Avança o desenvolvimento do torpedo brasileiro pela Mectron



Documentos relacionados
GE Aviation e o Gripen NG - Manutenção do motor F-414 poderá ser feita no Brasil

Sem cortes, programa de submarinos já consumiu R$ 10,3 bi

Secretário-geral do MD participa de abertura de feira de segurança

Iveco para montagem de pesados e blindados

GE Aviation e o Gripen NG - Manutenção do motor F-414 poderá ser feita no Brasil

EDIÇÃO : Reparação e substituição. de vidros para automóveis NESTA

NOTA DA SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL - Perguntas e Respostas sobre o processo de concessão Viernes 30 de Septiembre de :32

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR

O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA UMA PRÁTICA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INOVADORA

Todos nossos cursos são preparados por mestres e profissionais reconhecidos no mercado, com larga e comprovada experiência em suas áreas de atuação.

Marinha do Brasil e Armada do Chile realizam Operação BOGATÚN 2015

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

QUALIDADE. Avaliação positiva

Planejamento estratégico

Planejamento Estratégico Setorial para a Internacionalização

APRESENTAÇÃO DA OFICINA DA INOVAÇÃO

Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA

PLANO DE TRABALHO TÍTULO: PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA DAS CRIANÇAS

Jato de água HyPrecision. Otimizando o desempenho do jato de água

Sobre o Instituto Desenvolve T.I

Forças Armadas se preparam para combater ataques biológicos, químicos e nucleares durante os Jogos Olímpicos Rio 2016

COMO FOMENTAR MAIS E MELHOR NAS EMPRESAS?

Como a nova gestão pretende investir na inovação do ensino da FMB?

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

B. Braun Avitum. Fornecedora de Sistemas em Terapia de Substituição Renal. Avitum

Ao receber Navio Bahia, Dilma garante recursos para projetos de defesa

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

PROGRAMA DE INTERCÂMBIO PROFISSIONAL TALENTOS GLOBAIS

Fórum Estadual de Educação PR Plano Nacional de Educação PNE 2011/2020

O que é Programa Rio: Trabalho e Empreendedorismo da Mulher? Quais suas estratégias e ações? Quantas instituições participam da iniciativa?

Programa de Gestão de Fornecedores. da White Martins. Sua chave para o sucesso

Gestão de impactos sociais nos empreendimentos Riscos e oportunidades. Por Sérgio Avelar, Fábio Risério, Viviane Freitas e Cristiano Machado

Conceito e Processo do Planejamento Estratégico

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Administração de Pessoas

Investimento aeroespacial gera até quatro vezes mais oportunidades de negócio, diz especialista

Produtividade. Sem tempo a

CHAMADA PÚBLICA PARA CREDENCIAMENTO NO SISTEMA EMBRAPII

Construção de Navios-Patrulha Oceânicos. Desenvolvimento de Míssil Nacional Antinavio

Regulamento Projeto interdisciplinar

O Grupo Actcon e a Rede Educar Brasil

A INCLUSÃO DOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS EDUCATIVAS NAS SÉRIES INICIAIS SOB A VISÃO DO PROFESSOR.

Válvulas de Controle-"Case"- Copesul. Nelzo Luiz Neto da Silva 1 Jader Weber Brum 2

BSC Balance Score Card

Em voo com 10 helicópteros, Esquadrão Poti forma novos líderes de esquadrão

Tecnologia em Gestão Ambiental. 1/2011 Retorna às Aulas

DEPARTAMENTO DE GENÉTICA

Inovação aberta na indústria de software: Avaliação do perfil de inovação de empresas

Programa de Gestão Estratégica da chapa 1

CONTEÚDO DO CURSO. Há muito treino pela frente... muito grafite, tintas, ideias e inspirações para fervilhar no CURSO DE ILUSTRAÇÃO.

Objetivos das Famílias e os Fundos de Investimento

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PRESENCIAL DEB

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

Faculdade Sagrada Família

Panorama da transferência de tecnologia - "ToT" Apresentação para os Parlamentares Brasileiros

CAPABILITY MATURITY MODEL FOR SOFTWARE. Eduardo Mayer Fagundes

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL DOS GRADUANDOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

FIPECAFI e IBRACON oferecem curso elearning Novas Normas de Auditoria I

Boletim de carreiras:

Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas Treinamento é investimento

Aula 17 Projetos de Melhorias

Fanor - Faculdade Nordeste

compreensão ampla do texto, o que se faz necessário para o desenvolvimento das habilidades para as quais essa prática apresentou poder explicativo.

Extensão Universitária: Mapeamento das Instituições que Fomentam Recursos para Extensão Universitária RESUMO

Mercedes-Benz inova com atendimento diferenciado a clientes de Sprinter

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Monitoria como instrumento para a melhoria da qualidade do ensino em Farmacotécnica

Índice. Introdução 2. Quais funcionalidades uma boa plataforma de EAD deve ter? 4. Quais são as vantagens de ter uma plataforma EAD?

DISCIPLINAS ON-LINE GUIA DO ALUNO GRADUAÇÕES

Pedagogia Estácio FAMAP

Conheça o novo curso de graduação do IFRJ

especial CAPACITAÇÃO educação à distância

Gerenciamento da Integração (PMBoK 5ª ed.)

ECONÔMICAS E PROFISSIONAIS

FAIN FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

EDITAL 2016 PERÍODO DE VIGÊNCIA: ABERTURA: 26/10/2015 ENCERRAMENTO: 11/09/2016

PBQP-H QUALIDADE HABITACIONAL OBRAS DE EDIFICAÇÕES

Seminário discute o desenvolvimento de sonares com tecnologia nacional

"Smart Hunt 2015" - Submarino versus Escolta

b) Possibilitar a conscientização na hora da opção pela disciplina; c) Conhecer a importância da disciplina para o curso;

ANEXO I. PROJETO DE -- Selecione --

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR?

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Proposta SP CENTER CAR: Curso de Martelinho de Ouro. SP CENTER CAR Reparação e Treinamento Automotivo. Página 1 de 11

FACULDADE DO NORTE NOVO DE APUCARANA FACNOPAR PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Investimento a serviço da transformação social

INFORMATIVO. Carreiras reestruturadas e concursos públicos realizados para. uma melhor prestação de serviços

Faculdade de Tecnologia SENAI Belo Horizonte

Para que o trabalho no canteiro de obras flua, a conexão com a área de suprimentos é fundamental. Veja como é possível fazer gestão de suprimentos

I - PROCESSO DO DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA. Os primeiros passos da equipe devem ser dados para a obtenção de informações sobre o que determina a

Ernâni Teixeira Liberali Rodrigo Oliveira

LAN e TAM investem mais de US$100 milhões em tecnologias digitais para tornaro atendimento aos passageiros mais rápido e eficiente

BHS inaugura novo hangar em Cabo Frio

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013

2. Desenvolver Pesquisa de Campo sobre uma pequena empresa conforme modelo de pesquisa anexo.

Sobre o Instituto Desenvolve T.I

Transcrição:

Avança o desenvolvimento do torpedo brasileiro pela Mectron Armamento equipará a futura frota de submarinos da Marinha do Brasil A Mectron, Empresa Estratégica de Defesa (EED) brasileira, controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), concretizou um passo importante no seu posicionamento estratégico na área de defesa: iniciou neste ano o desenvolvimento do primeiro torpedo brasileiro com o programa do Torpedo Pesado Nacional em escala reduzida (Avança o desenvolvimento do torpedo brasileiro pela Mectron). O TPNer é parte dos objetivos estratégicos de longo prazo da Marinha do Brasil que a mobilizam para assegurar a proteção da Amazônia Azul, como são conhecidas as águas jurisdicionais brasileiras. O torpedo brasileiro é essencial para que o Brasil possa armar com independência e livre de fatores externos os futuros submarinos do PROSUB Programa de

Desenvolvimento de Submarinos. Os submarinos estão sendo construídos pela ICN Itaguaí Construções Navais, sociedade da ODT com a DCNS francesa. Para viabilizar o desenvolvimento do torpedo em escala reduzida, a Mectron firmou uma parceria com a Atlas Elektronik, empresa alemã com mais de um século de história e uma das líderes mundiais no desenvolvimento de veículos e armamentos subaquáticos (underwater weapons). Desde o início de 2015, uma equipe altamente qualificada de engenheiros da Mectron realiza na Alemanha a primeira fase do programa, como explica Rodrigo Carnaúba, Diretor de Sistemas e Armas Navais da ODT/Mectron: Para esta primeira fase, na qual estão sendo definidas as especificações do produto e as soluções sistêmicas a serem adotadas ao longo de todo o projeto, enviamos à Alemanha uma equipe de engenheiros seniors, com formação acadêmica de excelência e, o mais importante, profissionais com ampla experiência acumulada nos outros programas de armamentos inteligentes que a Mectron tem desenvolvido ao longo de seus 25 anos de história servindo as Forças Armadas brasileiras. Parcerias tecnológicas internacionais deste tipo já fazem parte da nossa estratégia e do nosso sistema de trabalho há anos. O Dr. Francisco Amorim III, Coordenador Técnico do TPNer e líder da equipe da Mectron mobilizada na Alemanha, trabalhou em programas de desenvolvimento de equipamentos espaciais, de sistemas aviônicos e na integração do míssil ar-superfície antirradiação MAR-1 em aeronaves que o utilizarão. Designado pela direção da Mectron para o projeto TPNer, Amorim ressalta pontos relevantes para o sucesso do empreendimento: O nosso projeto está sendo desenvolvido com a mais moderna tecnologia de torpedos disponível no mundo. O modelo de transferência de tecnologia adotado consiste num desenvolvimento conjunto, com especialistas brasileiros e alemães compondo um único time, trabalhando lado a lado. Adicionalmente, a eficácia da transferência de tecnologia somente se viabiliza pela nossa

condição de agregar pessoas altamente capacitadas e com conhecimentos no desenvolvimento de armamentos inteligentes. Para tanto, a equipe foi cautelosamente selecionada para assegurar a absorção de tecnologias específicas de veículos subaquáticos. Mais um fator importante para garantir o sucesso desta transferência é o nosso propósito de construir, no tempo correto, um produto adequado tanto às necessidades da Marinha do Brasil como ao mercado internacional. Com um histórico fortemente associado ao desenvolvimento de armamentos inteligentes nacionais, mais especificamente mísseis e produtos/serviços a eles associados, a Mectron empresa incorporada à Odebrecht em 2011 vem, desde então, expandindo seu portfólio de produtos e serviços em outros segmentos de fundamental importância para as Forças Armadas brasileiras. Um deles é a área de Comunicações, com o projeto do Link BR2, sistema de comunicação por enlace de dados (data link) militar, para a FAB, e o desenvolvimento de um RDS Rádio Definido por Software nacional, para o Exército Brasileiro. Na área de mísseis, um dos novos programas já em estágio mais avançado de desenvolvimento é o MAN-SUP, um míssil antinavio de superfície, em desenvolvimento também para a Marinha do Brasil. Rodrigo Carnaúba comenta sobre estes novos programas, suas comunalidades e diferenças: O desenvolvimento de armamentos inteligentes sempre foi o grande expertise da Mectron, mais especificamente na área de sensores, eletrônica embarcada, e guiamento e controle. Porém, sempre trabalhamos com produtos guiados por infravermelho, radiofrequência ou laser, e com lançamentos a partir de aeronaves ou de superfície. Para o caso de um torpedo, armamento inteligente de aplicação submarina, temos que aprimorar nossos conhecimentos, avançando-os para os campos da acústica submarina e hidrodinâmica. Porém, começar do zero e de maneira independente resultaria em custos elevados e extenso prazo de desenvolvimento e, nesse sentido, a parceria com a Atlas

encurtará distâncias. A participação da Mectron nestes projetos nos abre portas no contexto internacional e eleva nosso posicionamento estratégico no setor de defesa. Recentemente, a Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) anunciou o início das negociações para busca de um parceiro tecnológico e estratégico para a Mectron. A companhia busca um parceiro internacional, mantendo sua certificação de empresa estratégica de defesa (EED). Diante das restrições orçamentárias momentâneas que estão afetando os projetos da área de defesa no Brasil, a ODT, consciente de seu importante papel estratégico-político para o nosso país no campo da defesa e tecnologia, busca um parceiro que contribua com o acesso direto à tecnologia, com uma estrutura de capital robusta e com atuação no mercado global. Com a integração deste novo parceiro tecnológico, a Mectron estará ainda mais preparada para atender as demandas estratégicas do Governo Brasileiro, das Forças Armadas do Brasil, bem como de Clientes internacionais. FONTE: Mectron Prosub: Evento marca o lançamento do Programa de Gestão de Conhecimento na construção dos submarinos

Rio de Janeiro, 17 de junho de 2015 A Itaguaí Construções Navais ICN realizou ontem o lançamento do Programa Todos a Bordo, com uma agenda de engajamento da média e alta liderança da empresa com o Programa de Gestão do Conhecimento PGC, que é parte relevante e fundamental da transferência de tecnologia prevista no acordo entre Brasil e França no contexto do PROSUB Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil. O programa já apresenta resultados bastante significativos, como os 13 mil homens/dia de treinamento de Integrantes da ICN na França, o que equivale a 36 anos de capacitação. Ao todo, cerca de 90 pessoas foram formadas na França, nas cidades de Cherbourg, Lorient e Toulon, como parte do processo do domínio do conhecimento para a efetivação da transferência de tecnologia. Complementarmente, também conta com a presença atuante de Assistentes Técnicos da DCNS residentes no Brasil, que compartilham seus conhecimentos com os profissionais locais. A meta é que todo o efetivo operacional da ICN seja treinado, o que hoje representaria 50% (cerca de 600 Integrantes) de toda empresa, mas que poderá aumentar com o

decorrer da construção dos submarinos pela ICN. O PGC tem o objetivo de desenvolver metodologias e assegurar a retenção, consolidação, proteção e multiplicação dos conhecimentos adquiridos pela ICN no processo de transferência de tecnologia. Inovador no setor de defesa, o lançamento do programa contou com a presença do Almirante-de-Esquadra Max, Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, além de outras lideranças e autoridades da Marinha do Brasil. A transferência de tecnologia para projetos, construção, sistemas e equipamentos contribuem para obtermos um maior grau de nacionalização, permitindo a melhoria na qualificação técnica de profissionais brasileiros, a manutenção e a disseminação do conhecimento adquirido para outras aplicações, disse o Almirante Max. Inspirado no conceito blended learning, o modelo reúne, referencia e organiza todo o conhecimento adquirido durante a passagem dos integrantes em terras francesas e ainda define um roteiro de aprendizado com aulas presenciais e online, além de permitir consultas de maneira rápida e intuitiva.

Com o PGC, a ICN contribui de maneira segura e eficaz para que o Brasil obtenha e retenha a tecnologia de construção de submarinos e conquiste o engajamento dos profissionais especializados em sua construção, garantindo a transferência da tecnologia e que o país se torne autossuficiente no desenvolvimento desses importantes equipamentos de defesa. O PGC contribuirá para que a ICN, a Marinha do Brasil e o País dominem esse conhecimento e, ao mesmo, tempo permitirá que ele seja absorvido de forma clara e efetiva por profissionais do setor de construção de submarinos no Brasil. A importância disso no futuro é enorme, pois com a perpetuidade desse conhecimento, o Brasil poderá cada vez mais dominar essa tecnologia, avançar e aperfeiçoar a produção de submarinos, que têm papel relevante na proteção da Amazônia Azul e na dissuasão, conforme comentou Carlos Alberto de Oliveira, Diretor de Administração da ICN. PROSUB: ICN recebe mais duas subseções do primeiro submarino Vindas da NUCLEP, elas permitirão maior celeridade nas próximas etapas do processo

Rio de Janeiro, 28 de abril A Itaguaí Construções Navais (ICN) recebeu este mês mais duas subseções do primeiro submarino de propulsão convencional (SBR1), a TR3 e TR4, oriundas da Nuclebrás Equipamentos Pesados S/A (Nuclep). A chegada das mesmas marca a nova fase no processo do S-BR1, na qual elas serão unidas às outras três subseções (TR5, TR6 e TR7) que se encontram na Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) da ICN. Com a unificação dessas estruturas será possível a instalação do escotilhão peça do casco resistente que permite a retirada de grandes equipamentos durante os períodos de manutenção de maior complexidade. O processo de construção e montagem das subseções TR3 e TR4, que ocorreu ao longo de 2014 e no início de 2015, fez parte do processo de transferência de tecnologia previsto no PROSUB. Durante a montagem da TR4, especialmente a ICN acompanhada de profissionais franceses, conquistou a homologação que a habilita para a instalação de peças de penetração e de braçolas. Para a montagem final, diversos profissionais da ICN e da Nuclep, entre eles caldeireiros, traçadores, soldadores, operadores técnicos, inspetores de qualidade e pintores,

trabalharam para alcançar o objetivo. A chegada dessas subseções à UFEM/ICN possibilita iniciarmos o trabalho na parte interna das mesmas, sem contar que mostra o avanço de produção do primeiro submarino. Todas as demais subseções do S-BR1 deverão estar na UFEM no início do segundo semestre deste ano, esclarece Luis Felipe Salomão, coordenador de produção da Unidade de Fabricação de Estruturas Resistentes (UFEM/ICN). Rostec negocia parceria brasileira em jatos de treinamento

Por Brad Haynes SÃO PAULO (Reuters) A gigante estatal industrial russa Rostec poderá incorporar equipamentos brasileiros no jato de treinamento YAK-130, com base em negociações iniciais realizada com a Mectron, subsidiária da Odebrecht Defesa e Tecnologia, afirmou um executivo sênior à Reuters. A confirmação de Sergei Goreslavsky, vice-diretor da negociadora russa estatal de armamento Rosoboronexport, uma divisão da Rostec, foi a primeira oficial sobre uma possível contrapartida para o sistema de defesa aéreo Pantsir-S1 que o Brasil está buscando comprar. Em resposta a questionamento da Reuters, Goreslavsky acrescentou que espera que o acordo envolvendo o Pantsir, avaliando em cerca de 1 bilhão de dólares, seja assinado neste ano. As baterias de mísseis terra-ar vão ampliar as defesas brasileiras antes dos Jogos Olímpicos de 2016 e cimentar uma

parceria estratégica com a Rússia, apesar de sanções ocidentais. As sanções contra a Rússia nos levaram a novos caminhos e abriram novas oportunidades, disse Goreslavsky. Consideramos o Brasil um dos países com as melhores perspectivas. A Rostec tem ampliado sua presença na América Latina nos últimos anos, vendendo carros Lada na Venezuela, trabalhando em acordo para produção de caminhões Kamaz na Argentina e entregando helicópteros Mi-171 no Peru e Brasil. Os russos também estão em negociações com a Odebrecht Defesa sobre uma joint-venture para manutenção ou mesmo produção de helicópteros da família Mi no Brasil, disse Goreslavsky. Ele indicou que pode haver progresso durante a feira militar LAAD no Rio de Janeiro, na próxima semana. Por agora é um memorando de cooperação sobre tecnologia, disse ele. Talvez possa levar a uma linha de montagem com equipamentos produzidos no Brasil e, depois, uma ampliação na

produção e transferência de certas tecnologias. Representantes da Odebrecht não comentaram o assunto sobre o YAK-130. Mectron vai participar da integração do míssil A-Darter no Gripen da FAB Gripen com o míssil A-Darter A Mectron, controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia, foi escolhida para participar da integração do míssil A- Darter, de quinta geração, nos caças Gripen NG, que o Brasil está adquirindo da empresa sueca Saab.

O contrato de aquisição do A-Darter para o Brasil, míssil feito em parceria com o governo da África do Sul, de acordo com presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, está vinculado ao programa dos caças F-X2. O contrato dos caças prevê compra de 36 aeronaves, no valor de US$ 5,4 bilhões. O Gripen é um caça multiemprego que irá substituir o Mirage 2000. No longo prazo o caça sueco substituirá o AMX e o F-5, que estão sendo modernizados pela Embraer. Um dos objetivos da FAB é a padronização logística e redução de custos. É o que está previsto na diretriz do projeto F-X2, disse o presidente da Copac. Segundo Crepaldi, a compra do míssil será feita no âmbito do contrato de aquisição de armamento do programa F-X2, porque o governo sueco está financiando essa aquisição. A Medida Provisória 666/2014 autorizou o governo a contrair um empréstimo externo para financiar o projeto. A previsão é que a produção do míssil seja iniciada ainda este ano, em paralelo ao processo final de testes para a certificação do equipamento. Os testes finais de desenvolvimento do A-Darter serão realizados nos próximos dias na África do Sul e contarão com a participação de engenheiros e técnicos brasileiros. O míssil já foi integrado ao caça Gripen C/D, da Força Aérea Sul Africana e aguarda condições meteorológicas favoráveis para fazer os voos, explicou o gerente do projeto de mísseis na Copac, coronel Júlio César Cardoso Tavares. A participação da Mectron só foi possível porque a nossa indústria já tinha um conhecimento mínimo e uma maturidade tecnológica em termos de desenvolvimento de míssil ar-ar, afirmou o presidente da Copac. O conhecimento da empresa na área de mísseis, segundo o

brigadeiro, também foi alcançado porque no passado a FAB acreditou e investiu na indústria nacional, apesar de todas as críticas e de todas as dificuldades orçamentárias. No caso do míssil A-Darter, o presidente da Copac destaca o apoio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que viabilizou a participação dos engenheiros de três empresas brasileiras (Mectron, Optoeletrônica e Avibras) no desenvolvimento conjunto do míssil na África do Sul. O investimento da parte brasileira no projeto do míssil foi de R$ 300 milhões, sendo que R$ 60 milhões foram financiados pela FAB, informou o coronel Tavares. A África do Sul foi responsável por pouco mais de US$ 200 milhões. De acordo com o coronel Tavares, os contratos iniciais de industrialização do míssil já estão negociados e deverão ser assinados até o início de fevereiro. FONTE: Valor Econômico por Virgínia Silveira PROSUB: ICN realiza usinagem das subseções cônicas do primeiro submarino Trabalho prepara para soldagem das cavernas com o chapeamento do casco

A ICN (Itaguaí Construções Navais) realizou o processo de usinagem de topo da Subseção 3 da Seção 2A do primeiro submarino (SBR1). O passo seguinte será a soldagem das cavernas com o chapeamento do casco desta subseção para posterior união a outra subseção, a Subseção TR4. De acordo com Luiz Carlos M. Brandão Jr, Gerente de Produção de Cascos Resistentes de Submarinos da ICN, a usinagem é um processo importante na montagem de uma subseção, pois trata-se de uma etapa de ajuste fino da chapa antes da soldagem. Depois de retirado o material, caso alguma dimensão não esteja em conformidade com o projeto, a estrutura pode ficar comprometida, a usinagem prepara as subseções para soldagem de união das seções, esclarece. A etapa é importante, pois engloba a execução, na prática, da tecnologia absorvida na França, consistindo em mais um avanço recente do PROSUB. As seções TR4, TR3, TR2 e a TR1 são cônicas e estão localizadas na parte de ré do submarino. O corpo do submarino é em forma cilíndrica; a extremidade de ré vai afunilando, com maior conicidade e menor diâmetro. Por isso o trabalho de usinagem é fundamental para que tudo saia perfeito

para a soldagem, reforça o gerente. Brandão destaca ainda que a TR3 já está na fase da solda da caverna com chapeamento do casco, já tendo passado pelo processo da usinagem. A TR2 e TR1, ambas mais cônicas ainda que a TR3, estão em fase de fabricação. Todas compõem o primeiro submarino (SBR1). Curso CIAMA Devido à complexidade do projeto de construção de submarinos e seu ineditismo no Brasil, os profissionais da ICN participam do Curso de Submarinos para Engenheiros. Ministrado pela Marinha do Brasil, através do CIAMA Centro de Instrução e Adestramento Almirante Attila Monteiro Aché, da Marinha do Brasil, estão previstas duas turmas, sendo que a primeira teve início em meados de novembro. Ao todo são mais de 140 horas de aulas, aplicadas ao longo de quatro semanas, que compreendem informações teóricas e atividades práticas. Com o curso, os integrantes da ICN passam a ter uma visão geral da operação de um submarino, a partir do contato com submarinistas, de forma que eles possam compreender como a parte em que eles atuam na sua construção interage com as demais áreas. As aulas são divididas em cinco módulos, compreendendo: manobra; motores, máquinas auxiliares e noções básicas de propulsão nuclear; instalações elétricas; armamento e sensores; e emprego operativo de um submarino. DIVULGAÇÃO: CDN