Painel da Inovação Empresarial no Brasil Prof. Dr. David Ferreira Lopes Santos Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus de Jaboticabal-SP (FCAV/UNESP) 2015
Agenda 1. Contexto 2. Macro Sistema da Inovação 3. Estrutura da Inovação Empresarial 3.1. Capital Humano 3.2. Capital Interno 3.2. Capital Relacional 4. Impacto da Inovação Empresarial no Brasil 5. Considerações Finais
1. Contexto Gráfico 1 Evolução do acumulado de patentes nos principais países do mundo. 18.000 16.000 ACUMULADO DE PATENTES (MIL) 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000-1884 1887 1890 1893 1896 1899 1902 1905 1908 1911 1914 1917 1920 1923 1926 1929 1932 1935 1938 1941 1944 1947 1950 1953 1956 1959 1962 1965 1968 1971 1974 1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004 2007 2010 Fonte: Elaboração própria, a partir dos dados do WIPO (2013).
1. Contexto IDH Países P&D/PIB a Pesquisadores b Graduados c Patentes d 0,955 Noruega 1,8 5.503,7 15,3 334 0,938 Austrália 2,3 4.258,5 18,1 653,7 0,937 EUA 2,8 4.673,2 15,5 707,6 0,921 Holanda 1,8 2.817,6 14 117,6 0,920 Alemanha 2,8 3.780,1 28,6 166,2 0,919 Nova Zelândia 1,2 4.323,7 20,5 995,2 0,916 Suécia 3,6 5.017,6 25 147,1 0,916 Irlanda 1,8 3.372,5 21,6 54,4 0,913 Suíça 3 3.319,8 21,6 96,7 0,912 Japão 3,4 5.189,3 20,6 1759,9 0,911 Canadá 2 4.334,7 21,1 562,1 0,909 Coréia do Sul 3,4 4.946,9 31,5 1428,8 0,906 Hong Kong 0,8 2.759,5 34,7 758,9 0,906 Islândia 2,6 7.428,1 14,5 434,2 0,901 Dinamarca 3 6.390,3 19,6 27,9 Média dos 43 países 1,8 3.281,9 21,45 271,09 0,730 Brasil 1,1 695,7 12,2 16,7 Fonte: Adaptado de UNPD (2013, p. 176-178)
1. Contexto Coeficientes de correlação entre as variáveis!! P&D/PIB! Pesquisadores! Graduados! Patentes! IDH! 0,50! 0,66! 0,06! 0,50! P&D/PIB!! 0,81! 0,29! 0,62! Pesquisadores!!! 0,27! 0,63! Graduados!!!! 0,23!! Fonte: Elaboração própria
2. Teoria da Inovação Gestão Inovação Institucional Linear ( Empurrar Ciência ) Ciência Tecnologia Inovação Mercado Fonte: Iácono et al. (2011)
2. Teoria da Inovação Fonte: adaptado Kline e Rosenberg (1986)
3. Estrutura da Inovação Empresarial Capital Humano Capacidade de Inovar Capital Interno Capital Relacional Fonte: Adaptado Santos, Basso e Kimura (2012, p. 124)
Evolução das Empresas Brasileiras com Investimentos em Inovação Número de Empresas 40 000 35 000 30 000 25 000 20 000 15 000 10 000 5 000 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% % de empresas inovadoras 2000 2003 2005 2008 2011 0,00% Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Capital Humano
Evolução do capital humano dedicado à Pesquisa e Desenvolvimento nas empresas instaladas no Brasil 120 000 13 14 Total de Pessoas dedicadas em P&D 100 000 80 000 60 000 40 000 20 000 8 7 10 12 12 10 8 6 4 2 Número de pesquisadores por 1.000 trabalhadores 2000 2003 2005 2008 2011 - Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Distribuição do capital humano utilizado em P&D nas empresas do Brasil 60% 59% 50% 48% 45% 48% 41% 40% 36% 30% 32% 29% 27% 22% 20% 10% 7% 16% 8% 11% 13% 13% 14% 12% 11% 8% 0% 2000 2003 2005 2008 2011 Pós-graduados Graduados Técnico ou fundamental Suporte Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Capital Interno
Dispêndios com inovação nas empresas instaladas no Brasil % INVESTIMENTO EM INOVAÇÃO 3,84% 2,46% 3,04% 2,85% 2,56% 2000 2003 2005 2008 2011 Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Distribuição médio dos investimentos em capital interno nas empresas instaladas no Brasil (2000-2010) Introdução de Inovações 7% Treinamento 2% Projeto Industrial 12% P&D 26% Aquisição de Máquinas 53% Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Evolução dos Investimentos no Capital Interno nas Empresas instaladas no Brasil (2000-2011) 0,79% 0,80% 0,77% 0,53% 0,64% 1,19% 0,03% 0,12% 0,16% 0,22% 1,40% 0,06% 0,16% 0,34% 1,42% 0,06% 0,23% 0,35% 1,22% 0,05% 0,15% 2,00% 0,07% 0,24% 0,57% P&D Aquisição de Máquinas Treinamento Introdução de Inovações Projeto Industrial 2000 2003 2005 2008 2011 Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Capital Relacional
Fontes externas de inovação e informação tecnológica Aquisição de Tecnologia Aquisição de Empresa Desenvolvimento de tecnologia em parceria Uso de fontes comunitárias Diversos Fornecedores Clientes Concorrentes Licenciamento Laboratórios comerciais P&D de outras empresas Terceirização Investimento em tecnologia Venture capital Alianças estratégicas Joint ventures Processos de fusão Incorporação de empresas Aquisição de ativos estratégicos de outras empresas Universidades e Institutos de educação Organização de pesquisas governamentais Instituo de pesquisa privado Parceria com outras empresas Parceria com concorrentes Parceria com fornecedores Relacionamento com entidades financiadoras e agências de fomento Usuários líderes Redes comunitárias Comunidade de práticas Aquisição de recursos externos Contração de talentos externos Consultorias Auditoria Conferências científicas e profissionais Associações científicas, empresariais e profissionais Feiras e exibições Publicações técnicas e científicas Online database Visitas a outras empresas do grupo ou fora Adoção de padrões tecnológicos, saúde, segurança e ambientais Fonte: adaptado de Gomes, Kruglianskas e Scherer (2011, p. 899)
Evolução dos Investimentos no Capital Relacional nas Empresas instaladas no Brasil 0,31% % DE INVESTIMENTO (EM RELAÇÃO A RECEITA) 0,20% 0,11% 0,16% 0,08% 0,07% 0,23% 0,14% 0,09% 0,26% 0,21% 0,17% 0,12% 0,09% 0,09% 2000 2003 2005 2008 2011 P&D Externo Outros conhecimentos Capital Relacional Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Impacto da Inovação
Impacto das Inovações na Indústria Brasileira Categorias Dimensão Produto Dimensão Mercado Dimensão Processo Dimensão Custo Dimensão Ambiental Alto Variáveis de Impacto Impacto Melhoria na qualidade dos produtos 50,87% Novos produtos 29,17% Participação no mercado 33,72% Abertura de novos mercados 22,22% Capacidade de produção 38,66% Flexibilidade de produção 32,29% Custos relativos ao trabalho 17,77% Custos dos insumos 9,03% Redução dos impactos ambientais 25,09% Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Os principais setores inovadores do país por Estratégia Melhoria na qualidade de produtos Produtos siderúrgicos Edição, impressão e reprodução de gravações Fabricação de artigos do mobiliário 63,55% Novos produtos Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 60,23% Fabricação de produtos farmacêuticos 56,58% 60,07% Refino de petróleo 42,45% Participação nos mercados Fabricação de produtos farmacêuticos 43,63% Produtos siderúrgicos Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática 42,78% 41,46% 39,61% Abertura de novos mercados Capacidade de Produção Flexibilidade de Produção Fabricação de máquinas para Edição, impressão e 40,36% 53,22% escritório e equip. reprodução de Produtos siderúrgicos 44,49% informática gravações Fabricação de produtos químicos Fabricação de celulose e outras pastas 32,77% Indústrias extrativas 53,22% Edição, impressão e reprodução de gravações 41,70% 28,15% Produtos siderúrgicos 47,13% Indústrias extrativas 38,70% Fonte: elaboração própria, a partir dos dados da PINTEC/IBGE (2000, 2003, 2005, 2008 e 2011).
Os principais setores inovadores do país por Estratégia Custos Trabalhos Custos Insumos Redução dos Impactos Ambientais Indústrias extrativas 29,63% Fabricação de celulose e outras pastas 21,87% Indústrias extrativas 43,43% Fabricação de artigos do mobiliário 24,42% Indústrias extrativas 13,61% Fabricação de produtos do fumo 43,31% Fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias 23,30% Fabricação de produtos do fumo 12,90% Fabricação de celulose e outras pastas 41,78%
4. Considerações Finais! O processo de inovação deve ser interativo entre ciência, tecnologia e demandas da sociedade.! As diferentes fontes de inovação devem ser gerenciadas de forma articulada e alinhada às estratégias de cada empreendimento.! O capital humano é fundamental para o processo inovador, sendo fundamental a presença de pesquisadores dentro ou trabalhando para empresas.! A estratégia de inovação das empresas brasileiras ainda é voltado para o acompanhamento tecnológico.! Superar a cultura de fazer a inovação in house é um dos maiores gargalos do processo de inovação das empresas.
Agradecimentos
Obrigado! david.lopes@fcav.unesp.br