APADRINHAMENTO AFETIVO. PROJETO AFETO QUE AFETA



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Transcrição:

APADRINHAMENTO AFETIVO. PROJETO AFETO QUE AFETA RESUMO A nossa principal proposta é sensibilizar a sociedade para o abandono de crianças e adolescentes que se encontram privados de uma relação afetiva junto à sua família, atravessando sua infância e, muitas das vezes, adolescência, no interior das instituições de acolhimento. A captação de padrinhos/madrinhas que se impliquem e acompanhem o desenvolvimento das crianças e adolescentes que forem AFILHADOS, orientando-os e participando de suas vidas, contribui em muito na conquista da autonomia social e na potencialização da auto-estima das crianças e adolescentes atendidos no projeto. A proposta é de que os afilhados sejam visitados nas próprias instituições de acolhimento, formando vínculos expressivos de afeto, bem como possam permanecer nas residências dos padrinhos aos finais de semana, férias e feriados. Palavras-chave: apadrinhamento; afetivo; autonomia; crianças; adolescentes; acolhimento; visitação; convivência familiar e comunitária.

1 Apadrinhamento afetivo a crianças e adolescentes institucionalizados Para nos tornarmos gente, no caminho tem que ter carinho. Os cuidados do presente enchem o futuro de esperança. Apadrinhamento afetivo, mais do que presente, PRESENÇA! Mais do que presente, quero um cantinho no seu coração. O Projeto Não nascemos homens, nos tornamos humanos. Para isso, é necessário que sejamos investidos de afeto, que sejamos olhados de maneira significativa e afetiva por alguém. Apesar da Constituição Brasileira de 1988 apresentar a prerrogativa da Proteção Integral a todas as crianças e adolescentes brasileiros, a história das políticas de asilamento de crianças e adolescentes em nosso país sempre valorizou apenas as estruturas materiais, os cuidados concretos com as crianças institucionalizadas, em detrimento dos cuidados emocionais que são igualmente fundamentais. Assim, a ausência de investimentos afetivos é um dos maiores problemas das milhares de crianças e jovens que, institucionalizados e privados do convívio familiar, não conseguem ser adotados afetivamente durante os anos em que permanecem nos abrigos. Como resposta a esta problemática, e, em consonância com a normativa constitucional que define a co-responsabilidade do Estado, família e

2 sociedade em geral, o Projeto Afeto que Afeta - Apadrinhamento Afetivo de Crianças e Adolescentes Institucionalizados visa permitir que crianças, a partir de 8 anos, e adolescentes, em medida de proteção de abrigamento, vivam experiências e referências afetivas, tanto familiares quanto comunitárias. Assim, a nossa principal proposta é sensibilizar a sociedade para o abandono de crianças e adolescentes que se encontram privados de uma relação afetiva junto a sua família, atravessando sua infância e, muitas das vezes, adolescência, no interior das instituições de acolhimento. A captação de padrinhos/madrinhas que se impliquem e acompanhem o desenvolvimento das crianças e adolescentes que forem AFILHADOS, orientando-os e participando de suas vidas, contribui em muito na conquista da autonomia social e na potencialização da auto-estima das crianças e adolescentes atendidos no projeto. A proposta é de que os afilhados sejam visitados nas próprias instituições de acolhimento, formando vínculos expressivos de afeto, bem como possam permanecer nas residências dos padrinhos aos finais de semana, férias e feriados. Justificativa Artigo 227 da Constituição da República Federativa do Brasil: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Já em seu preâmbulo, nossa lei maior concita à construção de uma sociedade cidadã, comprometida com um Estado em que os direitos sociais e individuais sejam plenamente respeitados e reconhecidos, e o direito à

3 convivência familiar e comunitária é parte fundamental da formação de qualquer ser humano. Vários estudos científicos apontam a importância das referências emocionais no saudável desenvolvimento de crianças e jovens, considerando a família como base preponderante no crescimento de qualquer pessoa. Destacam-se, inclusive, os resultados que associam danos neuropsicológicos à falta de afetos entre o cuidador e a criança, associando em elevado grau a violência doméstica aos vínculos afetivos mal estabelecidos. Se, por um lado, através das políticas de institucionalização de acolhimento, o Estado brasileiro se esmera na tentativa de diminuir os efeitos da violência intra-familiar que afeta crianças e adolescentes em nosso país, os efeitos da permanência em abrigos é quase invisível para nossa sociedade. Assim, o fato de que o abrigamento também produz grande stress devido à ausência de vínculos emocionais não vem merecendo maiores questionamentos pelos órgãos gestores de políticas públicas, apesar de já serem conhecidos os fatos de que há décadas produzimos institucionalmente apáticos filhos do Estado, órfãos de pais vivos, sem referências familiares e sem referências afetivas. De fato, a própria sistemática de funcionamento da maioria das unidades de acolhimento _em que os cuidadores laboram através de escalas e plantões, atendendo a faixas etárias estanques; o grande contingente de crianças e adolescentes; a divisão por sexos propicia separação de grupos de irmãos; a transferência institucional após a chegada a idade limite_, evidencia a despersonalização no atendimento das crianças e adolescentes que estão abrigados.

4 Transformar esta realidade é urgente para vivermos de fato um pacto social mais justo e humano, em que a prioridade da criança e do adolescente elencada constitucionalmente, realmente se torne palavra viva e não letra morta em nosso país. Consideramos que a necessidade de afiliação subjetiva é vital e constitutiva para a saúde mental destas crianças e adolescentes. Pensamos ainda que a experiência de afiliação afetiva do Projeto de Apadrinhamento possibilitará a quebra do sentimento de abandono e a recuperação da autoestima pela oportunidade de ter sido eleito por alguém como depositário de investimentos de afetos e cuidados. Além disso, a presença de padrinhos pode auxiliar no processo de adoção, pois, muitas das vezes, as experiências familiares prévias produzem resistências nas crianças e adolescentes, que não acreditam que as vivências em família possam ser positivas, dificultando a aproximação de interessados em adotar. Construir uma história de relação e referência a uma pessoa fora do ambiente institucional, como um padrinho e/ou uma madrinha, vem sendo demonstrado, ao longo das experiências análogas em outros estados do Brasil, ser uma experiência e convivência enriquecedora para ambos os lados, colocando em cheque os preconceitos sociais de etnia, faixa etária ou saúde que, sem dúvida, permeiam em nossa sociedade. A vinculação afetiva construída na constância estabelece relacionamentos estáveis e duradouros que virão a tornar-se referenciais familiares e sociais para suas vidas futuras e evitando, assim, os sentimentos de vazio e solidão, muito comuns nos jovens em situação de abandono e que são obrigados a depararem-se com a maioridade.

5 Objetivos Gerais 1- Apoiar afetivamente crianças e adolescentes que vivem nos abrigos, através de visitas, passeios, auxiliando-as em sua autonomia social; 2- Contribuir socialmente para o desenvolvimento sadio e participativo destas crianças e adolescentes na construção de seus projetos de vida; 3- Sensibilizar a sociedade para a questão das crianças que se encontram institucionalizadas e privadas do convívio familiar e comunitário. Objetivos Específicos 1- Promover junto à sociedade civil um espaço reflexivo quanto à situação da criança em situação de risco social e pessoal; 2- Divulgar o projeto a fim de recrutar e selecionar famílias para apadrinhar crianças e adolescentes; 3- Ampliar a discussão sobre as diferentes realidades afetivas e valores presentes nas dinâmicas familiares, buscando viabilizar cuidados efetivos para as crianças inseridas no programa; 4- Consolidar laços afetivos que darão suporte emocional futuro às crianças e adolescentes após o seu desligamento institucional e/ou no advento da maioridade; 5- Sensibilizar a comunidade em torno do abrigo para sua coparticipação afetiva na realidade das crianças e jovens acolhidos, problematizando a ideia de que apenas a contribuição material é suficiente para aquela população; 6- Promover a articulação entre os programas do sistema de proteção à família: governamentais e não governamentais. Metodologia A Equipe Técnica da 1ª VIJI realiza acompanhamento sistemático das situações das crianças acolhidas, em consonância com o instituído pelas Diretrizes do Plano Mater e, em função desse acompanhamento serão

6 selecionadas as crianças/adolescentes a serem indicadas para participarem do Projeto, levando-se em conta sua idade mínima de 8 anos, a ausência de perspectivas de reintegração familiar bem como de habilitados interessados em sua adoção. Cabe destacar que entendemos como essencial que apresentem pelo menos 8 anos de idade, essencialmente para que sejam capazes de compreender os objetivos do programa. Após indicação para o Projeto de Apadrinhamento, caberá à Equipe da Instituição de Acolhimento sensibilizar o acolhido para as particularidades do programa. Quanto aos interessados em apadrinhar crianças e adolescentes, participarão de entrevistas conduzidas pela Equipe Técnica da ONG Quintal da Casa de Ana, que buscará refletir sobre as motivações e expectativas em relação ao projeto, sobre as responsabilidades inerentes ao exercício da função de padrinho, bem como da necessidade de visitas sistemáticas, a serem realizadas no mínimo duas vezes por mês. É indicada a sensibilização de empresas públicas e privadas que possam divulgar o projeto para o grande público, possibilitando a adesão de interessados em apadrinhar. Operacionalização 1- Divulgação do projeto através de campanhas de marketing interno e externo nas empresas parceiras; 2- Divulgação do projeto através das reuniões mensais e eventos promovidos pelas equipes interprofissionais das Varas da Infância e da Juventude; 3- Seleção e capacitação dos interessados em se tornarem padrinhos realizado pela ONG Quintal da Casa de Ana, com envio de síntese informativa da avaliação do padrinho à Equipe Técnica da VIJI para cadastramento. Os interessados deverão apresentar a seguinte documentação: Comprovante de

7 residência, certidão negativa criminal (via internet), xerox da carteira de identidade e do CPF; 4- Análise do Cadastro de padrinhos e de crianças/adolescentes pela Equipe da 1ª VIJI para que se efetue a INDICAÇÃO do apadrinhamento, que será devidamente informado nos autos do processo de acolhimento; 5- Encaminhamento dos padrinhos às instituições de acolhimento parceiras para apresentação e aproximação dos afilhados.