Apresentação de Resultados do 4T13



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Transcrição:

Apresentação de Resultados do 4T13 Geraldo Bom dia a todos. Em nome da M DIAS BRANCO, gostaria de agradecer a presença dos senhores em nossa teleconferência para discussão dos resultados da Companhia no 4T13 e ano de 2013. Os dados a serem apresentados com mais detalhes ao longo desta teleconferência demonstram que a Companhia segue expandindo sua presença nos mercados em que atua, dando continuidade ao processo de elevação de suas receitas e volumes de vendas. Durante o ano de 2013 a Companhia enfrentou cenários desafiadores relacionados aos preços de matérias-primas, necessitando fazer dois repasses de preços ao longo do ano. Mesmo com esse cenário, a M. Dias Branco obteve um crescimento de volume de vendas em todas as suas categorias de atuação. O volume total de vendas em 2013 atingiu 1,7 milhão de toneladas, um crescimento de 10,4% em relação a 2012. Esse crescimento de volume de vendas em conjunto com o aumento de 10,4% no preço médio resultou no incremento de 21,6% na receita líquida, atingindo o total de R$ 4,3 bilhões no ano de 2013. O EBITDA, por sua vez, atingiu R$ 673,8 milhões, um crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior. Em virtude do cenário supracitado, a margem bruta atingiu 37,8% e a margem EBITDA alcançou 15,6%, uma queda, respectivamente de 2,3 e 1,9 pontos percentuais em comparação a 2012. A Companhia está ciente da necessidade de empenhar os esforços necessários para continuar a recomposição de suas margens, prosseguindo em curso com ações referentes a melhoria de eficiência operacional. A M. DIAS BRANCO prossegue com seus investimentos destinados para expansão de suas operações e mantém sua posição de liderança no mercado nacional de biscoitos e massas, em volume de vendas, com 28,5% e 30,0% de market-share para cada um dos respectivos mercados, de acordo com dados coletados pela A.C. Nielsen referentes aos meses de novembro e dezembro de 2013. A Administração segue otimista com relação ao desempenho da Companhia, consciente dos desafios que se apresentam para o ano de 2014 referentes à implementação de sua estratégia e expansão de seus resultados, e prosseguirá com os melhores esforços e com o propósito de maximização do valor da riqueza de seus acionistas.

Para um maior detalhamento dos números obtidos pela Companhia em 2013, eu passo agora a palavra ao Bruno, que dará continuidade à apresentação. Bruno Obrigado Geraldo. Bom dia a todos. Vamos tentar ser breve para disponibilizar mais tempo para a seção de perguntas e respostas. Passemos então aos principais destaques. No slide 4 apresentamos o Volume de Vendas líquido de devoluções, a Capacidade Total de Produção e o Nível de Utilização da Capacidade em comparativos trimestral e anual. A Companhia apresentou um volume de vendas total, líquido de devoluções, de 418,1 mil toneladas no 4T13, representando um crescimento de 11,6% sobre o 4T12, e 1,69 milhão de toneladas em 2013, representando um incremento de 10,4% em relação a 2012. Em todos os produtos observamos crescimento do volume de vendas nos respectivos comparativos, conforme demonstrado na tabela localizada na parte superior a direita do slide. A Capacidade Total de Produção atingiu 736,1 mil toneladas no 4T13, registrando uma redução de 0,5% em relação ao 4T12, e 2,94 milhões de toneladas em 2013, uma redução de 0,1% em comparação com 2012. Já o nível de utilização da capacidade instalada teve uma expansão de 8,3 p.p nos comparativos trimestrais e 7,9 p.p nos comparativos anuais. Passemos ao slide 5, onde apresentamos o índice de verticalização da Companhia para suas matérias-primas principais. No 4T13, 53,8% de toda a farinha de trigo e 55,5% de toda a gordura vegetal produzida pela Companhia foram direcionados para fabricação de seus produtos. Em termos de índices de verticalização, no 4T13, a Companhia atingiu 67,8% para Farinha de Trigo e 80,5% para Gordura Vegetal. Passemos ao slide 6. Aqui constatamos que a Receita Líquida atingiu 1 bilhão e 129 milhões de Reais no 4T13, um acréscimo de 22,7% em relação ao 4T12, e 4 bilhões e 312 milhões de Reais em 2013, uma expansão de 21,6% em relação a 2012, com crescimento em todas as linhas de produtos nos referidos comparativos. Também ressaltamos a expansão do preço médio consolidado de 10,2% no comparativo 4T13 versus 4T12 e 10,4% no comparativo 2013 versus 2012. Passemos ao slide 7. Aqui apresentamos a evolução do CPV e das despesas operacionais totais. O CPV atingiu R$ 744,0 milhões no 4T13, uma elevação de 24,0% em relação ao 4T12, e 2 bilhões e 865 milhões de Reais em 2013, registrando um crescimento de 26,9% em relação a 2012, impactado principalmente pelo aumento do custo consolidado de matérias primas.

Já as despesas operacionais atingiram R$ 303,1 milhões no 4T13 e 1 bilhão e 51 milhões de Reais em 2013, representando aumento de 29,4% e 19,6% em relação ao 4T12 e ao ano de 2012, respectivamente. As razões deste crescimento estão relacionadas principalmente a elevação de despesas com vendas decorrentes do reajuste salarial em função de acordos coletivos, aumento dos gastos logísticos devido ao crescimento do volume de vendas e maiores gastos com publicidade e propaganda. Seguimos agora para o slide 8. Em função dos fatores explicados anteriormente, no 4T13 a Companhia obteve R$ 425,5 milhões de Lucro Bruto, um crescimento de 19,1% frente ao 4T12 e 1 bilhão e 630 milhões de Reais em 2013, registrando uma expansão de 14,5% em relação a 2012. A Margem Bruta atingiu 37,7% no 4T13 e 37,8% em 2013, representando redução de 1,2 p.p. e 2,3 p.p. em relação ao 4T12 e 2012, respectivamente. O gráfico abaixo demonstra uma série mais longa de Lucro Bruto e Margem Bruta em bases trimestrais e anuais. No slide seguinte, slide 9, apresentamos o EBITDA, que atingiu R$ 147,2 milhões no 4T13 e R$ 673,8 milhões em 2013, registrando expansões de 3,6% e 8,4% em relação ao 4T12 e 2012, respectivamente. A margem EBITDA atingiu 13,0% no 4T13 e 15,6% em 2013, representando uma redução de 2,5 p.p. em relação ao 4T12 e de 1,9 p.p. em relação a 2012, principalmente em função do aumento do custo das matérias primas. O gráfico abaixo demonstra uma série mais longa de EBITDA e Margem EBITDA em bases trimestrais e anuais. Passemos ao slide 10, neste slide observamos um Lucro Líquido de R$ 131,8 milhões no 4T13 e R$ 524,4 milhões para 2013, uma redução de 1,1% em relação ao 4T12 e crescimento de 11,5% em relação a 2012. Já a margem líquida atingiu 11,7% no 4T13 e 12,2% em 2013, representando uma redução de 2,8 p.p em relação ao 4T12 e de 1,1 p.p. em relação a 2012. O gráfico abaixo demonstra uma série mais longa de Lucro Líquido e Margem Líquida em bases trimestrais e anuais. Passemos ao slide 11. Aqui temos o Capex, excluindo as aquisições, e a Dívida Líquida. O Capex atingiu R$ 93,7 milhões no 4T13 e R$ 287,9 milhões em 2013, decorrentes da necessidade de investimentos em projetos de expansão da capacidade produtiva da Companhia, para atendimento da demanda interna de insumos além de crescimento orgânico, conforme detalhamento apresentado no release. É importante ainda considerar que a Companhia deverá, ao longo de 2014, intensificar a expansão de capacidade, em decorrência principalmente dos projetos previstos para expansão em capacidade de moagem, da capacidade de biscoitos e da finalização da construção e instalação da linha de produção de torradas. No tocante a endividamento, a Companhia encerrou o 4T13 com uma Dívida Líquida de R$ 261,7 milhões, o que em consequência gerou uma Dívida Líquida por EBITDA de 0,4 no referido período.

Passemos ao slide 12, onde mostramos a evolução do Fluxo de Caixa da Companhia. As disponibilidades líquidas geradas nas atividades operacionais ao longo de 2013 atingiu R$ 572,6 milhões, representando 13,3% da Receita Líquida no referido período. A Companhia registrou um saldo final de caixa de R$ 306,7 milhões ao final de 2013, conforme evolução apresentada no slide. Finalmente, no slide 13 demonstramos a performance da ação da Companhia, em comparativos de evolução histórica desde outubro de 2006 com o Ibovespa e IGC, além da performance do papel em termos de rentabilidade e liquidez. Com isto encerramos nossos comentários iniciais e nos colocamos à disposição para responder as perguntas dos senhores. Muito obrigado.

Sessão de Perguntas e Respostas 1) Gabriel Lima (Bradesco) P: Nos últimos anos a empresa praticamente dobrou o volume e as despesas ficaram em torno dos 25% da Receita Líquida. Vimos que nos últimos meses, houveram integrações e incorporações com as empresas adquiridas. Olhando para frente, existe espaço para ganho de eficiência e redução da representatividade das despesas em relação à receita líquida? R: A empresa busca constantemente ganhos de eficiência, entendemos que o nível apresentado em 2013 é um nível que nos dá espaço para trabalhar para buscar reduzir esse nível e consequentemente melhorar a margem. A empresa tem procurado crescer no mercado e estar mais presente nos mercados que antes a participação era menor e isso exige num primeiro momento um nível de despesa um pouco mais elevada, pois entrar onde você não é conhecido são necessários maiores investimentos, porém a tendência posteriormente é reduzir esse custo. A expectativa é trabalhar no sentido de reduzir esse nível de despesa e percebe-se essa oportunidade de reduções globais para melhorar as margens. Aproveitando sua pergunta para fazer um esclarecimento que entendemos que a empresa não reconhece este resultado do 4T13 como uma referência, o ano foi espetacular, mas especificamente o resultado do 4º trimestre foi abaixo esperado por vários fatores explicados no Earnings Release divulgado ao mercado. Resumidamente, tivemos um nível de faturamento um pouco menor no mês de dezembro, o que de certa forma era esperado, pois se você observar os resultados dos quartos trimestres, na nossa atividade, há sempre uma redução de volume, os varejistas voltam a fazer um estoque maior de produtos mais voltados ao Natal e vendas de final de ano e adicionado a isso tivemos elevação de custo de matéria prima, valorização da moeda, algumas despesas extras também foram contabilizadas no 4º trimestre e o conjunto de tudo isso fez com que apresentássemos um resultado inferior. A perspectiva para 2014 é de bons números e despesas inferiores. P: Com relação à Dívida, que diminuiu bastante ao longo do prazo gerando caixa. Como a empresa avalia isso? Existe a possibilidade de investimentos e como andam os investimentos fora do Brasil? Existe alguma possibilidade de aquisição no exterior? Ouviu-se falar sobre investimentos na América do Sul e África, e caso esses investimentos venham a se concretizar, qual seria a vantagem competitiva que a M Dias estaria exportando caso invista fora do país? R: Em relação à dívida realmente está chegando num nível baixo, chegando a 0,4x sobre EBITDA, devido ao fato de ao longo de 2013 pagamentos das aquisições, inclusive da Vitarella, que completamos o pagamento e isso contribuiu para a diminuição do valor. Temos um ciclo de investimentos forte para 2014 e 2015, 2013 já superou os investimentos dos quais havíamos previsto e nos próximos dois anos esse nível deverá ser

elevado por conta da conclusão do projeto da fábrica de torradas, as máquinas já estão sendo montadas e devemos começar a produção por volta de setembro/outubro e temos três moinhos em Eusébio, Recife e Bento Gonçalves que deverão ser concluídos ao longo desses dois anos e quanto a aquisições a Companhia está sempre atenta e analisando as possibilidades não somente no setor que atuamos como nos demais, porém como você sabe não podemos ir além nesse assunto relativo às aquisições. O que podemos afirmar que não mudou nada o interesse da empresa em buscar possibilidades de aquisições de forma a contribuir para a o acionista. Quanto à questão da internacionalização é importante reforçar que nosso foco e prioridade continuam sendo o mercado brasileiro, sabemos que o Brasil é um país que ainda tem muito a crescer e a Companhia tem muito a crescer aqui também não somente no segmento que operamos, mas nos demais que já decidimos operar e que estão em estudo, mas o que está sendo feito sobre essa questão de internacionalização é começando a conhecer e visitar os mercados, fazendo pesquisas, identificando quais seriam as formas ideais de atuação, porém não existe nenhuma decisão de curto prazo em relação a isso. 2) Fernando Ferreira (Merril Lynch) P: Com relação aos investimentos, o que pode impactar na geração de crédito futura da Companhia? R: Vamos esclarecer que é uma questão localizada, exclusivamente em relação ao governo do Estado do Ceará, não há nenhuma mudança de incentivo fiscal federal, nos incentivos estaduais e nos protocolos originais que a empresa tem. Existia uma regra antiga em 2010, norma do governo do Estado do Ceará que existia dúvida quanto à interpretação, essa norma não vinha sendo cumprida pelos moinhos, apenas viviam num processo de negociação com o governo do estado, ela foi finalmente revogada e no momento da sua revogação houve um acordo com o estado, nem nós reconhecíamos que estávamos corretos em entender que a norma não era aplicada nem o estado do Ceará estava totalmente errado, então a revogação dessa norma gerou uma provisão pontual que já foi feita, mas não existe nenhuma mudança em relação aos protocolos atuais. P: A geração no Ceará será menor no futuro ou não necessariamente? R: Isso tem todo um processo ainda de negociação, os percentuais especificamente continuam os mesmos, porém temos conversado com o governo do estado sobre essa condição futura dos benefícios do estado do Ceará. Os percentuais aplicados no Ceará hoje são inferiores aos demais estados e buscamos conversar com o estado no sentido de que ele traga mais investimentos sem ter que procurar dar as condições que temos em outros estados. P: Quanto à estratégia da Companhia observamos uma mudança no último ano, entrando em novos estados, focando mais em crescimento de volume e market share e isso trouxe margens menores do que o mercado

esperava. Como está o corpo de diretores da empresa em relação à rentabilidade e qual a estratégia para 2014? R: Não vemos como excludentes essas duas linhas, crescer market share e continuar buscando boas margens, num determinado momento, quando você vai ao mercado mais fortemente precisando investir um pouco mais você pode até obter uma redução pontual de margem, porém achamos que pode continuar crescendo organicamente e continuamos atentos e achando muito importante trabalharmos para melhoria das margens e convictos que há espaço para essa melhoria. 3) Luca Cipiccia (Goldman Sachs) P: Como a empresa pensa no crescimento de topline? Quanto aos novos produtos, quando seriam esses lançamentos e o que impactaria em 2014? R: Quanto à previsão de crescimento de volume para 2014, não há um target específico, a empresa trabalha com metas internas e a expectativa é que o nível de crescimento fique próximo do ocorrido no último ano. Com relação aos novos produtos, temos dois para iniciar esse ano, a mistura para bolo que deverá entrar no mercado por volta de abril de 2014 e torradas no 4º trimestre, que no Brasil vem crescendo bastante e tem ótima aceitação e utilizaremos a força das marcas regionais para chegar ao mercado. Estamos estudando outros produtos para os novos seguintes, para 2015 e 2016. P: Em termos de crescimento de volume, pode compartilhar alguma coisa sobre esse início de ano? R: Não queremos antecipar nenhum número de como está esse ano de 2014, o que podemos afirmar é que a expectativa é que a empresa continua mostrando níveis de crescimento semelhantes aos mostrados ao longo de 2013. 4) Fernando Leitão (Hoya Corretora) P: Em relação à perda de margens, a perspectiva mudou? Quais os desafios para 2014 que possam aumentar e melhorar as margens? R: A margem apresentada no último trimestre de 2013 deixa a empresa com plena consciência do dever de apresentar melhores margens, felizmente a empresa tem entregado valores de EBITDA numa rota positiva e de bom crescimento, porém quando olhamos para a margem EBITDA vemos a necessidade de acelerar alguns trabalhos. A Companhia está emprenhada no sentido de melhorar as margens, apesar de forte presença no Nordeste ela precisa crescer fora dele e esse crescimento é feito às custas de uma margem um pouco menor, fora do Nordeste o mercado exige maiores investimentos em marketing, promoções além de ser

um mercado mais competitivo e de a produção não ser incentivada como na região Nordeste, cresce mas não no mesmo patamar de margens. P: Qual a razão do otimismo para 2014? R: O otimismo vem da aceitação dos produtos da empresa, da preferência que os consumidores têm por nossos produtos, dos lançamentos que estamos fazendo, das ações internas de crescimento em novas regiões que temos feito e na consciência que temos de que faremos um trabalho muito forte de redução de despesas e de ganho de sinergias, esse ano estaremos concluindo todo o ciclo de integração, trazendo resultados positivos.