1º. CICLO DE ESTUDOS E DEBATES SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS



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Transcrição:

CÂMARA DOS DEPUTADOS Subcomissão Especial destinada a acompanhar e discutir o Sistema Único de Assistência Social - SUAS 1º. CICLO DE ESTUDOS E DEBATES SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS RIO DE JANEIRO 2011.

SUMÁRIO 1 Apresentação... 03 2 Encaminhamentos... 04 3 Anexos... 06 4 Folha de Assinatura... 21 2

CAPÍTULO 1 APRESENTAÇÃO Ao longo de seis meses foram discutidos temas fundamentais ao Sistema Único de Assistência Social visto a sua pertinência no atual cenário social brasileiro e, que por ora, não recebido o destaque devido tanto pelas esferas do Estado, assim como na sociedade civil. Marcando um momento de ruptura, devido à preeminência dos debates com um público amplo e, somando-se a uma visão variada do tema incorporado pelos atores envolvidos, o Rio de Janeiro assume uma posição de vanguarda, representado pela Subcomissão Especial destinada a acompanhar e discutir o Sistema Único de Assistência Social SUAS da Câmara dos Deputados do Rio de Janeiro, contando ainda com a Organização Não Governamental Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais / CBCISS instituição histórica na redefinição do Serviço Social no país e, a Capemisa Social Instituto de Ação Social. Por último, não podemos deixar de relatar o apoio fundamental da Central Única dos Trabalhadores / CUT-RJ, da já citada Capemisa Social Instituto de Ação Social e, a Confederação Nacional do Comércio / RJ, pois forneceram estruturas adequadas e possibilitaram, então, a realização de tais empreendimentos. CAPÍTULO 2 ENCAMINHAMENTOS 3

Reforçar as vitórias garantidas pela Lei Orgânica da Assistência Social e, das suas atuais alterações - LEI 12.435, de 06 de julho de2011 PLSUAS, na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, tais como: Reforçar a Política Pública afiançadora de Direitos. Reafirmar Competência para a União, Estado e Município. Cofinanciar Reconhecer as Diferenças Regionais e Territoriais Descentralizar as Ações e Organizar o Sistema Único de Assistência Social SUAS Reforçar a Articulação Institucional Reforçar a Parceria com a Sociedade Civil Reiterar a Universalização da Seguridade Social, enfatizando-a no campo da Saúde, Assistência Social, Previdência Social e também Habitação, Educação, Trabalho, Esporte, Segurança Alimentar. Pautar os atendimentos da rede num diagnostico eficiente, contemplando a brevidade, mediante a identificação do processo de empobrecimento, de vulnerabilidade e seus determinantes, possibilitando o desenvolvimento de ações intersetoriais que visem a sustentabilidade, de forma a romper com o ciclo de reprodução intergeracional do processo de exclusão social, e evitar que famílias e indivíduos tenham seus direitos violados. Conduzir a metodologia escolhida prioritariamente ao protagonismo e a autonomia, que considere a história de vida do usuário, seu cotidiano e o das diversas faixas etárias presentes na família, seu ciclo vital, a utilização de seu tempo, suas expectativas com relação à vida e ao trabalho social proposto. Garantir condições adequadas aos operadores do Sistema Único de Assistência Social, isto é, dos trabalhadores em geral, tanto de nível superior (psicólogos, assistentes sociais etc.), e com o mesmo nível de importância e 4

cuidado aos de nível fundamental e médio. Para tanto, contudo, colocam respectivamente exigências diferentes, dentre as quais: Defender o cumprimento da lei 12.317 de 26 de agosto de 2010, que altera o artigo 5º. Da Lei de Regulamentação Profissional (lei 8662/1993) e define a jornada máxima de trabalho de assistentes sociais em 30 horas semanais sem redução salarial. Tornar efetiva as condições de trabalho definidas pelo projeto de Lei nº. 5346 de 2009 do Deputado Federal Chico Lopes, que define a profissão do Educador Social, nos níveis de formação técnica, estrutura física adequada e, remuneração. Em janeiro de 2009 a profissão fora incluída na Classificação brasileira de ocupações CBO, do Ministério do Trabalho e Emprego, com a seguinte descrição: 5153-05 Educador Social. Descrição Sumária: Visam garantir a atenção, defesa e proteção a pessoas em situações de risco pessoal e social. Procuram assegurar seus direitos abordando-as, sensibilizando-as, identificando suas necessidades e demandas e desenvolvendo atividades e tratamento. CAPÍTULO 3 ANEXOS Proteção Social Básica Experiência no Município de Itaguaí Uma construção coletiva 5

Um empenho à ampliação da participação e controle social 1 Maria Izabel Lopes Ribeiro Secretária Municipal de Assistência Social Sonia Margarida A F da Silva Assessoria Técnica da SMAS Silvia Keiko Tasaka Assessoria Proteção Social Básica Nadia Sousa Coordenadora Proteção Básica / CRAS O SUAS e a Política Municipal de Assistência Social em Itaguaí O ano de 2004 foi o divisor dos processos abaixo: Antes do SUAS Secretaria Municipal de Saúde e Bem Estar Social Depois do SUAS Secretaria Municipal de Assistência Social Rede Centralizada (modelo Nacional -> modelo local) Rede descentralizada (analise das diferenças regionais) Ações Pontuais e fragmentadas Foco na Territorialização e estratégias de PREVENÇÃO de Vulnerabilidades / Riscos 1 Apresentado na 1º. Oficina de Estudos sobre o Sistema Único de Assistência Social, sob a temática DESAFIOS DO SUAS : EXPERIÊNCIAS BEM SUCEDIDAS no dia 27 de julho de 2011 na Capemisa Instituto de Ação Social. 6

Modelo Assistencialista Construção de um novo status para Assistência Social política pública que garante direitos sociais Entrave: Desafio: intersetorialidade X Primazia das Reconhecimento da agendas setoriais desarticuladas Assistência como Política Pública Intervenção Reativa Quando o problema se apresenta Intervenção Proativa Por meio Diagnóstico e Busca ativa dos fatores que levam a vulnerabilidade. Equipe Mínima Equipe potencializada ao longo do processo Tendência ao primeiro damismo. Assistencialismo Gestão técnica e política Modelo socioassistencial a partir do SUAS. O Centro de Referência de Assistência Social Unidade Pública Estatal Base de Referência Municipal em âmbito nacional. Referência da Política de Assistência Social no território de maior vulnerabilidade (social, política e econômica). Em Itaguaí os CRAS foram implantados em momentos cronológicos diferenciados, vivendo, conseqüentemente, fases distintas no processo de construção e implementação do SUAS. 7

A rede Social Assistencial De acordo com o SUAS/2004 (pg: 30) o mapeamento e a organização da rede socioassistencial de proteção básica deve promover a inserção das famílias nos serviços de assistência social local. Bem como também o encaminhamento da população local para as demais políticas públicas e sociais, possibilitando o desenvolvimento de ações intersetoriais que visem a sustentabilidade, de forma a romper com o ciclo de reprodução intergeracional do processo de exclusão social, e evitar que estas famílias e indivíduos tenham seus direitos violados, recaindo em situações de vulnerabilidades e riscos. Desafios. 8

Estabelecer uma dinâmica única no acompanhamento das famílias, sem, contudo, desconsiderar as características e peculiaridades de cada território. A discussão inicial girou em torno da existência de famílias promovidas socialmente e o entendimento das equipes do conceito de promoção social comparado à proposta de proteção social básica do SUAS: os eixos estruturantes, territorialização e matricialidade sociofamiliar, por exemplo, e, do significado destes na prática: avanços e possibilidades ou idealização e dificuldades Como trabalhar tendo as famílias como foco? - Que metodologias de intervenção trazem melhores resultados? - O que se espera alcançar? - Qual o conceito que a equipe tem de promoção social e autonomia? - Como estão definidos os papéis na equipe? - O que não é a equipe psicossocial? - O que nos impede de preparar melhor os educadores e instrutores para responderem pelos serviços de convivência familiar e fortalecimento de vínculos, cabendo à equipe psicossocial somente participar no planejamento destes e no acompanhamento das famílias inseridas nos mesmos? Alguns questionamentos Como trabalhar tendo as famílias como foco? - Que metodologias de intervenção trazem melhores resultados? - O que se espera alcançar? - Qual o conceito que a equipe tem de promoção social e autonomia? - Como estão definidos os papéis na equipe? - O que não é a equipe psicossocial? 9

- O que nos impede de preparar melhor os educadores e instrutores para responderem pelos serviços de convivência familiar e fortalecimento de vínculos, cabendo à equipe psicossocial somente participar no planejamento destes e no acompanhamento das famílias inseridas nos mesmos? Limites delicados É insuficiente que o trabalho tenha como foco que estas famílias e seus territórios saiam de um patamar para outro no que se refere a um indicador físico de pobreza/consumo não é responsabilidade exclusiva da assistência social, discussão recorrente. Sem desconsiderar o que a questão social e seus novos contornos trazem como conseqüência não se podem esquecer os aspectos subjetivos que envolvem este processo. Algumas considerações É importante que a metodologia escolhida conduza ao protagonismo e autonomia, que considere a história de vida do usuário, seu cotidiano e o das diversas faixas etárias presentes na família, seu ciclo vital, a utilização de seu tempo, suas expectativas com relação a vida e ao trabalho social proposto. O impacto a ser medido é muito mais qualitativo, faz-se necessário percebê-lo avaliando o alcance que pode ter. O acompanhamento psicossocial deve se configurar como espaço de aprendizagem do possível, de superação de limites da família, de resignificação de histórias, de controle social e não como controle da gestão. 10

UNIDADE DE ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL 2 DO MUNICÍPIO DE MAGÉ. FUNDADA EM 27/04/2011 3 Angélica Oliveira de Melo Psicóloga e Coordenadora da Unidade de Acolhimento Institucional de Magé. Íris Virgulino da Silva Assistente Social Nomenclatura Técnica 2 Abrigo para Crianças e Adolescentes que estão sob risco pessoal e/ou social. 3 Apresentado no 1º. Ciclo de Estudos sobre o Sistema Único de Assistência Social no dia 27 de julho de 2011 na Capemisa Social Instituto de Ação Social. 11

O Território onde a Unidade de Acolhimento está inserida Significado vivo dos atores que dela se utilizam, necessidade de conhecer as relações que as FAMÍLIAS estabelecem. A Família, a Sociedade e o Estado Políticas públicas são vitais para inclusão e redistribuição social. A cidade de Magé foi fundada em 1566 é uma das dez mais antigas do Brasil. A primeira estrada de ferro do país foi fundada pelo imperador D.Pedro II em Mauá, distrito de Magé, em 1583. Entretanto, as relações sociais e políticas no município não se desenvolveram em padrões de clareza ética e ações morais; as consequências para a população se traduzem em desigualdade, injustiça e muitas VULNERABILIDADES SOCIAIS. Contextualizando o Acolhimento em Magé. 12

A cidade teve abrigos nos moldes da caridade/filantropia. Em 25/11/1990 emancipação de Guapimirim. Até abril deste ano as crianças e adolescentes de Magé estavam acolhidos no Abrigo Maria de Lourdes que fica em Guapi. A arquitetura da Unidade foi pensada para acolher mais de duas dezenas de crianças e adolescentes.(orientações Técnicas, Cap.3 Parâmetros de Funcionamento). Medidas Administrativas, Técnicas e Políticas para a Inauguração da Unidade de Acolhimento Institucional de Magé. Termo de Consultoria Técnica (nov/dez 2010) Reuniões com o Secretário de Assistência Social. Reunião com o Prefeito/Secretário de Fazenda. Reuniões com a Coordenadora da Proteção Social Especial. Reuniões com a Coordenadora da Unidade de Acolhimento. Elaboração do Plano de Ação da Unidade de Acolhimento. Seleção da Equipe Profissional conforme Orientações Técnicas (item 4.1.4 recursos humanos) Instrumentos Sociotécnicos da Unidade de Acolhimento Plano de Ação Fluxos de Ações Atividades Socioeducativas Trabalho com as Famílias Protocolo de Atribuições com a Rede Apadrinhamento Ações Socioassistenciais Articulações Voluntariado Centro de Estudos 13

Detalhamento de alguns Programas e Projetos 1. Plano de Ação 2. Fluxo para o Acolhimento 3. Manual do Programa de Orientação à Família 4. Manual das Atividades Socioeducativas Alinhamento dos Serviços de Proteção Social A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais é para ser pensada cumulativamente numa Unidade de Acolhimento, pois, as famílias e/ou Responsáveis pelos acolhidos ora apresentam vulnerabilidades de nível básico, médio e alto. Tais oscilações de cunho socioeconômico e; sobretudo, afetivo, na dinâmica da família, precisam ser classificadas através de uma abordagem especializada e imediata. A violação de direitos que tem lugar no seio da família pode refletir também uma situação de vulnerabilidade da família diante dos seus próprios direitos de cidadania, do acesso e da inclusão social (Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária, pág.36). Apresentação de Casos Sui generis na Unidade de Acolhimento. Os trabalhos das crianças foram inscritos no 1º Concurso do MCA. 14

Um texto sobre a Inauguração da Unidade foi enviado para São Paulo ao 7º Concurso Causos do ECA. Há crianças que já estão prontas para serem reinseridas na família, mas elas permanecem na instituição porque ainda não foram acolhidas. ECA, art.101/3º. Há crianças e adolescentes que encontram muita dificuldade de se reintegrar a vida familiar e comunitária e preferem permanecer na instituição; isto é grave e exige um trabalho de preparação de ambos: criança e família. Seguridade Social. 4 Heloisa Mesquita O Estado Brasileiro Trajetória =Responsabilidades fragmentadas, pontuais, relacionadas a reivindicações do trabalhador. =Sistema Dual: - previdência para trabalhadores formais; - Assistencialista para trabalhadores excluídos do mercado de trabalho - Saúde privatista, corporativa. Constituição de 1988 Proteção Social como direito social contributivo ou não. 4 Apresentado no encerramento do 1º. Ciclo de Estudos sobre o Sistema Único de Assistência Social no dia 25 de Novembro de 2011 na Confederação Nacional do Comércio / CNC. 15

Seguridade Social => A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Importante perceber que a seguridade social é produto histórico das lutas do trabalho, na medida em que respondem pelo atendimento de necessidades inspiradas em princípios e valores socializados pelos trabalhadores e reconhecidos pelo Estado (Mota, 2007). Assim, está posto um desafio para do desenho que será garantido a proteção social brasileira, o que está relacionado com o tratamento que será dado a questão social. Na perspectiva da Seguridade Social, foi inspiradora a tradição beveridigiana, representando a expressão da resistência dos setores progressistas por ações integradas e universais, mas as três políticas presentes vivem o permanente desafio de se firmarem como conjunto integrado e universal de proteção social, vivenciando permanente contradição entre a mercantilização e precarização do acesso aos benefícios e serviços da saúde e da previdência e a assistência social se apresentando como foco de resistência a este processo vive a luta pela não refilantropização, como destaca Yasbeck(2001). Desafios Identificar o processo de empobrecimento e vulnerabilidade e seus determinantes. Identificar potencialidades, caminhos para superação de entraves. Consolidar rede protetiva. Garantir as seguranças sociais. 16

Estratégias Reforçar a Política Pública afiançadora de Direitos. Reafirmar Competência para a União, Estado e Município. Cofinanciar Reconhecer as Diferenças Regionais e Territoriais SUAS Descentralizar as Ações e Organizar o Sistema Único de Assistência Social Reforçar a Articulação Institucional Reforçar a Parceria com a Sociedade Civil Reiterar a Universalização Seguridade Social Avançar para visão ampla de Seguridade Social que envolva: SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL, PREVIDÊNCIA SOCIAL e também HABITAÇÃO, EDUCAÇÃO, TRABALHO, ESPORTE, SEGURANÇA ALIMENTAR. LEI 12.435, de 06 de julho de 2011 PL SUAS - Principais alterações à LOAS - MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE Á FOME Secretaria Nacional de Assistência Social Departamento de Gestão do SUAS 17

Coordenação - Geral de Regulação da Gestão do SUAS - CGRGS Do Financiamento da Assistência Social 5 Edvaldo Roberto de Oliveira Assistente Social Art.27 O financiamento da assistência social no SUAS deve ser efetuado mediante cofinanciamento dos 3 (três) entes federados, devendo os recursos alocados nos fundos de assistência social ser voltados a operacionalização, prestação, aprimoramento e viabilização dos serviços, programas, projetos desta política. Art. 12 - Compete à União II. Co-financiar por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional; Art. 13 - Compete ao Estado II. Co-financiar por meio de transferência automática o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito regional ou local; Art. 15 - Compete aos Municípios VI. Co-financiar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito local; 5 Apresentado no Encerramento do 1º.Ciclo de Estudos sobre o Sistema Único de Assistência Social realizado na Confederação Nacional do Comércio / CNC no dia 25 de novembro de 2011. 18

Art. 18 Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social IX. Aprovar critérios de transferência de recursos para Estados, Municípios e Destrito Federal, considerando para tanto, indicadores que informem sua regionalização mais equitativa, tais como: população, renda per capita, mortalidade infantil e conceituação de renda, além de disciplinar os procedimentos de repasse dos recursos para as entidades e organizações de assistência social, sem prejuizo das disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Art. 6ºE Os recursos do co-financiamento do SUAS destinados a execução das ações continuadas de assistência social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS. Parágrafo Único A formação das equipes de referência deverá consolidar o número de famílias e indivíduos referenciados os tipos e modalidades de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários, conforme deliberações do CNAS. Destaque: Art. 204 CF: ações da assistência serão organizadas e desempenhadas com base na descentralização poítico-administrativa, por meio da conjunção de esforços de todos os entes da federação o legislador constituinte organizou o Sistema Único de Assistência Social com a distribuição de competências entre os diversos entes federativos, para melhor cumprir o Estado brasileiro o seu papel de ajuda aos necessitados (AGU). 19

Art 6º.B As proteções sociais básicas e especiais serão ofertadas pela rede socioassistencial, de forma integrada, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades de assistência social vinculadas ao SUAS, respeitadas as especificidades de cada ação. Art.3º As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao SUAS celebrarão convênios, contratos, acordos de ajustes com o poder público para a execução, garantindo financiamento integral pelo Estado de serviços, programas, projetos e ações de assistência social nos limites da capacidade instalada aos beneficiários abrangidos por esta lei. Observando-se as disponibilidades orçamentárias. CAPÍTULO 4 PÁGINA DE ASSSINATURA Consultor técnico: Edvaldo Roberto de Oliveira Assistente Social consultor da Capemisa Instituto de Ação Social. Redator: Eduardo César Valuche Oliveira Brito Graduando em História pela Universidade Federal Fluminense Estagiário do Projeto Brasil Social da Capemisa Instituto de Ação Social e; do Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais / CBCISS. 20

Encaminho a Subcomissão Especial destinada a acompanhar e discutir o Sistema Único de Assistência Social SUAS da Câmara dos Deputados do Estado do Rio de Janeiro.... ROSELY LORENZATO Presidente do Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais. RIO DE JANEIRO, 02 DE DEZEMBRO DE 2011. 21