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Transcrição:

ACÓRDÃO ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des, Genésio Gomes Pereira Filho APELAÇÃO CÍVEL RELATOR APELANTE ADVOGADO APELADO ADVOGADO n.q. 200.2007.025598-5/ 001 : Des. Genésio Gomes Pereira Filho : SUDEMA Superintendência de Administração do Meio Ambiente : Maria de Fátima Maia de Vasconcelos, Rives Lima de Souza e outros :Posto de Combustível São Miguel Arcanjo LTDA, através de seu representante Dilson Leite de Almeida Filho PROCESSUAL CIVIL Apelação Cível. - Ação de Execução Fiscal Fixação dos honorários observados os critérios legais, bem como os princípios da proporcionalidade e razoabilidade Sentença mantida - Desprovimento do recurso apelatório. - Entendo que a pretensão recursal não deve prosperar, agindo corretamente o Magistrado "a quo" ao fixar os honorários advocatícios, atendendo aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade, avaliando corretamente o trabalho desenvolvido pelo causídico. VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos de Apelação Cível. ACORDAM os integrantes da E. Terceira Câmara Cível do Colendo Tribunal de Justiça da Paraíba, à unanimidade, em negar provimento a apelação cível, nos termos do voto do relator e da certidão de julgamento de f1.128. RELATÓRIO Cuida-se de Apelação Cível interposta pela SUDEMA Superintendência de Administração do Meio Ambiente insurgindo-se contra sentença do juízo da 4 4 Vara da Fazenda Pública que julgou extinta a Ação de Execução Fiscal movida pela mesma em face do Posto de Combustível São Miguel Arcanjo em virtude de tal obrigação já encontrar-se adimplida por meio de um parcelamento, e fixou os honorários advocatícios em R$ 1.000,00 (hum mil reais), nos termos do artigo 20, 4Q do Código de Processo Civil. Pede a reforma da decisão atacada, com o reconhecimento de que o valor fixado a título de honorários advocatícios é considerado injusto pela apelante.

Diz, ainda, que a presente execução teve corno fato gerador a autuação do Posto por encontrar-se funcionando sem a licença de operação junto a SUDEMA, e que trata-se a matéria de "alta indagação, plenamente apresentada e discutida pela apelante, com ampla fundamentação na doutrina e jurisprudência." Fundamenta juridicamente dizendo que deve ser aplicado ao. caso o disposto no Art. 20, 3 2 do Código de Processo Civil, devendo a sentença ser parcialmente reformada no tocante à condenação do apelado nas custas processuais e honorários advocatícios na base de 20% ( vinte por cento) do valor da Ação, o que perfaz o valor atualizado de R$ 5.096,23 ( Cinco mil noventa e seis reais e vinte e três centavos). Não foram apresentadas contrarrazões. Nesta instância, a Procuradoria de Justiça opinou pelo desprovimento do recurso, para que seja mantida na totalidade a sentença do M.M Juízo "a quo".. (fls. 121/1 22) É o reiotório. VOTO Trata-se de Apelação Cível interposta contra decisão que julgou extinta a execução na Ação de Execução Fiscal movida pela SUDEMA em face do Posto de Combustível São Miguel Arcanjo, sob o fundamento de que o valor da condenação em honorários advocatícios foi irrisório devendo ser reformada a sentença, no sentido de majorar o valor da condenação em verbas honorárias nos termos do 3- do art. 20 do CPC. Nos honorários advocatícios, o julgador, ao arbitrar seu valor, deve se guiar pelo princípio da eqüidade, levando em conta os aspectos fáticos que envolveram o processo como -a complexidade da causa, bem como, ao trabalho despendido pelo advogado, não o fixando em valor aviltante, nem tão pouco, em importância excessiva a ponto de afetar a situação patrimonial do sucumbente. A ação de Execução Fiscal foi julgada extinta e, por sua natureza não tem valor da condenação, afastando assim a fixação dos honorários nos termos do 32 do art. 20 do CPC, devendo o magistrado fixar o valor dos honorários 4110 eqüitativamente,conforme dispõe o 4 2_do mesmo artigo. "Art. 20... 4. Nas causas de pequeno valor nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas "a", "h" e "c" do parágrafo anterior" É este o entendimento do Superior Tribunal de Justiça como também do TJPB, senão vejamos: AGRAVO REGIMENTAL.

AÇÃO COLETIVA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DOS EMBARGOS. CUMULAÇÃO COM OS JÁ FIXADOS NA EXECUÇÃO FISCAL. POSSIBILIDADE. VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA A CONDENAÇÃO NOS HONORÁRIO NÃO ESTÁ ADSTRITA AO LIMITE DE 20 % PREVISTO NO 32 DO ART. 20 DO CPC. (...) 2. Vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários não está adstrita aos limites percentuais de 10% e 20%, podendo ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa ou à -condenação, nos termos do art. 20, 4 2, do CPC, ou mesmo um valor fixo, segundo 'o já citado critério de equidade. Matéria julgada pelo regime dos recursos repetitivos (REsp 1.155.125/MG, Rei. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 06/04/2010). 3. Agravo regimental não provido. (AgRg nos EDcl no Ag 1340608/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 07/12/2010, DJe 03/02/2011) EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. CONDENAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATíCIOS. CORREÇÃO. DESPROVIMENTO. - As refutações da Fazenda Pública Municipal não merece qualquer guarida, haja vista, no caso 'em apreço, está-se diante de uma execução embargada, onde o Magistrado _Singular condena em honorários exatamente a sucumbência dos aludidos embargos. - O montante arbitrado pelo Juiz sentenciante, R$ 500,00 (quinhentos reais), é proporcional ao labor executado e dentro dos padrões fixados pelos, 30 e 4 0 do art. 20 do Código de Processo Civil. TJPB - Acórdão do processo n 2 00920080012884001 - Órgã o (22 Câmara Cível) - Relator DES. MARCOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE - j. Em 02/02/2010 HONORÁRIOS ADVOCATíCIOS VALOR EXORBITANTE REDUÇÃO POSSIBILIDADE HIPÓTESE EXCEPCIONAL. (...) 3. A razoabilidade, aliada aos princípios da eqüidade e proporcionalidade, deve pautar o arbitramento dos honorários. A verba honorária deve representar um quantum que valore a - dignidade do trabalho do advogado e não

locupletamento ilícito. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 977.181/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/02/2008, DJe 07/03/2008) No caso apreciado, a lide não representou grande esforço para os advogados, tendo em vista que foi extinta em decorrência de um acordo extrajudicial já cumprido demonstrando que o valor arbitrado pelo M.M Juiz "a quo" foi proporcionalmente aplicado. Por todo o exposto, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO, mantendo a sentença em sua integralidade. É o voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Sr. Dés. Márcio Murilo da Cunha Ramos. Participaram do julgamento, o Exmo. Des. Genésio Gomes Pereira Filho, o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos, e o Exmo; Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides. Presente ao julgamento o Exmo. Dr. Francisco Paula Ferreira Lavor, Promotor de Justiça convocado. Sala de Sessões da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, João Pessoa, 12 de abril de 2011. Des. Ge amo Gom Rel or eira Filho

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