GESTÃO DE PROCESSO PARA SOCIALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO AUDIOVISUAL EM SAÚDE



Documentos relacionados
O USO DO QR CODE NO ENSINO DA GEOGRAFIA

ESCOLA ESTADUAL MARECHAL RONDON UTILIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO TABLET E CELULAR

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

Escolha do tópico: TRANSFUSÃO SANGUÍNEA / DOAÇÃO DE SANGUE / SISTEMA ABO E RH.

O vídeo nos processos de ensino e aprendizagem

TÍTULO: COMO INTERLIGAR OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL COM OS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS TRABALHADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

História da Mídia Impressa na Educação

Sessão 4: Avaliação na perspectiva de diferentes tipos de organizações do setor sem fins lucrativos

OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA CONTEMPORANEIDADE Amanda Sampaio França

OS SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA DO PROFESSOR 1. Entendemos que o professor é um profissional que detém saberes de variadas

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO CONTEXTO TECNOLÓGICO: DESAFIOS VINCULADOS À SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

LUZ, CÂMERA, AÇÃO: NOVAS EXPERIENCIAS, NOVOS APRENDIZADOS

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

ACESSIBILIDADE E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EXPERIÊNCIA COM UM ALUNO CEGO DO CURSO DE GEOGRAFIA, A DISTÂNCIA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

O Brasil em Evidência: A Utopia do Desenvolvimento.

CONSTRUÇÃO DE QUADRINHOS ATRELADOS A EPISÓDIOS HISTÓRICOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA RESUMO

O JOGO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO ENSINO DA MATEMÁTICA

As tabulações foram realizadas por meio de computador e usando tabelas e gráficos do Microsoft Office Excel 2007.

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES

AIMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA COLABORATIVA ENTRE PROFESSORES QUE ATUAM COM PESSOAS COM AUTISMO.

A IMPORTANCIA DOS RECURSOS DIDÁTICOS NA AULA DE GEOGRAFIA

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

INVESTIGANDO O ENSINO MÉDIO E REFLETINDO SOBRE A INCLUSÃO DAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA PÚBLICA: AÇÕES DO PROLICEN EM MATEMÁTICA

Iniciando nossa conversa

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

TENDÊNCIAS RECENTES DOS ESTUDOS E DAS PRÁTICAS CURRICULARES

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

Realizado de 25 a 31 de julho de Porto Alegre - RS, ISBN

Investigação sobre o uso do ambiente Moodle pelos professores de uma instituição de ensino superior pública

LEITURA E ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM COM LUDICIDADE

EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E MOVIMENTOS SOCIAIS - PRÁTICAS EDUCATIVAS NOS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância

DIFUSÃO E DIVULGAÇÃO DA BIOTECNOLOGIA PARA ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL A PARTIR DE JOGOS DIDÁTICOS: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA NO MUNICÍPIO DE RESTINGA SÊCA/RS/Brasil

DESAFIOS DA INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM PARINTINS-AM.

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VISUAIS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS.

DESCRIÇÃO DO PROJETO E DA AÇÃO.

ACESSIBILIDADE E DIREITOS DOS CIDADÃOS: BREVE DISCUSSÃO

TÍTULO: Entendendo a divisão celular. NÍVEL DA TURMA: 1º ano do ensino médio. DURAÇÃO: 1h e 80 minutos (3 aulas)

ITINERÁRIOS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA

DA LITERATURA AO TEATRO: LEITURA E CRIAÇÃO NO ESPAÇO ESCOLAR

USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

Denise Fernandes CARETTA Prefeitura Municipal de Taubaté Denise RAMOS Colégio COTET

O USO DO TANGRAM EM SALA DE AULA: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO

POR QUE UMA NOVA ESCOLA NO CAMPO?

Prefeitura Municipal de Santos

BULLYING NA ESCOLA: A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NO ENFRENTAMENTO DESSA PROBLEMÁTICA

PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFESSORES DE QUÍMICA DO CEIPEV. E CONTRIBUIÇÃO DO PIBID PARA SUPERÁ-LAS.

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

A APRENDIZAGEM DO ALUNO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL: UM ESTUDO DE CASO

1º Trabalho: Resumo e Reflexão de duas mensagens dos grupos de Matemática do Yahoo.

Pedagogia Estácio FAMAP

A EDUCAÇAO INFANTIL DA MATEMÁTICA COM A LUDICIDADE EM SALA DE AULA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE CAMPUS CAICÓ

Investimento a serviço da transformação social

Desafios para a gestão escolar com o uso de novas tecnologias Mariluci Alves Martino

Mudança gera transformação? Mudar equivale a transformar?

Programa de Pós-Graduação em Educação

Organização Curricular e o ensino do currículo: um processo consensuado

ESTRATÉGIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE MENTAL: PRODUÇÃO DE VÍDEO DOCUMENTÁRIO SOBRE BULLYING

A INFORMÁTICA E O ENSINO DA MATEMÁTICA

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

O ENSINO DA DANÇA E DO RITMO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIENCIA NA REDE ESTADUAL

Ano Lectivo 2012/2013. Clube de Xadrez/Jogos Matemáticos. Responsáveis do Projeto: Rosário Alves e José Palma.

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

COMUNIDADE AQUÁTICA: EXTENSÃO EM NATAÇÃO E ATENÇÃO AO DESEMPENHO ESCOLAR EM JATAÍ-GO.

OFICINA DE ESTRANGEIRISMO E O ALUNO DO ENSINO MÉDIO: PERSPECTIVAS E REFLEXÕES

XADREZ NAS ESCOLAS E PARA TODOS

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

GESTÃO DEMOCRÁTICA: ALGUNS DESAFIOS E PERSPECTIVAS NO COTIDIANO ESCOLAR

CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

XLIII PLENÁRIA NACIONAL DO FÓRUM DOS CONSELHOS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO - FNCE

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

Palavras-chave: Formação continuada de professores, cinema, extensão universitária.

MÍDIA E ENSINO DE BIOLOGIA: ASPECTOS DE ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NOS PLANEJAMENTOS DE AULA CONSTRUÍDOS POR LICENCIANDOS

CIRCUITO DAS BRINCADEIRAS: O CURRÍCULO EM MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

PÁTRIA EDUCADORA QUE DISCURSO É ESSE?

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

REPRESENTAÇÕES DE AFETIVIDADE DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Deise Vera Ritter 1 ; Sônia Fernandes 2

FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL I PARA USO DAS TECNOLOGIAS: análise dos cursos EaD e da prática docente

ENSINO DE CIÊNCIAS PARA SURDOS UMA INVESTIGAÇÃO COM PROFESSORES E INTÉRPRETES DE LIBRAS.

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

Projeto Bem-Estar Ambiente, educação e saúde: sustentabilidade local. Tema 9 - Elaboração de projetos de intervenção nas escolas

RESUMO Sobre o que trata a série?

Curso: Diagnóstico Comunitário Participativo.

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM INCLUSIVAS: ENTRE ENCANTOS E DES(ENCANTOS) PALAVRAS-CHAVE: Estratégias. Aprendizagem. Inclusão

Correntes de Participação e Critérios da Aliança Global Wycliffe [Versão de 9 de maio de 2015]

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

A aula de leitura através do olhar do futuro professor de língua portuguesa

O ESTUDO DA CONSTRUÇÃO DE CASAS POPULARES E A RELAÇÃO COM CONTEÚDOS MATEMÁTICOS

O E-TEXTO E A CRIAÇÃO DE NOVAS MODALIDADES EXPRESSIVAS. Palavras-chave: texto, , linguagem, oralidade, escrita.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Transcrição:

GESTÃO DE PROCESSO PARA SOCIALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO AUDIOVISUAL EM SAÚDE Viviane Almeida da Silva 1, Rosinalva Alves de Souza 1, Maria Cristina Soares Autores Guimarães 1, Cícera Henrique da Silva 1, Rosemary Teixeira dos Santos 1, Denise Nacif Pimenta 2 Instituição 1. Icict/Fiocruz, Instituto de Com. e Inform. Cient. e Tecnol. em Saúde, Av. Brasil, 4365 - Rio de Janeiro - RJ 2. CDTS/Fiocruz, Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde, Av. Brasil, 4365 - Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO As articulações entre cinema e educação remontam, de acordo com a literatura consultada, aos anos 30 do século passado. O cinema está presente na educação há muito tempo, sendo um dos eixos sobre os quais a mídia-educação está centrada, com presença marcante a partir da década de 60. Com mais de um século de existência, há muito tempo que o cinema não é mais visto apenas como forma de lazer, mas de conhecimento, sendo considerado também, como uma linguagem audiovisual bastante complexa, pois tem a capacidade de avançar e retroceder, transpondo as barreiras do espaço e do tempo e tem um alto poder de sugestão. Entusiastas acreditam que jamais poderá ficar fora do processo de formação das gerações presentes e futuras, uma vez que tem influência direta em vários setores da sociedade. O cinema, enquanto mídia/linguagem é considerado um grande veículo de disseminação da informação, amplamente utilizado em vários campos do conhecimento. Acredita-se, dessa forma, que pode ser considerado tanto como instrumento como um objeto de intervenção educativa, ou seja, a educação pode abordar o cinema como instrumento, objeto de conhecimento, meio de comunicação e meio de expressão de pensamentos e sentimentos. (FANTIN, 2006). O professor da FEUSP, Amaury César Moraes (s/d), que analisa a escola vista pelo cinema, atenta para o fato de que os filmes têm sido tratados mais como meios

(recursos) e menos como objetos de ensino quando trazidos à escola básica e que raramente são explorados no seu potencial de veículo das representações sociais, menos ainda no que se refere à pesquisa sobre o imaginário social. Morin (1970), dizia que a linguagem cinematográfica possui alguns recursos que permitem que essas relações entre filmes e imaginário social se efetivem. Por exemplo, é possível reconhecer uma identificação entre a vida dos personagens e a nossa vida, ou uma oposição entre os valores de alguns personagens os vilões, por exemplo e os nossos valores ou os recomendados. Destaca que nessa relação cinema-educação, texto e contextos se intercruzam e o texto fílmico será um dispositivo que opera a partir de uma rede de saberes sociais. É sabido que desde os primórdios da produção cinematográfica, a indústria do cinema sempre foi considerada, inclusive pelos próprios produtores e diretores, um poderoso instrumento de educação e instrução. Uma das propostas mais conhecidas do uso da sétima arte para fins educacionais é creditado a Thomas Edison no início do século 19, que vislumbrava que o cinema estava destinado a revolucionar o sistema educacional. As alianças entre saúde pública, cinema e educação emergiram inicialmente no continente europeu, palco de um projeto de desenvolvimento e modernização das nações. Modernidade era tomada como sinônimo de desenvolvimento : sem educação não há progresso; sem saúde, não há mão-de-obra para o progresso. No Brasil, registra-se que nos anos 30 já se configurava um esforço do uso da imagem em movimento voltado para a educação em ciências, para a divulgação de temas científicos e tecnológicos ou para a difusão de informação sobre algumas das principais instituições científicas do país, atividade que se intensificou com a criação, em 1936, do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE). Muitos desses filmes produzidos pelo INCE eram distribuídos para escolas espalhadas pelo país (FERRY, 2003). Ao longo das últimas décadas, algumas transformações vêm ocorrendo no que diz respeito à orientação pedagógica das escolas, voltadas a um ensino mais moderno e

dinâmico, tanto no que se refere à motivação, quanto em relação à aprendizagem. Assim, o uso de filmes na sala de aula expressa a confirmação das transformações alcançadas pela escola contemporânea. A contextualização dos acontecimentos é uma maneira de estimular os alunos a desenvolverem sua capacidade crítica e a melhorar sua percepção do mundo. Muitos educadores têm alertado com freqüência que as novas gerações são eminentemente visuais e que, certamente, isso acarreta para a educação a necessidade de preparar os estudantes para aprender a ler não apenas textos, mas também fotos, quadros, filmes, imagens de uma maneira geral. O cinema, enquanto mídia/linguagem é considerado um grande veículo de disseminação da informação, amplamente utilizado em vários campos do conhecimento. A VideoSaúde Distribuidora da Fundação Oswaldo Cruz, em seus 21 anos de existência se constitui como um espaço privilegiado de disseminação da informação audiovisual em saúde, não só pela singularidade de seu acervo como pela amplitude e diversificação do público que atende. É considerada a mais abrangente estratégia de compartilhamento de produção audiovisual em saúde dos mais diversos perfis e origens de autoria de que se tem notícia. Entretanto, a despeito de todo o amplo acervo e seu uso real e potencial, ainda não se dispõe de um diagnóstico mais detalhado do padrão (se houver) entre tipologia de usuários e temáticas dos audiovisuais distribuídos. É nessa confluência que se situa a proposta aqui apresentada, ou seja, na análise do potencial que o acervo da VideoSaúde apresenta como pólo disseminador de conteúdos audiovisuais para uso no campo da educação. Portanto, o projeto volta-se para um diagnóstico do uso que vem sendo feito do acervo para fins educacionais, por meio da identificação da demanda real (usuários/clientela) para reprodução das mídias. Espera-se, assim, poder desenvolver estratégias que possibilitem uma política de divulgação do acervo mais centrada em atividades educacionais, especialmente para escolas de ensino médio, públicas ou privadas.

Por seu caráter singular, a VSD ao completar uma trajetória de 21 anos reconhece a origem de seu compromisso com a saúde coletiva: a disseminação da informação, uma diretriz do SUS, que também está comemorando 21 anos de existência. OBJETIVOS Fazer um diagnóstico do uso que vem sendo feito do acervo da VideoSaúde Distribuidora para fins educacionais; Desenvolver estratégias que possibilitem uma política de divulgação do acervo mais centrada em atividades educacionais, especialmente para escolas de ensino médio, públicas ou privadas; Formular questões teórico-metodológicas para auxiliar o uso do filme em saúde na pratica pedagógica; Auxiliar na elaboração de categorias de análise e interpretação da leitura do texto fílmico em saúde. METODOLOGIA 1. Levantamento de informações relevantes para a pesquisa tais como: os títulos e freqüência de pedidos, na tentativa de identificar quais gêneros atendem melhor a demanda clientela. 2. Construção de um perfil institucional: identificando tipo de usuário, instituições demandantes, freqüência da demanda, forma de utilização do material como prática pedagógica; quantificação da oferta/procura em instituições de ensino;

3. Desenvolvimento de estratégias mais arrojadas e eficazes, capazes de otimizar o processo de divulgação e estímulo do uso frequente do audiovisual nas escolas. RESULTADOS ESPERADOS - Espera-se principalmente obter subsídios que possam contribuir para tomada de decisões e a elaboração de estratégias para divulgação e estímulo da utilização dos vídeos do acervo VideoSaúde nas unidades de ensino; - Criar mecanismos de identificação de temas não incorporados ao acervo e de interesse dos usuários que possam ser utilizados como fonte de pesquisa nas redes de ensino; - Criar mecanismos que intensifiquem a interação entre essas instituições de ensino e a VideoSaúde; - Estimular iniciativas semelhantes num contexto mais amplo das instituições de ensino de nível médio públicas e particulares.