GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará

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Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO TÉCNICA E TECNOLÓGICA SECTET Alex Fiúza de Melo Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Educação Técnica e Tecnológica FUNDAÇÃO AMAZÔNIA DE AMPARO A ESTUDOS E PESQUISAS FAPESPA Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente Alberto Cardoso Arruda Diretor Científico Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Maria Glaucia Moreira Diretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Iloé Listo de Azevedo Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais Marco Antônio Barbosa da Costa Diretor Administrativo Eduardo Alberto da Silva Lima Diretor de Planejamento, Orçamento e Finanças Paulo Henrique Cunha Diretor de Operações Técnicas

EXPEDIENTE Diretor-Presidente da FAPESPA Eduardo José Monteiro da Costa Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais Iloé Listo de Azevedo Coordenadora de Estudos Ambientais Marta Helenise Maia Amorim Execução Marta Helenise Maia Amorim Colaboradores Ademar Soares de Albuquerque Junior Charlene de Carvalho Silva David Correia Silva Edson Silva e Silva Gilson Pereira Prata João Lucas Corrêa Santos Marcelo Santos Chaves Raimundo Nonato da Frota Costa Junior Walenda Silva Tostes Normalização Anderson Alberto Saldanha Tavares Andréa Cristina dos Santos Corrêa Ângela Cristina Nascimento Silva Jacqueline Queiroz Carneiro de Souza

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) F981b Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA) Barômetro da Sustentabilidade do Município de Bragança / Diretoria de Estudos e Pesquisas Ambientais. Belém, 2016. 25 f.: il. 1. Sustentabilidade Belém (PA). 2. Barômetro da sustentabilidade. 3. Dimensão Social. 4. Dimensão Econômica. 5. Dimensão Ambiental. I. FAPESPA. II. Diretoria de Estudos e Pesquisas Ambientais. III. Título. CDD: 23 ed. 363.70

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localização de Bragança na RI Rio Caeté.... 9 Figura 2. Estrutura do Barômetro da Sustentabilidade (BS).... 11 Figura 3. Transformação da escala municipal para a escala do Barômetro da Sustentabilidade... 16 Figura 4. Gráfico bidimensional do Barômetro da Sustentabilidade Bragança.... 18 Figura 5.. Mapa da sustentabilidade do município de Bragança na RI Rio Caeté.... 19 Figura 6. Radar da sustentabilidade do município de Bragança.... 21 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Temas, indicadores, fonte e parâmetros selecionados para o Barômetro da Sustentabilidade do município de Bragança.... 13 Quadro 2. Indicadores municipais e escalas de desempenho.... 15 Quadro 3. Graus dos indicadores municipais, média dos temas, média e nível de sustentabilidade do BEH.... 17 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Níveis de sustentabilidade dos indicadores municipais de Bragança.... 22

APRESENTAÇÃO 7 1 O MUNICÍPIO DE BRAGANÇA 8 2 O QUE É O BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE (BS)? 10 3 COMO FOI APLICADO O BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE (BS)? 12 3.1 SELEÇÃO DOS INDICADORES 12 4 CONSTRUÇÃO DAS ESCALAS DE DESEMPENHO 14 4.1 CÁLCULO E ORDENAÇÃO DOS RESULTADOS 16 4.2 CONSTRUÇÃO DO GRÁFICO BIDIMENSIONAL BRAGANÇA 18 5 SUSTENTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DE OLHAR O TODO 19 5.1 DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA EM BRAGANÇA 20 5.2 DIMENSÃO AMBIENTAL EM BRAGANÇA 20 6 CONCLUSÕES 23 REFERÊNCIAS 24

APRESENTAÇÃO A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) apresenta o Barômetro da Sustentabilidade do Município de Bragança, uma publicação que reúne análises do bem-estar humano e bem-estar ambiental, apontando o nível de sustentabilidade do município. Convém destacar que esta publicação faz parte do projeto Barômetro da Sustentabilidade de Municípios do Estado do Pará que será divulgado para os 144 municípios paraenses, com a finalidade de fomentar o debate sobre a sustentabilidade regional, subsidiando, desta forma, a gestão pública, o setor privado e a comunidade acadêmica no que tange à formulação e implementação de ações voltadas à melhoria da qualidade de vida destas localidades. Nessa edição apresentam-se os resultados para Bragança, município localizado na Região de Integração (RI) Rio Caeté, que se destaca no âmbito econômico como um dos maiores polos pesqueiros do estado do Pará, exportando sua produção principalmente para as capitais do Nordeste e alguns municípios do estado, além de ser um forte produtor de mandioca e um dos municípios prioritários para o Turismo Paraense, com destaque para suas belas praias e manifestações culturais. No âmbito social, Bragança os indicadores revelam a necessidade de avançar nas áreas de educação, saúde, saneamento e vulnerabilidade social, como por exemplo, a taxa de analfabetismo que se apresenta como a terceira pior da RI e os domicílios com rede geral de abastecimento de água estando abaixo da média da RI. Ressalta-se também que, em alguns casos, mesmo os indicadores que obtiveram posicionamento acima da média regional, há uma necessidade de melhoramento como é o caso da frequência escolar no ensino superior. Dessa forma, este município possui desafios, que vão desde o melhor aproveitamento de suas vocações econômicas até a melhoria de seus indicadores sociais, tornando fundamental a disponibilidade de estudos que sinalizem suas potencialidades e fragilidades contribuindo para a elaboração de políticas públicas e estratégias privadas. Nesse sentido, como forma de atender à missão da Fapespa de produzir, articular e disseminar conhecimento e informação para subsidiar o planejamento de políticas públicas e de desenvolvimento econômico, social e ambiental do Pará, este projeto, ao fornecer indicadores e análises que explicitem as principais vulnerabilidades municipais, auxiliará os principais stakeholders do estado e municípios nas tomadas de decisões, favorecendo a priorização das agendas públicas, privadas e acadêmicas. Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente 7

1 O MUNICÍPIO DE BRAGANÇA O município de Bragança está localizado na Região de Integração (RI) Rio Caeté, no estado do Pará, e abrange uma área de 2.091,90 km², correspondendo a 0,17% do território paraense. Do total de área do município de Bragança, 2,93% é de área com remanescente florestal e 12,38% de área protegida (PMV, 2016). A população do município é estimada em 124.383 habitantes, com 66% do total na zona urbana. A taxa de crescimento populacional que esteve decrescente nas décadas de oitenta e noventa e função dos desmembramentos municipais e voltou a crescer de 2000 a 2010 mantendo-se constante para 2015 em 2,6% para a população urbana e 0,9% para a rural. Possui o maior quantitativo populacional da RI, com a demografia correspondendo a 59 hab./km². O Produto Interno Bruto PIB de Bragança que em 2013 era de R$ 981,571 milhões, correspondendo a 23% do PIB da RI e 0,61% do estado, sendo a maior participação da região Rio Caeté. O setor Agropecuário responde pela maior parcela de participação do Valor Adicionado Bruto (VA) com 33% (R$ 321,416 milhões), seguido de Serviços com 28% (R$ 276,167 milhões). O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) sintetiza as condições sociais essenciais para o desenvolvimento humano a partir das dimensões educação, longevidade e renda. O IDHM do município em 2010 correspondeu a 0,6, que é considerado médio (PNUD, 2013). Se comparado aos demais municípios da região Rio Caeté, obtem a quarta colocação, atrás dos municípios de Capanema, Salinópolis e Nova Timboteua. A Figura 1 mostra a localização do município de Bragança. 8

Figura 1. Localização de Bragança na RI Rio Caeté. Elaboração: FAPESPA, 2016. 9

2 O QUE É O BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE (BS)? É uma metodologia de avaliação da sustentabilidade desenvolvida pelo pesquisador Prescott-Allen (2001a), com o aval da União Internacional para Conservação da Natureza UICN (International Union for Conservation of Nature and Natural Resources IUCN) e do Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento (International Development Research Center IDRC). Segundo Prescott-Allen (2001b), dois grandes eixos são formados: o Bem-estar Humano (BEHum) e o Bem-estar Ambiental (BEAmb). Cada uma dessas duas grandes dimensões subdivide-se em cinco temáticas. Para a sociedade, considerase: saúde e população, riqueza, conhecimento e cultura, comunidade e equidade. Para o meio ambiente, tem-se: terra, ar, água, espécies e utilização de recursos (Figura 2) (VAN BELLEN, 2004). 10

Figura 2. Estrutura do Barômetro da Sustentabilidade (BS). BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE Bem-estar Humano Bem-estar Ambiental Saúde e população (Saúde mental e física, doença, mortalidade, fertilidade, mudança populacional) Riqueza (Economia, sistema financeiro, receita, pobreza, inflação, emprego, comércio, bens materiais, necessidades básicas de alimentação, água e proteção) Conhecimento e Cultura (Educação, pesquisa, conhecimento, comunicação, sistema de crenças e valores) Comunidade (Direitos e liberdades, governança, instituições, lei, paz, crime, ordenamento civil) Equidade (Distribuição de benefícios entre raças, sexos, grupos étnicos e outras divisões sociais) Terra (Diversidade e qualidade das áreas de floresta, cultivo e outros ecossistemas, incluindo modificação, conversão e degradação) Água (Diversidade e qualidade das águas e ecossistemas marinhos, incluindo modificação, poluição e esgotamento) Ar (Qualidade do ar interna e externa, condição da atmosfera global) Espécies (Espécies selvagens, população, diversidade genética) Utilização de recursos naturais (Energia, geração de dejetos, reciclagem, pressão da agricultura, pesca, mineração) Essa metodologia trabalha no monitoramento das condições humanas e ecológicas relacionadas ao progresso do desenvolvimento sustentável. É considerada flexível, pois não existe um número fixo de indicadores na sua composição, e a escolha dos que serão utilizados é feita pelos analistas, de acordo com a possibilidade de construção de escalas de desempenho, da área de estudo e da disponibilidade de informações. A construção do BS obedece às etapas: 1) Seleção dos indicadores, 2) Construção e utilização das escalas de desempenho, 3) Cálculo e ordenação dos resultados e 4) Construção do gráfico bidimensional. 11

3 COMO FOI APLICADO O BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE (BS)? 3.1 SELEÇÃO DOS INDICADORES Para a avaliação da sustentabilidade, foram escolhidos 27 indicadores, em sua maioria, ligados aos Objetivos do Milênio (ODM) e, ao mesmo tempo, considerados indicadores mais sensíveis às ações imediatas do Estado. Foram selecionados 20 indicadores do Bem-estar Humano e 7 indicadores do Bem-estar Ambiental (dados mais recentes, de 2010 a 2016). A escolha dos indicadores foi condicionada à existência, consistência dos dados e facilidade de mensuração. Desse modo, os dados foram coletados nas esferas nacional, estadual e municipal através de pesquisa documental e exploratória, além de consulta a várias instituições e órgãos oficiais. 12

Quadro 1. Temas, indicadores, fonte e parâmetros selecionados para o Barômetro da Sustentabilidade do município de Bragança. BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE Bem-Estar Humano Bem-Estar Ambiental Temas Indicadores Fonte Parâmetros Mortalidade Infantil (0 a 5 Baixa (abaixo de 20 por mil), média (20 a 49 DATASUS 2014 anos) por mil) e alta (50 por mil ou mais) (OMS). Baixa (abaixo de 20 por 100 mil), média (20 Mortalidade materna (por 100 DATASUS 2014 a 49 por 100 mil) alta (50 a 149 por 100 mil) mil nasc. vivos) e muito alta (maior que 150 mil) (OMS). Saúde e 2,7 médicos para cada mil hab. (Ministério Nº de Médicos (por 1.000 hab.) DATASUS 2015 População da saúde). Leitos hospitalares (por 1.000 2,5 a 3 leitos para cada mil hab. (Ministério DATASUS 2015 hab.) da saúde). Gravidez na infância e adolescência (% de mulheres DATASUS 2013 0% de gravidez nessa faixa etária. até 17 anos) Extrema pobreza (% da população) IBGE 2010 Erradicar a extrema pobreza (ODM). Taxa de atividade (%) (18 anos ou mais) IBGE 2010 100% ocupados (ODM). Riqueza Trabalho infantil (%) (10 a 14 anos) IBGE 2010 0% de trabalho infantil até 2020 (OIT). PIB (per capita) IBGE 2013 Consideraram-se os maiores e menores PIBs per capita do Estado. Renda (per capita) IBGE 2010 Alcançar rendas entre R$ 624,00 a R$ 1.157,00 (PNUD 2013). Analfabetismo (%) (15 anos ou mais) IBGE 2010 0% analfabetismo (ODM). Ideb (séries iniciais) INEP 2013 Notas de 0 a 10. Ideb (séries finais) INEP 2013 Notas de 0 a 10. Conhecimento Evasão escolar no ensino e Cultura INEP 2014 0% abandono escolar (ODM). fundamental (%) Evasão escolar no ensino médio (%) INEP 2014 0% abandono escolar (ODM). Acesso à internet (%) IBGE 2010 100% de cobertura (ODM). Roubos (por 100 mil hab.) SEGUP 2013 8 roubos a cada 10 mil habitantes (Programa Cidades Sustentáveis). Comunidade 0% de mortes por homicídio (Programa Homicídios (por 100 mil hab.) SEGUP 2013 Cidades Sustentáveis). Acesso à energia elétrica (% da população) IBGE 2010 100% de cobertura (ODM). Equidade Índice de Gini IBGE 2010 0 (não há desigualdade) (ODM). Cadastro ambiental rural (%) SEMAS 2016 Acima de 80% de seu território com imóveis rurais inseridos no CAR (MMA). Desmatamento inferior a 40 km² por ano Desmatamento (km² por ano) PRODES 2014 Terra (MMA). Estoque de floresta (%) O limite de até 20% de uso baseou-se nas leis TERRACLASS que regulam o uso da terra na Amazônia 2010 Legal. População em domicílios com água encanada (% da IBGE 2010 100% de cobertura. Água população) População em domicílios com banheiro e água encanada (% da IBGE 2010 100% de cobertura. população) Ar INPE Focos de calor (por 1000 km² Até 10 focos por 1000 km² (considerado QUEIMADAS ao ano) causas naturais). 2014 Utilização de recursos Coleta de lixo (% da população) IBGE 2010 100% de cobertura. naturais Elaboração: FAPESPA, 2016. 13

4 CONSTRUÇÃO DAS ESCALAS DE DESEMPENHO Após a escolha dos indicadores, constroem-se as Escalas de Desempenho Municipais (EDMs), as quais são utilizadas para avaliar a situação do indicador em relação à meta ou padrão estabelecido e aplicado a diferentes períodos. As EDMs possibilitam o monitoramento de avanços e retrocessos em direção ao desenvolvimento sustentável (Kronemberger et al, 2004). A definição dos limites das EDMs foi feita a partir de valores pesquisados na literatura especializada, tais como padrões definidos na legislação ou metas estabelecidas nacionalmente. Quando estes não eram adequados à realidade local, eram definidos a partir da experiência dos autores. As EDMs, para todos os indicadores, foram compostas a partir da divisão do intervalo entre os extremos em cinco setores iguais, variando de insustentável a sustentável (KRONEMBERGER et al, 2004). 14

Quadro 2. Indicadores municipais e escalas de desempenho. Indicadores municipais Mortalidade na infância (até 5 anos) Mortalidade materna (por 100 mil nascidos vivos) Número de médicos (por 1.000 hab.) Leitos hospitalares (por 1.000 hab.) Gravidez na infância e adolescência (% de mulheres até 17 anos) Extrema pobreza (% da população) Taxa de atividade (%) (18 anos ou mais) Trabalho infantil (%) (10 a 14 anos) PIB (per capita) Valores reais 20,03 127,82 0,86 3,33 29,40 20,59 59,41 11,32 8.270,88 Escala de desempenho do Barômetro da Sustentabilidade 0-20 21-40 41-60 61-80 81-100 Insustentável Potencialmente Potencialmente Intermediário insustentável sustentável Sustentável Escala de desempenho dos indicadores municipais 100-76 75-50 49-20 19-10 9-0 800-150 149-50 49-20 19-10 9-0 0-0,3 0,4-0,6 0,7-1,3 1,4-2,6 2,7-5 0-0,5 0,6-1,9 2-2,4 2,5-2,9 3-5 100-10,1 10-5,1 5-3,1 3-1 0,99-0 100-50,1 50-20,1 20-10,1 10-5 4,99-0 0-20 21-40 41-60 61-80 81-100 100-10,1 10-5,1 5-3,1 3-1 0,99-0 0-6.793 6.794-12.006 12.007-18.159 18.160-32.901 35.641-200.000,00 Renda (per capita) 311,97 96-180 181-333 334-624 625-1.157 1.158-2000 Analfabetismo (%) (15 anos ou mais) 15,69 100-20,1 20-10,1 10-5,1 5-1 0,99-0 Ideb (séries iniciais) 3,40 0-1,9 2,0-3,9 4,0-5,9 6,0-7,9 8,0-10 Ideb (séries finais) 2,90 0-1,9 2,0-3,9 4,0-5,9 6,0-7,9 8,0-10 Evasão escolar no ensino fundamental (%) Evasão escolar no ensino médio (%) Acesso à internet (% de domicílios) Roubos (por 100 mil hab.) Homicídios (por 100 mil hab.) Acesso à energia elétrica (% da população) 4,60 12,90 6,19 50,14 25,28 95,73 100-20,1 20-10,1 10-5,1 5-1 0,99-0 100-20,1 20-10,1 10-5,1 5-1 0,99-0 0-20 21-40 41-60 61-80 81-100 400-33 32-25 24-17 16-9 8-0 300-50,1 50-20,1 20-10,1 10-5 4,99-0 0-69 70-79 80-89 90-94 95-100 Índice de Gini 0,58 1-0,81 0,8-0,51 0,5-0,41 0,4-0,21 0,2-0 Cadastro Ambiental Rural (%) Desmatamento (km² por ano) 0 16,31 0-20 21-40 41-60 61-80 81-100 300-161 160-121 120-81 80-41 40-0 Estoque de Floresta (%) 37,50 0-39,9 40-49,9 50-59,9 60-69,9 70-80 População em domicílios com água encanada (% da população) População em domicílios com banheiro e água encanada (% da população) 73,73 Focos de calor (por 47,80 1.000 km² por ano) Coleta de lixo 83,88 (% da população) Elaboração: FAPESPA, 2015. 0-69 70-79 80-89 90-94 95-100 55,22 0-69 70-79 80-89 90-94 95-100 200-41 40-31 30-21 20-11 10-0 0-69 70-79 80-89 90-94 95-100 15

4.1 CÁLCULO E ORDENAÇÃO DOS RESULTADOS Após a elaboração das EDMs, foi feita a transposição do valor numérico do indicador municipal (DM X ) para a Escala de Desempenho do Barômetro da Sustentabilidade (EBS), por meio de interpolação linear simples, de forma a atribuir grau ao indicador na EBS. A fórmula a seguir ilustra a transposição entre escalas, sejam elas crescentes ou decrescentes (Figura 3). Figura 3. Transformação da escala municipal para a escala do Barômetro da Sustentabilidade BS X = {[ (DM A DM X )(BS A BS P ) ] x( 1)} + BS (DM A DM P ) A Fonte: Adaptado de Kronemberger et al. (2008). Onde: EBS: Escala de desempenho do Barômetro da Sustentabilidade EDM: Escala de desempenho municipal BS X : Valor na escala BS DM A : Limite anterior na escala municipal (intervalo que contém x) DM P : Limite posterior na escala municipal (intervalo que contém x) DM X : Valor do indicador na escala municipal BS A : Limite anterior na escala BS (intervalo que contém x) BS P : Limite posterior na escala BS (intervalo que contém x) Convertidos todos os indicadores municipais para a escala do barômetro, os mesmos foram agregados hierarquicamente, por média aritmética simples. 16

Quadro 3. Graus dos indicadores municipais, média dos temas, média e nível de sustentabilidade do BEH. BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE Bem-estar Humano Bem-estar Ambiental Temas Indicadores municipais Graus dos indicadores municipais Média dos temas Mortalidade infantil (0 a 5 anos) 60 Mortalidade materna (por 100 mil nascidos vivos) 21 Nº de médicos Saúde e 46 (por 1.000 hab.) 45,34 População Leitos hospitalares 84 (por 1.000 hab.) Gravidez na infância e adolescência 16 (% de mulheres até 17 anos) Extrema pobreza (% da população) 40 Riqueza Taxa de atividade (%) (18 anos ou mais) 59 Trabalho infantil (%) (10 a 14 anos) 20 36,52 PIB (per capita) 26 Renda (per capita) 37 Analfabetismo (%) (15 anos ou mais) 29 Ideb (séries iniciais) 35 Ideb (séries finais) 30 Conhecimento Evasão escolar no e Cultura 63 ensino fundamental (%) 33 Evasão escolar no ensino médio (%) 35 Acesso à internet (%) 6 Roubos (por 100 mil hab.) 19 Comunidade Homicídios (por 100 mil hab.) 37 46,52 Acesso à energia elétrica (% da população) 84 Equidade Índice de Gini 35 35 Cadastro ambiental rural (%) 16 Terra Desmatamento (km² por ano) 100 45 Estoque de floresta (%) 19 População em domicílios com água encanada 29 Água (% da população) População em domicílios com 22,44 banheiro e água encanada 16 (% da população) Ar Focos de calor (por 1.000 km² ao ano) 19 19 Utilização de Coleta de lixo recursos (% da população) naturais 49 49 Elaboração: FAPESPA, 2015. Média e nível de sustentabilidade do Bem-estar Humano e Bem-estar Ambiental 39 34 17

BEM-ESTAR HUMANO 4.2 CONSTRUÇÃO DO GRÁFICO BIDIMENSIONAL BRAGANÇA Por fim, constrói-se o gráfico bidimensional, o qual revela a situação de sustentabilidade do município, estado ou país. O município de Bragança apresenta nível de sustentabilidade Potencialmente Insustentável, pois o BEH e BEA pontuaram 39 e 34, respectivamente (Figura 4) Figura 4. Gráfico bidimensional do Barômetro da Sustentabilidade Bragança. 100 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Insustentável 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Elaboração: FAPESPA, 2016. Pontencialmente Intermediário Pontencialmente Sustentável Insustentável Sustentável 39;34 BEM-ESTAR AMBIENTAL 18

5 SUSTENTABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DE OLHAR O TODO Abaixo, o mapa da sustentabilidade do município de Bragança, gerado com base em seus níveis de sustentabilidade (Figura 5). Figura 5.. Mapa da sustentabilidade do município de Bragança na RI Rio Caeté. Elaboração: FAPESPA, 2016. 19

5.1 DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA EM BRAGANÇA A Dimensão Socioeconômica do município de Bragança encontra-se em situação Potencialmente Insustentável. Os melhores desempenhos em relação às metas sustentáveis da dimensão socioeconômica foram dos indicadores: Leitos hospitalares e Acesso à energia elétrica. Indicadores como: Gravidez na infância e adolescência, Trabalho infantil, Acesso à internet e Roubos possuem os piores desempenhos em relação às metas consideradas sustentáveis. 5.2 DIMENSÃO AMBIENTAL EM BRAGANÇA A Dimensão Ambiental do município de Bragança encontra-se em situação Potencialmente Insustentável. O melhor desempenho em relação às metas sustentáveis foi do indicador: Desmatamento. Indicadores como: Cadastro ambiental rural, Estoque de floresta, Esgotamento sanitário e Focos de calor possuem os piores desempenhos em relação às metas consideradas sustentáveis. Os indicadores avaliados para o BEH e BEA foram considerados os mais sensíveis para ações imediatas do poder público. Abaixo, a classificação de cada indicador, conforme os parâmetros aceitáveis de sustentabilidade na escala do barômetro (Figura 6, Tabela 1). 20

Figura 6. Radar da sustentabilidade do município de Bragança. BARÔMETRO DA SUSTENTABILIDADE BRAGANÇA Mortalidade na infância Coleta de lixo Focos de calor População em domicílios com banheiro e água encanada 100 80 Mortalidade materna Número de médicos Leitos hospitalares População em domicílios com água encanada 60 Gravidez na infân. e adoles. Estoque de Floresta 40 Extrema pobreza Desmatamento 20 Taxa de atividade Cadastro Ambiental Rural 0 Trabalho infantil Índice de Gini PIB (per capita) Acesso à energia elétrica Renda (per capita) Homicídios Roubos Acesso à internet Evasão escolar no ens.médio Analfabetismo Ideb (séries iniciais) Ideb (séries finais) Evasão escolar no ens.fundamental Elaboração: FAPESPA, 2016 21

Tabela 1. Níveis de sustentabilidade dos indicadores municipais de Bragança. Saúde e População Mortalidade infantil Intermediário Mortalidade materna Potenc. Insustentável Nº de médicos Intermediário Leitos hospitalares Sustentável Riqueza Gravidez na infância e adolescência Extrema pobreza Taxa de atividade Trabalho infantil PIB (per capita) Insustentável Potenc. Insustentável Intermediário Insustentável Potenc. Insustentável BEH Renda (per capita) Analfabetismo Potenc. Insustentável Potenc. Insustentável Ideb (séries iniciais) Potenc. Insustentável Conhecimento e Cultura Comunidade Ideb (séries finais) Evasão escolar no ens. fundamental Evasão escolar no ensino médio Acesso à internet Roubos Homicídios Acesso à energia elétrica Potenc. Insustentável Potenc. Sustentável Potenc. Insustentável Insustentável Insustentável Potenc. Insustentável Sustentável Equidade Índice de Gini Potenc. Insustentável Terra Cadastro Ambiental Rural Desmatamento (km² por ano) Insustentável Sustentável BEA Água Utilização de recursos naturais Elaboração: FAPESPA, 2016. Estoque de floresta População em domicílios com água encanada População em domicílios com banheiro e água encanada Insustentável Potenc. Insustentável Insustentável Ar Focos de calor Insustentável Coleta de lixo Intermediário 22

6 CONCLUSÕES No presente estudo, através da ferramenta Barômetro, buscou-se avaliar o nível de sustentabilidade do município de Bragança do estado do Pará. O município ficou com nível de sustentabilidade potencialmente insustentável, o que denota um desequilíbrio dos indicadores avaliados quanto aos parâmetros aceitáveis de sustentabilidade. É válido ressaltar que, para a construção do BS, houve alguns obstáculos, como: ausência de dados consistentes e séries históricas na esfera municipal, e limitações oriundas da baixa disponibilidade de trabalhos de referência para construção da escala de desempenho para municípios. Esses obstáculos impediram a avaliação de indicadores que merecem atenção do Estado. Apesar de todas estas questões, o BS é uma ferramenta simples e fácil de aplicar para se avaliar o nível de sustentabilidade de um território e possibilita o monitoramento de sua evolução em um determinado período. Portanto, é importante salientar que as reflexões deste estudo são indicativos que oferecerão suporte para os gestores na execução de políticas e investimentos públicos. Esperase, com esse estudo, contribuir para avanços mais significativos no planejamento e realização de ações rumo ao desenvolvimento sustentável diante desse novo cenário no estado e na Amazônia. 23

REFERÊNCIAS BRASIL. Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador. Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil. 2. ed. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2011. 95 p.. Ministério da saúde. Disponível em:<http://dtr2001.saude.gov.br/sas/ PORTARIAS /Port2002/Gm/GM-1101.htm>. Acesso em: 11 jan. 2016.. Ministério da Saúde. Sistema de gerenciamento de programas. Disponível em: <http://maismedicos.saude.gov.br/faq.php>. Acesso em: 20 jan. 2016. PARÁ. Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA). Estatística Municipal Bragança. Belém, 2015. Disponível em: <http://fapespa.pa.gov.br>. Acesso em: 11 jan. 2016.. Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA). Produto Interno Bruto Municipal 2013. Belém, 2015. Disponível em: <http://fapespa.pa.gov.br>. Acesso em: 11 jan. 2016. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção da Pecuária Municipal. Rio de Janeiro, v. 41, p.1-108, 2013.. Dados do censo demográfico 2010. Disponível em: <http://www. cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=150360&search=para itaituba graficos>. Acesso em: 22 out. 2015. INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). Projeto TerraClass. Disponível em: <http://www.inpe.br/cra/projetos_pesquisas/terraclass2010.php>. Acesso em: 11 jan. 2016.. Projeto PRODES. Disponível em: <http://www.obt.inpe.br/prodes/ prodes_1988_2014.htm>. Acesso em: 30 nov. 2015. KRONEMBERGER, D. M. P. et al. Indicadores de sustentabilidade em pequenas bacias hidrográficas: uma aplicação do barômetro da sustentabilidade à bacia do Jurumirim (Angra dos Reis, RJ). Geochimica Brasiliensis, v.18, n.2, p.86 98, 2004. PRESCOTT-ALLEN, R. Wellbeing of Nations. (The): A country by country index of quality of life and the environment. Washington, IDRC/Island Press, 350 p. 2001. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 1991, 2000 e 2010. Brasília-DF: IPEA, PNUD e FJP. Disponível em: <http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil/itaituba_pa>. Acesso em: 4 ago. 2015..Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 1991, 2000 e 2010. Brasília-DF: IPEA, PNUD e FJP. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/arquivos/idhm-renda.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2015. 24

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