PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS PEHIS/AM



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Transcrição:

1 PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS PEHIS/AM PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS - Fundamentos Teóricos INTRODUÇÃO A presente Proposta Metodológica tem por objetivo oferecer referenciais para elaboração do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social - PEHIS, do Estado do Amazonas. Para tanto, de forma sucinta, serão expostos os princípios, as diretrizes e o escopo dos serviços a serem executados, além do cronograma e dos valores necessários para cumprimento dos serviços. As etapas Proposta Metodológica, Diagnóstico do Setor Habitacional e as Estratégias de Ação serão elaboradas e conduzidas pela consultoria PROJETOS E ASSESSORIA TÉCNICA LTDA, com apoio e participação da equipe do Governo do Estado que atue efetivamente na formulação e implementação da política de habitação do Estado do Amazonas, articulada com o poder público e a sociedade civil organizada. Desta forma, a consultoria irá elaborar o referido plano, assessorando o Governo do Estado, com apoio técnico e metodológico presencial, no desenvolvimento de todo o processo, de modo participativo, dinâmico e integrado, seguindo as diretrizes da Lei Federal nº 11.124/05 que instituiu o Sistema e o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e seu Conselho Gestor. APRESENTAÇÃO A implantação da nova política nacional de habitação de interesse social, no fim do ano de 2004, contribuiu para mudança no cenário habitacional do país, com significativa mobilização de recursos e com integração das esferas federal, estadual e 1

2 municipal, baseada nos princípios da democratização, descentralização, controle social e transparência dos procedimentos decisórios. A adesão dos estados e municípios ao SNHIS é condição necessária para o acesso aos recursos do FNHIS Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. O PEHIS deve conter diagnóstico do setor habitacional, diretrizes, objetivos, linhas programáticas, fontes de recursos, metas e indicadores, que expressem o entendimento dos governos locais e dos agentes sociais, a respeito do planejamento local do setor habitacional e definam um plano de ação para enfrentar seus principais problemas, especialmente no que se refere à habitação de interesse social, com o objetivo de promover o acesso à moradia digna. O PEHIS deve ser elaborado de forma democrática e participativa, em consonância com as políticas nacional e municipal de habitação, e considerando os instrumentos locais do ciclo de gestão orçamentário-financeiro, tais como: Plano Plurianual PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO e Lei Orçamentária Anual- LOA. OBJETO Elaborar o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social- PEHIS do estado do Amazonas, requisito previsto na Lei nº 11.124 de 16 de junho de 2005, e na Resolução nº 2, de 24 de agosto de 2006, do Conselho Gestor do FNHIS Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social- CGFNHIS, para adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social SNHIS com o objetivo de ampliar a oferta e melhorar as condições de moradia das famílias de baixa renda. CONTEXTUALIZAÇÃO O Estado do Amazonas é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo a mais extensa delas com uma área de 1.570.745,680 km². Está situado na Região Norte do país e tem como limites a Venezuela e Roraima a norte, o Pará a 2

3 leste, o Mato Grosso a sudeste, Rondônia a sul, o Acre a sudoeste, o Peru a oeste e a Colômbia a noroeste. É um dos pouco estados brasileiros que não possui litoral, no entanto possui a maior bacia hidrográfica (Bacia Amazônica) e o maior rio do mundo (Rio Amazonas). Sua capital é a cidade de Manaus e suas importantes localidades são os municípios de Coari, Manacapuru, Tefé, Parintins, Itacoatiara, Tabatinga. É composto por 62 municípios com área média de 25.335 km², dos quais o maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km². Comporta população de 3.393.369 milhões de habitantes, é o segundo estado mais populoso da Região Norte. Sabe-se que os primeiros mestiços da região foram os espanhóis, que fundaram várias missões no território amazonense, após sofreram invasões de outros indígenas. A partir do século XVIII houve a disputa por portugueses e espanhóis e no período do ciclo da borracha houve atração pela população nordestina, fazendo parte do processo de imigração no Estado do Amazonas. COMPOSIÇÃO DOS MUNICÍPIOS Mesorregião Microrregião Município Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Amaturá Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Atalaia do Norte Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Benjamin Constant Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Fonte Boa Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Jutaí Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Santo Antônio do Içá Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES São Paulo de Olivença Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Tabatinga Sudoeste Amazonense ALTO SOLIMÕES Tonantins Sul Amazonense BOCA DO ACRE Boca do Acre Sul Amazonense BOCA DO ACRE Pauini Centro Amazonense COARI Anamã Centro Amazonense COARI Anori Centro Amazonense COARI Beruri Centro Amazonense COARI Caapiranga Centro Amazonense COARI Coari Centro Amazonense COARI Codajás 3

4 Mesorregião Microrregião Município Centro Amazonense ITACOATIARA Itacoatiara Centro Amazonense ITACOATIARA Itapiranga Centro Amazonense ITACOATIARA Nova Olinda do Norte Centro Amazonense ITACOATIARA Silves Centro Amazonense ITACOATIARA Urucurituba Norte Amazonense JAPURÁ Japurá Norte Amazonense JAPURÁ Maraã Sudoeste Amazonense JURUÁ Carauari Sudoeste Amazonense JURUÁ Eirunepé Sudoeste Amazonense JURUÁ Envira Sudoeste Amazonense JURUÁ Guajará Sudoeste Amazonense JURUÁ Ipixuna Sudoeste Amazonense JURUÁ Itamarati Sudoeste Amazonense JURUÁ Juruá Sul Amazonense MADEIRA Apuí Sul Amazonense MADEIRA Borba Sul Amazonense MADEIRA Humaitá Sul Amazonense MADEIRA Manicoré Sul Amazonense MADEIRA Novo Aripuanã Centro Amazonense MANAUS Autazes Centro Amazonense MANAUS Careiro Centro Amazonense MANAUS Careiro da Várzea Centro Amazonense MANAUS Iranduba Centro Amazonense MANAUS Manacapuru Centro Amazonense MANAUS Manaquiri Centro Amazonense MANAUS Manaus Centro Amazonense PARINTINS Barreirinha Centro Amazonense PARINTINS Boa Vista do Ramos Centro Amazonense PARINTINS Maués Centro Amazonense PARINTINS Nhamundá Centro Amazonense PARINTINS Parintins Centro Amazonense PARINTINS São Sebastião do Uatumã Centro Amazonense PARINTINS Urucará Sul Amazonense PURUS Canutama Sul Amazonense PURUS Lábrea Sul Amazonense PURUS Tapauá Norte Amazonense RIO NEGRO Barcelos Norte Amazonense RIO NEGRO Novo Airão Norte Amazonense RIO NEGRO Santa Isabel do Rio Negro Norte Amazonense RIO NEGRO São Gabriel da Cachoeira Centro Amazonense RIO PRETO DA EVA Presidente Figueiredo Centro Amazonense RIO PRETO DA EVA Rio Preto da Eva Centro Amazonense TEFÉ Alvarães Centro Amazonense TEFÉ Tefé Centro Amazonense TEFÉ Uarini 4

5 OBJETIVOS GERAL O objetivo da ação é elaborar um documento contendo, as diretrizes, metas, objetivos e instrumentos para a implementação da Política Habitacional do Governo do Estado do Amazonas, com ênfase na habitação de interesse social, que expressem o entendimento do governo local e dos agentes sociais a respeito da maneira como deve ser orientado o planejamento local do setor habitacional, visando promover o acesso à moradia, especialmente às pessoas de mais baixa renda, tendo por base o entendimento dos principais problemas habitacionais identificados. ESPECÍFICOS Dotar o Estado do Amazonas de instrumentos para a implementação de uma Política de Habitação de Interesse Social; Definir o perfil atual da demanda e estudo de mercado para adequar o cenário a fonte de financiamento compatível, visando atender aos programas a serem executados; Colaborar para implementação/adequação/funcionamento do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social, com dotação orçamentária própria, como instrumento de captação de recursos a fim de consolidar a implementação de programas para atender as referidas demandas, e do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social tenha uma gestão democrática e sustentável para que a sociedade possa exercer a plena responsabilidade social, compatível com o disposto na Lei nº 11.124/05; Capacitar a equipe técnica do Governo do Estado que atua no setor; 5

6 Constituindo a primeira etapa de elaboração do PEHIS/AM, os PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS adiante formulados tem como fundamentos legais e teóricos a Proposta Técnica e o Termo de Referência que a norteou no processo de licitação para contratação da consultoria, através da LAGHI Engenharia Ltda. Antes, porém consideraram-se as recomendações contidas na Aula 3 Metodologia, Princípios e Diretrizes do Curso a Distância sobre elaboração de Planos Locais de Habitação de Interesse Social, promovido pelo Ministério das Cidades. Segundo o Ministério das Cidades, a Proposta Metodológica do PLHIS deve ser formulada com vistas a organizar o processo de trabalho de elaboração do PEHIS e de debate com a sociedade, detalhando como se pretende chegar às etapas e produtos contratado nas condições concretas de cada local. Portanto, o objetivo da metodologia é definir quais as atividades serão desenvolvidas, os procedimentos para execução das mesmas, o planejamento de todas as ações, seu encadeamento lógico, as formas e maneiras de participação popular equipe técnica, orçamento e o cronograma financeiro. Diante desta diretriz, recomendam-se como atividades fundamentais para o cumprimento desta etapa do processo de trabalho: 1. Constituição da equipe coordenadora do PLHIS no município; 2. Levantamento preliminar de dados como: a) Mapeamento dos atores institucionais que atuam/intervém na questão habitacional, com: - Atores da instituição responsável pela elaboração do PLHIS/PEHIS (município ou estado). Este mapeamento pode resultar, eventualmente, em alterações na Equipe de Coordenação composta inicialmente; - Atores dos demais níveis de Governo/Poder público. 6

7 b) Mapeamento dos atores sociais que atuam/intervém na questão habitacional. Recomenda-se que neste mapeamento seja considerada, como referência, o agrupamento atual de representação da sociedade no Conselho de Cidades; c) Mapeamento da disponibilidade de informações acerca do problema urbano-habitacional local. 3. Construção da Proposta Metodológica pela instituição responsável pela elaboração do PEHIS e pela consultoria contratada, quando for o caso. Recomenda-se a realização de seminários/oficinas de nivelamento técnico e planejamento entre os atores técnicos envolvidos; 4. Debate da Proposta Metodológica com a sociedade organizada, na instância em que for definida, podendo ser o Conselho Municipal/Estadual, caso exista. Nesta atividade, constitui elemento central do debate a forma como se propõe a participação da sociedade na discussão das etapas subseqüentes do PEHIS; e 5. Elaboração do texto final da Proposta Metodológica, produto da medição da etapa 1. 1 Caso o ente federativo, município ou estado, tenha recebido recursos do Ministério das Cidades, como é o caso do Estado do Amazonas, a primeira medição de serviços terá como produto a Proposta Metodológica com o seguinte conteúdo: 1- Estrutura de coordenação e organização dos trabalhos; 2- Definição das atribuições e responsabilidades da equipe local e dos consultores contratados; 3- Estratégia de comunicação, mobilização e participação da população, com identificação dos diferentes atores sociais e institucionais; 4- Mecanismos de participação popular e de acesso às informações; 5- Cronograma de atividades e procedimentos para a execução das etapas subsequentes 2 1 -Curso à distância: Planos Locais de Habitação de Interesse Social. Coordenação Geral de Junia Santa Rosa e Rosana Denaldi. Brasília: Ministério das Cidades.Primeira Impressão: Maio 2009. 216p. Aula 3 pgs. 4 e 5. 2 - Idem. 7

8 O Termo de Referência à licitação define no item 4 PRODUTOS ESPERADOS, quanto a Proposta Metodológica: O estudo envolve duas dimensões básicas, do ponto de vista do encaminhamento metodológico. Em primeiro lugar as características, as questões e as expectativas de quem ainda não possuem imóvel; este é um plano importante como referência para a obtenção de trajetórias, motivações e objetivos para a identificação de uma demanda potencial. Uma segunda dimensão, de caráter mais prospectivo, onde se busca a identificação das potencialidades do Estado enquanto inserido no quadro geral da mobilidade da população. A pesquisa deverá ter um cunho qualitativo e quantitativo, podendo abranger, por exemplo, as seguintes fontes e formas de obtenção de dados: a) levantamentos específicos de estudos e outras pesquisas sócioeconômicas já realizadas para a área que possam ter rebatimento sobre ela; dados decorrentes de outras pesquisas de demanda habitacional, dados cadastrais de pessoas sem imóveis, dados de associações e sindicatos do setor imobiliário; estudos e pesquisas sobre mobilidade espacial da população, decorrentes da dinâmica do mercado imobiliário local, de intervenções e políticas públicas habitacionais e outras intervenções governamentais, quando for o caso etc. b) Levantamento dos principais projetos implementados e/ou em implementação, especialmente voltados para a redução do déficit habitacional (buscando observar os estudos e diagnósticos que informaram tais projetos); caso seja pertinente, levantamento de planos de desenvolvimento, planos diretores, legislação específica, etc. c) Entrevistas locais, visando indicações quanto a trajetórias, motivações e expectativas, privilegiando pessoas que não possuem casa própria e moradores de áreas insalubres, pessoas cujo perfil cultural, social e outros, combinem com as limitações impostas pelas tipologias habitacionais dessas áreas. d) Entrevistas sobre as possibilidades da demanda para moradia, no quadro do déficit habitacional dessas áreas, com elementos do setor imobiliário (promoção, comercialização, construção civil), com especialistas e responsáveis por projetos e 8

9 planos nas áreas de habitação e saneamento (setor público, ONGs, universidades, entidades profissionais, etc.) planos nas áreas de habitação e saneamento (setor público, ONGs, universidades, entidades profissionais, etc.) Como sugestões, poderão ser utilizadas entrevistas em profundidade, entrevistas focais, dinâmicas de grupo, ou outras técnicas que permitam apreender os dados necessários à identificação da demanda potencial, e que, conforme indicado anteriormente, envolvem expectativas e motivações. É importante ressaltar o caráter participativo e democrático da elaboração do PEHIS, com escopo a ser pactuado diretamente com a sociedade através de metodologia que garanta o acesso aos cidadãos em geral, aos movimentos sociais e demais segmentos no âmbito estadual às instâncias deliberativas de construção do plano. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Os Procedimentos Metodológicos deverão definir: a) estrutura de coordenação e organização dos trabalhos; b) atribuições e responsabilidades dos consultores; c) procedimentos para a execução das etapas; d) a estratégia de comunicação, mobilização e participação da população com a identificação dos diferentes atores; e) as formas de dar publicidade ao início e ao término dos trabalhos com a apresentação da equipe e dos mecanismos de participação popular e de acesso às informações; f) o cronograma de eventos de discussão; e a sociedade; A medição do Produto 1 verificará: - Proposta metodológica pactuada com equipe de coordenação do Plano 9

10 - Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão e pactuação da proposta metodológica entre a contratada e a equipe de coordenação do Plano do Estado do Amazonas 3. Como se vê, o Termo de Referência à Proposta Técnica está perfeitamente coerente com as definições anteriores, quanto à forma e conteúdo da proposta metodológica. A Proposta Técnica apresentada pela consultora vencedora da licitação, no item 1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS definem as Responsabilidades na produção das etapas do trabalho e as formas de participação nas discussões. O PLANO ESTADUAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS PEHIS-AM, deverá ser elaborado por uma equipe técnica formada pela SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DE HABITAÇÃO - SUHAB, mediante formulação metodológica e organização desta Consultoria. Para a execução e o sucesso do Plano, o Governo do Estado constituiu uma equipe de coordenação com representantes da administração estadual, que de alguma forma, estão envolvidas na elaboração e implementação do PEHIS. Para a organização dos trabalhos, a equipe contará com um espaço dentro da SUHAB que comporte mesa de reunião, equipamentos de informática e de comunicação necessários para o desempenho de suas atividades. Para a escolha dos participantes desta equipe foram observados os critérios de conhecimento, experiência com o tema habitação e interesse em participar na elaboração do PEHIS. 3 - Termo de Referência à Proposta Técnica da Consultora. 10

11 A equipe ficou assim constituída: Coordenador: Membros: Amilca Pontes Negrão Diretora de Habitação/ (92)3647-1003 amilcanegrao@suhab.am.gov.br Antonio Costa Paes Diretor Administrativo/ (92)3647-1004 antoniopaes@suhab.am.gov.br Dayse Silva de Souza Engenheira/ (92)3647-1043 daysesouza@suhab.am.gov.br Francisco Cacilon Pereira da Costa Júnior Presidente da ADEFIZON (92)9132-6662 adefizon@gmail.com Jucileide Ferreira de Menezes Assistente Social / (92)3647-1092/9139-3591 jucileide.menezes@suhab.am.gov.br José Maurício dos Santos Tomaz Advogado/ (92)3647-1114/9142-2546 mstomaz@hotmail.com Ronaldo André Bacry Brasil Membro do CONEDE / (92)3648-0647/8809-6621 rabbrasil@uol.com.br Cicerino Cabral Consultor / (91)3221-0333/8119-8760 projetos.assessoria@yahoo.com.br Atribuições e responsabilidades da equipe de coordenação: Informar a CAIXA a composição da equipe de coordenação, de apoio e as ações desenvolvidas para viabilizar o acompanhamento e avaliação do processo; Definir as atribuições e responsabilidades da equipe de consultores; Acompanhar os trabalhos necessários á consecução do objeto contratado, observando critérios de qualidade técnica, os prazos, custos previstos contratualmente; 11

12 Criar e assegurar os canais de participação da sociedade civil em todas as etapas de elaboração do PEHIS e na gestão dos recursos financeiros destinados pela União; À equipe local constituída pela SUHAB, caberá ainda a coordenação política e administrativa do PLANO, colaborando no levantamento das informações locais necessárias, as articulações e mobilizações indispensáveis às discussões e decisões junto à sociedade e ao GOVERNO DO ESTADO e a preparação de pessoal técnico para execução do PLANO. As responsabilidades desta Consultoria consistirão nas formulações metodológicas, organização e análise de informações, elaboração do diagnóstico e propostas de ação a serem discutidas, aprovadas e implementadas com vistas a minorar os problemas habitacionais no Estado. A equipe de coordenação da SUHAB contará com o apoio técnico para execução dos trabalhos, da empresa PROJETOS E ASSESSORIA TÉCNICA LTDA, a qual para execução dos trabalhos deverá observar o disposto n Lei nº 11.124/05. Os profissionais integrantes da equipe de consultoria deverão ter experiência comprovada nas áreas habitacional e de planejamento. A coordenação deve assegurar, dentro das atribuições e responsabilidades dos consultores, que o desenvolvimento dos trabalhos conduza a capacitação institucional do governo, entidades e segmentos da sociedade civil e dos movimentos populares locais. A equipe estadual na elaboração da metodologia deve garantir que o conhecimento, as informações e as propostas sejam apropriadas por todos os participantes do processo. Para melhor compreensão deste item, apresentamos FLUXOGRAMA OPERACIONAL, demonstrativo das relações institucionais e responsabilidades correlatas e QUADRO DE RESPONSABILIDADES E AÇÕES, com detalhamento das ações a serem desenvolvidas por cada um dos participantes do trabalho. 12

13 PEHIS-AM FLUXOGRAMA OPERACIONAL GOVERNO DO ESTADO Diretriz política, apoio financeiro e administrativo. SEINF Definição da Política Habitacional SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA Participação e apoio político. Participação em debates públicos e trocas de informações SUHAB-AM Coordenação, apoio técnico e administrativo COMISSÃO Coordenação e elaboração técnica Contrato de prestação de serviço Trabalho conjunto CONSULTORA Metodologia, organização e formulação. 13

14 PEHIS-AM - QUADRO DE RESPONSABILIDADES E AÇÕES. INSTITUIÇÃO RESPONSABILIDADE AÇÃO 1 - GOVERNO DO ESTADO 1.1 - Diretriz política e apoio financeiro Implementa o Sistema Estadual de Habitação de Interesse Social e a Política Estadual. Assegura recursos no PPA e orçamentos anuais. Assegura apoio político e financeiro à execução do PEHIS-AM. 2 Secretaria da Infra-Estrutra-SEINF 2.1 Definição da Política Habitacional Define mediante orientação do Governo do Estado a Política Habitacional do Estado e promove a sua revisão periódica. 3 - SUHAB-AM 3.1 Coordenação técnica e administrativa na elaboração e discussão do Plano. 3.2 - Coleta e fornecimento de dados e informações. 3.3 Participa da elaboração, análise e aceitação dos produtos. 3.4 - Apoio financeiro, administrativo e operacional à equipe técnica. Cria equipe técnica de apoio e define coordenação do trabalho. Identifica e coleta informações à consultora. Recebe, analisa e se manifesta sobre produtos apresentados. Viabiliza socialização e discussão dos produtos com a sociedade através de seminários. Assegura suporte operacional à elaboração e discussão do Plano. INSTITUIÇÃO RESPONSABILIDADE AÇÃO 4 - CONSULTORIA 4.1 - Definição de metodologia e organização do trabalho. 4.2 - Coleta, organização e análise de informações e dados indiretos. 4.3 - Formula propostas, assessora as discussões, produz revisões e elabora versões finais. Através de proposta técnica contendo faz definição de produtos, metodologia, etapas e cronograma. Define as informações necessárias e solicita à equipe da SUHAB ou providencia. Prepara documentos e submete à equipe local para análise e aceitação. Apresenta documentos em seminário e realiza as revisões necessárias. 5 - SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA (*) 5.1 - Avaliação e manifestação sobre, metodologia, diagnóstico e as propostas de ação formuladas Participa das reuniões e seminários para avaliação das propostas apresentadas relativos a: Metodologia do trabalho Diagnóstico habitacional Propostas de ação - programas, metas, prioridades e cronograma. Sistema de acompanhamento e avaliação. Obs.: (*) Considera-se além das associações e movimentos pela moradia, sindicados, ONGs, entidades filantrópicas e religiosas, entidades de ensino e pesquisa, câmaras de vereadores e prefeituras municipais. 14

15 ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO. MOBILIZAÇÃO Fase de aproximação destinada a sensibilizar a população alvo, através de atividades como: Identificação/atualização do cadastro de todos os organismos representativos da comunidade. Identificação das lideranças informais da população diretamente afetada, através de pesquisas formais, reuniões setoriais. Reunião com grupos já existentes nas comunidades. COMUNICAÇÃO Fase da interpretação, difusão, discussão das premissas do PEHIS. Desenvolver e implantar mecanismos de comunicação e compartilhamento de informações entre os executores do projeto. Planejar e executar o levantamento de programas, projetos e outras formas de atuação de entidades públicas, privadas e religiosas que já atuem na melhoria das condições socioeconômicas e ambientais na área de abrangência do PEHIS. Desenvolver e implantar mecanismos de consulta à comunidade sobre as alternativas de projetos e o acompanhamento das ações do PEHIS. Mobilização das lideranças e entidades representativas locais para a construção conjunta de mecanismos efetivos de participação no PEHIS. Os processos de mobilização devem incluir atividades de preparação destas representações, através de reuniões, seminários, oficinas ou outras formas de debate amplo para a apresentação e discussão de alternativas de ações. 15

16 ORGANIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO Definir, em acordo com as entidades e lideranças locais, instâncias de representação formal da comunidade junto aos executores do PEHIS, equipe técnica estadual, e os movimentos populares. Definir e implantar formas de participação local na procura de soluções e alternativas adequadas ao processo de participação, estabelecendo calendário para tal. Propor mecanismos de monitoramento da participação da comunidade no processo, identificando indicadores. Reuniões com a comunidade para a discussão da leitura comunitária, dos aspectos levantados no diagnóstico habitacional. PUBLICIDADE As convocações para os seminários serão feitas pela imprensa e por mala direta, de modo a assegurar-se a melhor representatividade possível da sociedade. Serão objeto das convocações a administração estadual e as administrações municipais através dos órgãos do setor habitacional e afim, além naturalmente de representantes da construção civil, das universidades e instituições de pesquisa e dos sindicatos e associações vinculados aos movimentos pela moradia 4. O material que compõe as etapas do PEHIS será disponibilizado para a coordenação e organização dos trabalhos, que receberão o conteúdo para discutir e analisar juntamente com a empresa de consultoria previamente a realização das reuniões e audiências públicas. 4 - Proposta Técnica da Consultora. 16

17 As convocações para as reuniões setoriais serão feitas pelo Governo do Estado (SUHAB), encaminhados às lideranças e entidades cadastradas com divulgação e anúncios nos meios de comunicação local, bem como a Prefeitura Municipal de Manaus, devido a importância da representação do maior município do Estado e a relevância do trabalho em conjunto visando o bem coletivo. O produto final do PEHIS será disponibilizado no Governo do Estado (SUHAB) permanecendo à disposição de qualquer cidadão. Para que toda a população tenha conhecimento de que está sendo elaborado o PEHIS do Governo do Estado do Amazonas e de como será realizado o processo, deve ser realizado encontro de lançamento (reunião, seminário ou outro). Informar e fazer convites para as lideranças com o objetivo da divulgação do evento apresentando todas as etapas que compõem o Plano, o nivelamento das informações, multiplicação de conceitos sobre moradias, sendo um momento de sensibilização, de conhecimento da proposta metodológica. ETAPA 2 DIAGNÓSTICA DO SETOR HABITACIONAL Consiste no levantamento e análise de dados e informações técnicas necessárias à adequada elaboração do plano, abrangendo os seguintes aspectos: a) Cenários, metas, estratégias e mecanismos de implementação do Plano Nacional de Habitação PLANHAB nos eixos temáticos: fontes de recursos e subsídios, produção e oferta habitacional, cadeia da construção civil, assentamentos precários e favelas, questão urbana e fundiária, arranjos institucionais e gestão democrática; b) Inserção regional e características do município: área, população urbana e rural, inserção micro e macro regional, relação com os municípios ou estados vizinhos - especialmente no que tange à questão fundiária, principais atividades econômicas e outras informações; 17

18 c) Atores sociais e suas capacidades: levantamento de informações sobre as formas de organização dos diversos grupos sociais que atuam no setor habitacional e sua capacidade de atuação; d) Necessidades habitacionais: caracterizar o contingente populacional que demanda investimentos habitacionais, considerando composição familiar, gênero, idade, nível de instrução, renda, composição do domicílio, déficit habitacional quantitativo e qualitativo, caracterização de assentamentos precários (favelas e afins), incluindo famílias conviventes e agregados, renda familiar e renda domiciliar, ocupação principal e secundária dos membros maiores de idade, grau de segurança das relações de trabalho e outras; e) Oferta habitacional: caracterizar a oferta de moradias e solo urbanizado, as condições de acesso às modalidades de intervenção e financiamento habitacional; identificar a oferta e disponibilidade do solo urbanizado para a população de baixa renda, especialmente no que se refere às Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, as diferentes modalidades de construção ou reforma que contribuem para aumentar a oferta de habitações de interesse social; identificar a produção de moradias realizada pela própria população; f) Marcos regulatórios e legais: levantamento dos marcos regulatórios e legais existentes e daqueles que precisam ser modificados ou elaborados, na perspectiva do direito à cidade e da garantia do acesso à moradia digna especialmente para a população de baixa renda, como Plano Diretor Participativo, normas de zoneamento, uso e ocupação do solo, Conselho e Fundo Local de Habitação de Interesse Social; g) Condições institucionais e administrativas: capacidade de aplicação de recursos próprios para melhorias das condições habitacionais, identificação de recursos humanos tecnicamente qualificados e equipamentos para realização de serviços habitacionais de infra-estrutura urbana; 18

19 h) Programas e ações: identificar os programas habitacionais financiados ou executados diretamente pelas administrações locais, pelos demais entes federativos ou por agências bilaterais; os benefícios já realizados e a previsão de atendimentos; e i) Recursos para financiamento: identificar as fontes de recursos existentes e potenciais para financiamento do setor habitacional, os agentes envolvidos e as responsabilidades de cada um. A medição do Produto 2 verificará: - Texto contendo o diagnóstico; - Relatório demonstrativo da realização das atividades de discussão do Diagnóstico entre a contratada e a equipe técnica do GOVERNO DO ESTADO DO AMAZONAS, com memória, lista de presença e fotos dos eventos realizados; - Relatório demonstrativo da realização das atividades de participação popular e dos segmentos sociais, voltada à apresentação, discussão e pactuação do Diagnóstico, nos termos definidos pela proposta metodológica, com memória, lista de presença e fotos dos eventos realizados; ETAPA 3 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO O Produto 3 Estratégias de Ação se configura na elaboração de um Plano de Ação, que irá abordar os problemas identificados no Produto 2. Deverá apresentar os seguintes itens, discutidos e pactuados com a sociedade: a) Diretrizes e objetivos: As diretrizes são as orientações gerais e específicas que devem nortear o PLHIS, levando-se em consideração a Política Nacional de Habitação, o Plano Nacional de Habitação, a política habitacional local, o Plano Diretor Participativo, o Plano Estadual de Habitação (caso esteja concluído ou em processo de elaboração), os eixos de desenvolvimento que impactem a questão habitacional e urbana e o princípio democrático de participação social. Devem ser 19

20 considerados, ainda, os planos de saneamento e mobilidade urbana, caso existam, e os eixos de desenvolvimento previstos no Programa de Aceleração do Crescimento PAC. Os objetivos, por sua vez, devem expressar os resultados que se pretende alcançar, a situação que deve ser modificada. Os objetivos devem ser descritos de forma e objetiva e clara, evitando-se a generalidade. b) Programas e ações: Programas e ações integram o ciclo de gestão orçamentário-financeiro dos governos. O programa articula um conjunto de ações orçamentárias e não orçamentárias, integradas e necessárias para se enfrentar um problema. A ação é uma operação da qual resulta um produto (bens ou serviços) ofertado à sociedade e que contribui para atender ao objetivo de um programa. c) Metas, recursos e fontes de financiamento. A meta corresponde à quantidade de produto a ser ofertado por programa e ação num determinado período de tempo. Constitui-se no resultado intermediário que contribui para o alcance dos objetivos. Os recursos necessários à consecução de cada programa e ação, bem como as fontes de financiamento, devem levar em consideração a capacidade de pagamento e endividamento local. As metas, recursos e fontes de financiamento devem ser expressos em quadro resumo por programa e ação num determinado período, a ser definido em conformidade com a capacidade de investimento local. d) Indicadores São os instrumentos capazes de medir o desempenho dos programas. Devem ser passíveis de aferição e coerentes com o objetivo estabelecido, serem sensíveis à contribuição das principais ações e apuráveis em tempo oportuno. Permitem, conforme o caso, mensurar a eficácia, eficiência ou efetividade alcançada 20

21 com a execução do programa. Pode estar correlacionados a percentual de participação, qualidade das avaliações, índices de propostas etc. e) Programas e ações prioritários Deverão ser classificados, em ordem de importância, os programas e ações a serem abordados no PLHIS, em discussão com a sociedade civil, tais como: produção habitacional e de loteamentos adequados, urbanização e regularização fundiária de assentamentos precários e informais, destinação de áreas urbanas à habitação de interesse social e outros. A identificação das ações prioritárias deverá ser feita considerando o porte e a complexidade das questões urbanas locais, com enfoque em ações de caráter estruturante para a solução das questões de maior gravidade social. Deverá ser considerado, ainda, o tempo previsto para implementação das ações previstas no PEHIS (horizonte temporal de 2013) em conformidade com a capacidade de investimento no setor. f) Monitoramento, avaliação e revisão O monitoramento será realizado de maneira contínua durante o período de execução das fases de operação dos programas e ações. Para cada fase será identificado o resultado obtido, o prazo, o responsável a situação e as providências a serem tomadas. A avaliação será periódica e apontará para a necessidade de revisão, quando for o caso. Deverá constar no produto relatório contendo as estratégias de ação, memória e material comprobatório da participação popular e da capacitação dos técnicos e dos segmentos sociais, com lista de presença e fotos dos eventos realizados. 21

22 PRAZO E CRONOGRAMA DE ATIVIDADES O prazo máximo para execução dos serviços é de 180 (cento e oitenta dias) a partir da data de assinatura do contrato de prestação de serviços entre o Governo do Estado e a empresa contratada para execução dos serviços técnicos realizados, segundo o cronograma abaixo: Produto 1: Proposta Metodológica- 45 dias após a assinatura do contrato. Produto 2: Diagnóstico habitacional 90 dias após assinatura do contrato. Produto 3: Estratégias de Ação 180 dias após assinatura do contrato. 22

23 CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO 23

24 FISCALIZAÇÃO E SUPERVISÃO A fiscalização dos serviços técnicos da consultoria e dos produtos finais apresentados será da responsabilidade do Governo do Estado do Amazonas através de sua equipe de coordenação. A participação da população pelos seus diversos seguimentos se dará através da discussão das três etapas do PLANO: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, DIAGNÓSTICO HABITACIONAL E PROPOSTAS DE AÇÃO. Elaboradas essas etapas, serão realizados seminários para apresentação, discussão e avaliação das mesmas, objetivando recolher contribuições ao aprimoramento da formulação do PLANO. Os seminários constarão de reuniões plenárias para apresentação dos produtos elaborados e de trabalhos através de grupos temáticos para o debate e recolhimento de contribuições dos participantes, a exemplo dos seminários regionais para elaboração do PlanHab. SIDNEY ROBERTSON OLIVEIRA DE PAULA Governo do Estado do Amazonas/SUHAB JOSÉ LUIS VIDAL LAGHI LAGHI Engenharia Ltda. CICERINO CABRAL DO NASCIMENTO Projetos e Assessoria Técnica Ltda. 24

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