DESTAQUES Bovespa recua com ajustes ao cenário externo Governo quer idade mínima na aposentadoria em 2026 Escândalo da Petrobras é eleito o 2º maior caso de corrupção Governo desiste de taxar letras de crédito Poucos negócios no mercado de terrenos em São Paulo Aumenta a indexação em títulos corporativos
FECHAMENTO ANTERIOR (10/02/2016) BAIXA 1,88% MÍNIMA 39.617 ABERTURA 40.370 MÁXIMA 40.370 FECHAMENTO 40.377 VOLUME 87.077.422 MAIORES ALTAS MAIORES BAIXAS AÇÃO PREÇO % AÇÃO PREÇO % CESP6 R$ 13,89 0,07 BBSE3 R$ 23,62-1,58 ITSA4 R$ 6,70-1,33 MULT3 R$ 42,93-1,31 QUAL3 R$ 12,46-1,27 BVMF3 R$ 10,20-1,26 A Bolsa brasileira fechou em baixa nesta quarta-feira. Segundo o analista Felipe P. Otero, da Ágora Corretora, Testando a região de sua MME de 21 períodos nos 39.988 pts e caso venha abaixo desta poderia confirmar topo nos 41.444 e indicar retorno aos 39.025 e aos 38.595 pts. Do lado positivo, precisa superar os 41.444 para manter o padrão de recuperação do índice em busca de objetivos nos 42.535 e dos 42.750 pontos. BOLSAS INTERNACIONAIS Índice Pontos % Índice Pontos % Índice Pontos % Dow Jones 17,826.30-1,54 Euro 3,701.90 +0,76 CAC 40 5,164.94 +0,42 S&P 500 2,081.18-1,13 FTSE 100 7,041.73 +0,67 Shangai 2,750.00-6,42 Nasdaq 4,581.00-1,58 DAX 11,871.12 +0,29 Nikkei 19,634.49-0,09 AGENDA 11:30 Initial Claims 2
BOVESPA RECUA COM AJUSTES AO CENÁRIO EXTERNO A bolsa brasileira fechou em baixa nesta quarta-feira de Cinzas, com investidores ajustando os preços das principais ações aos respectivos ADRs negociados em Nova York, que sofreram pesadas vendas nos dois dias em que a Bovespa ficou fechada por causa do Carnaval. Dúvidas sobre a saúde dos bancos europeus, especialmente o Deutsche Bank, estressaram os investidores globais no início desta semana. Operadores comentaram que a correção nos preços por aqui não foi mais forte graças recuperação das bolsas americanas e europeias hoje e às declarações da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen. O volume financeiro foi fraco neste pregão que foi mais curto, com início às 13 horas, com muitos investidores fora do mercado, ainda em ritmo de feriado. O Ibovespa caiu 0,53%, para 40.376 pontos, com volume de R$ 3,285 bilhões. GOVERNO QUER IDADE MÍNIMA NA APOSENTADORIA EM 2026 O contingenciamento ao Orçamento de 2016, cujo decreto será divulgado amanhã, deve ficar abaixo de R$ 20 bilhões. Na próxima semana, o governo pretende anunciar uma série de outras medidas fiscais, entre elas o alongamento do prazo de vencimento das dívidas dos Estados com a União, uma proposta de reforma da Previdência e uma "reforma fiscal" que implicará na criação de uma banda de flutuação para o resultado primário das contas públicas. Ao contrário de anos anteriores, quando os cortes chegaram a R$ 70 bilhões, a redução de despesas será bem menor porque a área econômica alega que o Orçamento de 2016 já está bastante enxuto e realista. Também ficará clara no decreto a enorme dificuldade do governo em cumprir a meta de superávit primário de 0,5% do PIB fixada para este ano. A proposta de reforma da Previdência está recebendo os últimos ajustes. Uma mudança substancial foi discutida ontem: a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres deve entrar em vigor após 2026, quando encerra a vigência da regra atual. A intenção do governo é fixar prazo de até 20 anos para igualar as regras de aposentadoria de trabalhadores urbanos e rurais. No curto prazo, o governo vai alongar, por mais 15 a 20 anos, o prazo para pagamento das dívidas dos Estados. Esta foi a forma encontrada para socorrer os governadores, que estão em grandes dificuldades financeiras. A renegociação anterior, fechada em 1997, tinha prazo de 30 anos. O alongamento deve ter como contrapartida um aperto maior nos gastos com pessoal e a implementação da previdência complementar. ESCÂNDALO DA PETROBRAS É ELEITO O 2º MAIOR CASO DE CORRUPÇÃO O escândalo da Petrobras foi eleito o segundo maior caso de corrupção no mundo em votação popular da ONG Transparência Internacional. Com 11.900 votos, a petroleira só ficou atrás do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que recebeu 13.210 votos pelo suposto desvio milionário de recursos para sua conta privada. A ONG, com sede na Alemanha, faz relatórios anuais com índices de percepção de corrupção. No último, o Brasil apareceu na 76ª posição entre 168 países. A lista faz parte da campanha Desmascare os Corruptos, da Transparência Internacional. A campanha começou em outubro e teve a participação de mais de 4,5 milhões de pessoas que indicaram casos de corrupção ao redor do mundo. A ONG já está pedindo informações em oito países da América Latina, nos quais as empreiteiras investigadas na Lava Jato também têm contratos. Salas afirmou que o propósito é evitar que escândalos como o da Petrobras se repitam. A Transparência Internacional assinou uma carta de apoio às 10 medidas de combate à corrupção, apresentadas pelos procuradores do Ministério Público Federal no Brasil. A proposta precisa de menos de 200 mil assinaturas para alcançar a meta de 1,5 milhão e ser avaliada no Congresso. 3
GOVERNO DESISTE DE TAXAR LETRAS DE CRÉDITO O governo vai rediscutir a cobrança de imposto de renda sobre as LCA e as LCI e deve manter a isenção atual. Os títulos têm se mostrado importantes na captação dos bancos para esses setores, especialmente num momento em que o os depósitos à vista e de poupança, fontes de financiamento para agricultura e construção civil, perdem tração. Em dezembro, o então ministro da Fazenda Joaquim Levy negociou um pacote de mudanças na tributação dos instrumentos de renda fixa e variável, que incluía as LCAs e LCIs. As propostas chegaram a fazer parte do relatório da MP 694, inicialmente editada com a elevação do tributo sobre o pagamento de juros sobre capital próprio, e preparado pelo senador Romero Jucá, mas não foram votadas. Na nova versão do texto, apresentada na semana passada por Jucá, o relator deixou de fora todas as alterações relativas ao setor financeiro. A intenção da equipe econômica é tratar do assunto mais à frente. O mais provável, é que sejam mantidas as mudanças feitas na tributação dos fundos de renda fixa e variável já que essas propostas estão em estudo no governo há bastante tempo e refletem um certo consenso, especialmente sobre a necessidade de alongamento de prazos. O recuo deve se restringir às letras do agronegócio e do setor imobiliário. POUCOS NEGÓCIOS NO MERCADO DE TERRENOS EM SÃO PAULO O mercado de terrenos está praticamente parado na cidade de São Paulo. A baixa liquidez nas negociações de compra e venda de áreas resulta da queda de demanda e da diferença de expectativa de preços das áreas entre vendedores e compradores. O estoque de unidades prontas continua elevado na carteira das incorporadoras, o que desestimula tanto lançamentos quanto a busca de matéria-prima para a produção de novos imóveis. Ainda assim, os preços médios dos terrenos continuam estáveis. Há nove anos, a corrida pela expansão dos bancos de terrenos foi o primeiro efeito do processo de abertura de capital de incorporadoras. Anos depois, com a retração do mercado, o estoque de áreas de parte das empresas tornou-se desproporcional aos novos patamares de lançamentos. Além da redução acentuada das aquisições, algumas companhias passaram a buscar compradores para parcela de suas áreas. Parte do banco de terrenos das incorporadoras tem de ir a mercado e algumas incorporadoras já divulgaram essa intenção, pois a chamada monetização de ativos é uma das estratégias para gerar caixa e reduzir o endividamento. AUMENTA A INDEXAÇÃO EM TÍTULOS CORPORATIVOS As incertezas em relação ao rumo econômico e político que o Brasil vai tomar têm acarretado mudanças nas características dos títulos de dívida local emitidos pelas companhias. Enquanto os prazos encolhem, as debêntures saem de um indexador misto e ficam totalmente pósfixadas, seguindo o desempenho da taxa básica de juros. As alterações vão contra os esforços recentes do governo e do mercado de alongar os prazos e desindexar os ativos. No passado recente, os títulos totalmente pós fixados eram menos comuns e o indexador misto era escolhido em grande parte das emissões, com uma fatia prefixada e outra atrelada ao CDI, o juro interbancário e que acompanha a Selic. Mas a situação está se invertendo. Em 2015 o volume das emissões indexadas ao percentual do CDI correspondeu a 42,3% do total, acima da participação de 36,6% em 2014 e de 19,8% em 2013. Por outro lado, os títulos indexados pelo CDI mais uma taxa fixa corresponderam a 43,1% do total no ano passado, em comparação a 44,6% em 2014 e 61,6% em 2013. A fatia restante é atrelada ao IPCA ou a outros indicadores. A primeira demanda de mudança vem do lado dos investidores, que vêm risco de aumento da taxa de juros e insegurança em relação à volatilidade do mercado. No cenário em que a taxa de juros sobe, a empresa acaba pagando mais quando o título é indexado pelo percentual do DI e, assim, a remuneração ao investidor é maior. No cenário em que a taxa cai, a companhia economiza e o investidor tem um ganho menor. A volatilidade do desempenho dos juros também interfere na escolha do indexador da debênture. 4
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