RELATÓRIO. Após regularmente processados, vieram-me conclusos os autos por distribuição por sucessão, em abril de 2015.



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Transcrição:

PROCESSO Nº: 0802480-48.2014.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL IVAN LIRA DE CARVALHO (CONVOCADO) - 2ª TURMA RELATÓRIO O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL IVAN LIRA DE CARVALHO (Relator Convocado): Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que, em sede de ação ordinária, indeferiu pedido de antecipação parcial dos efeitos da tutela atinente à suspensão da exigibilidade do crédito tributário relativo à cobrança de Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), desconsiderando a alegação de que o objeto social da agravante não envolveria as atividades previstas no Anexo VIII da Lei nº 6.938/81. Liminar indeferida. Após regularmente processados, vieram-me conclusos os autos por distribuição por sucessão, em abril de 2015. É o relatório. Peço a inclusão do feito em pauta para julgamento. 06\ PROCESSO Nº: 0802480-48.2014.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL IVAN LIRA DE CARVALHO (CONVOCADO) - 2ª TURMA VOTO

O EXMO. DESEMBARGADOR FEDERAL IVAN LIRA DE CARVALHO (Relator Convocado): Como já ressaltado liminarmente, em suas razões recursais, a parte agravante defende que as atividades por ela desenvolvidas não se identificam com aquelas constantes na Lei n. 10.165/00 (que editou o anexo VIII da Lei n. 6.983/81) - conforme comprovou através de documentos juntados à sua inicial. Sobre a situação fática, transcrevo o exposto pelo então relator quando da apreciação liminar: "In casu, entretanto, tenho que não restou consubstanciada a aparência do bom direito da recorrente. É que, conforme se pode verificar da notificação de lançamento de crédito tributário, a cobrança da TCFA teve por lastro o código 18 (Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio) do Anexo VIII da Lei nº 6.938/81, alterada pela Lei nº 10.165/00, em razão de atividade potencialmente poluidora (comércio de produtos químicos e produtos perigosos). Por sua vez, a multa aplicada pelo IBAMA decorreu da ausência de inscrição da agravante no cadastro técnico federal de que trata o art. 17, II, da Lei nº 6.938/81. Ora, da leitura da Cláusula 5ª (fl. 66), da 29ª Alteração Contratual da empresa recorrente, observo que esta tem por objeto social "o comércio de veículos automotores terrestres novos e usados; comércio de partes, ferramentas, ferragens, componentes e acessórios para veículos; o comércio de quotas de consórcio de veículos automotores; prestação de serviços de manutenção, reparação e assistência técnica de veículos e motores; comércio de motores náuticos, suas peças, partes, componentes e acessórios; comércio de carretas; importação e exportação de tudo que se relacione às atividades acima mencionadas e corretagem de veículos" (negritei). " Concordo com o entendimento de que as empresas que prestam serviços de manutenção, reparação e assistência técnica de veículos automotores, as quais normalmente também comercializam derivados de petróleo, produtos químicos e perigosos, tais como óleo e lubrificantes, desenvolvem atividade prevista no referido anexo VIII da Lei nº 6.938/81 como atividade sujeita à referida taxa de controle e fiscalização ambiental. No mesmo sentido, cito julgados deste Regional: "TRIBUTÁRIO. TAXA DE CONTROLE DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL. CONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO COLENDO STF. INSCRIÇÃO NO CADASTRO TÉCNICO FEDERAL E PAGAMENTO DA REFERIDA TAXA. EMPRESA COM OBJETO SOCIAL DE "COMÉRCIO VAREJISTA DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)". LEGALIDADE. LEI Nº 10165/2000 (QUE ALTEROU A LEI Nº 6.938/81) E IN/IBAMA Nº 96/2006. PRECEDENTE DO STJ E DESTA CORTE REGIONAL. 1. (...)3. Constitucionalidade da TCFA reconhecida pelo Plenário do colendo STF (RE nº 416601). 4. A legislação que rege a matéria dispõe: - Lei nº 10165/2000 (que alterou a Lei nº 6.938/81): "Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as atividades constantes do Anexo VIII desta Lei." O seu Anexo VIII, ao discriminar as "Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos

Ambientais", estatui no Código 18 o "comércio de combustíveis, derivados de petróleo. - IN IBAMA nº 96/2006: "Art. 11. Ficam dispensados de inscrição no Cadastro Técnico Federal: IV - o comércio varejista que tenha como mercadorias óleos lubrificantes, palmito, industrializado, carvão vegetal e xaxim, tais como, açougues, mercearias, frutarias, supermercados e demais estabelecimentos similares." O Anexo III da aludida IN traz como sujeito passivo ao pagamento do TCFA o "comércio varejista de gás liquefeito de petróleo (GLP)". 5. In casu, o contrato social acostado aos autos demonstra que a autora tem por objeto o "comércio atacadista e varejista de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)". 6. A empresa não está inserida no rol daquelas que estão dispensadas de inscrição no Cadastro Técnico Federal e do pagamento da TCFA. 7. Precedente do colendo STJ e desta Corte Regional. 8. Apelação não provida." (AC 08001419720134058101, Desembargador Federal Marcelo Navarro, Data da decisão: 28/08/2014) "AMBIENTAL. EXECUÇÃO FISCAL. TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL- TCFA. LEGITIMIDADE. POLUIÇÃO. GRAU MÉDIO. FILIAL DE PORTE MÉDIO. ADEQUAÇÃO. PARCIAL PROVIMENTO DA APELAÇÃO DA AUTORA E NEGADO PROVIMENTO AO APELO DO IBAMA. I - Cuida-se de embargos à execução fiscal julgados parcialmente procedentes, excluindo-se as competências referentes ao 3º e 4º trimestres de 2010, e 1º trimestre de 2011, bem como adequando os valores remanescentes ao exigido para empresas de grande porte e médio potencial de poluição. II - A despeito das alegações apresentadas, verifica-se que o objeto social da empresa embargante inclui (alínea "c" do Artigo 4º) a fabricação e a montagem de todo o tipo de veículos automotores, o qual se encontra prevista no código 06 do anexo VIII da Lei nº 6.938/81 como atividade sujeita à taxa de controle e fiscalização ambiental - TCFA. III - Levandose em consideração que a Lei nº 6.938/81, em seu anexo VIII, apresenta tabela com classificação do grau poluente da atividade desenvolvida, e enquadrando-se a empresa no código 06 da tabela o potencial considerado é o médio grau que deve ser considerado. IV - Em observância ao art.17- D da Lei 6.938/81, sendo devida a taxa por estabelecimento, observo que as declarações à Receita Federal (fls.344 e 386), referentes à filial Água Fria da executada, comprovam a condição de médio porte da empresa. V - Apelação do IBAMA improvida e apelação da autora parcialmente provida, apenas para readequação dos valores da taxa, considerando como parâmetro a condição da executada de empresa de médio porte." (AC580842/PE, Quarta Turma, Relator: Desembargador Federal Edílson Nobre, DJE 03/06/2015) "Constitucional e Tributário. Agravo de instrumento atacando decisão que, nos autos de ação anulatória de débito, indeferiu o pedido de antecipação de tutela requerida para fins de suspensão da exigibilidade da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental [TCFA], apurada por meio da notificação de lançamento de crédito tributário nº 5684848 [Processo Administrativo nº 02016.000115/2014-64], e proibição do registro no CADIN, bem como a expedição de certidão positiva com efeitos de negativa. 1. A Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental [TCFA] foi instituída pela Lei 10.165/2000 que, alterando a Lei 6.938/1981, determinou a sua cobrança no exercício regular do poder de polícia, pelo IBAMA, a quem cabe controlar e fiscalizar as atividades potencialmente poluentes e utilizadoras de recursos naturais, sendo sujeito passivo da referida taxa todo aquele que exerça as atividades constantes do Anexo VIII dessa lei. 2. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade da Lei 10.165, que deu nova redação a artigos da Lei 6.938,com decisão proferida no AG. REG. no REXT 453.649/PR. 3. Caso em que o objeto do contrato social da

agravante abrange o comércio varejista de veículos, peças, acessórios, combustível e lubrificante, atividade sujeita ao pagamento da TCFA, conforme código 18-6, da Tabela de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais. 4. Afastada a eventual ofensa aos princípios da isonomia e da proporcionalidade, relativamente à cobrança da aludida taxa, uma vez que para sua fixação foram observados alguns elementos quanto à atividade descrita, como a potencialidade poluidora da atividade, o grau de utilização dos recursos naturais, combinado com o porte econômico da empresa. 5. Agravo de instrumento improvido." (Agravo de Instrumento, Número do Processo: 08038454020144050000, Data do Julgamento: 02/12/2014, Segunda Turma, Relator: Desembargador Federal Vladimir Carvalho) Diante do exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. É como voto. 06\ PROCESSO Nº: 0802480-48.2014.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL IVAN LIRA DE CARVALHO (CONVOCADO) - 2ª TURMA EMENTA: ADMINISTRATIVO. AMBIENTAL. TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL (TCFA). OBJETO SOCIAL. COMÉRCIO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO, PRODUTOS QUÍMICOS E PERIGOSOS. ANEXO VIII DA LEI Nº 6.938/81. I - Agravo de instrumento contra decisão que, em sede de ação ordinária, indeferiu pedido de antecipação parcial dos efeitos da tutela atinente à suspensão da exigibilidade do crédito tributário relativo à cobrança de Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), desconsiderando a alegação de que o objeto social da agravante não envolveria as atividades previstas no Anexo VIII da Lei nº 6.938/81. II - No caso, a cobrança da TCFA teve por lastro o código 18 (Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio) do Anexo VIII da Lei nº 6.938/81, alterada pela Lei nº 10.165/00, em razão de atividade potencialmente poluidora (comércio de produtos químicos e produtos perigosos), tendo sido aplicada multa em decorrência da ausência de inscrição da agravante no cadastro técnico federal de que trata o art. 17, II, da Lei nº 6.938/81. III - Ao seu turno, da 29ª Alteração Contratual da empresa autora, ora agravante, consta como

objeto social "o comércio de veículos automotores terrestres novos e usados; comércio de partes, ferramentas, ferragens, componentes e acessórios para veículos; o comércio de quotas de consórcio de veículos automotores; prestação de serviços de manutenção, reparação e assistência técnica de veículos e motores; comércio de motores náuticos, suas peças, partes, componentes e acessórios; comércio de carretas; importação e exportação de tudo que se relacione às atividades acima mencionadas e corretagem de veículos". IV - Empresas que prestam serviços de manutenção, reparação e assistência técnica de veículos automotores, normalmente também comercializam derivados de petróleo, produtos químicos e perigosos, tais como óleo e lubrificantes, desenvolvendo atividade prevista no referido anexo VIII da Lei nº 6.938/81, descrita como atividade sujeita à referida taxa de controle e fiscalização ambiental. Precedente desta Segunda Turma: Agravo de Instrumento, Número do Processo: 08038454020144050000, Data do Julgamento: 02/12/2014, Segunda Turma, Relator: Desembargador Federal Vladimir Carvalho. V - Agravo de instrumento improvido. [06] ACORDAM os Desembargadores Federais da Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, à unanimidade, em negar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do voto do Relator e das notas taquigráficas que estão nos autos e que fazem parte deste julgado.