MANUAL DE PRÓTESE FIXA
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- João Pedro Pacheco Quintão
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1 MANUAL DE PRÓTESE FIXA
2 INDICE Materiais e Equipamentos 05 Materiais e Técnicas de Moldagem 07 Vazamento de Modelos 08 Montagem em Articulador 17 Enceramento 20 Preparo de Troquel 23 Inclusão 25 Fundição 27 Restaurados 37 Coroa Veneer 53 Coroas de Jaqueta 56 Enceramento Diagnóstico 64 Restauração Provisória 66 Ponte Fixa 68 Solda 75 Núcleo 80 Bibliografias 85 SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 2
3 MATERIAIS E TÉCNICAS DE MOLDAGENS EM PRÓTESE FIXA A moldagem é um conjunto de operações clínicas com o objetivo de reproduzir negativamente a cavidade bucal. Dependendo do material utilizado a moldagem poderá ser rígida ou elástica. Os materiais mais utilizados em prótese fixas são aqueles que, ao serem retirados da boca, apresentam-se elásticos. Destes modelos de dentes e estruturas adjacentes pode-se obter o modelo que é a reprodução positiva da boca. Para que a restauração possa ser feita com precisão, o modelo de gesso deve representar uma duplicação a mais exata possível do dente preparado. Isto significa obter uma moldagem isenta de distorções, que deve preencher os seguintes requisitos: Deve ser uma duplicação exata do dente, incluindo a área de preparo e suficiente superfície de dentes não preparada, para permitir ao dentista e ao protético visualizar com segurança a localização e configuração da linha de término. Os dentes e tecidos vizinhos ao dente devem ser exatamente reproduzidos para permitir uma boa articulação do modelo e o contorno adequado da restauração. O molde do preparo não deve apresentar bolhas de ar, especialmente na área da linha de término. CONFECÇÃO DE TROQUÉIS Troquel: SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 3
4 É o modelo individual do dente preparado sobre o qual será esculpido o padrão de cera. Função do Troquel: periférico. 1 Permitir que se tenha acesso às áreas proximais e de vedamento 2 Assegurar a adaptação íntima do padrão de cera e da futura restauração metálica fundida na área marginal (linha de término do preparo). Sistemas Básicos de Troquel: 1 Troquel isolado (primeiro vazamento). 2 Troquel removível pinos maciços. Característica do Troquel: 1 Podem ser confeccionados em pinos ou totalmente em gesso (maciço). 2 Deve possuir um cabo de aproximadamente 2,5 cm. 3 Seus contornos devem assemelhar-se aos de um dente natural. 4 Sua linha de término deve ser acentuada com lápis. Os Troquéis podem confeccionados com: 1 Gesso pedra especial. 2 Cimento de silicato. SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 4
5 O cabo de um troquel deve possuir comprimento suficiente para ser manuseado com facilidade devendo, para isso, medir cerca de 2,5 cm. Os contornos de um troquel devem ser semelhantes aos de um dente natural. Observações sobre pinos para confecção de troquel Os pinos para troquel são encontrados no mercado odontológico em vários formatos e materiais. Os mais utilizados são os pinos metálicos, podendo ser simples e de vários tamanhos (de acordo com o dente preparado). São indicados para dentes anteriores ou posteriores. Ou duplos, sendo sua utilização e posicionamento a critério particular de cada profissional. São mais indicados para dentes posteriores. VAZAMENTO DE MODELOS INTRODUÇÃO: O modelo de trabalho é o mais importante ponto de base para a execução dos trabalhos protéticos, é sobre ele que todos os passos técnicos devem ser executados. Para tanto, deve ser obtido com um material capaz de reproduzir com fidelidade a anatomia das áreas bucais a serem tratadas. Quase que universalmente, os gessos dentais tem sido o material requisitado para este fim, por apresentarem fácil manipulação e características favoráveis às finalidades específicas a que se destinam. SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 5
6 VAZAMENTO DE MODELOS COM TROQUÉIS REMOVÍVEIS A superfície do modelo de trabalho e a superfície do troquel deve m apresentar-se duras o suficiente para resistir à abrasão durante a confecção do padrão de cera. Portanto, para a confecção do modelo de troquel, deve-se usar um gesso especial extra-duro. São estes os procedimentos laboratoriais executados durante a confecção do modelo com troquel: 1 Equipamentos, materiais e instrumentais devem estar sempre no local de vazamento, limpos e secos. 2 De posse da moldeira com o molde deve-se analisar bem os preparos, verificando e os mesmos foram copiados com exatidão. 3 Fazer a descontaminação do molde. 4 Eliminar a tensão superficial, quando necessário. 5 Antes de usar o gesso, misturar suas partículas no recipiente. 6 Marcar com um lápis cópia os locais onde serão colocados os pinos. 7 Manipular o gesso especial, respeitando a indicação da relação água/pó recomendada pelo fabricante. 8 Observar o tempo de manipulação e a consistência do gesso. 9 - Retirar o gesso do recipiente com uma colher bem seca. 10 Manipular o gesso no gral, trazendo-o para a borda do mesmo e vibrar suavemente até depositá-lo no fundo. 11 Manter o gral encostado no vibrador, durante o vazamento. 12 Colocar pequena quantidade de gesso especial, manipulado sob vibração mecânica, com o auxílio de um pincel ou gotejador nos dentes preparados. Observar o gesso correr nos preparos, até que cubra somente a área dentada, o suficiente para se fazer o preparo do troquel. SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 6
7 13 Durante este procedimento deve-se atentar bem para a área de preparo, a qual deve estar isenta de bolhas de qualquer natureza, observando o posicionamento do dente preparado a fim de se localizar os pinos do troquel. 14 Pequenas retenções deverão ser confeccionadas fora da área de troquel, de modo que o desprendimento do restante do dente não preparados, quando os troquéis forem seccionados. 15 Posicionar os pinos na área de preparo, antes que o gesso tome a presa final, o que poderia ocasionar a fratura do modelo nesta região. 16 O posicionamento dos pinos pode ser feito manualmente ou mecanicamente, ficando um passo discutível. A face lisa do troquel deverá ser direcionada para a mesial ou distal do preparo a fim de facilitar a secção do troquel. 17 Uma vez que o gesso especial tomou presa, deve-se isolar com vaselina líquida a região de gesso em volta do pino de troquel. Deixar secar e isolar novamente. Nunca usar isolante de película ou pastoso. 18 Colocar uma bolinha de cera utilidade em cima de cada pino. 19 Manipular o gesso pedra respeitando a indicação do fabricante, quanto à relação de água/pó, e colocar sobre o gesso especial cobrindo o molde. Não usar vibrador para este procedimento. 20 Fazer as devidas retenções para montagem no articulador. 21 Colocar as moldeiras sobre uma área plana, sem vibração, durante a presa. 22 Marcar tempo de presa recomendada pelo fabricante. 23 A moldeira não deve ser tocada nem movida de lugar, antes da presa final do gesso. 24 Limpar equipamentos, instrumentais e pias imediatamente após o uso. 25 O armazenamento do gesso deve ser feito em recipientes vedados, à prova de água, e em local seco. Obs.: Fazer o vazamento do modelo antagonista, caso tenha área de preparo, seguindo os mesmos passos acima citados. Os troquéis só devem ser seccionados após a confecção do padrão de cera. SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 7
8 Amostra de um vazamento de gesso em modelo com troquel: o posicionamento de pinos e confecção das retenções devem ser feitas antes da presa do gesso. Modelo de trabalho retirado do molde após sua presa final. TROQUELIZAÇÃO TIPO DIE-CAST 1 Se necessário, fazer a duplicação do modelo de trabalho observando bem a região do preparo, que deve estar isenta de bolhas. 2 - Marcar os dentes preparados com lápis cópia (locais onde serão colocadas as retenções). 3 Manipular gesso especial e preencher o molde, no vibrador, somente até cobrir os dentes, fazendo retenções mecânicas nos dentes que foram preparados e entre os preparos (vazar com auxílio do gotejador). 4 Não tocar até tomar a presa. Final. 5 Retirar delicadamente o modelo do molde e observar o seu posicionamento no troquelizador tipo Die-Cast (retirar alguma interferência, se necessário). 6 Hidratar o modelo vazado. 7 Preencher o interior do Die-Cast com gesso (pedra ou pedra especial), conforme a orientação do professor. Posicionar o modelo de gesso especial sobre o mesmo pressionando-o suavemente para não cobrir o colo e os dentes. 8 Dar acabamento ao gesso SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 8
9 9 Aguardar a presa final. Obs.: Quanto mais tempo o gesso tomar presa, mais fácil será sua remoção do troquelizador. RELAÇÃO ÁGUA / GESSO A Modelo total gesso especial ml x 80 grs. B Modelo total gesso pedra ml x 90 grs. C Modelo total gesso esp. c/preparo removível.. 11 ml x 40 grs. D Complemento total gesso pedra removível. 17 ml x 50 grs. E Modelo parcial gesso pedra ml x 20 grs. F Modelo parcial gesso esp. c/preparo removível. 03 ml x 10 grs. G Complemento parcial gesso pedra removível ml x 15 grs. H Modelo para metálico cerâmica ( especial).. 10 ml x 31 grs. I Muflo número 3 (gesso pedra ou comum) ml x 45 grs. J Montagem em articulador total (gesso pedra)... 1 a parte = 17 ml. K a parte = 17 ml. L Montagem em articulador parcial (gesso pedra)..... = 14 ml. UTILIDADE DOS MATERIAIS DE MOLDAGEM ALGINATO: (irreversíveis) Possuí uma reprodução regular, indicando que os detalhes e os pormenores serão reproduzidos menos satisfatoriamente, pois isto, é utilizado durante a moldagem anatômica em Prótese Total, Prótese Parcial Removível e Prótese Fixa para se obter modelos de estudos. SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 9
10 É um hidrocolóide (algas marinhas) porém irreversível, é o único material de moldagem usado pelo técnico em Prótese Dental, cuja finalidade no laboratório é a reprodução de modelos. ELASTÔMEROS: (elásticos) Podem também ser chamado de materiais à base de borracha. CLASSIFICAÇÃO: Materiais elásticos e Reação química irreversível. CARACTERÍSTICAS: Apresenta grande elasticidade, é um material não aquoso e borrachóide. Quimicamente existem: Polissulfetos, silicones e poliéster. resistente. As alterações dimensionais são menores que as dos hidrocolóides, é mais APRESENTAÇÃO: Pasta/pasta e Pasta/líquido. INDICAÇÃO: Moldagem de áreas retentivas, áreas dentadas. SÉRIE: MANUAIS DE PRÓ TESE O DO NTO LÓ GICA 10
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