvel via GPS 34 Opinião Adm. Douglas de Matteu

Notícias Empresas aumentam investimentos em segurança virtual Custo médio de proteção chegou a quase R$ 4 milhões no ano de 2014 Uma pesquisa realizada pela IBM e pelo Instituto Ponemon, líder em pesquisas de gerenciamento de informações e privacidade, mostrou que as empresas brasileiras estão aumentando seus investimentos em proteção virtual. Apenas em 2014, elas gastaram R$ 3,96 milhões para proteger seu patrimônio. Foram entrevistadas 34 empresas de 12 setores e esse número representou um aumento de 13% em relação aos registrados em 2013, cuja média foi de R$ 3,60 milhões investidos em segurança. Os ataques virtuais também aumentaram o custo das empresas. Para cada registro corrompido (ou seja, cada ameaça online), o custo para as companhias aumentou de R$ 157 para R$ 175, um crescimento de 11% nesses gastos. Os setores que mais gastaram com esse tipo de invasão foram os de serviços, comunicações, energia, finanças, farmacêutico e tecnologia. Já transporte, governo e consumo ficaram bem abaixo. O líder de segurança da informação da IBM Brasil, André Pinheiro, explica que o motivo pelo qual os gastos continuam crescendo é que o cyber ataque está aumentando significativamente e as consequências financeiras com a perda de clientes em decorrência de uma violação estão tendo um impacto maior no custo. Observamos um aumento na sofisticação e uma maior colaboração entre os cyber criminosos e os custos apresentados no estudo provam isso. Ataques malignos podem levar uma média de 256 dias para serem identificados, enquanto violações causadas por erro humano levam em média 158 dias, afirma. CUSTOS RELACIONADOS COM INVESTIGAÇÃO DESPESAS COM NOTIFICAÇÕES (E-MAIL, CORRESPONDÊNCIA) PREJUÍZOS COM PERDA DE CLIENTES CAUSAS DE INVASÃO R$1,09 milhão R$11mil R$1,53 milhão HACKERS OU INFORMANTES INFILTRADOS 38% ERROS HUMANOS 32% FALHAS NO SISTEMA 30% GETTY IMAGE 6

Empresas buscam alternativas para manter investimentos e competitividade O estudo da Deloitte, com a participação de 221 empresas, aponta que elas devem buscar formas de crescimento inorgânicas organizações têm buscado formas de crescimento inorgânico. As principais formas que as empresas encontram para manter o fôlego de investimento são a aquisição de ativos de outra empresa (23% das respostas), assumir o controle de outra empresa (21%), venda de ativos (13%) e participação em joint venture (11%). Para o futuro, 39% pretendem adquirir outra companhia, 36% aspiram fazer uma fusão e 34% almejam comprar um ativo de outra empresa. Já a abertura de capital é uma opção descartada pela maioria. Em 2014, apenas duas empresas listaram ações na Bolsa, captando R$ 1 bilhão em conjunto. Em 2015, até abril, houve apenas um IPO, afirma Grasson. GETTY IMAGE O atual cenário econômico está obrigando as empresas a serem criativas para manter investimentos e competitividade. Um dos principais modos de conseguir isso é com as formas inorgânicas - expansão de um negócio obtida através de operações de concentração, como fusões e aquisições. Isso é apontado pela pesquisa Perspectivas sobre consolidação de mercados Estratégia de investimentos e o movimento de fusões e aquisições, da consultoria Deloitte. Foram entrevistados profissionais de 221 empresas, de diversos portes e segmentos com receitas líquidas de até R$ 5 bilhões. Reinaldo Grasson, sócio da área de Financial Advisory da Deloitte e líder da prática de Corporate Finance Advisory explica os resultados obtidos. Neste momento, torna-se muito difícil e demorado para as empresas crescerem apenas de forma orgânica. Portanto, as MOTIVOS PARA NÃO SE FAZER UMA IPO, SEGUNDO A PESQUISA As incertezas sobre o cenário econômico 27% Espera por um melhor momento 22% Alto custo para abrir o capital no Brasil 16% Valor baixo atribuído às suas empresas 15% Baixa liquidez como principal razão 12% 7

Notícias Mercado digital é o que mais cresce na América Latina Pesquisas e números apontam as vantagens para os empreendedores da área A crise econômica que o Brasil enfrenta está sendo benéfica para alguns setores específicos. Um deles é o mercado digital, que aproveitou essa retração para se firmar como o que mais cresceu dentro da América Latina. Os dados são de um estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Softaware (ABES) e pela Interactive Advertising Bureau (IAB - Brasil), entidade sem fins lucrativos que tem como missão desenvolver o mercado de mídia interativa no Brasil. Esse resultado acontece porque as empresas que estão sofrendo com o momento (construção civil, varejo e setor automobilístico) estão buscando formas mais baratas para divulgar seus produtos para os clientes. Somente em 2015, o setor espera que os investimentos nas áreas de TI e publicidade digital aumentem em 7,5% e 15%, respectivamente. Segundo Andréa Migliori, diretora de planejamento e comunicação da Agência Badaró, especializada em plataformas digitais, o crescimento do mercado digital acontece, justamente, porque as empresas passaram a entender sua importância para o negócio. Diante de um mercado cada vez mais acirrado, saber lidar com o cliente ou usuário e oferecer novas possibilidades, utilizando a tecnologia, são primordiais para conquistar mais sucesso e espaço, explica. Outro setor que começa a aumentar sua visibilidade é o de startups que, cada vez mais, cresce com a busca por ideias inovadoras que poderão ganhar o mercado nos próximos anos. No estudo, não estão computados os resultados com social media, produção de conteúdo e desenvolvimento de web e mobile. 8

Cerca de 84% dos clientes sem conta corrente fazem compras parceladas Os consumidores usam cartões de crédito, crediário e financiamentos Uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que 84% das pessoas que fazem compras parceladas não têm conta corrente em nenhum banco. Elas acabam usando fontes alternativas para realizar suas compras. A mais comum delas encontrada pelos consumidores no parcelamento de compras é o crediário, que atende 42% das pessoas. Logo atrás fica o cartão de crédito (40%) e o financiamento (15%). O estudo mostra que esse tipo de compra é importante para fechar as contas no final do mês, pois a renda não é suficiente. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, explica o resultado da pesquisa. "A situação da economia com inflação elevada e juros cada vez mais altos está bloqueando o acesso ao crédito dos consumidores, com ou sem conta bancária. É importante estar atento ao orçamento e ver o que cabe nas contas e o que pode e deve ser cortado", afirma. A dificuldade de administrar as formas de crédito também foi apontada pelos entrevistados como um problema, já que 52% das pessoas evitam ouvir propostas de novos cartões ou aumento do limite do cheque especial. ITENS MAIS ADQUIRIDOS NO CREDIÁRIO Eletrodomésticos 31% Calçados 29% LOJAS QUE FACILITAM CRÉDITO Lojas de departamento 31% Virtuais 21% 40% de entrevistados não têm conta bancária, mas possuem cartão de crédito 58% não sabem qual o limite para compras 40% possuem entre uma e duas compras parceladas no cartão 9

Notícias Conheça os 10 erros mais comuns de gestores em períodos de crise Épocas de crises podem criar boas oportunidades para os empreendedores, mas também é o momento onde se cometem muitos erros. E um equívoco pode acabar em um grande prejuízo para a empresa. A consultoria de gestão Robert Half listou os 10 maiores erros que um gestor pode cometer e trazer mais problemas ainda para uma empresa que está buscando se reerguer. ACHAR QUE AS PESSOAS TÊM SORTE SOMENTE POR TEREM UM EMPREGO Bons funcionários sempre terão opções, independente do momento que o mercado esteja. Portanto, é importante que os gestores saibam que não é boa estratégia perdê-los. CULPAR OS GESTORES SUPERIORES Um gestor de nível médio que age assim passa a impressão que está repassando os problemas e está sem sintonia com a política da empresa. O ideal é que ele apresente as mudanças e motivos por trás, explicando como elas ajudarão a companhia PRODUTIVIDADE Mania de fazer reuniões Cerca de 27% dos gestores acreditam que reuniões são a maior fonte de perda de tempo de trabalho. Muitas vezes as discussões acabam ficando cansativas e não resolvem os problemas da empresa. INOVAÇÃO E CAPACIDA- DE DE ASSUMIR RISCOS Fazer somente as coisas seguras Em momentos de crises, nos acostumamos a seguir as fórmulas mais seguras e testadas, mas esse é um passo para o fracasso. Assumir riscos calculados nesses momentos é a melhor aposta para as companhias. TRANSFORMAR O TRABALHO EM UMA MISSÃO IMPOSSÍVEL Reduzir demais a equipe pode colocar duas ou mais funções nas costas de um funcionário. Isso pode prejudicar a qualidade do que se pede e sobrecarregar os funcionários. Muitas vezes, é melhor contratar temporários para realizar as tarefas sobressalentes. REDUZIR O TREINAMENTO A ideia não é acabar com a formação de seu funcionário, mas verificar se esses treinamentos são eficazes e se preenchem as necessidades da empresa. 10

CLIMA E RETENÇÃO Pensar que seus funcionários não conseguem lidar com a verdade É importante que os colaboradores tenham consciência do momento vivido pela empresa para evitar boatos e especulações. Envolver as pessoas no processo que vive a companhia pode fazê-las mais participativas REPRIMIR O PENSAMENTO CRÍTICO Apesar de crises trazerem incertezas, sempre é saudável que as perguntas difíceis sejam feitas. Pode ser daí que surjam as respostas para uma melhora na situação. Consultoria listou os maiores problemas em momentos críticos para a empresa NÃO CONSIDERAR OS EFEITOS DA ECONOMIA SOBRE OS CLIENTES É importante sempre saber como a conjuntura da economia está afetando seus clientes e adaptar seus produtos às necessidades deles. SACRIFICAR A QUALIDADE Essa é a última coisa que pode acontecer. É essencial não deixar que a qualidade seja afetada porque seus funcionários estão cheios de tarefas. Você criará um padrão inferior de qualidade que será difícil de reverter quando a situação voltar ao normal. Quando surgir um problema, dedique um tempo para identificar sua fonte e corrigi-lo. 11

Notícias Profissionais de RH são favoráveis à terceirização Mais da metade das pessoas entrevistadas afirmam que a PL 4330/2004 será benéfica O Projeto de Lei (PL) 4330/2004 trouxe muita polêmica e protestos durante sua tramitação no Congresso Nacional, mas nem todos são contra sua aprovação. Segundo uma pesquisa da Thomas Case & Associados, 52% das pessoas do setor de Recursos Humanos são a favor da mudança. O grande argumento das pessoas favoráveis à aprovação da lei é o possível aumento da formalidade no mercado de trabalho. Segundo a Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) seriam criados cerca de 700 mil postos de trabalho. Já quem é contra o projeto alega que os direitos trabalhistas poderão ser feridos e que todo o ônus ficará por conta da empresa terceirizada em caso de alguma polêmica. Se a aprovação acontecer, 42,8% das empresas parecem dispostas a adotar esse novo tipo de contratação. Já 18,1% se posicionaram contra e 39,2% afirmaram não ter nenhuma opinião formada. Para os entrevistados, o setor de segurança deve ser o que mais terá adesão das empresas. Outras áreas bem cotadas para aumentar o número de terceirizados são: manutenção geral predial e especializada (53,5%), serviços de conservação patrimonial e limpeza (52,5%), área de alimentação (37,4%) e serviços jurídicos (34,3%). 12

Principais pontos da pesquisa Você é a favor ou contra ao Projeto de Lei que regulamenta os contratos de terceirização? Favorável Contrário Você acredita que a aprovação da Lei da Terceirização irá gerar mais empregos? Sim Não Talvez Você acredita que essa mudança assegura à empresa contratante do serviço terceirizado a não ter problemas trabalhistas? Sim Não Não sei Na sua opinião, a nova lei garante que as empresas contratadas mantenham a qualidade nos serviços prestados e no acompanhamento da gestão de pessoas? Sim Não Não sei Em qual região você reside? Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte 55,4% 44,6% 32,1% 43,0% 24,8% 31,9% 62,0% 6,0% 35,5% 56,0% 8,4% 68,7% 19,9% 4,8% 4,2% 2,4% Sendo aprovado o Projeto de Lei, sua empresa iria terceirizar mais atividades? Sim Não Não sei Em caso positivo, quais atividades/serviços seriam terceirizados? Segurança Manutenção geral predial e especializada Conservação patrimonial e de limpeza Manutenção de máquinas e equipamentos Alimentação Jurídicos Telefonistas e de recepção Engenharias e arquitetura Tecnologia da informação Mensageiros Assistência médica Administração de recursos humanos Frota de veículos e transporte de funcionários Oficina mecânica para veículos Administração de relações trabalhistas e sindicais Telefonia fixa Movimentação interna de materiais Distribuição de produtos Outros Distribuição interna de correspondência Secretaria 42,8% 18,1% 39,2% 56,6% 53,5% 52,5% 39,4% 37,4% 34,3% 32,3% 30,3% 30,3% 26,3% 26,3% 26,3% 25,3% 22,2% 22,2% 16,2% 15,2% 14,1% 14,1% 12,1% 10,1% 13

Notícias Influência familiar atinge 67% das empresas do varejo Estrutura, no entanto, não é indicativo de que a administração seja profissional Muitas empresas ainda apresentam uma estrutura familiar em sua composição societária, mas poucas são como o varejo. Nesse setor específico, 67% das companhias são controladas por membros das famílias, segundo estudo da KPMG. Nesse grupo, 71% dos cargos-chave estão nas mãos de membros das famílias proprietárias e 81% tem ligações familiares com membros do conselho. Esse número cai para 51% quando são analisadas as empresas listadas na Bolsa de Valores. Porém, esse tipo de gestão não é garantia de sucesso, como garante o sócio de Governança Corporativa e Consultoria em 27% das empresas têm comitê de auditoria 71% dos cargos-chefe estão nas mãos de familiares 81% das famílias estão presentes nos conselhos Riscos da KPMG, Sidney Ito. Ter uma estrutura familiar não significa que a empresa não é profissionalizada. O que percebemos é que os conselhos são formados por membros da família que têm a função de pensar no futuro e na estratégia da companhia. Mas, por outro lado, eles também mantêm uma gestão profissionalizada que lida com questões do dia a dia e busca bons resultados, avalia. Outro dado da pesquisa é que os conselhos das empresas de varejo se juntam mais vezes. Esse tipo de reunião acontece, em média, 7,5 vezes por ano (o número cai para 6,7 nas empresas com capital aberto). 14

Acordos no Procon-SP chegam a 76% dos casos A grande maioria dos clientes acertam as formas de pagamento entre 60 e 90 dias No momento de crise como o atual é normal que as pessoas atrasem pagamento de dívidas. Porém, a quantidade de pessoas que buscam um acordo é alta: 76% delas entram em contato para acertar as pendências. O tempo médio de demora para se chegar a esse acordo é curto. A variação para chegar a um bom termo é de 60 a 90 dias entre o início das negociações, se as duas partes se acertarem. Contudo, nem sempre o final é feliz: em 24% dos casos não é possível um consenso, seja por parte da pessoa endividada, seja devido a bancos, empresas de cartões de crédito ou varejistas negarem qualquer negociação. Os dados são de um programa para os chamados superendividados, organizados pelo Procon-SP. Nele, as pessoas renegociam dívidas contraídas em empréstimos, financiamentos, contratos de crédito ao consumo, prestação de serviços ou compra de produtos. 76% das pessoas conseguem acordo 24% das pessoas não fazem o acordo Com acordo, queda no valor da dívida pode chegar a 90% 15

Notícias Empresas brasileiras pensam em automatizar processos durante o ano Quase metade dos entrevistados afirmaram que estudam a modernização As empresas do Brasil começam a pensar na automatização de seus serviços. Cerca de 48% das entrevistadas afirmaram que Essa automatização já pode ser considerada uma realidade: 24% das empresas disseram que estão acertando processos de produção, 3% estão no projeto e 21% devem iniciar nos próximos 12 meses. As empresas têm como principal razão a maior flexibilidade para aumentar ou diminuir o volume de produção permitido pepretendem fazer esse upgrade em seus sistemas de produção até o final de ano. Foram 2.571 entrevistados em diversos segmentos econômicos para o estudo International Business Report (IBR) 2015 da Grant Thornton. Se todas essas empresas cumprirem a promessa, o índice brasileiro chegará perto do mundial, que é de 55%. 16

INDÚSTRIA 43% CLEAN TECH 39% TECNOLOGIA 35% ALIMENTOS E BEBIDAS 35% AGRICULTURA 30% OUTR SERVIÇOS 30% TRANSPORTES 26% SERVIÇOS FINANCEIROS 24% ENERGIA 23% SERVIÇOS PROFISSIONAIS 23% VAREJO 19% CONSTRUÇÃO IMOBILIÁRIO 19% EDUCAÇÃO E SAÚDE 9% HOTELARIA 9% la automatização (69%), seguido da redução de custos em longo prazo (67%), uma maior eficiência na produção (61%) e possibilidade de reservar profissionais para tarefas de maior valor agregado (33%). Sócio responsável pela área de tributos diretos e especialista em inovação da Grant Thornton Brasil, Edson Neves de Souza, explica a importância da automação. Estamos na era da tecnologia, e a automação faz parte disso. É sabido que, se bem planejada e conduzida, ela alia mais eficácia a menos custos, trazendo rentabilidade e otimização da capacidade instalada dos negócios, além de acelerar atividades como pesquisa e desenvolvimento (P&D), diz LANÇAMENTOS 20% DE DESCONTO + frete grátis Utilize o código RDA ao efetuar o pedido ESTRATÉGIAS DE EMPRESAS PARA A BASE DA PIRÂMIDE: Técnicas e Ferramentas para Alcançar os Clientes e Fornecedores da Nova Classe Emergente Fernando Filardi e Adalberto Fischmann 1ª edição (2015) 208 páginas de R$ 60,00 por R$ 48,00 INTRODUÇÃO AO PRIVATE EQUITY Cyril Demaria e Rafael Sasso 1ª edição (2015) 456 páginas de R$ 90,00 por R$ 72,00 MANUAL DE ESTUDO DE USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO Murilo Bastos da Cunha, Sueli Angelica do Amaral e Edmundo Brandão Dantas 1ª edição (2015) 464 páginas de R$ 98,00 por R$ 78,40 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO A Contribuição da Liderança Organizacional para o Processo de Implementação da Estratégia Vol. 5 Giselly Rizzatti e Maurício Fernandes Pereira 1ª edição (2015) 256 páginas de R$ 65,00 por R$ 52,00 *Preços sujeitos à alteração sem prévio aviso. CONHECIMENTO QUE SE RENOVA A CADA DIA 17

Capa Por Dener Gomes, Natália Petroni e Mauricio Duarte Um passo à frente Como as PMEs podem se manter, ou até se destacar, diante da crise econômica 18

A cada ano, segundo dados do Sebrae, 500 mil novas empresas são incorporadas à economia (150 mil somente em terras paulistas), sendo 99% de pequeno porte. Juntas respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB), 52% dos empregos formais e 40% da massa salarial. Em um momento de crise como o que o Brasil atravessa agora, como ficam as pequenas e médias empresas? Essa é uma questão que tira o sono de muitos empreendedores. Com um horizonte de baixo crescimento, juros altos e aumento de inflação, a sobrevivência requer esforços maiores. No entanto, ao mesmo tempo em que a luta para se manter vivo em um mercado cada vez mais competitivo e com uma economia enfraquecida é inglória, ela pode revelar portas antes insuspeitadas a quem estiver olhando para o lugar certo. Segundo o administrador Fabiano Nagamatsu, professor de administração da FMU e consultor do Sebrae, a palavra-chave para empresas de micro, pequeno e médio porte é planejamento. Se planejar já era uma regra antes, agora deve tornar-se ainda mais. Esse momento para as empresas é muito importante, pois é necessário tomar medidas como diminuir estoque e conter gastos para não sofrer muito com a crise, avalia. Outro ponto importante para que as companhias busquem novas e melhores oportunidades é estudar o mercado no qual está inserida. Muitas chances podem estar disponíveis mais perto do que se imagina. É crucial que as empresas tenham pleno conhecimento do setor de atuação, inclusive entrando em contato com consumidores para saber de suas necessidades. Pode estar aí uma grande oportunidade de negócio, afirma Nagamatsu. Apesar do planejamento ser peça fundamental para o crescimento (e até sobrevivência de uma empresa), os gestores precisam também olhar para outros ramos dos negócios com mais atenção que o normal. Pensar em expandir, ou até mesmo mudar de ramo, pode ser uma solução. Por exemplo, com a queda acentuada no número de vendas das empresas, a manutenção da carteira de clientes é fundamental e, para isso, a possibilidade de dar crédito para as vendas ganha força, como explica o economista Eduardo Peres, consultor da GlobalTrevo. Empresas que estão conseguindo financiar seus clientes estão ganhando mercado. Com o recrudescimento do crédito no Brasil e o aumento dos preços, acaba ficando complicado comprar à vista, explica. Uma unanimidade é a importância dos administradores nesse momento de crise. Devido aos seus conhecimentos, um profissional da área pode ser a diferença entre uma empresa saudável e outra vulnerável à crise. A gestão profissional é determinante para que a empresa se mantenha saudável. O administrador é a pessoa capacitada para ter uma visão adequada tanto externa quanto interno, macro e micro. Ele conhece os processos da empresa. Ele que poderá fazer o plano de negócios e o planejamento orçamentário, afirma o administrador Marcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers. O papel do administrador é incrivelmente importante já que é o responsável pela área de tomada de decisão dentro de uma empresa no âmbito administrativo e financeiro. Todas as análises de capital de giro, estoque e como gerir a empresa estão sobre sua responsabilidade, corrobora Peres. É a mesma linha de raciocínio seguida pelo administrador José Sarkis Arakelian, professor da Faculdade de Administração da Fundação Armando Álvares penteado (FAAP). O papel do administrador é fundamental num momento como esse. Ele tem o perfil generalista e multi habilidades, uma demanda muito importante em um cenário de crise. É um cara fundamental nesse processo para conseguir realinhar, readaptar, perceber competências, perceber que tipo de profissional se adapta, qual é a facilidade que você tem no mercado e reorganizar internamente a organização para poder seguir em frente, afirma. Onde estão as chances? Apesar do cenário econômico brasileiro ainda gerar preocupações, alguns setores apresentam muito espaço para crescimento. José Arakelian: É o momento de pequenas empresas demonstrarem o que têm de melhor DIVULGAÇÃO 19

Capa Adm. Fabiano Nagamatsu: A empresa precisa conhecer bem seu setor de atuação DIVULGAÇÃO Um deles é o de franquias, e o motivo está diretamente ligado ao momento específico que atravessamos, conforme explica Iavelberg. As franquias devem ter um bom resultado, pois as pessoas começam a receber suas rescisões e buscam fazer a aquisição de uma empresa. Alguns serviços, que requerem poucos funcionários e poucos espaços, também estão propensos ao crescimento, como empresas de consultoria, diz. O curioso é notar que o corte de custos de grandes empresas acaba criando algumas oportunidades para as menores. Por exemplo, para enxugar as despesas, uma multinacional resolve trocar o plano de saúde de seus funcionários por outro mais barato, contratando algum plano de saúde diferente. Esse cenário também acontece com pessoas físicas que acabam buscando, por exemplo, escolas e restaurantes mais baratos que cabem em seu orçamento. Algumas empresas específicas estão conseguindo ganhar mercado. Elas são mais voltadas para o segmento B, uma alternativa, em preços, para os líderes de mercado, analisa Peres. Já Nagamatsu aponta para um avanço das startups. Um dos setores mais propícios para a busca de oportunidades é o de statups. Mesmo com a retração de crédito, esse segmento vem apontando para um crescimento sustentável, completa. Para Arakelian, a empresa pequena consegue ter uma flexibilidade e uma agilidade muito maior para se readequar a momentos de mercado. Trocar o fornecedor, trocar uma operação, mudar o perfil de dois ou três colaboradores que tocam o negócio, é muito mais fácil e rápido para as menores. O momento de crise também é um momento de muitas oportunidades, porque é nesse momento que começam a aparecer lacunas, e você pode buscar uma oportunidade, e muitas vezes a empresa Eduardo Peres: Financiar clientes pode ganhar mercado DIVULGAÇÃO Lições para a crise 1 Identifique 2 Aponte 3 Ajuste 4 Planeje 5 Defina onde está perdendo dinheiro as ineficiências o quadro de mão de obra com foco no futuro onde sua empresa deve estar em 2010 Fonte: Empreendedores Compulsivos Dicas para 2015 Planejamento Busque informações no mercado antes de expandir ou abrir um negócio. Visite a concorrência e saiba o máximo possível sobre o assunto. Gestão Conheça cada detalhe do negócio, desde o capital de giro até a precificação. No entanto, lembre-se que o diferencial atualmente é a prestação de serviço, e não o preço. Empreendedorismo Estabeleça metas e as persiga. Mantenhase atualizado sobre as inovações e ache brechas não exploradas pela concorrência. Fonte: Sebrae 20