Índice. 5.1. Correção das Palavras do Texto... 5 5.2. Autocorreção... 5 5.3. Pontuação... 6 5.4. Escrita Ortográfica... 6. Grupo 5.



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Transcrição:

GRUPO 5.4 MÓDULO 5

Índice 1. Reconstrução do Código Linguístico da Criança...3 2. Textos...3 3. Jogos de Análise Linguística...4 4. Letra Cursiva e Letra de Fôrma...4 5. Ortografia e Gramática...5 5.1. Correção das Palavras do Texto... 5 5.2. Autocorreção... 5 5.3. Pontuação... 6 5.4. Escrita Ortográfica... 6 2

1. RECONSTRUÇÃO DO CÓDIGO LINGUÍSTICO DA CRIANÇA Frente às pesquisas científicas, como o professor pode intervir na reconstrução do código linguístico da criança? Cócco e Hailer (1996) propõem dois eixos no trabalho de alfabetização da criança: 1. o trabalho textual, porque permite à criança compreender como funciona a escrita e como pode ser empregada socialmente; 2. a análise linguística, porque embasa a aquisição do valor sonoro convencional à criança e a ajuda na reconstrução do código linguístico. 2. TEXTOS A maioria das crianças chega à escola com pouca experiência em leitura de textos diversos, portanto, podemos dizer, sem dúvida, que esse trabalho é ponto central de uma proposta alfabetizadora. A sala de aula deve conter grande quantidade e variedade de material escrito, como livros, jornais, gibis, revistas e cartazes que estimulem a leitura da criança. Pode, por exemplo, conter várias cestas e cada uma delas com um tipo de leitura: uma com livros didáticos, outra com histórias, gibis etc. O professor pode sugerir que, ao término das atividades, as crianças escolham uma das leituras para lerem e conversarem com os colegas sobre o livro escolhido e o que contém cada um deles. Cócco e Hailer (1996) sugerem atividades para três frentes de ação pedagógica. São elas: 1. jogos para contato com a linguagem escrita: caminhada da leitura; leitura de obra de arte; atividades com rótulos; corre-cotia; texto coletivo; texto memorizado; notícias; jogos de rimas; procura de palavras; músicas; bilhetes. 2. acesso a textos diversificados: textos práticos; 3

textos informativos; textos literários; textos extraverbais. 3. atividades de interpretação de textos. 3. JOGOS DE ANÁLISE LINGUÍSTICA Cócco e Hailer (1996) ressaltam o papel do jogo no cotidiano infantil e o indicam como um dos principais meios de construção do conhecimento pela criança, porque, além de a atividade lúdica em si ser prazerosa, o erro é encarado como algo normal, portanto, pode ser trabalhado pelo professor para a mudança de atitudes da criança, e a interação com o outro colega contribui para a autonomia da aprendizagem do aluno. O trabalho com jogos de análise linguística possibilita à criança corresponder os sons com as letras e adquirir valores sonoros convencionais. A seguir exemplificamos algumas atividades sugeridas pelos autores. Utilizar letras do alfabeto, pintadas e recortadas, numa caixa e sorteá-las para as diferentes crianças; mostrar e perguntar se conhecem aquela letra. Em seguida, solicitar sugestões de palavras que começam com aquela letra. O professor pode fazer cartazes com uma gravura que inicia com a respectiva letra e com a lista de palavras sugeridas pelas crianças. Alfabeto ilustrado: pedir para as crianças recortarem de revistas gravuras cujos nomes comecem com a letra de seu nome. Alfabeto concreto: solicitar às crianças que separem objetos ou figuras e classifiquem-nos de acordo com a letra com que começa cada objeto ou figura coletada. Listagens na sala: com os alunos, separar palavras, listando-as de acordo com suas características. Por exemplo: lista de roupas, animais, produtos de higiene, meios de comunicação, brinquedos. O professor pode registrar na lousa as indicações das crianças. Quebra-cabeça: a criança pode brincar com um quebra-cabeça, confeccionado pelo professor, de nomes dos alunos da sala, de lista de animais, de objetos da sala, de gravuras e seus respectivos nomes abaixo etc. 4. LETRA CURSIVA E LETRA DE FÔRMA A criança tem maior contato com a letra de fôrma devido ao seu uso freqüente por jornais, revistas, letreiros, informes de supermercado etc. Seu traçado é fácil e as letras são separadas uma das outras, o que possibilita a 4

identificação da letra pela criança e a sua percepção das regras de combinação do código linguístico. Podemos falar que uma criança é alfabética quando vincula fonema/grafema. Ela entende que deve escrever como fala: por exemplo, ouve falar boneca e escreve buneca; casa e escreve caza. Quando a criança estiver na fase alfabética, o professor pode apresentar outros tipos de letra, por exemplo, a de fôrma minúscula e cursiva maiúscula e minúscula. Inicialmente, deve apresentá-la junto com a letra de fôrma, para depois deixar escrita apenas a cursiva. O professor não deve esquecer o trabalho com frases e textos, e, aos poucos, diminuir o trabalho com palavras apenas. O professor pode fazer cartazes com os tipos de letras, segundo o que sugerem Cócco e Hailer (1996). 5. ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA O ensino da ortografia possibilita à criança o desenvolvimento da fluência na leitura. Após o entendimento de escrever o que se fala, a criança alfabética começa a desestruturar suas hipóteses porque não entende algumas regras da escrita ortográfica. A ortografia, parte da gramática, apresenta regras como a utilização de m antes de p e b e outras com aspectos convencionais estipulados a partir do social-arbitrário. Nesse conhecimento, a criança precisa lembrar-se da palavra para escrevê-la corretamente. É um processo que envolve a imagem mental; a consciência do modo como a palavra é escrita está além do plano da memorização da palavra por meio de repetidas cópias, passíveis de esquecimento. 5.1. CORREÇÃO DAS PALAVRAS DO TEXTO Infelizmente, muitos professores, equivocados com a concepção construtivista da alfabetização, simplesmente não corrigem os textos escritos de seus alunos e, consequentemente, não os ajudam na construção correta da imagem mental das palavras escritas no texto. 5.2. AUTOCORREÇÃO É um procedimento de comparação da palavra escrita incorretamente com a forma ortograficamente correta. O professor pode devolver o texto ao aluno com as palavras escritas incorretamente grifadas e com a palavra correta no final do texto, para que a própria criança possa reescrever o texto com as palavras escritas corretamente, após a comparação das palavras. 5

O professor também pode grifar as palavras escritas incorretamente e solicitar que as crianças procurem as palavras corretas num texto jornalístico da internet, em revistas, livros ou dicionários. 5.3. PONTUAÇÃO Não se fala mais em ensinar pontuação nessa ou naquela série ou ano em que a criança estuda, mas sim na fase em que se encontra na hipótese linguística. Ensina-se, portanto, pontuação quando o aluno é alfabético e escreve textos. O professor pode ler um texto produzido coletivamente em sala de aula, dramatizando-o como se o texto não tivesse pontuação e, junto com as crianças, num outro momento, colocar a pontuação necessária para entendimento do texto, do ponto final, dos parágrafos, das vírgulas etc. Trabalhar com as crianças a respeito das expressões faciais, a forma como o corpo se manifesta quando falamos uma história a outras pessoas e que, num texto, não temos as expressões ou linguagens corporais para que fique clara a compreensão. No texto, temos a pontuação para que possamos expressar nossos pensamentos. 5.4. ESCRITA ORTOGRÁFICA O conhecimento da escrita ortográfica é construído num processo de aprendizagem percorrido ao longo das experiências de leitura e escrita das pessoas. A autocorreção e a pontuação de um texto são formas de ampliar e consolidar os conhecimentos construídos ao longo do processo de alfabetização e letramento, e não um fim em si mesmo. Ou seja, é necessário que o aluno escreva corretamente para ser interpretado, expressar suas idéias e opiniões, não aprendê-las simplesmente para repetilas em provas e tirar notas boas, dizer que está alfabetizado porque copia ou escreve sem erros ortográficos; com certeza, não é repetir frases decoradas e cartilhescas sem significado e sentido para o aluno. 6