A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NO ENSINO DE GEOGRAFIA: OS MAPAS NAS AULAS DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO MONSENHOR MACEDO- PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS UNEAL EDUINA BEZERRA FRANÇA 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS - UNEAL MABELY CARLOS DA SILVA CURVELO² COLÉGIO MONSENHR MACEDO CLÓVIS ALBERICO RAMOS SOARES³ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS UNEAL DENIZE DOS SANTOS PONTES RESUMO Conhecer a linguagem cartográfica é de extrema importância para compreender a relação de espaço e de tempo,permitindo ao aluno entender e atender as atividades contidianas, conhecer sua própria rotina, o caminho de casa, os bairros da cidade, sua própria localização no processo de lateralidade. Os mapas contribuem para formação do raciocinio espacial, pois permite ao educando orientar-se, e interpretar o espaço geográfico. O objetivo deste trabalho é a utilização da linguagem cartográfica nas aulas de geografia, para facilitar o processo de ensino e de representação do espaço local. Estaprática, foi vivenciado no colégio Monsenhor Macedo,localizado na cidade de Palmeira dos Índios- AL, nas turmas de segundo ano do ensino médio. Trabalhou-se a associação dos conteúdos à prática da alfabetização cartografica, com o manuseio e as leituras e interpretações dos mapas, em que os mesmos deixam de ser apenas meras ilustrações e passam a ser um elemento crucial de conhecimento e aprendizagem. Neste caso, este trabalho contribui com a integração e utilização dos mapas na formação dosdiscente, foram utilizados os mapas mentais e mapas mudos.contudo,os alunos mapearam a área urbana do município através do mapa mental, fazendo uso dos elementos que compoem o mapa: título, legenda, pontos cardeais, possibilitando demostrar aos discentes princípios básicos de localização e as análises que os mesmos suscitam. As representações construidas pelos alunos denotam a fragilidade da alfabetização cartográfica, impedindo que os mesmos compreendam o espaço na qual vivem. Outras atividades foram pensadas para corrigir essas lacunas na formação dos alunos, o uso de mapas mudos onde os pricipios de localização, as relações de vizinhança e os elementos gráficos para a confecção dos mapas, foram introduzidos nas aulas para uma melhor assimilação e caracterização do território de Palmeira dos 1 Discente da UNEAL 6º Período- Curso de Geografia- eduina.franca@hotmail.com ² Discente da UNEAL 6º Período- Curso de geografia- mabely.curvelo@hotmail.com ³Supervisor(a) Geral do PIBID- Curso de Geografia- caramoss@ig.com.br Orientador(a) da UNEAL- prof. Coordenador(a) de área do PIBID- Curso de Geografiadenize_ambiente@hotmail.com
Índios/AL. Apartir destas articulações entre conteúdos e os saberes dos alunos percebese um avanço na formação dos alunos, como construtores de mapas e leitores criticos do espaço. PALAVRAS-CHAVE: Cartografia, Espacialidade, Educação Escolar. INTRODUÇÃO A Cartografia é parte integrante da disciplina de Geografia, que é uma ciência que tem por objeto de estudo o espaço geográfico. A ciência Geográfica deve ser desenvolvida não só nas séries iniciais do Ensino Fundamental, mas em todo e qualquer idade em sua totalidade; assim, estas se ocupam do tempo e do espaço em que vivemos. A cartografia é uma linguagem que permite ao professor demonstrar de maneira clara o que está sendo visto na Alfabetização Cartográfica, porém, não acontecem como deveriam o qual aborda algo como se fosse distante tanto para o professor quanto para o aluno. Com isso, foram realizadas, com o manuseio de mapas mudos e mentais, nas aulas de Geografia, com alunos do 2 ano do Ensino Médio, em uma escola da Rede Estadual do estado de Alagoas, Palmeira dos Índios, envolvendo as relações professor x aluno e alunos x alunos. Proporcionar atividades que utiliza-se mapas foi fundamental. Pois, foi a partir delas que foi possível verificar o conhecimento dos alunos referentes à Cartografia, bem como noções de localização na cidade em que vivem. Neste sentido, este artigo tem como objetivo apresentar a experiência vivenciada no trabalho com Cartografia Escolar vinculados à educação no curso de geografia, em Palmeira dos Índios, Alagoas, buscando conhecer as dificuldades em interligar a geografia e suas linguagens, neste caso, destacando a linguagem cartográfica, o qual foi utilizada nesta experiência para se obter respostas, para as possíveis dificuldades demonstrada pelos alunos o desenvolvimento de sua aprendizagem na disciplina de Geografia. Logo, a Cartografia é entendida como ciência e arte que aborda conceitos, símbolos e significados, que representa os lugares, pontos, referências e que permite ao aluno elaborar ou interpretar mapas ou roteiros próprios, facilitando a sua interação no meio social, no meio de estudos que leve o aluno a conhecer o mundo que o cerca. Espera-se que a linguagem cartográfica possa atuar de forma propositiva, colaborando com a formação de um cidadão consciente. Por tanto, o observar, o descrever, o experimentar e o comparar se entrelaçam de forma a resultar em atividade geográfica que poderá contribuir para que o aluno venha a construir suas noções e estratégias
pessoais de assimilação, de espacialidade, de informações e dados para o seu repertório pessoal. MATERIAIS E MÉTODOS No desenvolvimento da pesquisa foram realizadas leituras sobre o ensino, linguagem cartográfica e alfabetização cartográfica. Tendo como base autores como Cavalcanti (2010), Almeida (2010), Simielli (2010), essas leituras foram fundamentais no processo de estudos e analises situações vistas em sala de aula. A pesquisa procura verificar e propor o uso da cartografia nas aulas de Geografia. A mesma foi desenvolvida na Escola Estadual Monsenhor Macedo, localizado no bairro Vila Maria, Palmeira dos índios, Alagoas, com alunos do 2 ano do Ensino Médio. A Turma é constituída por 30 alunos, que na maioria apresentaram dificuldades em falar sobre cartografia, sendo este um termo quase desconhecido pelos alunos. Os primeiros contatos foram para fazer questionamentos sobre Geografia e Cartografia. A princípio buscou-se verificar o conhecimento dos alunos e as noções de localização, lateralidade e compreensão do espaço. Tomando como base a cidade de Palmeira dos Índios AL e o conteúdo visto em sala de aula, os alunos produziram mapas que representassem os conflitos existentes na cidade. Com elaboração desses mapas, foi possível verificar as dificuldades quanto à localização. Durante o estudo foi utilizado mapas mudos e mentais, para dar inicio ao processo de alfabetização, além de explicações sobre escala, legenda e representação gráfica, proporcionando aos educadores uma aproximação maior entre Cartografia e ensino de Geografia, podendo identificar esses elementos no cotidiano. Assim, estudantes podem compreender melhor as informações apresentadas nos mapas dos seus livros didáticos. A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NO ENSINO DE GEOGRAFIA A Cartografia trabalha possibilitando novas formas para decifrar as dificuldades dos alunos, ao elaborar algo escrito ou mental dos lugares, fazer uma analise e definição de estratégia ou defesa, a localização de ruas de sua própria cidade ou até mesmo a
orientação de um passeio fora ou dentro da cidade, são atividades que exigem mapas específicos com diferentes objetos, legendas, escalas, imagens de modo que oriente, informe o usuário auxiliando em suma o cotidiano das pessoas, então, a Cartografia faz parte de nossa vivência, pois, além de auxilia, direcionar ela propicia experiências, e subsidia soluções por exemplo ao governantes em relação aos problemas sociais, econômicos, entre outros. Ao iniciarmos a tarefa da alfabetização cartográfica, permitimos ao outro o novo, o sentir, o renovar das sensações de experiências que já foram vivenciadas, mas ainda não percebidas devido à ausência do uso da cartografia em sala de aula. Por exemplo, assimilar mentalmente um simples desenho de pontos específicos de Palmeira dos índios. É este contato com os elementos da cartografia, estabelecendo as relações espaciais a partir do referencial de seu conhecimento, que torna possível a leitura, a compreensão e a concepção do espaço geográfico transposto em um mapa. Para tanto é preciso levar em conta que os mapas tem funções especificas para determinados grupos de usuários e que a linguagem cartográfica não deve ser compreendida só pelo cartografo, mas principalmente pelo usuário (SIMIELLI, 2010,p.88). A Cartografia faz parte das relações cotidianas dos alunos e dos cidadãos em geral, logo, a escola tem essa função de contribuir na formação do individuo, onde o aluno através de seus educadores passa a compreender o espaço em que vivem. Contudo, conforme Lana Cavalcante: É importante trabalhar com os alunos conteúdos que fundamentem o papel histórico que têm desempenhado as formas de poder exercidas por determinados grupos e/ou classes sociais na construção da sociedade e de seus territórios, o que requer o tratamento do poder no âmbito das relações sociais mais estruturais. (CAVALCANTI, 2010, p.110). Logo, o professor que possui as noções básicas para o ensino do conhecimento cartográfico, deve repassar estes conhecimentos aos alunos, mas, não é uma tarefa fácil. Os alunos vêm de anos sem a apreciação destes conhecimentos e sua tarefa passa a ser a alfabetização cartográfica, ou seja, os símbolos e signos da cartografia. Os alunos, por sua vez, geralmente não apresentam um conhecimento mínimo, o que auxiliaria a professor na leitura de uma legenda, um mapa, um gráfico entre outros.
(...) Se o professor dominar a linguagem gráfica e souber transmiti-la aos seus alunos, o problema poderá ser aos poucos sanado, ao passo que, se a situação for inversa e o professor não dominar a linguagem, ele não terá condições de fazer seus alunos se interessar por mapas, pois eles não conseguirão decodificar a mensagem transmitida através deles (SIMIELLI,2010,p.84). Percebe-se que falta ao aluno algumas noções básicas de lateralidade, de escala ou mesmo de proporção; estes são alguns dos pré-requisitos necessários, não só para a cartografia, mas também para outras disciplinas como a Matemática. O conhecimento cartográfico é entrelaçado a outros conhecimentos; não se faz por si só. O aluno trabalha a proporção na Matemática e, ao mesmo tempo, a utiliza para compor os mapas. Trabalhar a Cartografia no ensino médio não é por si uma tarefa fácil, pois, os alunos têm um déficit de alfabetização cartográfica. Logo, ao solicitar que os mesmos socializassem através de um mapa mental os conflitos da cidade de Palmeira dos Índios - AL os mesmos tiveram dificuldade de assimilar as localidades do que foi solicitado, isso porque somente agora foi proposto a eles a interpretação do mapa. Não apenas como uma ilustração. Mas um meio crucial de informação. Propondo a elaboração de mapas, requerendo que o aluno pense o espaço. ( fig. I- em anexo) O mapa é uma forma de representação deste espaço com símbolos, legendas, escalas e gráficos que fazem com que o aluno busque potencializar habilidades e competências do sistema para entendê-lo, decifrá-lo e utilizá-lo. Com isso desencadeia um desafio, que é o de levar esse aluno a perceber a geografia e a cartografia em seu cotidiano. Outro fator que dificulta o trabalho do professor é a sua formação, o seu conhecimento mínimo para desenvolver conteúdos geográficos em sala de aula. O mapa é considerado meio de comunicação está inserido em um processo cartográfico que começa com a realidade (o espaço geográfico) e passa por várias etapas: transformação (de tri para bidimensional, de superfície esférica para plana através das projeções) redução (escala) e generalização, codificação (linguagem gráfica e cartográfica), construção e reprodução. Como resultado, chega-se ao mapa que vai ser utilizado por um usuário, que passa pelas fases de percepção, leitura, analise e interpretação da representação gráfica. (ALMEIDA, 2010, p.122).
Contudo, discernisse neste sentido, as noções de representação gráfica de modo que o aluno venha a captar as informações passadas, sendo assim, trabalhados métodos de ludicidade que desencadeia o interesse do aluno, como vimos anteriormente foi abordado o mapa mental, saindo do que foi transcrito para o papel e em outro eixo o mapa Mudo, que parte da condição de fazer o mesmo falar, logo, propomos uma segunda atividade produtiva com os mapas mudos, em que o interesse maior era a definição do que se estava sendo abordando sem fugir do conteúdo proposto em sala de aula, em que foram utilizadas imagens visuais de mapas mudos, apenas a representação para que ela fosse transcrita a partir do que se entende por lateralidade, coordenadas, orientações geográficas. Por tanto, através da linguagem gráfica o aluno consegue enxergar a realidade em maior grau de percepção (fig.2- em anexo) (...) em alfabetização cartográfica, passou-se a analisar a visão obliqua e vertical, a imagem tridimensional e bidimensional, o alfabeto cartográfico, a estruturação da legenda, a proporção e a escala e a lateralidade e orientação. (...) Todo procedimento para se trabalhar cartografia, ou as suas noções básicas nas séries iniciais, enfatiza o trabalho na criança em um processo no qual ela realmente participa, para assim melhor compreender a representação do espaço. Desmistificando assim a cartografia-desenho e passa-se a considerar a linguagem gráfica como um meio de transmissão de informação. (SIMIELLI,2010, p. 89 e 90) No mais o que compreende é que a cartografia ela tende de facilitar o individuo, na interpretação do mundo, através de representações gráficas, fazendo o aluno intermediar o prático com o teórico, partindo do pressuposto da realidade, desde sua percepção a sua representação intelectual. Logo, corrobora com Meine quando ressalta que (...) a cartografia é uma ciência que engloba a teoria e a prática, utilizando duas esferas diferentes para realização dos mapas: os processos científicos (generalização, minuta etc.) e os processos técnicos (desenho, reprodução etc.) Meine, 1978 (ALMEIDA, 2010, p.122). CONCLUSÃO
A Cartografia é de suma importancia para o individuo, por permear através da linguagem cartográfica; a compreensão do aluno para com o mapa, onde, o mesmo armazena informações em que fornece uma perspectiva simultânea de uma área e tende por organizar o conhecimento referente a espacialidade. Neste caso, o mapa é um meio de comunicação inserido na temática cartográfica partindo do pressuposto da realidade até os criterios de construção e reprodução que fundamentalizam as relações espaciais apartir do seu entendimento e concepção do espaço geográfico. Neste intuito, nota-se que a cartografia permeia as relações contidianas não só dos alunos mais de todo individuo afim, de incrementar o papel da escola, este que por sua vez, tem função de contribuir para sua formação. No entanto, o professor deve nortear as noções básicas de cartografia no ensino de Geografia. Porém, alguns educadores possui alguns déficit em trabalhar com a cartografia, pois, apresentam conhecimento mínimo. No mais é preciso que o mesmo se aprofunde para assim, auxiliar o aluno em suas percepções sobre o mundo através do uso da própria representação gráfica, com leituras, gráficos, imagens, mapas, entre outros elementos. Com isso, o aluno passa a desencadear de fato uma assimilação objetiva, possibilitando o entendimento de espacialidade saindo da geografia tradicional e ampliando novas dimensões espaciais. Ressalta-se neste sentido, que desenvolver está atividade do Programa Institucional de Iniciação à Docência PIBID, é de suma importância para intermediar o graduando com a prática a Docência, bem como auxiliar na desenvoltura do aluno, trabalhando categoricamente com a espacialidade cartográfica, oportunizando ao aluno esse contato flexível com a compreensão e importância dos mapas, em suma da cartografia.
ANEXOS FIG. 1- Produção de Mapeamento da cidade de Palmeira dos Índios Al, elaborado pela turma de 2º ano do EnsinoMédio Fonte: Produção de Mapeamento dos conflitos de Palmeira dos índios-al, FRANÇA, 2014
Fonte: Produção de Mapeamento dos conflitos de Palmeira dos índios-al, FRANÇA, 2014 Fonte: Produção de Mapeamento dos conflitos de Palmeira dos índios-al, FRANÇA, 2014.
REFERÊNCIAS SIMIELLI, M. E. O mapa como meio de comunicação e alfabetização cartográfica. in: ALMEIDA, R. D. Cartografia Escolar 2.ed. 1ª reimpressão, ed: contexto, São Paulo, 2010. ALMEIDA, R. D. Cartografia Escolar 2.ed. 1ª reimpressão, ed: contexto, São Paulo, 2010. CAVALCANTI, L. S. Geografia, Escola e construção de conhecimentos, 16ª ed. ed: Papirus, São Paulo, 1988