VI Seminário da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação. 20 de novembro de 2014 Porto Alegre RS
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- Gonçalo Fonseca Santiago
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1 Avaliação qualitativa da gestão, organização e implementação dos serviços socioassistenciais nos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (CREAS) VI Seminário da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação 20 de novembro de 2014 Porto Alegre RS
2 Objetivos Objetivo geral: levantar e analisar informações sobre a gestão, a organização e a implementação dos serviços socioassistenciais desenvolvidos nos CREAS, especialmente o PAEFI, o SEAS e o serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de MSE LA e PSC. Objetivos específicos foram identificar e analisar: 1) Estrutura administrativa municipal; 2) Organização e gestão dos serviços do CREAS; 3) Relação entre o CREAS (serviços ofertados) e o órgão gestor municipal da política de assistência social; 4) Provisões (estrutura física, recursos materiais e socioeducativos); 5) Recursos Humanos disponíveis para os serviços; 6)Metodologias utilizadas nos atendimentos e acompanhamentos realizados (PAEFI, Abordagem Social e MSE); 7) Perfil das famílias e indivíduos atendidos e acompanhados 8) Principais dificuldades e potencialidades relacionadas à implementação dos serviços; 9) Percepção dos técnicos e usuários sobre serviços prestados e sobre as aquisições dos usuários a partir das ações desenvolvidas nos serviços; 10) Relação dos CREAS com outros atores (rede socioassistencial, órgãos de defesa de direitos e responsabilização, órgãos das demais políticas setoriais) 11) Implantação efetiva dos serviços ofertados nos CREAS a partir das normatizações existentes.
3 Metodologia Realização de entrevistas em profundidade com: Responsável Municipal pela Proteção Social Especial; Coordenador do CREAS; assistente social; psicólogo; advogado; profissional responsável pela abordagem social; profissional responsável por LA e PSC e; usuários LA e PSC. Realização de grupos focais com os usuários do PAEFI e do SEAS. 40 horas deanálise de ambiência emcada equipamento. Amostra: 10 municípios de diferentes portes e em todas as regiões do país. A pesquisa de campo foi executada entre os meses de agosto e outubro de A interpretação dos dados foi realizada de forma triangulada, cruzando os diferentesdiscursos dos atores entrevistados.
4 A assistência social nos municípios: Falta uma política municipal de planos, cargos e salários e um programa de capacitação para área deassistência Social; Quase todos têm Plano Municipal de Assistência Social com ações incorporadas ao Plano PluriAnual (PPA); Falta produção e sistematização de informações territorializadas sobre as situações de vulnerabilidade e risco que incidem sobre famílias e indivíduos, de maneira a propiciar uma atuação proativa oumesmo preventiva dosserviços; Pouco conhecimento dos técnicos acerca da área de vigilância social, especialmente nos municípios menores gestão baseada em experiências pessoais e não em diagnósticos mais estruturados. Relação do CREAS com órgão gestor: insuficiente suporte técnico e de materiais recebido pelo CREAS do órgão gestor da assistência no município (especialmente equipe MSE). Estrutura: Equipamentos bem sinalizados com placas, mas ambientes são pouco acolhedores e não garantem privacidade dos usuários. Falta acessibilidade, banheiros limpos e em boas condições para os usuários, materiais informáticos e socioeducativos e os veículos são insuficientes para as demandas. Equipamentos são distantes/dificuldades de deslocamento da parte dos usuários.
5 Gestão dos CREAS: centrada no atendimento de urgências; planejamento de curto prazo; falta reflexão estratégica por meio de diagnóstico socioterritorial e das ações da vigilância. RH e capacitação: 88% mulheres e, destas, 50% com pósgraduação; instabilidade de vínculos; alta rotatividade; dificuldade para capacitar; acúmulo de funções e faltam profissionais de direito; poucos profissionais para muita demanda; falta preparo e clareza para desempenho do papel do profissional no CREAS; muitas demandas por capacitação.
6 Organização dos serviços: a partir da amostra deste estudo se constata basicamente três tipos de organização dosserviços no CREAS: 1. CREAS em que existe a divisão de equipes por serviço: PAEFI, MSE e Abordagem Social; 2. CREAS em que a equipe das MSE é independente dos demais profissionais que realizam os serviços PAEFI e Abordagem Social; 3. CREAS em que a equipe realiza todos os três serviços. PAEFI: em todos os municípios, a demanda do PAEFI é formada, sobretudo, por violações de direitos da criança e adolescente e do idoso; em menor grau, por conflitos familiares em decorrência do uso de álcool e drogas por algum de seus membros; pouca menção ao acompanhamento dos encaminhamentos dados aos usuários; todos os equipamentos realizam a maior parte das atividades previstas pela Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais; faltam profissionais de direito; não há padronização e consensuamento do fluxo de atendimentos com a Rede Socioassistencial e demais parceiros; falta avaliação das estratégias de execução do serviço com melhor cotejamento do perfil de seus usuários em potencial e suas necessidades; e o melhor acompanhamento dosencaminhamentos realizados.
7 SEAS: não ofertado regularmente; não tem público definido; mais por denúncia do que por Busca Ativa (falta RH e compreensão); alcoolismo, saúde mental; fuga de adolescentes; entorpecentes e solicitação de documentos; negação do trabalho infantil; falta diagnóstico socioterritorial. Serviço MSE: recentemente incorporado ao CREAS; não se consolidou bem ainda e o processo ainda não terminou em 2 municípios visitados, mas todos se estruturando de acordo com a Tipificação; poucos encaminhamentos realizados; equipe com perfil adequado; falta acompanhamento adequado das medidas; problemas da relação com o judiciário.
8 Relações com a rede e políticas setoriais: demanda força os processos de articulação, não há um planejamento desse processo, mas gestores reconhecem importância da intersetorialidade; CREAS recebem demandas que extrapolam seu papel; dificuldadepara acompanhar encaminhamentos; influênciada pessoalidade e intimidade ; pouco fluxo com a educação.
9 Percepção sobre a qualidade dos serviços e aquisições dos usuários: a avaliação geral é positiva; técnicos aprovam, mas precisam de capacitação e mais RH; CREAS como espaço importante de diálogo e de escuta, como fonte de informações sobre direitos e deveres dos cidadãos e de orientações acerca detemas diversos; encaminhamentos sãoimportantes; Visão dos técnicos: fortalecimento de vínculos, empoderamento e autonomia (PAEFI); cidadania (SEAS); trabalho e estudoe melhoria dasrelações (MSE). Visão dos usuários PAEFI e SEAS: apoio, atenção, conselho e resolução de problemas (materiais e relacionados a alcoolismo e drogas; conflitos familiares; notas escolares e distúrbios mentais). Problemas: localização do equipamento e divulgação dos serviços; querem profissionais de outras áreas, mais cursos e mais eventos. Visão usuários MSE: positiva, pois estão mais tranquilos, menos bagunceiros, mais estudiosos e em relação mais harmoniosa com a família, menos tempo na rua e mais tempo em casa. Sugerem mais atividades e horários mais adequados às atividades de trabalho e escola.
10 Obrigada! Juliana França Varella Para acessar o Sumário Executivo da pesquisa: ivo/pdf/sumario_144.pdf
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