SHOPPING CENTER. é um empreendimento que agrupa diversos estabelecimentos comerciais, centralizados arquitetônica e administrativamente;



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Transcrição:

SHOPPING CENTER Março-96 CONCEITUAÇÃO é um empreendimento que agrupa diversos estabelecimentos comerciais, centralizados arquitetônica e administrativamente; as lojas geram aluguéis fixo e variável a seus proprietários de acordo com o desempenho de seus locatários. O crescimento das vendas gera o lucro de todos; sua natureza e finalidade é o comércio varejista; o objetivo meramente imobiliário é derivado da necessidade de grandes áreas urbanas para a instalação das lojas e a potencial valorização dos imóveis ou terrenos que a eles são destinados; visões diferenciadas de shoppings ocorrem pela existência de vários agentes que participam do projeto em suas diferentes etapas, como financiadores, construtores e administradores, com expectativas distintas. os agentes que compõem fundings diversificados são empresas de incorporação e construção imobiliária, de administração e marketing, grupos com objetivos de diversificação e investidores institucionais como fundos de pensão entre outros. HISTÓRICO Estados Unidos os shoppings centers surgiram nos EUA na década de 50 para atrair e atender o crescente número de consumidores nos subúrbios das grandes cidades; em meados dos anos 80, os outlets, lojas de atacadistas e de grandes fábricas cresceram fora da área de influência dos shoppings tradicionais; atualmente, novas e alternativas formas de comércio despontam aumentando a concorrência, como as lojas de fábrica, clubes de compra, merchandising por vídeo e catálogos e, especialmente, os category killers, grandes lojas temáticas, especializadas em um determinado ramo.

Tabela1 Década População Nº Shoppings Renda Per Capita* 50 151 milhões 2 6.200 60 180 milhões 3.700 7.200 70 205 milhões 12.000 9.900 90 250 milhões 40.000 14.100 * Dólares de 1987. Brasil no Brasil, o primeiro shopping center foi inaugurado em 1966 - o Iguatemi São Paulo - em funcionamento até hoje. na década de 70, sete novos empreendimentos foram iniciados, mas foi a década de 80 o período em que se construiu o maior número de shoppings. Tabela 2 Construção de Shopping Centers Ano Número ABL ( m2 ) ABL Acumulada 1966 1 33.589 33.589 1968 1 9.665 43.254 1971 1 54.633 97.887 1973 1 9.922 107.809 1975 3 105.798 213.607 1976 1 51.773 265.380 1979 1 42.608 307.988 1980 4 194.280 502.268 1981 4 202.900 705.168 1982 5 124.243 829.411 1983 4 105.831 935.242 1984 5 99.631 1.034.837 1986 4 88.095 1.122.968 1987 7 175.939 1.298.907 1988 3 87.335 1.386.242 1989 11 220.164 1.606.406 1990 6 96.444 1.702.850 1991 9 246.302 1.949.152 1992 10 107.850 2.057.002 1993 8 185.266 2.242.268 1994 10 124.388 2.366.656 1995 12 183.131 2.549.787 Total 112-2.583.743 Gráfico 1 Nº de Shoppings por Idade

11 a 19 anos 19% 6 a 10 anos 20% Mais de 20 anos 6% 0 a 5 anos 56% FATORES DE CRESCIMENTO DE SHOPPINGS CENTERS crescimento urbano; a necessidade de maior segurança e maior conforto; as características climáticas; a entrada da mulher na força de trabalho; INFORMAÇÕES SÓCIO -ECONÔMICAS as estatísticas utilizadas referem-se aos projetos registrados na Abrasce, a qual contabiliza 125 shoppings associados, sendo 112 em operação e 13 em construção. os critérios da Abrasce para classificação de shoppings centers são: manutenção da propriedade da maior parte das lojas que são arrendadas aos lojistas, a existência de vagas de estacionamento compatível com o movimento efetivo e utilização de âncoras, ou seja, o uso lojas, hipermercados, lazer, entre outros, como chamarizes de público. o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial, atrás dos EUA, Canadá, Inglaterra e França; existem ainda unidades auto-denominadas shoppings que porém não correspondem à definição sistematizada pela Abrasce; há ausência de informações quanto a composição e tamanho destes centros comerciais, galerias ou lojas, que adotam a denominação shopping center, em geral pertencentes aos próprios lojistas, que as administram com total independência. TAMANHO DOS SHOPPINGS concentração na faixa de 10.000 m² a 25.000 m² de área bruta locada (ABL), o principal indicador do setor; a participação de unidades de grande porte é significativa, refletindo a localização destes nas capitais e principalmente em São Paulo;

Gráfico 2 Distribuição dos Shoppings por Tamanho 50.000 ou mais 9% até 10.000 25% 25.000 a 50.000 26% 10.000 a 25.000 40% DISTRIBUIÇÃO REGIONAL as regiões Sul e Sudeste respondem por 82,2% do número de shoppings e 77% do total de ABL. os shoppings localizam-se sobretudo na região Sudeste, representando 61,9% das unidades instaladas e 62,1% e do total de ABL. o estado de São Paulo responde por 60% e 61% da região Sudeste, em termos de número de unidades e de ABL, respectivamente. Com relação ao país, São Paulo participa com 36,5% e 37,8% do total de unidades e de ABL, respectivamente. Tabela 3 Distribuição de Shoppings por Região Região Nº de ABL % Shoppings Norte 3 85.514 2,4 Nordeste 10 320.159 8,0 Centro-Oeste 9 226.178 7,2 Sudeste 78 1.755.510 62,4 Sul 25 411.087 20,0 Gráfico 3 Número de Shoppings por Região

Nordeste 8,6% Norte 2,3% Centro-Oeste 7% Sul 20,3% Sudeste 61,8% As unidades no interior representam 30% do total; os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pará possuem unidades no interior; este movimento começou nos anos 80 no estado de São Paulo e tem sido acompanhado, principalmente, por Santa Catarina e Paraná; em Santa Catarina, aqueles instalados no interior representam 82% do total do estado e no Paraná,55%. em São Paulo, as instalações no interior correspondem atualmente a 42% do número de shoppings e 35,5% de ABL total do estado; Gráfico 4 Distribuição de Shoppings entre Capital e Interior 100% 80% 60% 40% 20% Interior Capital 0% DF MG PA PR RJ RS SC SP

Tabela 4 Distribuição Geográfica de Shoppings e de ABL UF Quantidade Capital Interior ABL AL 1 1 28.488 AM 1 1 28.845 BA 2 2 93.024 CE 1 1 34.280 DF 5 5 127.023 ES 1 1 29.542 GO 3 3 50.400 MG 10 7 3 190.844 MS 1 1 48.755 PA 2 1 1 56.669 PB 1 1 17.180 PE 3 3 117.253 PR 9 4 5 127.945 RJ 21 18 3 464.185 RN 1 1 14.354 RS 9 8 1 164.615 SC 7 1 6 118.527 SE 1 1 15.580 SP 46 26 20 1.070.939 Total 125 86 39 2.798.485. Gráfico 5 Interior de São Paulo - Distribuição por Nº de ABL de 25.000 a 50.000 10% 2 sh.centers mais de 50.000 5% 1 sh.center até 10.000 20% 4 sh.centers de 10.000 a 25.000 65% 13 sh.centers

61% dos centros comerciais estão em cidades com mais de 1 milhão de habitantes há um número representativo também em cidades cuja população varia entre 200 e 500.000 habitantes; algumas publicações especializadas indicam a perspectiva de construção de número maior de unidades no interior e em regiões periféricas, devido, entre outras razões, ao preço do terreno e a população de renda suficiente ainda não atendida.

Gráfico 6 Brasil - Distribuição de Acordo com a População das Cidades 500 a 1 milhão 11% 200 a 500 mil 26% Mais de 1 milhão de hab. 51% 100 a 200 mil 7% até 100 mil 5% EMPREGO o número total foi estimado pela Abrasce em 210.000 empregados; este montante é de difícil ponderação uma vez que o pessoal empregado varia bastante de um shopping para outro, em função da área bruta locável (ABL), sendo também influenciado pela natureza de loja existente, como por exemplo, área de alimentação e supermercados, que tendem a empregar um maior contingente; o emprego no setor de serviços é caracterizado por elevada rotatividade e sazonalidade em função de datas comemorativas; o setor é altamente sensível às variações da atividade econômica e da renda de um país e o nível de emprego se expande ou contrai em resposta às mudanças nestes fatores. levando-se em conta que em 1996 e 1997 serão incorporados 203.158 m² de ABL e tomando como base que cada 10 m² de ABL geraria um emprego de loja e cada 100 m² de ABL geraria um emprego no condomínio, pode-se estimar que as novas unidades poderiam gerar 22.345 empregos em lojas e condomínios. FATURAMENTO os valores referentes ao faturamento de cada shopping não são usualmente publicados, embora possa ser estimado que devam faturar entre US$ 200,00 a US$ 650,00 por m2.

pelos dados globais divulgados pela Abrasce, referentes às unidades filiadas, observa-se o crescimento deste setor a partir de 1993; registrou-se acréscimo de 28% de 1995 em relação a 1994 e de 42% de 1994 em relação a 1993; este crescimento acompanhou a tendência ascendente que se verificou a partir de 1993 para o comércio varejista nas principais regiões metropolitanas. Tabela 5 Faturamento Anual dos Shoppings Ano US$ Bilhões % do Varejo * 1991 4,0 10 1992 5 5 1993 5,5 15 1994 7,8 15 1995 10,0 17. * comércio estimado pela Abrasce, excluindo automóveis Tabela 6 Crescimento de Comércio Varejista e Shoppings - % Ano Setor* Shoppings 1991 (11,3) - 1992 (11,4) 0 1993 28,7 37,5 1994 22,8 42 * dados obtidos de Melhores e Maiores TIPOS DE SHOPPING a expansão de tipos de shoppings centers vem ocorrendo pelo fato de basearem-se na centralização das compras, de atividades, gerando agilidade e economia de tempo para o consumidor, além de oferecer segurança e estacionamento; a tendência recente mais forte tem sido de ampliar sua função social e comunitária, ofertando variados tipos de serviço, lazer e cultura; o conceito de shopping atualiza-se no tempo, através da alteração de seu perfil ou de propostas diferenciadas de atuação.

a primeira distinção que se faz é de acordo com a área de abrangência e distanciamento: bairro, comunidade e regional. Tabela 6 Classificação de Shoppings Centers Shopping Conceito Âncora Vizinhança Conveniência. Supermercado Comunitário Mercadorias em geral. Lojas de departamento ou de descontos; supermercados e hipermercados Regional Mercadorias em geral, com cerca de 50% alugado a lojas satélites de vestuário. Lojas de departamentos completas; lojas de departamento júnior, lojas de departamento de descontos e hipermercados Especializado/ Temático Especializado em um ramo como moda, decoração e material esportivo. Em geral não possui âncora Outlet Center Power Center Discount Center Lojas de fábricas e off-price,preços baixos, lojas mais simples com aluguéis mais baixos, custo de construção mais reduzido, diferenças de acabamento. Conjunto de âncoras com poucas lojas satélites. Lojas que trabalham com grandes volumes de produtos a baixos preços. Grandes lojas de fábricas Category killer; lojas de departamentos de desconto; clubes de compras; off-price Festival Mall Restaurantes;lazer, cultura. os shoppings regionais foram o eixo mais comum no Brasil, sendo aquele que congrega o mais variado mix de lojas, serviços e opções de lazer e cultura. verifica-se o crescimento de shoppings temáticos como automotivo, centro textil e decoraçào entre outros, assim como os projetos de construção de festival mall. Tabela 7 Brasil- Classificação de Shoppings Tipo de Shopping Quant. Vizinhança 11 Comunitário 25 Regional 75 Especializado 07 Outlet Center 07

Power Center - Festival Mall - Total 125 EMPRESAS E GRUPOS os grupos que atuam no setor o fazem diretamente ou através de empresas associadas, tanto como empreendedores como administradores. é comum um grupo se ligar a outro na realização de novos projetos, entre outros motivos porque os recursos para investimentos ficaram mais escassos do que nos anos 80. os empreendedores, neste caso, se associam e criam ou contratam uma empresa de administração, outra de locação, outra de obras e serviços. os principais grupos são Ancar, La Fonte Iguatemi, Brascan, Multiplan, Nacional Iguatemi e Ecisa. Tabela 8 Empreendedores/ Administradores Multiplan/Renasce La Fonte OAS-PPS Ecisa Ancar Brascan/Embrascenter Fonte: empresas Unidade Morumbi SP/BarraShopping /Park Brasília/Ribeirão Preto/BH Shopping Campo Grande, Diamond Mall Iguatemi SP/Market Place/Praias de Bela PA Del Rey (BH), Shopping Campo Grande e Shopping Recife World Trade Center SP/ Shopping Maceió/Piedade Salvador/ Shopping Belém/Shopping Manaus Norte Shopping, Del Rey (BH), Shopping Campo Grande e Shopping Recife Nova América, Shopping Recife, Iguatemi Porto Alegre, Conjunto Nacional Rio Sul, Madureira Shopping, Paço do Ouvidor FATORES CHAVES PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SHOPPING a localização é o principal fator a ser avaliado; é necessária uma extensa pesquisa sócio-econômica analisando e medindo a densidade demográfica por área de influência, renda gasta, hábitos e potencial de consumo; área de influência é o termo usado para determinar a principal região alvo do shopping. É onde está a população que pode ser atraída para o empreendimento; a área de influência pode ser dividida em três segmentos delimitados de acordo com os tempos de percurso para se chegar ao shopping, considerando-se: - condições de acesso, - tempo gasto para se chegar ao local,

- concorrência atual e futura, - capacidade de atração do ponto ou convergência de pessoas. para cada zona delimitada, primária, secundária e terciária, é necessário estudar: a renda familiar, números de domicílios, faixas de renda, potencial e satisfação de consumo por faixa, percentual de gasto médio familiar por categoria de varejo; projeção do crescimento populacional e de renda média e do número de domicílios; pesquisa do potencial econômico da região feito por idade, sexo, grau de escolaridade; com relação à satisfação de consumo - onde compram e o quê, tempo disponível para compras, hábitos e desejo dos consumidores, freqüência a shoppings; locais preferidos para comprar por faixa de renda; distanciamento entre os shoppings já existentes; o mesmo deve ser feito com relação a lazer e cultura; mapeamento do comércio local e da concorrência abrangendo as lojas âncoras, vestuário, calçados, bolsas, utilidades para o lar, alimentação, serviços, lazer; condições de acesso, meios de transporte mais utilizados na região; potencial de consumo da área versus vendas no varejo instalado na região; concorrência futura. o potencial de compra da área mais próxima (primária) é muito importante pois estima-se, atualmente, que em torno de 70% a 80% do consumo são realizados por 20% dos consumidores e aos quais devem ser dirigidos maiores esforços e tratamento especial. a composição de lojas nos shoppings (tenant mix) é feita com base nos resultados das diversas pesquisas. o mix de produtos em shoppings abrange, em geral, várias áreas segmentadas em vestuário, calçados, acessórios, couros, alimentação, restaurante e supermercado, lazer e artigos do lar. é fator fundamental garantir a freqüência dos consumidores, participando de melhorias nas vias de acesso e assegurando o estacionamento (no parking no business é jargão corrente no setor) tanto em centros como em periferias; de acordo, com as características de cada região, prevê-se um número representativo de vagas para automóveis que pode variar, entre 5 a 10 vagas por 100 metros quadrados de ABL; é ponto crucial para a sobrevivência de uma unidade. Âncora a necessidade de loja âncora ou não é determinada pela localização - quanto melhor o local, menor a necessidade de âncora - e pelas características do shopping; shoppings temáticos, outlet e festival mall em geral não possuem âncoras; há tendência de substituição de lojas âncoras - departamentos ou supermercados - por outros núcleos chamarizes de público como praças de alimentação, centros médicos, lazer e centros de serviços entre outros

há poucas lojas âncoras tradicionais conhecidas em todo o país (Lojas Americanas, CA, Mesbla, Mappin, Renner), porém existem muitas de atuação marcadamente regional e que podem fazer o papel de âncora em suas regiões; a âncora é um elemento importante para o início de operação de um shopping, pois cria fluxos de público; depois que o shopping se torna um sucesso de vendas, ou quando deseja selecionar seu público, pode haver um movimento contrário às mesmas, dado que ocupam grandes áreas locáveis a preços inferiores; muitas vezes até gratuitamente; algumas âncoras tem por política só participarem como proprietários de suas lojas; verifica-se, em alguns casos, a instalação de shoppings na vizinhança de grandes lojas ou supermercados, estabelecendo-se sinergia entre as mesmas, mantendo-se a propriedade de cada um. CONCORRÊNCIA o produto shopping requer constantes pesquisas para definir novos formatos e estratégias de atuação. as mudanças na preferência do consumidor, o aparecimento de sistemas alternativos de varejo e a construção de um número crescente de shoppings têm levado a modificações nos centros existentes, para enfrentar a concorrência, unindo compras ao lazer e à alimentação e alterando seu perfil, entre outras. a disputa pelo consumidor e a busca de diferenciação estão estreitamente ligadas às medidas tomadas para revitalizações e redefinição do perfil dos shoppings e abrangem:. gastos crescentes de marketing;. seleção/ modificação da rede de lojistas;. âncoras;. promoção de eventos;. vagas de estacionamento;. projeto arquitetônico;. ampliação do número de centros de lazer e serviços;. treinamento. modernização e informatizaçào de operações FUNCIONAMENTO, RECEITAS E CUSTOS o funcionamento de um shopping está normalmente sob a responsabilidade de empresas administradoras, freqüentemente associadas aos empreendedores ou sócios-proprietárias; a propriedade das lojas confere aos administradores/empreendedores, maior poder de decisão e controle da gestão das estratégias estabelecidas em relação aos lojistas individualmente; é comum a realização de acompanhamento mensal dos lojistas em termos do seu desempenho comercial assim como a adequação visual e operacional das lojas aos padrões pré-estabelecidos ou redefinidos; o bom funcionamento depende da existência de acordo entre os envolvidos, pressupondo-se o conceito de parceria;

outras empresas envolvidas com a operacionalidade das unidades são fornecedores e prestadores de serviços ligados às áreas de videocomunicação, computação, paisagismo, decoração, equipamentos de segurança, estacionamento, lazer; não existe divulgação de dados desagregados sobre o mercado e a rentabilidade de shoppings no Brasil; é opinião corrente que as comparações entre shoppings muitas vezes induzem a resultados distorcidos da realidade - cada shopping é um caso que deve ser analisado individual e regionalmente. os fatores chaves a serem observados para participação e apoio financeiro a projetos desta natureza são: a localização, a experiência e o nível de comprometimento e de recursos do empreendedor, do incorporador e administrador envolvidos, e o estudo de viabilidade do projeto. a avaliação econômico-financeira de um shopping obedece à lógica comercial de varejo e sua valorização é desvinculada do custo de construção, sendo função de estimativas de fluxo de caixa futuro, determinando-se as prováveis rentabilidade. também são fatores chaves a serem observados para participação e apoio financeiro a projetos desta natureza: a localização, a experiência e o nível de comprometimento e de recursos do empreendedor, do incorporador e administrador envolvidos, e o estudo de viabilidade do projeto. Despesas nas partes de uso comum as despesas são rateadas entre os lojistas, que pagam o condomínio e contribuem para um fundo de promoção gerido pelos próprios ou não, além do aluguel. a maior parte do total de recursos para estas e outras despesas, que variam de shopping para shopping, cabe (em média 75%) aos lojistas. Receita a principal receita de uma unidade em funcionamento, para os empreendedores/cotistas corresponde ao aluguel cobrado, - parte fixa e outra variável -, em contratos com duração negociada entre as partes ou pelo prazo mínimo estabelecido por lei; o valor deste aluguel é definido por referências de mercado em função da área ou por um valor calculado em função das vendas, individuais ou globais, o que for maior, podendo variar também conforme o ano da locação; também pde ser influenciado pelo tipo de loja em questão, ou seja, se é interesse da administraçào ter aquele lojista, se o mesmo for um chamariz de público importante, os valores tendem a ser menores; o acompanhamento mensal referido no parágrafo acima, realizado por alguns shoppings, torna-se um instrumento de auditoria nas lojas, com o objetivo de auferir o real volume de vendas, permitindo maior controle do valor do aluguel cobrado; estima-se que o faturamento de um shopping varie entre US$ 200,00 e US$ 650,00 por m2; outras receitas podem ser obtidas com a utilização de áreas comuns, destinando -se a merchandising, ocupadas também com quiosques ou semelhantes, alugados temporariamente, além do faturamento proveniente da cobrança de estacionamento.

ESQUEMAS DE FINANCIAMENTO o perfil dos investidores de shoppings centers veio se alterando ao longo dos anos. Inicialmente, bancos, empresas de participações, construtoras e investidores privados - pessoas físicas foram os investidores; posteriormente, na década de 80, as empresas de previdência privada começaram a atuar e são hoje os principais detentores de shoppings; atualmente vê-se a entrada de novas empresas, inclusive indústrias, como o Grupo Vicunha, além da formação de parcerias; de modo geral, os recursos para implantação das unidades provêm de capitais próprios e de investidores, reunidos em acordos societários através da aquisição de cotas-partes; na fase pré-operacional, as receitas correspondem as luvas, que são usadas como funding para a construção; recentemente, o BNDES incluiu linhas de apoio ao setor de serviços, as quais permitem a concessão de crédito a shoppings centers, e, portanto, trata-se de um setor com o qual o Banco não teve ainda maior envolvimento. TENDÊNCIAS crescente incorporação de atividades de lazer; novos formatos, como powers centers, strips centers, outlets, category killers e festival mall, já citados, e mais os chamados rotativos, ocupados por pequenos lojistas que têm contratos curtos, a partir de um mês, que já somam 86 no estado de São Paulo. a expansão de centros de compras que não se caracterizam pela locação das lojas; modernização do setor através da informatização de serviços; empreendimentos voltados ao consumo popular; direcionamento para cidades de porte médio;