Viva Melhor! Com a Medicina Natural in www.piratatuga.net Luiz Carlos Costa Viva Melhor! Com a Medicina Natural Índice Geral: Capítulo 1 - Manchetes jornalísticas 3 Capítulo 2 - Minhas primeiras experiências 7 Capítulo 3 - O corpo humano 11 Capítulo 4 - Trofoterapia 32 Capítulo 5 - Fitoterapia 92 Capítulo 6 - Hidroterapia 107 Capítulo 7 - Geoterapia 133 Capítulo 8 - Alimentos integrais 146 Capítulo 9 - Programas trofoterápicos e fitoterápicos 158 Capítulo 10 - Tratamentos naturais simplificados 197 Capítulo 11 - Receitas culinárias saudáveis 258 Capítulo 12 - Conservas naturais 340 Capítulo 13 - Principais produtos das abelhas 357 Capítulo 14 - Assuntos complementares 374 Capítulo 15 - Depoimentos importantes 440 PREFÁCIO Quando pensamos em viver bem e desfrutar o melhor desta vida, logo imaginamos que viver melhor é simplesmente ter uma boa profissão, uma boa casa, o carro do ano, estar rodeado de bons amigos... Isto está de acordo com os conceitos neomodernistas que aprendemos no lar, nas escolas e na sociedade em geral. É claro que todas estas necessidades são importantes na vida de cada indivíduo. No entanto, que reação natural normalmente temos quando percebemos que nos falta a esquecida
saúde, e começamos a treinar para a maratona do bem- estar físico, às vezes até internacional? Esquecemos boa parte daquilo que temos e somos. Os valores são substituídos, ou melhor, recolocados em suas funções originais, e a busca desesperada para conseguir pelo menos "um grama" de saúde a mais passa a ser sentida por todos os amigos e familiares. E quanto custa "um grama" de saúde? Muitas vezes tardiamente, milhões de pessoas tentam responder esta pergunta, após terem perdido muitos "gramas" em orgias e vícios, hábitos de higiene impróprios, excesso de trabalho etc. Passaram a vida conhecendo diariamente o preço do dólar, do grama do ouro e de outras aplicações no mercado financeiro. O que deveriam ter aprendido em "tempo de paz", terão de aprender em "tempo de guerra". Será que este não é o meu exemplo, prezado leitor? Ou será que este é o seu exemplo? Não importa. Diz um provérbio popular: "Não devemos chorar pelo leite derramado." Porém, é preciso conhecer métodos mais seguros para se evitar que outros "pacotes de leite" se percam. VIVA MELHOR! COM A MEDICINA NATURAL, é o que propomos a todos os queridos leitores. Um pedido especial: sempre que iniciamos uma nova atividade de trabalho, encontramos muitas novidades em nosso dia-a-dia. Nesta primeira experiência literária cremos que a situação não será diferente, pois à medida que avançamos nos degraus da escada do saber, mais devemos procurar os tesouros escondidos na mente dos nossos semelhantes. Portanto, pedimos a você, querido leitor, que ao perceber qualquer imperfeição lingüística, técnica ou gráfica, se digne preencher o formulário de "Sugestões e Críticas Construtivas", contido em cada livro impresso. Tais opiniões poderão ser enviadas à Redação da Editora. Fazendo assim, você estará ajudando especialmente os leitores das futuras edições. Agradecemos antecipadamente sua valiosa colaboração. Uma boa leitura a todos! Luiz Carlos Costa 1 - MANCHETES JORNALÍSTICAS HORTALIÇAS FRUTAS E PLANTAS: 01. "Voltando ao tempo dos remédios dos nossos avós". Diário de Pernambuco, 20/07/1990. 02. "Frutas, vegetais e grãos, a dieta recomendada para 93". O Est. de S. Paulo, 27/12/1993. 03. "Frutas e verduras reduzem hipertensão em idosos". Folha de S. Paulo, 03/12/1993. 04. "A dieta de frutas é a mais recomendável para desintoxicação".
Última Hora (jornal paraguaio), 20/01/1993. 05. "Vitamina em drágea não substitui frutas e verduras". O Est. de S. Paulo, 31/03/1993. ALIMENTOS INTEGRAIS: 01. "Iogurte & Cia - Os superdigestivos". Revista Saúde!, 05/1988. 02. "Leite materno pode evitar infecção de ouvido em bebê". O Est. de S. Paulo, 04/07/1993. INCENTIVOS: 01. "OMS [Organização Mundial da Saúde] incentiva amamentação". Diário de Pernambuco, 08/03/1992. 02. "Controle na alimentação permite vida mais longa". Folha de S. Paulo, 15/06/1992. 03. "USP cria ambulatório para distúrbio alimentar". O Est. de S. Paulo, 19/07/1992. 04. "Coma certo, viva mais tempo". Seleções,10/1993. 05. "Cientista sugere mais pesquisas de ervas medicinais". O Globo, 26/01/1986. ALERTAS: 01. "Controle da comida é insuficiente - Fiscais do governo são poucos e o país não tem laboratórios independentes avançados". O Est. de S. Paulo, 24/05/1992. 02. "Margarina e sabão, mesma matéria-prima". Jornal do Comércio, 20/11/1988. 03. "Objetos estranhos em alimentos lideram queixas". O Est. de S. Paulo, 03/04/1995. 04. "Leite de vaca é vinculado a um dos diabetes". Folha de S. Paulo, 06/12/1992. 05. "As perigosas tentações infantis - Hambúrguer, pizza e refrigerantes". A Gazeta (ES), 29/03/1994. 06. "Infecção alimentar deve crescer, alerta estudo". O Est. de S. Paulo, 08/04/1995. 07. "Pílula anticoncepcional aumenta risco de câncer". O Est. de S. Paulo, 22/10/1993. ATUALIDADES: 01. "TV pode trazer problemas neurológicos - Para cientista, ver televisão... pode aumentar as chances de desenvolver mal [grifo nosso] de Alzeheimer". O Est. de S. Paulo, 01/01/1994.
02. "Nuvem tóxica deixa mais de mil doentes nos EUA". O Est. de S. Paulo, 28/07/1993. 03. "Estudo associa TV à violência". O Est. de S. Paulo, 10/07/1993. MEDICAMENTOS: 01. "Inspeção reprova 39 laboratórios - Só 6 empresas vistoriadas pela Vigilância Sanitária em SP foram aprovadas". O Est. de S. Paulo, 27/01/1995. 02. "Médicos alertam para uso de antibióticos". O Est. de S. Paulo, 24/09/1995. DROGAS: "Produção de drogas explode em todo o planeta". O Est de S. Paulo, 24/10/1993. PERIGOS GERAIS: 01. "O risco dos cosméticos - Produtos de beleza podem provocar reações alérgicas que enfeiam a pele". Jornal do Brasil, 26/12/1993. 02. "Estudo mostra que brasileiro come muito sal". Folha de S. Paulo, 1991. 03. "Governo analisa uso terapêutico da maconha". O Est. de S. Paulo, 20/07/1995. 04. "Garganta de cantor de rock sofre mais". O Est. de S. Paulo, 24/09/1995. 05. "Obesos têm risco maior de catarata". O Est. de S. Paulo, 24/09/1995. 2 - MINHAS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS Eis um resumo de como chegamos até aqui: Uma das grandes felicidades que tenho em minha vida é a de ter nascido em um lar vegetariano. Contava ainda com a idade de 2 anos quando meus pais aboliram completamente os alimentos cárneos de nosso lar, exceção feita aos ovos e leite, e passaram a cultivar hábitos alimentares mais sadios, dando oportunidade à sua prole de desenvolver-se mais sábia e vigorosamente. Porém, ao atingir a idade juvenil, a influência de amigos foi alterando os "velhos" e conceituados costumes, e um cabedal extenso de produtos artificiais, inclusive bebidas alcoólicas, foi introduzido em meu cotidiano. Enquanto o tempo continuou em seu movimento, os primeiros sintomas de doenças que sem misericórdia iriam alojar-se em
meu ser, apareceram para promover o desconforto e o funesto medo da morte. Foi então que em Sua bondade Deus nos colocou em contato com pessoas naturistas, e de uma entidade filantrópica denominada Hospital Naturista "Oásis Paranaense", em Almirante Tamandaré, PR. Todos se empenharam em reeducar-me com o nobre propósito dá recuperação de minha saúde, devolvendo-me a alegria de viver que por algumas vezes havia perdido, em virtude do aparecimento das enfermidades. Mas os fatos não pararam por aí. Segundo a Escritura Sagrada, "aquele que vem, diga venha". Foi o que aconteceu comigo quando sentia necessidade de contar a muitas outras pessoas o quanto é importante a ciência do comer e do beber, cujo nome aprenderia meses mais tarde e, se Deus permitir, para jamais esquecê- lo: TROFOTERAPIA. Foi assim que se iniciaram as primeiras experiências que serviriam de profundos alicerces para o trabalho que estamos desenvolvendo desde 1984. No entanto, outro dilema apareceu em minha vida: como contar às pessoas sobre os miraculosos efeitos da Medicina Natural no organismo humano, se sou um simples professor e não um médico? Este era um pensamento que freqüentemente pairava em minha mente e deixava-me preocupado. Talvez no íntimo imaginasse que os únicos entendidos de saúde são os profissionais da área. Alguns anos mais tarde ouvi uma frase bem adequada a este pensamento, proferida por um amigo naturista, que muito me estimulou a estudar mais a respeito da necessidade de entender mais daquilo que comemos do que de nossas próprias doenças e remédios químicos. Não entremos no mérito da questão para saber quem tem ou não razão. Todas as terapias têm suas virtudes; continuemos o assunto. Um dia, relembrando os primeiros contatos de amizade com o médico cristão, dr. Luiz Ignatov (Uruguai), senti a necessidade de estudar com mais dedicação duas matérias importantíssimas para todo estudante: Anatomia e Fisiologia do corpo humano, especialmente dos órgãos relacionados aos sistemas descritos no capítulo 3 deste manual, e de conhecer com profundidade as causas do sofrimento físico da humanidade. Nesta ocasião ampliei minha biblioteca com livros sobre Medicina Natural e tratados médicos, a fim de desenvolver um trabalho que oferecesse o mínimo de credibilidade técnica. Pensamos em não trazer opróbrio aos demais colegas que tão altruisticamente vinham determinando conceitos decisivos a respeito desta ciência tão profunda, capaz de oferecer e promover adequadamente a saúde. Vencemos as primeiras batalhas. Hoje, após alguns anos de pesquisas teóricas como professor de Naturologia de um centro naturista; e práticas como ex-diretor de um ambulatório naturalista no Nordeste brasileiro, o que temos a oferecer aos simpatizantes da vida natural é este reduzido compêndio que abre perante os leitores algumas páginas da Natureza.
3 - O CORPO HUMANO Apesar de o objetivo central deste receituário didático estar baseado no ensino das principais formas terapêuticas da Medicina Natural e das precisas avaliações científicas oferecidas pelo Naturismo, enfocaremos como tema introdutório algumas informações básicas a respeito da máquina mais completa e complexa do globo terrestre - o corpo humano. Procuraremos tecer comentários especiais sobre os aparelhos digestivo, urinário, respiratório e o sistema epitelial. Dentro dos conceitos naturistas estes são os sistemas mais atuantes nos grandes embates realizados entre a saúde e a enfermidade. Segundo vários especialistas e nossa própria experiência pessoal, os órgãos da digestão possuem aproximadamente 50% de importância na recuperação orgânica de qualquer enfermo; e isto independente da localização e dos pródromos (sintomas iniciais) relacionados a cada enfermidade. Outrossim, é necessário salientar que a importância destes órgãos mencionados parcialmente a seguir, deve-se primeiramente à sua capacidade de assimilação e excreção de resíduos alimentares ou não, quer sejam vitamínicos, protéicos, mineralizantes, hídricos, de oxigenação etc. Observe atentamente este capítulo e procure estudar as definições e figuras, relacionando-as sempre com o seu conhecimento sobre anatomia e fisiologia do organismo humano. Se for necessário, recapitule as informações dadas. A. APARELHO DIGESTIVO Quando o "cronômetro biológico" existente no cérebro indica o horário necessário para uma refeição - desjejum, almoço ou jantar - a vontade de todo ser vivente dotado de instinto regular é de comer, tratando-se especialmente do Homo sapiens - o homem. No entanto, quando ingerimos as substâncias alimentares exigidas pelas funções psicossomáticas do organismo, elas devem ser particularizadas a ponto de ser transformadas em energia vital para todos os órgãos e células, formando assim o complexo bioquímico da digestão. Esta função é específica do aparelho digestivo. A seguir você encontrará a representação básica dos detalhes desse sistema importantíssimo à manutenção da vida. Observe cada item mostrado na figura 3.1. As funções básicas de suas partes anatômicas são as seguintes: 1. Cavidade bucal - Superfície oca entre os maxilares, semelhante a um copo de liquidificador. É o local onde se encontram a língua, os dentes, as gengivas, e onde desembocam os líquidos digestivos
produzidos pelas glândulas salivares. As primeiras fases mecânicas e químicas do metabolismo digestivo são realizadas nesta cavidade. 2. Língua - Órgão muscular situado no interior da cavidade bucal que, por possuir diversos músculos de contração voluntária, tem a função idêntica à de uma pá na movimentação do alimento para a faringe e o esôfago. 3. Faringe - Assemelhando-se a um funil, é um tubo músculo- membranoso, situado atrás do nariz, da boca e da laringe, cuja extensão varia por um lado até o crânio e por outro até encontrar-se com o esôfago. Comunica-se com o ouvido através de um canal denominado trompa de Eustáquio. 4. Esôfago - Canal semelhante a uma tubulação de água no qual o alimento projeta-se partindo da faringe até alcançar o estômago. Mede aproximadamente 22 cm. 5. Cárdia - Abertura similar a uma válvula, existente no término do esôfago e início do estômago. Iniciada a digestão gástrica, ela se fecha auxiliando o funcionamento físico e químico do estômago. Não é considerada um órgão individual, mas apenas uma parte do estômago. 6. Estômago - Órgão em formato de bolsa situado do lado esquerdo do abdômen. Suas paredes possuem quatro túnicas, a saber: mucosa, submucosa, muscular e serosa. Dentro do estômago existem diversos orifícios através dos quais um grande número de ínfimas glândulas liberam secreções a serem utilizadas nos processos digestivos. Há duas espécies básicas: glândulas de muco, que preparam a mucina (líquido lubrificante das paredes gástricas), e as glândulas de pepsina, produtoras do muco gástrico, cuja função principal é metabolizar alguns tipos de alimentos - proteínas e lactose. São três os princípios ativos encontrados no suco gástrico: a pepsina, o lab-fermento e o ácido clorídrico. 7. Piloro - Passagem circular do estômago ao duodeno contendo um anel muscular que a mantém sempre fechada, abrindo-se somente quando os alimentos metabolizados no estômago são enviados ao intestino delgado. 8. Intestino delgado - É dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. a. Duodeno - Primeira porção do intestino delgado, que se inicia no piloro e mede de 20 a 25 cm de comprimento. Está relacionado ao fígado e pâncreas através dos canais denominados colédoco e pancreático respectivamente. É a parte mais fixa do intestino. b. Jejuno - Compreende a porção intermediária do intestino delgado, e estende- se do duodeno ao íleo. c. Íleo - Corresponde à porção final do intestino delgado, estendendo-se até o intestino grosso. Na estrutura interna do intestino delgado são encontradas pequenas glândulas que fabricam um liquido chamado suco entérico. Além destas glândulas entéricas, nota-se também a presença de vilosidades e
microvilosidades, cuja função é a de absorver os nutrientes digeridos no intestino e lançá-los na corrente sanguínea. O suco entérico é composto de erepsina, que desdobra ou digere as proteínas; de maltase, que desdobra a maltose; de sacarose, que desdobra a sacarose; e de lactose, que desdobra a lactose. 9. Ceco - Grande bolsa de fundo cego situada no término do intestino delgado e no início do intestino grosso. 10. Apêndice - Pequena projeção do intestino, existente abaixo do ceco, ligada ao intestino grosso na parte inferior do cólon ascendente, cuja finalidade no organismo é semelhante à de um dreno de instalações hidráulicas, ou seja, apenas reter sujeiras e restos alimentares. Qualquer inflamação nesse órgão recebe o nome de apendicite. 11. Cólon ascendente - Porção do intestino grosso que começa no ceco e termina no ângulo hepático. 12. Cólon transverso - Parte do intestino grosso entre o ângulo hepático e o ângulo esplênico. 13. Cólon descendente - Porção do intestino grosso que se inicia no ângulo esplênico e limita-se ao cólon sigmóide. 14. Cólon sigmóide - Parte final do intestino grosso, onde se inicia o reto. 15. Reto - Secção inferior do intestino grosso, que tem seu início na região denominada flexura sigmóide, e se estende até o orifício anal. Recebe este nome por tratar-se de um canal retilíneo. 16. Baço - Órgão abdominal localizado imediatamente abaixo do diafragma, do lado esquerdo. É o maior órgão linfático do organismo e funciona também como um acumulador de energia para o corpo humano. 17. Pâncreas - Glândula alongada de secreção externa e interna, localizada na parte superior e posterior do abdômen, tendo em média de 15 a 20 cm de comprimento. Seu lado direito (cabeça) está conectado ao duodeno; seu lado esquerdo (cauda) localiza-se bem próximo ao baço. Produz um líquido límpido e incolor chamado suco pancreático, que é lançado no duodeno através dos canais pancreáticos, a fim de serem aproveitados os elementos nutricionais das proteínas, gorduras e carboidratos. 18. Vesícula biliar - Pequena bexiga músculo-membranosa semelhante a uma pêra, situada na parte inferior do fígado, no lobo direito. Tem como funções o acúmulo, a mucificação e a excreção da bile. 19. Fígado - É a maior glândula do organismo, pesando em média 1750 g em adultos. Segrega a bile, cujo armazenamento é feito na vesícula biliar. Segundo a necessidade, o fígado fornece esta substância de cor amarelo- esverdeado (pela presença de bilirrubina e a biliverdina), que é usada para dissolver as gorduras ingeridas como alimento. Fisiologia da Digestão
Mencionamos anteriormente que na cavidade bucal ocorre a primeira parte do processo digestivo no organismo, que somente termina com a eliminação total dos resíduos alimentares na forma de fezes ou excreções intestinais. Todavia, não podemos deixar de abordar que o cérebro é o primeiro veículo de informações digestivas, pois antes mesmo de um alimento ser ingerido, ou através de um simples olhar, diversos atos mecânicos e químicos são constituídos. Isso possibilita a formação do fenômeno conhecido popularmente por "água na boca". Começa nesta fase o trabalho dos órgãos digestivos. Quando o alimento é levado à boca, vários outros desses atos mecânicos ocorrem desde a cavidade bucal, passando pelo esôfago, estômago e chegando aos intestinos. Esses fenômenos recebem os seguintes nomes: preensão, mastigação, deglutição e movimentos de contrações musculares em ondas, também chamados peristaltismo. Esses movimentos peristálticos, que de todos os atos mecânicos são os mais importantes, atuam no alimento desde o esôfago até a sua saída em forma de excreções fecais. Consistem em estreitamentos e encurtamentos dos canais do tubo digestivo, que impelem as substâncias alimentares a cada órgão subseqüente. Não podemos deixar de enfocar dentro destes aspectos o valor da mastigação. O professor A. Balbach define este ato mecânico, que depende da vontade humana, da seguinte maneira: "Um alimento, quando bem mastigado, fornece ao organismo duas vezes mais elementos nutritivos do que quando mal mastigado. Assim, se mastigamos bem, podemos saciar a fome com a metade dos alimentos necessários do que quando mastigamos mal." - A Flora Nacional na Medicina Doméstica, vol. 1, pág. 110. A fim de que o alimento seja transformado em partículas, e posteriormente em energia vital para o organismo, ocorrem nele mutações químicas conhecidas como atos químicos da digestão. Associam-se mutuamente neste objetivo: - Saliva - Portadora da ptialina e formada pelas glândulas parótidas, sublinguais e submandibulares. - Suco gástrico - Distribuído pelas glândulas pépticas, contendo as enzimas da pepsina, lab-fermento e ácido clorídrico. - Suco entérico - Produzido pelas glândulas entéricas com as suas respectivas enzimas: erepsina, maltase, sucrase e lactose. - Suco pancreático e bile - Formados no pâncreas e no fígado respectivamente. Possuem as seguintes enzimas: esteapsina, tripsina e amilopsina. (Observação: o suco biliar não possui fermentos.) Os grupos de alimentos dissolvidos são levados a todas as partes do organismo através da corrente sanguínea, sendo usados para incontáveis funções orgânicas, o que resulta em vitalidade e proteção contra um cabedal elevado de doenças, parasitárias ou não, que tanto assolam a humanidade. É cabível e oportuno afirmar que o processo digestivo constitui-se parte importantíssima do bem-estar físico e mental do
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