Resseguros sem fronteiras Ernesto Borges do Rio O dia 17 de abril já entrou para a história do setor de seguros no Brasil. Depois de 70 anos de monopólio estatal, o segmento de resseguros foi finalmente flexibilizado, permitindo a participação de empresas nacionais e estrangeiras. Gigantes, como a Swiss-Re, maior seguradora do mundo, já estão no país para disputarem com o IRB-Brasil Re, um mercado que deverá, pelo menos, dobrar de tamanho nos próximos cinco anos, ultrapassando com folga os R$ 7 bilhões, em 2013, contra os cerca de R$ 3,7 bilhões, em 2007, segundo previsão dos executivos. A abertura do segmento de resseguros deverá contribuir para acelerar ainda mais o crescimento do setor de seguros. No ano passado, incluindo o ramo saúde, mas excluindo capitalização e previdência complementar aberta, o setor arrecadou cerca de R$ 70 bilhões. O destaque voltou a ser o Plano Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que, com R$ 20,19 bilhões, foi responsável por 34,5% do total arrecadado pelo setor no país. A participação do seguro no Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,9%, em 2006, para 3,7%, no ano passado. Embora o crescimento tenha sido grande, o Brasil ainda está longe dos países desenvolvidos, nos quais Maio de 2008 CONJUNTURA ECONÔMICA 30
o setor representa cerca de 15% do PIB. A previsão da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para este ano é de um crescimento superior a 20%. No ranking dos maiores grupos seguradores do Brasil, o Bradesco manteve a primeira posição em 2007, apresentando o maior volume de prêmios ganhos (R$ 6,94 bilhões), o melhor resultado financeiro (R$ 2,99 bilhões), superior a soma dos seis grupos que vêm a seguir no ranking, o maior ativo total (R$ 73,3 bilhões) e o maior patrimônio líquido (R$ 8,6 bilhões). No entanto, o Bradesco registrou a maior pontuação em sinistralidade (0,87 pontos), a mais elevada entre os 30 maiores grupos. Acredito que este ano o crescimento do setor deve ficar na ordem de 20% em relação ao ano passado. A economia brasileira vive um momento favorável e vários ramos do seguro já vêm registrando crescimento acentuado. O ramo automóvel, por exemplo, foi bem, devido à performance da indústria automobilística e o conseqüente aumento nas vendas de veículos, puxado pela grande oferta de crédito no mercado. Além dos seguros nas áreas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), das Parcerias Público Privadas (PPPs) e dos seguros de crédito e garantia, prevê Armando Virgílio, superintendente da Susep. A entidade que regula o mercado trabalha para introduzir no Brasil o microsseguro, modalidade de inclusão social, que já existe em grandes países emergentes, como China e Índia. Possibilidades Espaço é o que não falta para o setor crescer. Brasil, Índia e China são as únicas grandes economias do mundo em que o mercado de seguros não acompanha a posição do PIB no cenário mundial. Na China, que hoje tem o quarto maior PIB do mundo, o setor é apenas o décimo quarto colocado no ranking mundial. O Brasil, que atualmente tem a décima economia do mundo, tem apenas o vigésimo ou vigésimo primeiro mercado. A tendência nos próximos anos será nós ficarmos equalizados com os demais países do mundo, diz Samuel Monteiro dos Santos Júnior, diretor-geral Administrativo Financeiro do Grupo Bradesco Seguros, lembrando que o Brasil foi o último país do mundo a acabar com o monopólio do resseguro. Como dirigente da maior seguradora brasileira, Samuel Monteiro estará na linha de frente na disputa pelo mercado de resseguros com as multinacionais que chegaram, ou se reforçaram consideravelmente, para atuar no segmento de resseguros. De acordo com estimativas feitas pelos executivos, a flexibilização do setor trará ao Brasil investimentos superiores a R$ 1 bilhão nos próximos meses. O Grupo Bradesco é o maior acionista privado do IRB-Brasil Re, com 21% de participação e, portanto, interessado direto no bom desempenho da empresa após a quebra do monopólio. Segundo Pinheiro, o governo federal vem cumprindo a promessa de evitar que ingerências políticas atrapalhem o desempenho da empresa. O governo está modernizando o IRB conforme prometeu e como a instituição já atua há muitos anos leva a vantagem de conhecer o mercado nacional. A chegada das seguradoras estrangeiras preocupa, devido ao know-how desenvolvido por elas lá fora, mas não assusta. Acredito que o IRB tenha condições de competir com qualquer uma delas, afirma Monteiro. As regras permitem que as estrangeiras possam atuar no Brasil como companhias locais (abrindo empresa); como admitidas (atuando por meio de escritório ou representação); ou como eventuais (diretamente dos seus próprios países). A expectativa da Susep é de que 12 empresas operem no resseguro. Por enquanto, apenas três estão autorizadas, o IRB-Brasil Re, como local, a Munich Re, como eventual, e a Lloyds, de Londres como admitida. A expectativa do mercado, segundo os anúncios feitos no final do mês passado, era de que o IRB ganhasse a companhia da Munich Re, da J. Malucelli Re, da Mapfre Re e da XL Re, como locais. As eventuais seriam a própria Munich Re e a Mapfre. Já a lista das admitidas é mais longa: Swiss Re Zurich e América, Partner Re, Lloyds of London, Scor Re, Transatlantic Re, Transamérica Re, Gen Re, XL Re, Hannover Re, Federal (Chubb) e American Home. A maioria atuando no Rio e/ou São Paulo, exceto a J. Malucelli Re, em Curitiba, também. 3 1 M a i o d e 2 0 0 8 C O N J U N T U R A E C O N Ô M I C A
Avaliação Este ano servirá para os estrangeiros fazerem um aprendizado do mercado e, principalmente, avaliar a disposição para competir do IRB Brasil Re, que detinha o monopólio e ficará com 60% do mercado nos próximos dois anos e 40% nos seguintes. Se o mercado nacional repetir o que aconteceu na maioria dos grandes mercados que deixaram de ser monopólio nos últimos anos, o IRB será um forte competidor para as empresas estrangeiras que estão chegando ao país. Acredito que o IRB se manterá como um dos protagonistas do mercado. Na Coréia do Sul, a Korean Re continua atuando com muita desenvoltura, afirma Henrique Oliveira, diretorpresidente da poderosa Swiss Re no Brasil, que durante 21 anos trabalhou no IRB Re. Para o executivo, os benefícios do fim do monopólio começarão a ser sentidos com mais intensidade a partir do ano que vem. Segundo ele, muitas empresas ainda estão vindo, providenciando os documentos exigidos pela Susep para poderem atuar e adaptando os profissionais, muitos deles trazidos do exterior. A própria Swiss Re dobrou o seu quadro no seguimento de resseguros, passando de 12 para 25 pessoas, reforçando os segmentos de crédito e garantia, patrimônio, agro, transporte e vida. Presente em 25 países e atuando em mais de 70, a primeira colocada no ranking mundial não veio ao Brasil a passeio, segundo Henrique Ranking 2007 A Bradesco Seguros manteve a primeira colocação no ranking dos maiores grupos seguradores do Brasil, em 2007. A empresa acumulou R$ 6,94 bilhões em prêmios ganhos, superando a Sul América (R$ 6,5 bilhões). Em terceiro lugar apareceu a Porto Seguro (R$ 3,4 bilhões), seguido do Itaú (R$ 2,9 bilhões) e do Unibanco AIG (R$ 2,75 bilhões). O maior crescimento percentual em prêmios ganhos, entre os dez primeiros colocados, foi do Unibanco AIG (35,5%). A Mapfre, que ocupou a quinta posição do ranking, em 2006, caindo para a sexta no ano passado, teve o segundo melhor desempenho (15,6%), mesmo percentual da Allianz, na nona colocação. A melhor rentabilidade sobre o PL, entre os dez primeiros colocados do ranking, foi da Aliança do Brasil, na oitava colocação (53,79%). A Caixa, na décima colocação geral do ranking, teve o segundo melhor resultado (42,76%). Em terceiro lugar ficou a Bradesco (29,48%). Tokio Marine, com apenas 0,70%, foi a que obteve o pior resultado sobre o patrimônio líquido. Em matéria de ativo total, a Bradesco, com R$ 73 bilhões, ocupou novamente a primeira colocação, o dobro do Itaú, segundo colocado (R$ 30 bilhões). Na terceira posição, com menos da metade dos ativos, apareceu o Unibanco AIG (R$ 14 bilhões). A Allianz (R$ 1,74 bilhão) apresentou o menor ativo total entre as dez primeiras do ranking geral. O maior patrimônio líquido entre os dez maiores grupos seguradores foi do Bradesco (R$ 8,6 bilhões). O Itaú apresentou o segundo maior PL (R$ 5,5 bilhões) e a Sul América o terceiro (R$ 2,2 bilhões). Aliança do Brasil (0,35 pontos), Unibanco (0,44) e Itaú (0,47) foram as melhores pontuações em sinistralidade. Já a Bradesco (0,87 pontos) e a Sul América (0,68) foram as que tiveram as taxas mais elevadas entre as dez primeiras seguradoras do ranking. A melhor margem operacional foi obtida pela Caixa (29,8%), seguida da Aliança do Brasil (14,1%). Bradesco, com resultado negativo de 13,5%, e Tokio Marine (11,3%) tiveram os piores desempenhos. São Paulo, com oito companhias entre as dez primeiras, é o estado com o maior número de seguradoras 20 entre as 30 maiores. Em segundo lugar aparece o Rio de Janeiro, com seis, tendo apenas uma a Sul América entre as dez primeiras e em terceiro, com uma cada, aparecem Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Brasília. O total de prêmios do Bradesco é superior à soma das 15 empresas que ocupam da 16ª à 30ª posição do ranking. Maio de 2008 CONJUNTURA ECONÔMICA 32
Oliveira. Viemos para disputar um mercado que tem um enorme potencial de crescimento. Vamos atuar em todas as linhas. O setor de seguros brasileiro representa menos de 1% do mercado mundial. O fim do monopólio aumentará a concorrência e estimulará o surgimento de novos produtos. Vai ser bom para o próprio IRB, que poderá escolher os parceiros com os quais pretende trabalhar, afirma o diretor da Swiss Re. Max Thiermann, presidente da Allianz Seguros no Brasil, também só vê benefícios para todos, com a abertura do segmento de resseguros. Ele acredita que segurados e seguradoras colherão frutos como mais eficiência e redução de preços, no médio prazo. Haverá ganhos para todos no médio prazo. Os segurados terão mais produtos e também redução no valor do seguro devido ao aumento da concorrência. As seguradoras trabalharão com mais profissionalismo e vão poder escolher com quem trabalhar. Como uma das economias mais importantes do mundo, o Brasil era a única a ter monopólio no seguro, lembra Thiermann. Para o presidente da Allianz, os ramos de risco de engenharia, graças ao desenvolvimento da infra-estrutura, o de transporte, devido o incremento no comércio, e o seguro rural, com o aparecimento de novas coberturas para os produtores agrícolas, serão os que apresentarão mais oportunidades para as seguradoras. Como a economia brasileira vive um momento favorável, vários ramos do seguro já vêm registrando crescimento acentuado Perspectivas Para Virgílio, da Susep, a abertura do resseguro já é uma realidade no país. O executivo acredita que ela irá proporcionar, a partir de agora, um incremento maior na participação do setor de seguros no PIB brasileiro. Segundo ele, os investimentos no setor já são esperados e serão muito bem-vindos. As perspectivas para o setor de seguros e resseguros são muito promissoras, pois as regras do resseguro irão permitir condições reais para um crescimento, a partir deste ano, não só pelo acirramento da concorrência, com tendência de redução nos preços praticados, em benefício do consumidor, mas também a criação de novos produtos, nova tecnologia e uma nova experiência para o setor. O superintendente da Susep considera precipitado falar em uma nova era de fusões e aquisições de empresas seguradoras devido à abertura do resseguro, mas admite que isto possa acontecer como situação de comportamento do próprio mercado. Thiermann, da Allianz, não acredita que o embate se dará entre grandes e pequenas, mas sim entre as mais eficientes e as menos eficientes, que não conseguem gerar lucro para reinvestir no negócio. Segundo ele, não haverá uma entrada significativa de novas seguradoras, pois a maioria já atua no país. Diferentemente de anos anteriores, o ano passado não registrou nenhum grande acidente ou catástrofe natural que afetasse o preço do seguro e do resseguro no mercado mundial. Nem mesmo a crise no crédito imobiliário nos Estados Unidos, que provocou uma onda de prejuízos milionários nos bancos do país e quedas consecutivas no preço das suas ações, abalou o mercado de seguro. Quando o mercado financeiro internacional proporciona altíssimos lucros, as resseguradoras buscam parte de seu lucro no mercado de capitais. Não acredito que a crise americana vá causar algum dano. O que faz o preço do seguro subir sãos os grandes desastres e as catástrofes, que não aconteceram no ano passado, explica Henrique Oliveira, da Swiss Re. Mesmo prevendo queda no preço dos seguros no médio e longo prazo, Oliveira acredita 3 3 M a i o d e 2 0 0 8 C O N J U N T U R A E C O N Ô M I C A
A queda no preço do seguro acontecerá quando as resseguradoras já estiverem adaptadas ao mercado brasileiro que aquele amortecimento que o IRB fazia quando o preço do seguro aumentava no exterior, tende a desaparecer aos poucos, tornando o mercado brasileiro mais integrado ao internacional. A tendência é que as seguradoras tratem seus segurados de maneira mais individualizada. Os segurados vão perceber que vale a pena fazer gerenciamento de risco para conseguir um preço menor na hora de fazer o seguro. Tudo isso vai ser muito bom para o mercado nacional, aposta o diretor da Swiss Re. Comportamento Para Monteiro, a queda no preço do seguro acontecerá apenas num segundo momento, quando as resseguradoras já estiverem adaptadas ao mercado brasileiro. Num primeiro momento, segundo ele, existe a possibilidade de aumento no preço do seguro. A tendência, com a flexibilidade, é de queda nos preços, mas pode haver algum aumento no início devido ao desconhecimento das empresas sobre as características do nosso mercado. O executivo do Grupo Bradesco Seguros aposta num crescimento generalizado do setor nos próximos anos. Segundo ele, apenas um quarto da frota de veículos é segurado no Brasil. No seguro residencial, o percentual cai para somente 15%, sem falar no ramo vida, que pouco oferece além da apólice por morte ou por invalidez. Nós não temos uma série de produtos que são oferecidos no exterior. Eles vão começar a aparecer por aqui. O setor vai ganhar uma outra dimensão a partir do fim do monopólio do resseguro, diz Monteiro que, no entanto, não revela que produtos a Bradesco tenta aprovar na Susep: Se eu fizer isto, a concorrência os lança antes. Reestruturação Thiermann, da Allianz, vê sua empresa muito bem posicionada para os novos tempos que virão no mercado segurador brasileiro. O setor de resseguros da Allianz foi reestruturado há dois anos e passou a seguir padrões globais. Vários executivos foram mandados ao exterior para treinamento. Com isso, a empresa está pronta para atender ao IRB e as resseguradoras internacionais. As resseguradoras estão nos procurando, pois sabem da nossa capacidade e conhecem o nosso profissionalismo, afirma. No ano passado, o faturamento da Allianz no Brasil teve um crescimento de 10%, em relação a 2006, chegando a R$ 1,7 bilhão, e o índice de sinistralidade ficou em 58,5%, um dos melhores no país. No mercado de seguros, a Allianz prevê crescimento de 15% nos VGBL. A empresa também vai focar o segmento de automóveis, que corresponde a 40% da carteira da empresa no país, em saúde empresarial, que tem participação de 20% e em Transporte. Em riscos de Engenharia, por exemplo, pretendemos crescer no seguro de plantas de energia e em obras do sistema rodoviário, acrescenta. As expectativas de Monteiro, do Grupo Bradesco, são otimistas: ser o primeiro em tudo. Segundo ele, sendo líder do setor, com aproximadamente um quarto do mercado, a Bradesco não pode fazer planos pouco ambiciosos. Para ele, o bom momento da economia e a mudança de mentalidade de alguns segmentos da sociedade têm favorecido o setor. O seguro de automóvel e de saúde todo mundo quer fazer, nem é preciso vender. Na previdência, as classes A e B já notaram a vantagem tributária gigantesca que a previdência proporciona em relação aos investimentos oferecidos no mercado. Também temos observado muita gente nas classes C e Maio de 2008 CONJUNTURA ECONÔMICA 34
D preocupadas em fazer um seguro de vida. Esperamos crescer em todos os segmentos, claro. Atualmente, automóveis e previdência e vida são os que crescem mais. Clientela O otimismo de Monteiro é compartilhado por Marco Antônio Rossi, diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência. Estudos realizados pelo setor demonstraram que com o crescimento da economia, cerca de 20 milhões de pessoas passaram a ser clientes potenciais do mercado de seguros. Assim como vêm acontecendo nos últimos anos, o VGBL continuará na liderança, com aproximadamente 60% do mercado de vida e previdência, deixando o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) em segundo lugar com 30% e modalidades mais antigas com os 10% restantes. Em matéria de produtos, o setor de seguros no Brasil está bem alinhado com o que acontece no exterior. Basta comparar o mercado americano com o nosso. É claro que sempre vão acontecer algumas evoluções, coberturas novas, diz Rossi, que aposta na prestação de serviços e na credibilidade da marca, afinal seguro é para o resto da vida, como diferenciais de mercado da Bradesco, que tem uma fatia de 40% em vida e previdência. A nossa expectativa é crescer 20% em vida, enquanto a do mercado é de 15%, acrescenta. Recorde Em 2007, o mercado de previdência privada teve o seu melhor ano, de acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), entidade que reúne 89 empresas do setor. A captação dos planos bateu recorde histórico e alcançou a marca de R$ 28,096 bilhões, com avanço de 22,73% na comparação com 2006, quando foram captados R$ 22,891 bilhões. O VGBL se manteve como destaque nas vendas ao longo do ano. O produto respondeu por 71,6% da captação total registrada em 2007, somando R$ 20,140 bilhões. O volume supera em 30,51% os R$ 15,432 bilhões, em 2006. O volume de contribuições de PGBL ficou estável com em 0,01%. Em 2007, teve captação de R$ 4.555.875 contra R$4.555.245 no ano anterior. Os planos tradicionais tiveram alta de 17,44%, em 2007, apresentando captação de R$ 3,380 bilhões contra R$ 2,878 bilhões, em 2006. Os outros produtos de previdência (Fapi, VGRP e PRGP) tiveram captação de R$ 19,732 milhões, com queda de 25,34% em relação a 2006, quando totalizaram R$ 26,429 milhões. O plano VGBL se manteve como destaque nas vendas, sendo responsável por 71,6% da captação total registrada em 2007 A Susep tem como metas para este ano concluir a pesquisa e os estudos sobre os aspectos técnicos e operacionais do microsseguros, com vista à estruturação e implanta, assim como ao de um mercado de microsseguros no Brasil, a exemplo do que ocorre na China e na Índia. De acordo com Virgílio, também terão tratamento prioritário na entidade reguladora o seguro popular de automóveis com mais de seis anos de fabricação, e o Prev Educação e o Prev Saúde. Essas são propostas inovadoras que têm como objetivo criar condições efetivas de garantir a saúde do trabalhador e de seus dependentes, e também custear a educação deles, desonerando o Estado nessas áreas, explica o superintendente. 3 5 M a i o d e 2 0 0 8 C O N J U N T U R A E C O N Ô M I C A