A G Ê N C I A N A C I O N A L D E E N E R G I A E L É T R I C A. Módulo 2: Revisão Tarifária Periódica das Concessionárias de Distribuição



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Transcrição:

A G Ê N C I A N A C I O N A L D E E N E R G I A E L É T R I C A Módulo 2: Revisão Tarifária Periódica das Concessionárias de Distribuição S u b m ó d u l o 2. 4 C U S T O D E C A P I T A L Revisão 1.0 Motivo da revisão Primeira versão aprovada (após realização da AP 40/2010) Instrumento de aprovação pela ANEEL Resolução Normativa nº 457/2011, de 08/11/2011 Data de Vigência 11/11/2011 Proret Pro ced im ento s d e Regulação Tarifária

ÍNDICE 2.1 1. OBJETIVO... 3 2. ABRANGÊNCIA... 2.2 3 3. METODOLOGIA DE DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL... 3 4. METODOLOGIA DE DETERMINAÇÃO DO CUSTO DE CAPITAL... 4 4.1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO... 4 4.2. CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS... 5 5. RESULTADOS... 5 6. REMUNERAÇÃO PARA RECURSOS DA RESERVA GLOBAL DE REVERSÃO RGR... 7 Página 2 de 7

1. OBJETIVO 2.1 1. Estabelecer a metodologia para a definição da estrutura ótima de capital, bem como o custo de capital a serem utilizados Terceiro Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas das concessionárias de serviço público de distribuição 2.2 de energia elétrica (3CRTP). 2. ABRANGÊNCIA 2. Os procedimentos deste Submódulo aplicam-se a todas as revisões tarifárias de concessionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica a serem realizadas ao longo do 3CRTP, compreendido entre janeiro de 2011 e dezembro de 2014. 3. METODOLOGIA DE DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL 3. A estrutura de capital diz respeito às fontes de recursos utilizadas por um investidor em um investimento específico, existindo duas fontes: capital próprio e de terceiro. 4. Para a determinação da estrutura ótima de capital a ser aplicada no 3CRTP, partiuse do levantamento de dados empíricos das empresas de distribuição de energia elétrica no Brasil, no período entre 2006 e o ano da revisão tarifária do 2CRTP de cada empresa. 5. Assim, para o cálculo da participação de dívida sobre o capital total adotam-se as seguintes convenções: CAPITAL DE TERCEIROS: Representam recursos originários de terceiros utilizados para a aquisição de ativos de propriedade, sujeitos a remuneração. Corresponde ao passivo oneroso de curto e longo prazo, deduzido o saldo de financiamento com recursos da RGR. CAPITAL PRÓPRIO: São os recursos originários dos sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações sociais. Corresponde à diferença entre a o somatório da Base de Remuneração Líquida (BRL), Base de Anuidade Regulatória (BAR) e Ativo Imobilizado em Curso (AIC) e o saldo do capital de terceiros, ambos deduzidos do saldo de recursos da RGR. 6. Conforme metodologia acima descrita, o percentual de participação de capital de terceiros (D/V) resulta em 55%. Página 3 de 7

4. METODOLOGIA DE DETERMINAÇÃO DO CUSTO DE CAPITAL 2.1 4.1. CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO 2.2 7. Para determinar o custo de capital próprio, adota-se o método de risco/retorno CAPM (Capital Asset Pricing Model). O modelo CAPM construído para o cálculo da remuneração de ativos de distribuição de energia elétrica no Brasil tem como resultado fundamental a seguinte equação: (1) onde: r P : custo de capital próprio; r f : taxa de retorno do ativo livre de risco; : beta do setor regulado; r m -r f : prêmio de risco do mercado de referência; e r B : prêmio de risco país. 8. Para a taxa livre de risco utiliza-se o rendimento do bônus do governo dos EUA com vencimento de 10 anos. Para esse título, utilizou-se a média das taxas de juros anuais no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2010, obtendo-se, através de média aritmética, uma taxa de juros média anual de 4,87%. 9. O prêmio de risco de mercado é calculado a partir da diferença entre os retornos médios da taxa livre de risco e do índice Standard & Poor s 500 (S&P500), que consiste num índice composto pelas ações das 500 maiores empresas negociadas na bolsa de Nova Iorque. Dessa forma, com base nas séries históricas de 1928 a 2010, obteve-se uma taxa anual média (aritmética) de retorno do mercado acionário de 10,96%. Subtraindo deste valor a taxa livre de risco de mesmo período, tem-se o prêmio de risco de mercado de 5,82%. 10. Para se proceder ao cálculo dos betas, foram escolhidas empresas norteamericanas do setor de distribuição de energia elétrica. O beta desalavancado resultou em 0,41. Realizados os ajustes para aplicação às distribuidoras no Brasil, o beta a ser aplicado no cálculo do custo de capital resultou em 0,74. 11. Para o cálculo do prêmio de risco país utilizou-se a série histórica diária do índice Emerging Markets Bonds Index Plus relativo ao Brasil (EMBI+Brazil), de janeiro de 2000 a dezembro de 2010. Adotando-se a mediana obteve-se como resultado para este indicador o valor de 4,25%. 12. Assim, o custo de capital próprio, em termos nominais, é de 13,43% a.a.. Página 4 de 7

4.2. CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS 2.1 13. Para o custo de capital de terceiros adota-se uma abordagem similar à do capital próprio, ou seja, trata-se de adicionar à taxa livre de risco os prêmios de risco adicionais exigidos para se emprestar recursos a uma concessionária 2.2 de distribuição no Brasil. O custo do capital de terceiros é calculado então pelo método CAPM da dívida, conforme a seguinte expressão: (2) onde: r f : taxa de retorno do ativo livre de risco; r c : prêmio de risco de crédito; e r B : prêmio de risco país. 14. O prêmio de risco de crédito deve representar o spread sobre a taxa livre de risco que pagam empresas com a melhor classificação de risco das distribuidoras de energia elétrica brasileiras. Neste sentido, adota-se como benchmark para o cálculo do prêmio de risco de crédito uma seleção de empresas com classificação de risco Baa3 (segundo classificação da Moody s), que tinham série de títulos de longo prazo com liquidez calculado no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2010. A média dos spreads dessas empresas ao longo da série, resultou em uma taxa de 2,14%. 15. Assim, o custo de capital de terceiros, em termos nominais, é de 11,26% a.a.. 5. RESULTADOS 16. Para o cálculo da taxa de retorno utiliza-se a metodologia do Custo Médio Ponderado de Capital (Weighted Average Cost of Capital - WACC), incluindo o efeito dos impostos sobre a renda, sendo expresso pela seguinte fórmula: (3) onde: r wacc : custo médio ponderado de capital após impostos, em termos reais; r P : custo do capital próprio nominal; r D : custo da dívida nominal; P: capital próprio; D: capital de terceiros ou dívida; V: soma do capital próprio e de terceiros; T: alíquota tributária marginal efetiva; e π: inflação media dos EUA. Página 5 de 7

17. Aplicando-se a equação anterior e adotando-se a alíquota de imposto (T) igual a 34% (regra geral), bem como a estrutura de capital sugerida 2.1(D/V=55%), resulta em um custo de capital em termos nominais de 10,13% a.a.. Deflacionando-se o custo nominal pela taxa de inflação média anual dos EUA no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2010, de 2,45%, obtém-se o custo em termos reais 2.2de 7,50% a.a. depois dos impostos. Os resultados finais são mostrados na tabela a seguir. Tabela 1: Resultado do Custo Médio Ponderado de Capital WACC CUSTO DE CAPITAL Proporção de Capital Próprio 45% Proporção de Capital de Terceiros 55% Taxa livre de risco 4,87% Prêmio de risco de Mercado 5,82% Beta médio alavancado 0,74 Prêmio de risco do negócio 4,31% Prêmio de risco país 4,25% Custo de capital próprio nominal 13,43% Prêmio de risco de crédito 2,14% Custo de dívida nominal 11,26% CUSTO MÉDIO PONDERADO WACC nominal depois de impostos* 10,13% WACC real depois de impostos 7,50% * Para empresas com alíquota de IRPJ/CSLL de 34% 18. Para aplicação tarifária considera-se o WACC real depois do benefício tributário dos impostos, com a posterior inclusão do percentual de impostos a serem pagos. Assim, a equação anterior será aplicada às tarifas dos consumidores como se segue abaixo: 19. Tendo em vista que as alíquotas de IRPJ e CSLL estão sujeitas a tratamento legal diferenciado, de acordo com as especificidades da distribuidora, podendo resultar em alíquotas finais inferiores ao valor de 34%, serão consideradas as seguintes alíquotas: a) para as concessionárias cooperativas e autarquias municipais, as alíquota de IRPJ e CSSL somam 0,00% (zero), podendo ser considerada alíquota proporcional para a cooperativa conforme a carga tributária efetiva; Página 6 de 7 (4)

b) para as concessionárias enquadradas na área de atuação SUDENE/SUDAM, as alíquotas de IRPJ e CSSL somam 15,25%, proporcionalmente 2.1 à receita faturada na área de concessão sujeita ao benefício fiscal; c) para as concessionárias com remuneração regulatória inferior a R$ 240.000,00, as alíquotas de IRPJ e CSLL somam 24%; 2.2 d) para os demais casos, considera-se as alíquotas de 25% e 9%, totalizando 34%. 20. Para aplicação tarifária considera-se o WACC conforme tabela abaixo: Tabela 2: WACC antes de Impostos WACC Alíquota de IRPJ e CSLL Taxa WACC real antes dos impostos a Isento 9,55% WACC real antes dos impostos b 15,25% 10,19% WACC real antes dos impostos c 24% 10,66% WACC real antes dos impostos d 34% 11,36% a) concessionárias isentas de impostos sobre a renda; b) concessionárias enquadradas na área de atuação SUDENE/SUDAM; c) concessionárias com lucro regulatório inferior a R$240.000; e d) todas as demais. 6. REMUNERAÇÃO PARA RECURSOS DA RESERVA GLOBAL DE REVERSÃO RGR 21. Para o 3CRTP, será deduzido da base de remuneração líquida da empresa o total do saldo devedor de recursos da RGR junto a Eletrobrás, do mês referente à data base do laudo de avaliação da Base de Remuneração da concessionária. Assim, os ativos imobilizados provenientes de recursos da RGR serão remunerados à taxa específica, e os demais ativos da empresa ao custo de capital regulatório (WACC). 22. O saldo dos investimentos realizados a partir de financiamento com recursos da RGR será remunerado pelo custo dos empréstimos em termos reais, tendo em vista que o reajuste tarifário contempla atualização monetária da parcela B, assim como os investimentos realizados durante o ciclo tarifário são corrigidos pela inflação quando de sua incorporação à base de remuneração regulatória. 23. Os recursos da RGR destinados ao Programa Luz para Todos (PLpT) serão remunerados pelo custo efetivo dos empréstimos em termos reais, de 1,35% a.a., e os recursos da RGR não destinados ao PLpT serão remunerados ao custo da menor captação de recursos de terceiros disponíveis às distribuidoras de energia elétrica, de 3,62% a.a. em termos reais. Página 7 de 7